Capítulo 15

O professor biruta

— Pedro! Pedro! Acorda!– Gritou Lúcia após entrar no quarto do irmão acendendo a luz e o balançando na cama.— Está lá! Está lá mesmo!

Ela já havia de ter acordado Susana que estava um tanto quanto irritada e sem entender o que haverá de ter ocorrido, e talvez tivesse acordado a casa toda com seus gritos.
Era madrugada, entre 00:00 a 00:30.
Lya entrou no quarto atrás de Lúcia para que ela não acordasse o irmão, mas já era tarde. Edmundo entrou no logo atrás.

— shh..– Lya fez com a boca e puxou Lúcia de cima da cama do loiro, porém, Pedro estava forçando a visão para enxerga, acabará de acorda afinal.

— Lúcia do que está falando?– Pedro a olhou com os olhos inchados de sono.

— Narnia!– A menina gritou e Lya desistiu de tirar ela de cima de Pedro.— Fica no guarda-roupa como eu disse a você.

— Aí..– Susana murmurou cansada.—Voce só está sonhando, Lúcia!

— Vamos voltar a dormi, Lu.– Lya pediu rezando para que Lúcia calasse sua boca sobre narnia.

Ed estava encostado na outra cama apenas olhando pra a irmã meio sério

— MAS NÃO FOI SONHO! e nem quero dormi.– A menina estava empolgada e cheia de energia.— Eu vi o senhor Tumnus outra vez, e desta vez o Edmundo também foi!

Lya esbugalhou os olhos fingindo surpresa e preocupada, se Edmundo falasse que ela esteve lá também; seria tão complicado explicar a história toda para Pedro e Susana, eles a achariam infantil, assim, como acharam quando ela era menor e chegou em Londres contando sobre ter ido a um mundo mágico. Os outros 2 mais velho olharam para Ed surpresos
Edmundo desviava o olhar o tempo inteiro, parecia cogitativo em falar sobre

— Você...– Pedro engoliu o seco.— você viu o Fauno?

Edmundo negou com a cabeça, e Lya respirou fundo.

— Na verdade ele não foi bem lá comigo!– Lúcia explicou e depois franziu a testa fazendo uma cara confusa e encarou Edmundo devagar pensativa.— O que ficou fazendo, Edmundo?

Pedro e Susana pareciam curiosos agora com o paradeiro do garoto
Edmundo desviou o olhar e sorrio de lado

— Eu... Eu quis brincar um pouco!– o menino falou disfarçando.

Lucia olhou para Lya, com um olhar triste. Porque Edmundo mentia tanto? Porque machucava sempre a pequena Lúcia.
Pedro olhou para Lu também, parecendo deprimido por mais uma vez ser tudo brincadeira.

— Desculpa, Pedro!– Disse Edmundo ficando sério.— Eu não devia ter encorajado. Mas... Sabe como são as crianças de hoje em dia.– Edmundo falou sarcástico e se sentou na cama, Lúcia começou a chorar.— Elas não sabem quando parar de fingir.

Lucia saiu correndo do quarto, Susana soltou um suspiro e correu atrás da menina que chorava alto agora. Edmundo se levantou querendo rir, e Pedro se jogou da cama, antes de sair pela porta empurrou Edmundo que voltou a cair no colchão.

— Ou!– Gritou Ed e depois encarou Lya, a única que restará no cômodo com ele.— Porque eles são tão idiotas?

— O único idiota é você.– A loira falou com a cara fechada, mais uma vez decepcionada com o mesmo. E saiu atrás dos outros 3

Edmundo ficou no quarto, deitado e agora pensando do porque Lya era assim com ele quando estava perto de seus irmãos. Mas não notou que quem mudava era ele mesmo e não a loira.
Lucia subiu as pequenas escadas que levava ao quarto de Digory e se debateu com algo, olhou para cima e viu um senhor, que a encarou sem entender o que haverá de ter acontecido
Afinal a pequena criança estava chorando, ela não pensou muito apenas o abraçou no instante que Susana, Pedro e Lya a alcançaram.
Eles ficaram um pouco envergonhados ao ver o dono da mansão com a irmã em seus braços, eles não deveriam o incomodar ainda mais a está hora.
Até mesmo Lya ficou um pouco perplexa com a situação.

