» Y G A F I M
*You've Got A Friend In Me
Eu vivi para ver Harry Scott com seus cabelos ruivos brilhando a luz do sol correndo chamando por mim.
— Posso te acompanhar até em casa?
— Como nos velhos tempos — sorri para ele.
— Como nos velhos tempos — repetiu.
Os primeiros passos foram silenciosos, meio constrangedores e bastante incomodativos, eu e Harry não tínhamos assunto e isso é algo muito estranho.
— Olha só se não é a "troca troca de namorado" — Eliza Taylor e seu cabelo loiro ensebado parou em nossa frente com suas duas escudeiras e Lion em seu encalço.
— Cala a boquinha Taylor — bufei contrariada.
— Você não cansa de trocar de boy o tempo inteiro? — Laila perguntou cheia de ironia.
— Ao menos eu tenho vários boys para trocar — respondi e ouvi Harry rir baixinho.
— Você tá insinuando o quê? — Laila veio para cima.
— Chega — Noora atravessou na frente — Chega de besteira, deixa a menina passar.
— Não sei porque anda com elas — olhei para a morena — Você é muito melhor que elas Noora, sempre foi.
— Andrew não acha — Laila tentou manipular Noora contra minha família.
— Ele acha, mas acontece que ele não está mais apaixonado por ela, mas isso não muda o fato de que Noora pode conseguir qualquer cara ou até mesmo ser feliz sozinha — Harry defendeu.
— Falou o drogadinho — Lion implicou.
— Cala a boca antes que eu faça ovo mexido com suas...
— Harry — segurei em seu pulso — Tá tudo bem, esquece eles.
— Matthew tem mãos incríveis, você não acha West? — Eliza provocou.
— Segura meu poodle — entreguei minhas coisas para Harry.
— Vai em frente — Harry sorriu com seus dentes brancos.
Literalmente voei na cara de Eliza e dei dois tapas bem dados na cara de pau dela.
— Você tem razão Matt tem mãos incríveis, mas eu também tenho — passei a mão na minha saia de cheerleader e saí desfilando.
— Tá gostosinha, hein? — Lion assoviou.
Harry socou a cara de Lion com uma força descomunal e depois ajeitou a alça da mochila em seu ombro esquerdo.
— Você tem sorte de ter sido eu quem ouviu isso — Harry disse a Lion que tinha a mão na boca — Se fosse o namorado dela teria te afogado te afogado e você nem ia ter visto a hora que isso aconteceu.
Meu melhor amigo mostrou seu melhor sorriso de escárnio e saiu me puxando para longe do quarteto mais nojento de toda a galáxia.
— Nós somos o melhor time — Harry disse,
— Como Maya e Farkle — pulei em suas costas e senti suas mãos me mantendo segura ali.
— Ainda não superei o fim dessa série — Harry nunca vai superar nenhum final de qualquer série da Disney.
— You've got a friend in me — comecei a cantar — You've got a friend in me.
— When the road looks rough ahead — Harry continuou.
Cantamos a música inteira sem nos importar com os olhares das pessoas que por nós passavam, Harry me levou até a pracinha que fica perto de nossa rua.
— Our frienship Will never die, you're gonna see it's our destiny — Harry cantou sentando em um balancinho e eu no outro.
— You've got a friend in me — terminei e uma lágrima me escapou.
Harry capturou a lágrima fujona e sorriu para mim.
— Minha vida é uma merda sem você e sem Rose — Harry segurou minha mão — É loucura, né?
— O quê?
— Eu e você confundimos tudo — revirou os olhos — Não me entenda mal, eu amo você.
— Eu também te amo — entrelacei seus dedos nos meus — Mas não como um namorado, é mais como um ir...
— Não diz que me ama como irmão porque aí já é demais, porque você tinha uma espécie de atração por mim e aí eu vou ficar me perguntando se você quer dar uns pegas no James também —bati nele.
— Nem se o Jay não fosse meu irmão eu iria dar uns pegas nele — fingi colocar o dedo na garganta.
— Eu daria uns pegas nele — fiquei chocada.
— Que nojo Harry — belisquei o braço do rapaz — Eu não entendo como Rose gosta dele e agora até você.
— James é delicado com as pessoas, dedicado com as pessoas que ele gosta, é um ótimo jogador, ótimo irmão e é bem bonito, se eu fosse gay eu dava uns pega nele — disse rindo.
— No Andrew também? — entrei na brincadeira.
— Não, o Andrew é da Dominique e eu tenho medo dela — fingiu sentir calafrio — Ela me parte no meio só com um sopro.
— E no Matt? — cutuquei.
— Eu casaria com ele.
— Eu devia ter gravado essa confissão.
— Devia mesmo porque eu nunca mais vou repetir isso — riu como meu Harry de antigamente.
