Epílogo Bônus

4 anos depois...

— Eu realmente espero que hoje não haja nenhuma proposta de colonização da Europa. — Revirei os olhos. — Não acredito que esses ministros ainda tenham a coragem de insistir nesse absurdo.

Osten riu, fazendo minha cabeça ondular levemente por estar apoiada em seu peito. Nós estávamos numa limusine à caminho do Parlamento.

— Nem eu, minha Alice. — Falou ele.

— "É para a prosperidade de Illéa", dizem eles. — Bufei. — Como se fôssemos prosperar em meio a uma guerra.

Osten começou a acariciar meu rosto.

— Calma, meu amor. — Pediu ele. — Esse estresse não é bom para você, e nem para o nosso bebê.

Eu tomei uma respiração profunda.

— Eu sei, meu Osten. — Levantei a cabeça e o encarei. — Desculpe.

Ele sorriu.

— Quando a nossa regência terminar, vamos pegar os meninos e fazer uma viajem. O que acha dessa ideia, minha Alice?

— Acho maravilhosa! — Exclamei.

Osten me beijou de leve.

— Vamos poder relaxar. — Disse com os lábios nos meus. — E Cameron, Aaron e Dylan poderão gastar suas energias à vontade.

Eu ri. — Eles vão adorar.

— E o palácio finalmente vai ter um pouco de descanso. — Osten completou e nós dois começamos a gargalhar.

— O que será que os três estão fazendo a essa hora? — Perguntei curiosa.

— Provavelmente devem estar se preparando para aprontar mais alguma coisa escondidos dos meus pais. — Osten respondeu sorrindo. — Era em tudo o que eu pensava quando era criança.

Eu balancei a cabeça também sorrindo.

— Nossos pequenos são claramente mini-Ostens.

— Mini-Ostens com os seus olhos azuis, querida.

Eu o beijei.

— Nunca vou esquecer a sua reação ao descobrirmos que teríamos trigêmeos, meu amor. — Toquei seu nariz com o meu. — Você me ergueu nos braços e me girou no ar sem parar. Depois saiu comigo gritando a notícia por todo o palácio.

Osten riu.

— Eadlyn levou um susto gigante nesse dia. Entramos sem bater na sala dela e ela quase caiu da cadeira sem entender nada ao som de "Três!!!!".

Eu também ri.

A limusine parou em frente ao prédio do parlamento e o motorista saiu do carro para abrir a porta para nós.

— Pronta, minha Alice? — Osten perguntou.

— Para tudo, querido. — Respondi. — Desde que seja com você.

— Juntos para sempre, meu amor.

Ele me beijou e quando o motorista abriu a porta, desceu da limusine e me ajudou a fazer o mesmo.

Nós entrelaçamos nossas mãos com um aperto e começamos a andar ladeados pelos guardas, que demonstravam não ter nenhum problema em conter os repórteres que estavam no local.

— Sua irmã merecia muito essas férias. — Sussurrei para Osten. — Ser monarca é realmente desgastante. Quase dois meses de regência e eu estou acabada.

Meu marido assentiu de leve.

— Eu também estou exausto, querida. — Ele concordou. — Eadlyn havia nos prevenido que governar era cansativo mas eu não pensava que fosse tanto.

Nós entramos no prédio do Parlamento e começamos a subir as escadas que levavam ao Salão dos Ministros.

— Ainda não acredito no modo como ela "pediu" — Ele sorriu e fez as aspas com a mão livre. — férias do cargo de rainha.

Eu ri. — A cara dos ministros quando ela ameaçou expulsar do Parlamento qualquer um que se opusesse foi impagável.

— Um deles até tremeu.

Me contive para não rir mais alto.

— Estamos quase no Salão, meu amor, — Eu disse mordendo o lábio. — Você não pode me fazer rir assim aqui.

— Ah, não? — Osten sorriu travesso.

Chegamos ao fim das escadas e ele me puxou até uma das paredes e começou a me fazer cócegas.

— Não! Não, meu Osten, para, — Desabei a rir. — para.

— Eu quero te fazer rir todos os dias querida, em qualquer lugar, a qualquer hora. — Ele parou seu ataque e tomou meu rosto em suas mãos. — Quero que todos vejam como eu faço o amor da minha vida feliz.

Brincalhonas e repentinas, lágrimas de alegria turvaram a minha visão. E num piscar de olhos, elas já estavam escorrendo pela minha face.

— Não sei o que fiz para merecer ser amada assim.

