Capítulo 28

Eu estava quase adormecendo quando a porta do quarto foi aberta. Fechei os meus olhos ao mesmo tempo em que o som de passos começou a ressoar pelo local. Segundos depois, uma ondulação no colchão me indicou que alguém havia sentado na minha cama.

Eu tinha total certeza de que essa pessoa era...

— Oi, minha Alice.

Osten.

Ele se movimentou e eu senti um leve toque dos seus lábios nos meus. O perfume dele me invadiu e eu me forcei a ficar quieta e não inspirar fundo o seu cheiro, coisa que eu estava morta de vontade de fazer.

Osten começou a acariciar meu rosto vagarosamente com o dorso da mão e eu me arrepiei, rezando para que ele não percebesse.

— Assistir a você caindo da escada foi uma dor que eu imagino ser igual a dor de ser partido em vários pedaços. — Suspirou. — Você ficou no chão, imóvel... e eu pensei que... pensei que tivesse te perdido para sempre. — Osten soluçou. — Chorei feito uma criança até os médicos me garantirem pela 10ª vez que você estava bem.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos antes de continuar.

— Eu sei que você não está me escutando, pois está dormindo. Mas eu queria te dizer que se você precisar de alguma coisa, qualquer coisa, eu estarei aqui, sentado na poltrona e pronto para lhe ajudar. — Ele tirou a mão do meu rosto. — Eu te prometo, minha Alice, a Itália mudará as nossas vidas. Boa noite.

Osten me deu outro beijo breve nos lábios, se levantou da cama e eu senti que se sentou no assento ao lado dela.

Escorregando o braço sobre o lençol, ele entrelaçou nossas mãos.

Pensei calmamente nas suas palavras, nos seus gestos, nas suas expressões hoje mais cedo, e antes de adormecer eu me dei conta de uma coisa: Eu não sabia mais se sair da Seleção era o que eu realmente deveria fazer.

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No outro dia à tarde, eu estava no quarto com Mary me preparando para a viagem. Minhas criadas me ajudaram a sair da ala hospitalar pela manhã e me disseram que eu precisava escolher uma delas para me acompanhar durante a estadia no palácio da rainha Nicoletta. Escolhi Mary porque ainda não me sentia agradecida o suficiente pelas roupas maravilhosas que ela vinha fazendo para mim desde que eu chegara ao palácio.

— Olá, você é a criada da Alice que vai com ela à Itália, não é? — Leanna perguntou à Mary, entrando em meu quarto.

Só a presença daquela garota havia se tornado um martírio para mim.

— Sim, senhorita. — Mary respondeu.

— A rainha está chamando você. Pode ir. Eu ajudo a senhorita Alice a terminar os preparativos.

Mary olhou em dúvida para mim, mas eu assenti para ela.

— Pode ir, Mary. Eu dou conta disso. — Falei, sem saber se o "isso" a que me referi era a mala ou a presença da selecionada.

Quando Mary saiu, Leanna se virou para mim com um sorriso que me deixou receosa. Decidi expulsá-la logo de uma vez.

— Não preciso da sua ajuda, pode ir embo...

Antes que eu pudesse terminar de falar, Leanna avançou em mim e agarrou meu pulso machucado com força. Usando a outra mão, ela tapou a minha boca para silenciar meus gritos de dor.

— Calada! Você está muito enganada se acha que vai a algum lugar sozinha de novo com o príncipe. Eu já entendi o seu jogo. Fica se fazendo de vítima, assim ele dá atenção total a você. Mas hoje não.

Ela me empurrou até o closet forçando cada vez mais o seu aperto. A dor latejava por todo o meu braço, fazendo lágrimas caírem desenfreadas pelo meu rosto.

— Eu já lhe disse uma vez que ele prefere a mim, mas você quer forçar a barra, não é? Então, vai ter o que merece.

Leanna abriu a porta do closet e me jogou lá dentro, fazendo com que eu me chocasse contra uma das paredes e pressionasse assim um hematoma gigante no meu ombro.