— Então toda a raiva que você tem por ele é um tipo de amor reprimido — brinquei e Harry fingiu vomitar.
— Não exagere — balançou a cabeça e voltou a me olhar — Teria sido tudo mais fácil se você tivesse me amado de verdade e eu também tivesse te amado.
— Nem sempre aquilo que é mais fácil, é mais verdadeiro e destinado a acontecer.
— Por que você não me amou?
— Eu amo, mas de um jeito diferente.
— Nós somos dois otários.
— Por quê?
— Você fica enrolando o Stone e eu...
— E você... — incentivei.
— Tem uma garota.
— Quem? — estapeei seu braço ansiosa pra ouvir um nome.
— Izzy.
— Mentira — bati palminhas,
— Tenho passado muito tempo com ela, mas eu estava tão absorto em problemas, em ciúme de você e drogas, que eu nunca tinha percebido realmente ela, mas naquela noite quando abri os olhos e a vi chorando no quarto do hospital foi como um gatilho na minha mente.
— Você a percebeu.
— Foi algo mais que isso — balançou a cabeça e ficou em silêncio olhando para areia — Foi como se ela estivesse lá, mas como se eu tivesse feito a escolha que não a enxergar.
— É tenso.
— Não, foi burrice mesmo — riu sem humor — Eu me convenci que estava apaixonado por você porque de alguma maneira sabia que isso iria me machucar menos que qualquer outra garota.
— E machucou mais?
— Eu te machuquei e isso é pior que qualquer coisa.
— Eu já te perdoei.
— Mas eu não me perdoei, nas férias irei passar um tempo em uma clinica de reabilitação de um colega antigo de escola da mamãe — me contou — E quando eu estiver bom irei me perdoar, vou me formar, vou casar e ensinar meus filhos a nunca cometerem os mesmos erros que eu.
— É um ótimo planejamento de vida — abracei-o de lado.
Acendi a tela do celular para olhar as horas e ouvi a risada baixa de Harry.
— Você gosta mesmo dele — apontou para o papel de parede.
Matt, eu e Chloe na cachoeira.
— Acho que gosto — suspirei — Mas nunca parece que vai dar certo.
— Dá certo quando a gente tenta.
— Tá filosófico hoje — brinquei.
— Izzy me emprestou uns livros e eu tô me sentindo estranhamente filosófico e romântico, é como se John Green tivesse feito uma lavagem cerebral na minha mente, é estranho e bom.
— Que exagero — revirei os olhos rindo.
— Lírio — me chamou e eu voltei a olhar — A gente devia fazer uma coisa para ver se passa de vez essa sensação que tem entre nós dois.
— Tipo um beijo?
— É, vai ver que quando a gente se beijar...
— A gente vai perceber que foi estranho...
— Como beijar o Batman...
— Como beijar o Han Solo.
— Beijar um defunto é muito estranho — Harry fez careta.
— Respeita a minha dor, nunca superarei a morte dele.
— Eu nunca superarei a morte do meu peixinho Nemo.
— Harry você tinha seis anos quando ele morreu.
— E eu o amo até hoje, eram bons tempos.
— Você praticava bullying com o Matthew, não eram tempos bons.
— E eu tenho que pedir desculpas para ele por isso — bufou contrariado.
— Vamos fazer logo isso.
— A gente vai mesmo...
— Vai.
— Tá.
Nos levantamos, Harry colocou as mãos na minha cintura, nossos olhos se encontraram, Harry mexeu inquieto os ombros como se estivesse tentando dissipar a tensão, respirei fundo, nos aproximamos lentamente.
E caímos na risada.
— Ok, de novo — eu disse tentando me recompor.
O ruivo me puxou pela cintura.
— Ah cara, facilita aí, fecha os olhos para eu me concentrar e não rir — Harry estava com as bochechas vermelhas.
Fechei os olhos e respirei fundo.
— Manda a ver.
— Eu vou te beijar e eu não derrubar uma casa — ouvi seu tom de brincadeira.
Um silêncio se instalou, senti Harry impulsionando meu corpo para cima, fiquei na ponta dos pés esperando o encontro de seus lábios nos meus.
— Merda — Harry me largou e eu abri os olhos.
— O que foi?
Harry apontou com o queixo para a rua e quando eu vi o que estava li gelei dos pés a cabeça.
— A gente conversa quando você chegar em casa Lilian — James tirou o capacete e me ameaçou.
Para piorar minha situação: Matthew está pilotando a moto que meu irmão está montado.
Seus olhos encontraram os meus só para depois desviarem e a moto tomar seu rumo.
— Eu vou tomar uma surra — Harry deu um tapa na testa — Tô cansado de ser saco de pancada.
— Matthew nunca vai me perdoar — fiz bico.
— Vai sim.