— Eu sei, minha Alice. — Os olhos de Osten eram de um brilho marrom singular.

— O que foi então, querido? — Perguntei.

— Você existiu, meu amor, perfeita assim para mim. — Ele declarou. — E isso por si só já é motivo mais do que o suficiente para que eu te ame mais do que tudo no mundo.

Osten me beijou e eu, como sempre, esqueci de tudo ao nosso redor.

Esqueci que éramos Rei e Rainha, regentes de Illéa. Esqueci que estávamos no Parlamento. Esqueci que havia um Salão cheio de ministros a nossa espera, e esqueci que provavelmente nós já estávamos atrasados para encontrá-los.

Tudo o que eu pude fazer foi sentir.

Sentir os lábios dele nos meus, deslizando e provocando. Sentir sua língua encontrando a minha, as duas brincando juntas como borboletas voando no auge da primavera. Sentir o meu coração dando voltas no meu peito. Sentir o meu corpo amolecendo em seus braços, e o melhor de tudo, tendo a certeza de nunca cair, pois Osten sempre estaria me segurando.

— Eu te amo. — Dissemos em uníssono assim que separamos nossas bocas e começamos e a rir.

— Majestades? — Um guarda despontou no final do corredor. — Oh, desculpe!

Nós nos viramos para ele.

— O que aconteceu, oficial Stones? — Osten perguntou.

— Alguns ministros estão impacientes e me pediram para lhes alertar sobre o horário. — O guarda disse, nervoso por ter nos interrompido.

— Avise-os de que já estamos indo. — Osten ordenou.

— Como desejar, Majestade. — O oficial saiu às pressas.

Osten se virou para mim.

— Vamos, querida?

— Vamos.

Eu fiz menção de começar a andar mas ele me puxou de volta contra si.

— Mas antes minha Alice, à noite eu vou... — Ele me abraçou por trás e começou a sussurrar no meu ouvido.

Dizer que eu me arrepiei e tremi de ansiedade com o que ele me falou seria amenizar demais a minha reação.

Era em momentos como esse que eu me lembrava do porquê de ele e eu não termos ficado tão surpresos quando soubéramos não só dos trigêmeos, mas também que eu estava grávida de novo: O fato de que nós dois parecíamos coelhos.

No Salão, fomos recebidos com a habitual enxurrada de reverências. Demos a volta na grande mesa dos ministros, sentamos na plataforma elevada reservada a nós, e entrelaçamos nossas mãos sobre os braços das cadeiras.

— Bem, — Osten começou a falar. — como todos devem saber, minha irmã voltará de férias dentro de duas semanas.

— Férias! Ainda não creio nesse absurdo! — Sir Andrews, antigo conselheiro real e agora ministro, resmungou, arregalando os olhos ao perceber que havia verbalizado sem querer seus pensamentos.

— Sir Andrews, — Arqueei uma sobrancelha. — acho que Eadlyn adorará ter conhecimento dessa sua opinião.

O homem empalideceu e eu pude ver que Osten, tia Bryce e alguns dos outros ministros se seguraram fortemente para não rir.

— De-de-de forma algu-guma, Majestade. Não precisamos incomodá-la com isso.

— Tem certeza?

— Absoluta!

— Perfeito. — Sorri.

— Qual a primeira pauta do dia? — Osten perguntou acariciando meu polegar com o seu.

O clima da sala mudou subitamente. Parecia que a maioria dos presentes tinha perdido a coragem até de respirar.

— Eu não vou falar. — A primeira-ministra Brice levantou as mãos num sinal de rendição. — Recusei a proposta imediatamente.

— Por favor, — Osten encarou os ministros. — não nos digam que é outro plano maluco de colonização da Europa.

— Rei Osten, — Um deles titubeou. — Nós pensamos que...

— Não! Pela milionésima vez, Illéa não vai entrar em guerra. Nossa bandeira é a paz!

— Mas Majestade...

— Já chega! — Até eu me espantei com o tom da minha voz. Eu não gostava de usar do poder, mas também havia aprendido a fazê-lo quando era necessário. — Os senhores se esquecem de que França e Itália são os nossos maiores aliados, e um ataque a Europa faria com que eles questionassem a nossa lealdade, o queria seria extremamente desvantajoso para nós. Isso sem contar o número de cidadãos e recursos que seriam destinados a uma batalha infrutífera. — Trinquei os dentes. — Illéa ficaria praticamente em ruínas.