— Não adianta ter esperanças. Aquela criada idiota não vai voltar até falar com a rainha, o que nunca vai acontecer porque Vossa Majestade já está a caminho do aeroporto. E nem pense em gritar, pois só vai consumir seu oxigênio mais rápido. — Ela sorriu. — Agora, com licença, porque eu vou viajar com o príncipe.

E com isso, Leanna fechou a porta do closet e saiu do quarto enquanto eu ficava chorando de dor lá dentro, certa de que estava no fundo do poço.

Osten havia dito que a Itália mudaria as nossas vidas. E tudo o que eu queria desde ontem era poder saber o que isso significava. Mas presa no closet, eu perderia essa chance.

Para a minha surpresa, segundos depois, eu ouvi passos no quarto novamente. Primeiro imaginei que Leanna havia voltado, mas arfei de alívio quando ouvi a voz de Mary.

— Senhorita Alice?

— No closet, Mary, eu não tenho a chave. — Respondi.

— Não é problema, a de Evie está comigo. — Falou, já abrindo a porta. — Senhorita Alice, o que foi que... Oh Meu Deus. — Ela exclamou ao me ver no chão, gemendo de dor e com o rosto vermelho de choro.

— Vamos Mary, — Falei me levantando com a ajuda dela. Eu não podia perder tempo. — eu tenho uma viagem para ir.

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Quando minha criada e eu chegamos às escadas do lado de fora do palácio, eu pude ouvir a voz de uma Leanna desesperada.

— Vossa Alteza. — Ela disse ao príncipe. — Alice desistiu, acredite em mim.

Osten lhe lançou uma expressão não muito amigável.

— Senhorita Roberts, a senhorita já sabe a minha decisão. Tenha um pouco de amor próprio. A senhorita não vai.

— Mas nós poderíamos nos divertir bastante juntos. — Ela disse se inclinando na direção dele, como se fosse beijá-lo.

Osten se afastou irritado.

— Senhorita, seu comportamento está sendo inadmissível. Eu sei que estamos em uma Seleção e que até já tivemos mais de um encontro, mas eu não lhe dei esse tipo de liberdade. Eu sou o príncipe, comporte-se. — Ele virou de costas. — Guardas. — Quatro homens de uniforme se aproximaram. — Vocês dois, vão até o quarto da minha Alice — Suspirou ao dizer meu nome. — e vocês dois, acompanhem a Senhorita Roberts de volta ao quarto dela antes que eu perca a cabeça.

— Agora mesmo, Alteza. — Os quatro responderam em uníssono.

— Não é preciso me procurar. — Eu finalmente falei, fazendo todos olharem para mim. Vi o sangue sumir do rosto de Leanna e sorri. — Senhorita Roberts, da próxima vez que for tentar trancar alguém num closet verifique se ela não tem uma amiga esperta e fiel como Mary por perto.

Minha criada riu do meu lado.

— Do que você está falando? Quer me culpar pelo seu atraso? Não perca seu tempo. — Leanna se fez desentendida.

— Então será que você me jogou no closet apenas como um modo de expressar o seu ódio por mim?

— Eu não fiz nada.

— É mesmo? — A fulminei com o olhar e me aproximei. — E como você explica isso aqui? — Levantei o meu braço e abaixei a manga do vestido para revelar o meu pulso. No pouquíssimo tempo que Mary e eu levamos para sair do palácio ele tinha inchado bastante e ficado muito vermelho. Tudo culpa da força que Leanna usara quando o havia apertado.

Osten arregalou os olhos e se pôs ao meu lado na mesma hora. — Isso é um absurdo, Senhorita Roberts.

— Alteza, eu, eu, eu. — Leanna gaguejando? Eu gargalharia se ainda não estivesse sentindo dor.