— VOCÊS ESTÃO POR UM TRIS...– A voz de marta foi escutada, ela se aproximava amarrando seu roupão rosa— DE DORMI NO ESTABULO!

A mulher olhou feio para as crianças e depois seus grandes olhos verdes viram o professor Kirke com Lúcia o abraçando
E ficou encarando com estranheza
Igual Digory que fez o mesmo por ouvir os gritos da mulher

— Professor?– Ela falou, já era segunda vez que o encontrava de surpresa pela casa. Depois de anos, quais só havia de ter visto ele pouquíssimas vezes fora do quarto ou do escritório.— ME DESCULPE, você sabe eu disse a eles que não deveria ser incomodado.

— Tudo bem, dona Marta.– Digory falou calmo, apesar de não está acostumado com isso.— Eu sei que existe uma explicação.– Lúcia olhou para o tio de Lya, parecia um pouco aliviada agora.— Mas primeiro, acho que a garota precisa de um chocolate quente.

Digory entregou Lúcia para Marta, que segurou sua mão carinhosamente.

— Venha, querida.– disse a Mulher indo a caminho da cozinha.

Pedro, Susana e Lya aproveitaram a chance para saírem de fininho, mas Digory percebeu e soltou uma tosse para chamar atenção deles. Os 3 se viraram desconfiados para o professor, Lya lamentou com a cabeça, estava com medo de receber bronca. Se ela não tivesse entrado no guarda-roupa, Lúcia e Edmundo não teriam também!

•| ⊱✿⊰ |•

O professor preparava um cachimbo, Lya revirou os olhos odiava o cheiro daquilo sempre pediu para que o tio parasse de fazer o uso mas ele nunca deu ouvidos.

— O que quer conversar com a gente, tio?– Perguntou Lya, olhando um pouco chateada para o senhor a sua frente.

— Parece que mexeram com o frangiu equilíbrio eterno de minha governanta.– Digory olhou para os irmãos Pevensie e depois para Lya.— De novo, não é mesmo Lya?

A loira desviou o olhar e fez bico se sentando na cadeira a frente do tio.

— Pedimos desculpas, senhor.– Pedro respondeu convicto de que aquilo não iria mais ocorrer.— Não vai mais se repetir.

Pedro segurou Lya pela manga do casaco a puxando para se levantar e depois Susana para que fossem embora e paracem de incomodar o professor. Lya se levantou e começou a seguir o menino para fora

— Foi nossa irmã, senhor!– Susana falou tirando a mão de Pedro dela.— Lucia.

Pedro não queria falar sobre a imaginação fértil da mais nova, Digory já estava dando abrigo a eles e agora colocá-lo nós problemas da família pioraria a situação.
Lya apesar de não querer falar de narnia para eles, queria saber a resposta de Digory quando soubera que Lúcia também estava indo para lá.

— A que chorava?– Perguntou Digory

— Sim, senhor.– Respondeu a garota de cabelos pretos.

— Ela está magoada, Tio.– Lya se intrometeu e Pedro bufou ao seu lado, ele realmente não queria entrar no assunto.

— A causa do choro?– Kirke fez outra pergunta

— fo..

— NÃO FOI NADA!– Pedro interrompeu a explicação da Plummer que o encarou feio.— Nós cuidamos de tudo.

— Já percebi.– Disse o senhor sendo sarcástico, e Pedro fez uma cara de zangado.

— Conte a ele, Susana.– Lya pediu e deu um sorriso de lado para o tio, o senhor percebeu algo de estranho na sobrinha e colocou seus olhos em Susana esperando a explicação mais curioso dessa vez.

— Ela entrou em um guarda-roupa lá em cima.– Disse Susana e o senhor deu um sorriso disfarçadamente e encarou a sobrinha por segundos, ele lembrava que Lya adorava se esconder lá também.— E pensa que ele é mágico.

Digory esbugalhou os olhos ao ouvir a última fala de Susana, encarou Lya novamente que não pode evitar o sorriso para ele
Só agora percebeu como a sobrinha conseguia entrar em narnia também.

— O que você disse?– O professor se levantou sentindo-se maravilhado e andou com os irmãos até os sofás do escritório, Lya continuou na cadeira os olhando de longe.

— Aham...– Pedro estava pensando em quais palavras usar, para que o tio de Lya não achasse que a irmã mais nova deles era louca, ele se sentou no sofá ao lado de Susana, enquanto Digory estava em pé em sua frente ainda surpreso— Um guarda-roupa, lá em cima. A Lúcia acha que encontrou uma floresta dentro dele..