— Calma, querida, — Osten me fitou preocupado. — pense no nosso bebê.

Eu assenti e respirei fundo, e ele, depois de dar um beijo na minha testa, voltou a encarar os ministros com uma expressão implacável.

— Se mais alguém aqui abrir a boca para insistir de novo nesse assunto, vai ser demitido imediatamente. Fui claro?

Alguns dos presentes tremeram.

— Sim, Majestade. — Todos responderam em conjunto.

— Ótimo.

— A primeira pauta do dia, por favor, — Eu disse. — A primeira de verdade. — Enfatizei.

A primeira-ministra Brice sorriu. — Agora sim, — Ela se levantou e começou a andar. — vamos aos assuntos que podem realmente ajudar Illéa. — Ela pegou uma pilha de papéis e começou a distribuir. — Para a alegria de todos, hoje não há muita coisa, apenas esse contrato comercial com a União Paraguai-Argentina. Devemos revisá-lo em conjunto pois apesar de simples e pequeno, ele é de suma importância.

Ela deu a volta na mesa e entregou duas cópias para Osten e eu. Nós pegamos os papéis e começamos a analisá-los.

Por meio deste, os respectivos governantes da União Paraguai-Argentina e de Illéa se comprometem a...

Tudo certo no primeiro parágrafo.

Dessa forma, fica acordado entre eles que...

O segundo também não contém erros.

Os governante ainda devem se atentar ao fato de que...

Nem o terceiro, nem o quarto e nem o resto da página.

Eu já estava quase dando o contrato como certo quando meus olhos se detiveram sob uma parte em especial.

Caberá a cada país o transporte dos respectivos materiais objetos de suas exportações, desde que esses não sejam alótropos de calcogênios. Nesse caso específico, o frete deverá ser custeado pelo país que importará o produto.

Apertei de leve a mão de Osten e ele desviou os olhos do papel dele e me encarou.

— Algo errado, minha Alice? — Ele perguntou.

Eu assenti.

— A vantagem desse acordo não era nos isentar do custo de transporte do enxofre rômbico? — Perguntei.

— Sim, querida. — Ele respondeu.

— Então não podemos assinar isso. — Eu declarei alarmada.

Osten arqueou as sobrancelhas.

— Porquê, não, meu amor?

— Olhe isso, querido, — Apontei o trecho do contrato com o dedo. — alótropos de calcogênios não são parte do acordo.

Ele olhou para o contrato e depois me fitou sorrindo meio envergonhado.

— Eu sempre estudei muito, minha Alice, mas, — A expressão em seu rosto era adorável. — não entendi o problema.

Eu sorri passando a mão por sua face.

— O enxofre é um calcogênio, meu amor, — Expliquei. — e o enxofre rômbico é um alótropo dele. Assim que fizermos o pedido de importação, a União Paraguai-Argentina vai...

— se recusar a pagar o transporte, — Osten completou já acompanhando meu raciocínio. — e esfregar o acordo na cara da Eady.

— Exatamente.

Ele arregalou os olhos.

— Não vamos assinar esse absurdo. — Declarou firme.

Não demorou muito para que nós mostrássemos aos ministros que aquele contrato era uma armadilha. A primeira-ministra Brice disse que se reuniria com o presidente da União Paraguai-Argentina o quanto antes para rediscutir os termos do acordo, e que dessa vez, os dois certamente chegariam a um consenso vantajoso para ambos.

Depois que a próxima reunião parlamentar foi agendada e a ata foi assinada, Osten e eu saímos do Parlamento e entramos na limusine para voltar para casa.

— Nunca paro de me surpreender com o quanto você é inteligente, querida. — Ele disse me puxando para si.

Eu o encarei e sorri. — Fico lisonjeada com seu elogio, meu majestoso marido.

Ele riu.

— Se não fosse por você, querida, Illéa teria tido um prejuízo gigantesco.

— Não foi nada. — Eu disse me aninhando nele.

Osten balançou a cabeça.

— Não diga isso. Você foi brilhante, querida, — Ele parecia inflar de tanto orgulho. — brilhante!

— Certo, — Eu ri. — brilhante.

Ele começou a me beijar e nós dois perdemos a noção do tempo.

Quando menos percebemos, já havíamos chegado ao palácio. Descemos da limusine e começar a andar na direção da entrada.

— Não demoramos muito no Parlamento. — Eu constatei. — Talvez os meninos ainda não tenham tido tempo de despistar seus pais e causar a Quinta Guerra Mundial.