— Já basta. — Ele falou para ela num tom de voz imperial que fez todo mundo congelar. — A senhorita irá voltar para casa imediatamente. Chame suas criadas e peça que a preparem para a sua partida. E vocês quatro, — Ele continuou, virando-se para os guardas. — certifiquem-se de que ela cumpra a minha ordem.

Eu arregalei os olhos.

Osten a havia mandado para casa!

Mas isso não significava que ele não estivesse mais confuso, e pensar nesse fato me causou uma dor muito maior do que a que latejava em meu pulso.

Leanna baixou a cabeça derrotada e entrou no palácio com os guardas logo atrás dela.

— Você... Mary, não é? — Osten falou e a minha criada assentiu sorrindo. — Pode ir na frente com o motorista, por favor? Eu preciso conversar com a minha Alice.

— Como desejar, Vossa Alteza. — Mary respondeu, fazendo uma reverência antes de entrar na limusine.

Osten se virou para mim. — Vamos.

Com um cuidado gigante, ele me ajudou a entrar no carro e depois fez o mesmo. Assim que se sentou, ele deslizou para o assento ao meu lado.

— Deixe-me ver isso. — Osten tocou delicadamente o meu braço.

Eu estendi o meu pulso para ele.

— Você vai se consultar com um médico assim que chegarmos ao palácio da rainha Nicoletta, tudo bem?

Eu assenti.

— Mais alguma parte do corpo está doendo? — Ele perguntou, parecendo muito preocupado.

— Sim.

— Pode me mostrar, por favor?

— Não.

Osten levantou as sobrancelhas. — Porque não?

Eu corei. — Bem, hã, eu teria que abrir o meu vestido para fazer isso.

Ele riu. — Eu preciso ver a situação do machucado.

— Está bem. — Suspirei sabendo que aquilo era uma péssima ideia. — Mas você vai ter que desabotoar.

Cruzei minhas mãos no peito para impedir que o vestido caísse, revirando os olhos para a minha vergonha sem explicação.

Como se ele já não tivesse caído naquela nossa tarde no jardim durante o ataque da ADL.

Osten começou a abrir o vestido, arquejando quando deslizou a peça pelos meus ombros.

— Está tão ruim assim? — Perguntei assustada.

— Está muito vermelho, mas eu tenho certeza de que irá parar de doer em uma semana.

— Então porque você reagiu desse jeito?

— Porque eu acabei de perceber que você é infinitamente mais perfeita do que a minha mente seria capaz de recordar.

Osten se aproximou mais de mim e abaixou a cabeça, dando um beijo longo e leve no limiar entre a minha pele saudável e a machucada. Foi inevitável não me arrepiar com aquele contato mais íntimo.

— Minha mãe sempre beijava os meus machucados. Eles curavam mais rápido, um beijo é uma mágica especial. Eu posso não ser a sua mãe, mas espero que eu seja o suficiente para ajudar. — O príncipe falou sussurrando no meu ouvido.

Abotoando novamente a minha vestimenta, Osten abaixou a cabeça de novo e dessa vez beijou meu pescoço demoradamente. Incapaz de fazer qualquer outra coisa, eu apenas fechei os olhos e senti a perfeição que era o toque dos seus lábios naquele meu espaço de pele mais sensível.

Tudo o que eu queria naquele momento era que ele me amasse, para que eu pudesse ficar daquele jeito com ele pela eternidade.

Mas ele não me amava.

Pensar nisso fez a dor no meu peito atingir níveis exorbitantes e um soluço involuntário escapar da minha garganta.

Talvez ter vindo a essa viajem não tenha sido uma boa ideia.

Osten levantou a cabeça, colocou dois dedos no meu queixo e virou minha cabeça na direção dele.

— O que aconteceu, minha Alice?

Ouvi-lo falar comigo daquele jeito, sua voz tão carinhosa como a de ontem à noite, foi demais para mim. Eu não aguentei, simplesmente desabei a chorar.

Osten recostou meu corpo no dele e começou a secar minhas lágrimas.