— E ela não para de falar a mesma coisa!– Susana completou

Digory sentiu as pernas tremer e se sentou no outro sofá, Lya entendia como ele deveria está se sentindo. Do mesmo modo que havia anos que ela não entrava lá, para ele devia fazia mais ainda. Quando Lya conversou sobre com o tio, ele pareceu maravilhado em saber que ela já havia de ter ido para lá, mas não sabia que agora a passagem estava aberta novamente, talvez por isso não havia de ter interesse em falar mais sobre o assunto.

— E como é que ela está?– Perguntou Digory

— Ela está falando disso feito louca!– Murmurou Susana querendo chorar, estava tão preocupada com a irmã.

— Não, não.. ela não!– Digory balançou a cabeça.— A floresta!

Os irmãos o olharam caóticos. Lya sorrio um pouco se levantando e se aproximando do sofá onde o tio estava.

— Não me diga que acredita nela..– disse Pedro e levantou as sobrancelhas.

— Você não?– Digory repassou a pergunta

— É claro que não!– Susana respondeu por ele.

— Você acredita, não é?– Kirke encarou a sobrinha parada ao seu lado.

— Acho que nunca pedimos sua opinião sobre isso.– Disse Pedro encarando a loira.— Você não acredita nessa loucura, estou certo?

— Eu acredito!– a menina respondeu e sentou-se ao lado do tio.— E vocês deveriam crer em Lúcia também!

— Mas isso é logicamente impossível– Susana reprendeu Lya.

— O que ensinam as escolas hoje em dia?– Digory pensou alto meio indignado e Lya colocou a mão em suas costas o confortando.

— Edmundo disse que era só brincadeira.– Pedro lembrou-se das palavras do irmão.

— Não é ele quem mais fala a verdade, é?– Perguntou o professor ajeitando o óculos.

— Não..– Pedro respondeu pensando e suspirou.— Essa seria a primeira vez.

— Se ela não está louca...– Digory encarou a sobrinha do seu lado.

— E nem mentindo...– Lya olhou para os Pevensie.

— Devemos supor que ela está falando a verdade.– Digory completou.

Susana abaixou a cabeça cogitativa sobre, enquanto o velho acendeu o cachimbo.

— Estão dizendo que devemos acreditar nela?– Pedro perguntou

— Ela é sua irmã não é?– Mais uma vez Digory fez uma pergunta por cima de outra.

— É sua família...– Lya respondeu e deu um sorriso de lado para Pedro.

— Podia agir como se fosse.– Completou Digory dando mais um trago no cachimbo.

•| ⊱✿⊰ |•

— Acho que você está voltando a sua fase criança.– Pedro falou olhando Lya tomando chocolate quente na cozinha. Havia sobrado só eles acordado agora, Lúcia e Susana estavam na cama e Digory permaneceu no escritório.

— O que quer dizer com isso?– Perguntou a garota.

— Está imaginativa, concorda até mesmo com essa maluquice de Lúcia.– Pedro respondeu e Lya soltou uma risada.— Igual quando chegou a minha casa.

— Maluquice é não acreditar nisso.– Lya terminou de tomar seu chocolate quente junto do amigo, que deixou um bigode de chocolate acima da boca e nem sequer percebeu.

Pedro se aproximou dela devagar
E colocou as mãos em seus ombros a olhando nos olhos, enquanto a menina olhou para a boca suja de chocolate dele.

— E o que você quer que eu faça?– ele perguntou meio sério

— Basta acreditar no que não pode ver.– A menina sorrio e levou sua mão até a boca do loiro passando seu dedo para limpa-la.— Ah, e não se esqueça de aprender a beber sem se sujar, criança.

— Você me chamou do que?– Pedro sorriu a provocando e tirou a mão de seu ombro.

— C R I A N Ç A!– Ela repetiu e Pedro segurou a respiração.

— 1, 2..– ele começou a contar e Lya arregalou os olhos saindo correndo.— NÃO ADIANTA PLUMMER VOU TE PEGAR!

Ele começou a correr atrás dela, ambos rindo e brincando um com o outro. Lya adorava Pedro, adorava está com ele; mesmo com tudo isso acontecendo ao seu redor
Ela sempre teria tempo para ele.

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