— Bem, — Osten sorriu — ainda há um palácio. Isso é um bom sinal.

Eu ri.

— Eles tinham aula de etiqueta hoje?

— Não sei, querida.

— A última não acabou muito bem.

Osten gargalhou.

— A última não acabou nada bem, minha Alice.

— Realmente... — Eu gemi. — ter Phoebe correndo atrás do meninos enquanto dizia "Altezas, não se deve correr pelo palácio" não foi um dos pontos altos da semana.

— Mas foi engraçado, não foi?

Eu ri novamente.

— Foi sim. Muito.

Osten e eu chegamos na porta principal e eu arfei de surpresa quando ele me ergueu nos braços.

— Não quero que se canse, querida. — Disse ele. — E você já sabe que eu adoro mimar você.

Eu enlacei meus braços ao redor do seu pescoço.

— Eu sei. — Sorri. — E já estou muito mal acostumada.

Ele me beijou de leve.

— Que bom. — Tocou meu nariz com o seu. — Porque você também já sabe que eu quero fazer isso para sempre.

Meu coração acelerou, como sempre fazia quando ele me falava aquelas coisas.

Nós entramos no palácio e subimos a escadaria principal.

— É melhor irmos direto ao quarto dos seus pais. — Eu disse e Osten concordou com a cabeça.

Subimos mais escadas até chegarmos ao terceiro andar. A cada passo que dávamos eu pensava em uma travessura diferente que nossos meninos já tinham feito. Guerra de comida, pique-esconde no meio de um baile real, pimenta nos petiscos, entre outras coisas.

Nós chegamos na porta do quarto, Osten me colocou no chão e eu respirei fundo.

— Não se preocupe querida, — Ele deu um beijo na minha testa e depois pôs a mão na maçaneta — eles não devem ter feito nada...

Ele abriu a porta e nós olhamos para dentro.

— De mais. — Completou mecanicamente.

Nossos queixos caíram.

Sentados num tapete azul que agora mais parecia um arco-íris, Cameron, Dylan e Aaron lutavam frenéticos numa guerra de tinha. Seus braços tinham uma coloração verde que eu nem sabia que existia e suas pernas estavam totalmente cobertas de marrom. Já seus corpos aparentavam ter saído direto de uma pintura. Mas o pior, o pior mesmo, eram seus cabelos. Eles não estavam mais loiros, estavam uma confusão multicolor completa.

— Meu Deus! — Osten e eu exclamamos perplexos.

Os três pararam e se viraram para nós.

— Papai, mamãe! — Eles se levantaram e correram na nossa direção dando aquelas contagiantes risadas de criança.

Quando chegaram até nós, nos abraçaram.

— Oi, meninos. — Nós dissemos e nos entreolhamos rindo, sabendo que eles tinham acabado de sujar nossas roupas.

— Garotos? O que vocês estão... — America apareceu na porta do banheiro e os três se viraram para ela. Ela arregalou os olhos. — Minha nossa!

— Querida? O que houve? — Maxon surgiu ao lado dela. — Jesus!

Osten e eu começamos a gargalhar.

— Acho que não foi uma boa ideia deixarmos a tinta aqui enquanto lavávamos os pincéis. — America disse.

— E nós tínhamos acabado de dar banho nos três. — Maxon completou.

Cameron, Aaron e Dylan morderam o lábio.

— Diculpa, vovó. Diculpa, vovô. — Disseram em conjunto.

America e Maxon sorriram amolecidos diante das carinhas de anjo deles.

— Sem problemas, queridos. — Disse América.

Osten e eu encaramos nossos filhos.

— Vocês três, — Meu marido disse. — hora do banho. — Riu. — De novo.

Os três sorriram travessos. O que eu achava mais impressionante não era o fato deles serem trigêmeos idênticos, mas sim o tanto que eles se pareciam com o pai. Eram mesmo mini-Ostens.

Eu olhei para América e Maxon.

— Muito obrigada por cuidar deles. — Eu disse. — Nós assumimos daqui.

— Não precisam agradecer. — Maxon falou. — Nós adoramos passar mais tempo com nossos netos. — Sorriu para a esposa. — Não é, querida?

— Com certeza. — America respondeu virando-se para ele.

Osten pegou Cameron, Dylan e Aaron nos braços com um só movimento.

— Vamos lá, mini-tornados.

Os três riram agitados no abraço do pai.

Nós saímos do quarto dos meus sogros e começamos a andar na direção do quarto dos garotos.