— Você tem que contar qual é problema, minha Alice.

Eu solucei alto.

Optei por falar toda a verdade.

— O problema é... você.

Suas sobrancelhas se arquearem.

— Eu?

— Sim, você. — Suspirei em meio as lágrimas. — Você se infiltrou pelas barreiras do meu coração e se plantou lá, invisível. E enquanto a tonta aqui achava que só estava se permitindo te conhecer melhor, você já estava enraizado de forma definitiva nos meus sentimentos. Foi só eu me abrir um pouquinho e puf... o meu coração idiota já não era mais meu. — Eu olhei bem fundo em seus olhos castanhos. — Eu sou apaixonada por você, seu grande confuso, exagerado e convencido. E eu não aguento mais esse negócio de Seleção.

Dizer aquilo foi como tirar toneladas de peso da minha alma.

Osten me deu um sorriso bobo, seus olhos de repente brilhando em lágrimas como os meus.

— Você não precisa mais aguentar, minha Alice.

Eu arquejei. Será que ele me mandaria para casa como eu pedira ontem?

Se sim, eu o havia perdido para sempre.

— Sabe porquê? — O príncipe perguntou.

Eu neguei com a cabeça, temerosa.

Osten tomou meu rosto em suas mãos, tocou de leve seu nariz no meu, e depois me encarou.

— Vamos ver se você consegue adivinhar.

Ele esboçou uma frase inaudível com os lábios e eu tentei fazer a leitura. Não consegui pegar todas as palavras, mas as que eu entendi me fizeram arregalar os olhos: "Amo" e "Alice".

— Outra vez, por favor. — Pedi.

Osten não hesitou, repetindo os movimentos com a boca.

Dessa vez eu peguei a frase inteira.

"Eu te amo, minha Alice"

— Eu te amo, minha Alice. — Disse ele de forma alta e clara, ao mesmo tempo em que eu repetia as palavras em minha mente.

Meu coração deu um pulso. Um pulso forte, imponente, que explodiu alegria, euforia e mais um conjunto infinito de emoções boas por todo o meu peito, sobretudo alívio.

— Você... me ama?

Osten assentiu sorrindo.

— Eu te amo mais do que tudo no mundo.

— Mas... mas... e as outras garotas?

O príncipe balançou a cabeça.

— Não outras garotas para mim. Desde o começo, sempre houve apenas você. Sempre foi você, minha Alice.

— Mas e quanto ao que você falou para a Senhora Antonella?

— Esqueça aquilo. Você e eu, isso que nós temos, não acabará, não desbotará jamais. Eu sou um burro por não ter percebido isso antes. — Ele sorriu ainda mais. — Mas eu sou o seu burro, só seu.

— Certo, meu. — Eu ri. — Só que eu não gosto de ver o homem que eu amo se chamando de burro.

Uma lágrima desceu dos olhos de Osten e escorregou por seu rosto, atingindo diretamente o meu.

— O homem que você ama, é?

— Sim. — Continuei sem hesitar. — Eu te amo, Osten Schreave.

— Eu te amo, Alice Wightman. — Ele desceu seus lábios na direção dos meus.

Nosso beijo foi a demonstração dos nossos sentimentos. Foi doce e intenso. Uma fusão oficial e inquebrável dos nossos corações.

— Será que você pode me chamar de "meu Osten" a partir de agora, minha Alice? — Osten pediu quando nos afastamos.

Eu assenti, muito mais do que feliz.

— Então, a Seleção acabou? — Perguntei.