— O que vocês fizeram hoje, meninos? — Perguntei.

— Nós têis pintamos. — Cameron respondeu.

Eu sorri. — Nós três, filho.

Dylan balançou a cabeça.

— Vocês têis não, mamãe, nós têis.

— Eu, Dylan e Cam — Aaron confirmou o que o irmão disse.

Osten e eu rimos.

— Certo, certo, vocês três — Levantei as mãos em sinal de rendição. — E o que vocês pintaram, — Comecei a inspecionar a tinta neles. — além de vocês mesmos?

— Uma casa, uma fôr, uma ávore... — Dylan riu.

— E o vovô Maxon. — Cameron completou.

Osten gargalhou.

— Vocês pintaram o vovô?

— Todo de vêdi, papai.

— Mas nós têis deu banho nele depôi. — Aaron soltou.

Eu encarei os pequenos.

— Então quer dizer que vocês encharcaram seu avô quando ele e sua avó deram banho em vocês?

Os três morderam o lábio e Osten os balançou no ar fazendo-os rir.

— Meu pai deve ter rido à beça. — Ele disse.

Eu sorri balançando a cabeça. Esses eram os nossos filhos.

Chegamos a porta do quarto e eu a abri. Osten e eu levamos os meninos direto para a banheira.

— Ainda bem que essa tinha saí com facilidade. — Falei lavando o cabelo de Aaron, que brincava com patinhos de borracha com os irmãos.

Osten sorriu.

— Meus pais devem ter comprado do tipo aquarela.

Eu concordei com a cabeça.

— Acho que eles já imaginavam que algo desse tipo fosse acontecer.

— Tem toda razão, querida.

Demorou pouco para que nós conseguimos deixar Cameron, Aaron e Dylan limpinhos de novo. Pegamos os três no braço e os levamos ao quarto deles, que era uma extensão do nosso. Nós optáramos por deixá-los em um quarto só até que eles ficassem um pouco mais velhos, fato que os três adoraram. Vestimos roupas limpas neles e no final de tudo, eles já estavam caindo de sono.

Osten riu.

— Nem nossos mini-tornados aguentam ficar elétricos 24 horas por dia.

Eu ri junto com ele.

— Hora de tirar um cochilo, meninos.

Cameron, Aaron e Dylan vieram até mim e Osten ergueu um de cada vez para dar um beijo na minha barriga.

— Até depôi, imãozinho. — Dylan disse.

— Não demora muito na baíga da mamãe. — A voz de Cameron era quase inaudível de tanto sono.

— É. — Aaron concordou com o irmão. — Nós qué muito bincá com você.

Os três subiram cada um em suas camas e como mágica, adormeceram. Eu tinha lágrimas de felicidade nos olhos.

— Eles vão adorar saber que vão ao Centro amanhã. — Osten disse.

Eu sorri.

— E minha mãe vai adorar vê-los de novo.

Nós dois voltamos ao nosso quarto e fechamos a porta.

— Ela e Antonella têm feito uma parceria incrível na diretoria do Centro, querida. — Ele falou.

Eu concordei com a cabeça.

— As crianças de lá não poderiam estar em melhores mãos.

Nós caímos na cama.

Osten deu um beijo na minha barriga como os nossos filhos haviam feito. Quando me encarou, seus olhos reluziam.

— Obrigado, minha Alice. — Disse.

Eu abri um sorriso.

— Pelo quê, meu Osten?

— Por tudo, meu amor. Por permitir que eu te ame, por me amar de volta, por se casar comigo e me dar essa família linda.

Algumas lágrimas escorreram pela minha face. Osten as limpou com seus dedos e depois emoldurou meu rosto com suas mãos.

— Eu é quem que preciso te agradecer, meu amor, — Declarei. — você e os nossos filhos são a minha felicidade.

— Vocês também são a minha, querida. — Osten encostou sua testa na minha. — Eu te amo, minha Alice.

— Eu te amo, meu Osten.

Senti seus lábios sobre os meus e nós dois sorrimos, sussurrando em uníssono antes de nos beijarmos a frase que tínhamos tornado nossa.

Juntos pela eternidade.

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Nota do autor: A Princesa chegou ao fim, pessoal, mas ainda faltam as curiosidades. Lembrem também que terão bônus com o tempo. É isso. Nós vemos de novo em poucos dias.

PS: Epílogo Bônus de 11 páginas :O kkkkk

Até logo!

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