— Acabou. Na verdade, eu nem sei se algum dia ela chegou a existir de fato. Desde que eu vi a sua foto no Jornal, algo dentro de mim sempre me disse que seria você. E eu acho, aliás, eu acho não, eu tenho certeza que as outras garotas perceberam isso na primeira vez em que nos viram juntos. Por isso algumas delas ficaram tão desesperadas. A Senhorita Roberts, por exemplo, chegou a invadir o terceiro andar na noite de antes do baile para tentar ir ao meu quarto. — Ele não havia chamado Leanna para o quarto dele! Ali estava a confirmação sem que eu nem tivesse perguntado. — Juro que só não a expulsei do palácio naquele momento porque estavam todos dormindo, e eu estava planejando acabar com a Seleção depois que eu cantasse no baile, quando te pedisse oficialmente em casamento. Por isso eu apenas segurei a Senhorita Robertts pelos ombros para impedi-la e chamei os guardas, proibindo-os de deixá-la voltar em qualquer circunstância. Nem sei com eles a deixaram passar.

— Mas eu sei. Eu sei como Leanna conseguiu enganá-los. — Admiti resignada.

— Sabe? — Osten ficou curioso.

— Sei... Porque eu também fui ao 3º andar naquela noite. Eu estava planejando me declarar para você.

Ele arregalou os olhos.

— E porque não fez isso, minha Alice?

— Porque eu vi vocês dois na porta do seu quarto. — Mordi o lábio. — E, bem, você me disse que estava confuso, então eu imaginei que...

— Que eu a havia convidado a ir até lá? — Balançou a cabeça. — Meu amor, — Vibrei internamente. Era a primeira vez que ele me chamava assim. — eu nunca chamaria alguém ao meu quarto que não fosse você. — Ele me deu beijo breve nos lábios e eu sorri. — Agora, me conte, como você passou pelos guardas?

— Bem, eu não tive nenhuma dificuldade, na verdade. Bastou que eu afirmasse que a rainha me esperava em seu escritório e os pressionasse um pouco. Eles cederam em menos de um minuto. Leanna deve ter feito algo parecido.

Osten suspirou. — Definitivamente, eu preciso conversar com a minha irmã e o general Leger sobre o treinamento dos oficiais.

Eu assenti. E logo depois arquejei, me lembrando subitamente de outra coisa.

— Então elas mentiram para mim. — Sussurrei mais para mim mesma, mas Osten ainda acabou escutando.

— Elas quem?

— Algumas das selecionadas.

— O que elas te disseram?

— Que todas elas já haviam beijado você.

O príncipe arregalou os olhos novamente.

— Mas que absurdo! Eu nunca beijei nenhuma delas! Sei que você havia me dito que entendia o processo da Seleção, mas chegar a beijá-las sempre me pareceu uma traição a você, por isso eu nunca fiz. — Ele tocou de leve meu nariz com o dedo e eu sorri. — Só beijei uma garota, e ela está aqui comigo agora.

Era sentimento demais, eu me sentia como se fosse transbordar.

— Mas não pense que eu deixei a mentira delas barato. — Eu disse. — Declarei na frente de todo mundo que já tinha te beijado pelo menos umas 27 vezes.

Osten sorriu e começou a deslizar a ponta de seu nariz pelas maçãs do meu rosto.

— 27, meu amor?

— 27.

— Que tal se nós tornássemos essa pequena mentira uma verdade?

Eu ri.

— Você pode cantar para mim enquanto isso?

Ele assentiu com olhos contemplativos — Que música?

— A que você cantou no baile. Naquele momento eu pensei que você ainda estivesse confuso e não tive certeza de que a canção era para mim. — Suspirei. — E pensar que você ia me pedir em casamento logo depois.

Osten gemeu.

— Está vendo, mais uma vez eu fui burro. Esqueci de dedicar a música para você.

— Você pode fazer isso agora, olhando para mim assim, meu Osten.

Os olhos dele cintilaram.

— Nada me faria mais feliz, querida. — Ele limpou a garganta. — Essa música que eu vou cantar é só sua, minha Alice, porque você, meu amor, você é o meu coração.

Osten começou a cantar, me beijando entre um verso e outro.

E ali eu tive certeza, certeza de que não poderia haver felicidade maior no mundo do que passar o resto da minha vida ao lado ele.

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