— Se bem que ele dormiu com a vizinha dele — lembrei-me da vaca maravilhosa de olhos verde musgo.
— Quer que eu arrebente a cara dele?
— Não — neguei balançando a cabeça.
— Vamos logo antes que eu decida fugir do país para seu irmão e seu namorado não me encontre.
— Não seja dramático.
— Eu já levei uma surra dos dois querida, pergunta pro meu nariz se ele quer encontrar de novo com os punhos deles — apontou para o nariz —Falando nisso, você bate bem forte, hein?
— Você mereceu.
Ele concordou com a cabeça e fomos temerosos para casa, Harry desejou-me sorte e foi paras sua casa.
Respirei fundo e girei a maçaneta.
— Cadê o Matt? — perguntei para James.
— Foi para casa — meu irmão estava no primeiro degrau da escada com uma cara de "Vou destroçar seus ossos".
— Eu posso explicar.
— Tá. De. Castigo.
— Como?
— Para o quarto mocinha — apontou para a escada.
— Fumou maconha?
— Ãhn?
— Desde quando você é meu pai para me dar ordens?
— Papai tá no trabalho e eu sou o responsável por você.
— E vai me colocar de castigo por quê?
— Você partiu o coração do meu melhor amigo.
— Você partiu o coração da Rose quando ficou com a vaca da Laila e eu não te coloquei de castigo.
— Você me bateu — balançou a cabeça — Mas ok, tô exagerando, desculpa.
— Então para de me tratar como bebê.
— Tô tentando proteger seu coraçãozinho Lilian — acariciou minha bochecha — Não quero que se machuque.
— Eu te amo maninho — abracei sua cintura — Eu não poderia ter irmão melhor.
— Tô aqui de boa ouvindo a trairagem de vocês dois — ouvimos a voz de Andrew.
Eu e Jay corremos até a sala e nos jogamos em cima de meu irmão do meio, o West ciumento.
— Eu sou um neném e vocês estão me machucando — Andy gritou.
— Você pediu por isso — James pulou de novo esmagando o mais outro.
— Eu vou ligar para polícia, vou colocar os dois na cadeia por tentativa de homicídio — Andy ameaçou quando saímos de cima dele — Suas pragas — disse ofegante e vermelho.
— Eu vou fazer alguma coisa pra gente comer antes de eu ir pro trabalho — Jay se levantou.
— Ai que bonitinho James é a melhor mamãe — fiz um coração com as mãos.
— Não é a mamãe, não é a mamãe — Andy imitou Baby da Família Dinossauro.
— Vai cozinhar mesmo? — perguntei.
— Vou.
— Que a sorte esteja a nosso favor — eu e Andy trocamos um high five.
— Bando de mal agradecidos — Jay reclamou — Devia deixar que morressem de fome.
— Vou me trocar — levantei.
— Sugiro que ligue pro Matt — Andy aconselhou.
— Sugiro que beijei a Dominique de uma vez — levei uma almofada na cara — Que foi?
— Ela é como uma irmã pra mim.
— Irmãos não dançam do jeito que vocês dançaram na festa, você estava visivelmente afetado com o efeito do corpo dela em você.
— Eu não vou ter esse tipo de conversa com você — se levantou e saiu correndo com as mãos nos ouvidos.
Entrei no quarto, tranquei a porta, me joguei na cama e liguei para Matthew.
— Oi.
— Tá bravo?
— Lilian eu não sou seu namorado, por tanto não tenho o direito de ficar bravo porque fiquei com ciúmes.
— O que diabos nos somos então?
— Se eu tivesse essa resposta eu te daria, mas fica tranquila que eu tô de boa.
— Você é importante pra mim Matt e eu não quero perder você.
— Você significa muito pra mim também.
— Você vai para casa da vovó amanhã? Eu, James e Rose iremos acampar, vem com a gente.
— Acampar com você?
— É, qual o problema?
— Eu, você, uma barraca pequena, pouca luz, muito calor, é nenhum problema.
— Você tá me deixando sem graça.
— Ainda quer acampar comigo?
— Quero.
— Lilian, Lilian...
— O quê?
— Você tá me testando?
— Só te fiz um convite.
— Se eu aceitar, ao menos um beijo eu ganho.
— Vai ter que ir para saber.
Ouvi sua risada gostosa do outro lado e senti meu coração disparar.
— Vou pagar pra ver.
— Ver o quê? — provoquei um pouquinho.
— Você sem esse uniforme de cheerleader, por mais que eu goste dele e me faça ter ideias.
— Que tipo de ideias? — corei só de perguntar e imaginar a resposta.
— É fácil tirar esse uniforme, Lilian?
— Quando eu tô suada ele gruda e é ruim, mas normalmente... Oh, entendi agora o que você quis insinuar.
Matthew riu novamente.
— Vou esperar ansiosamente pelo acampamento de amanhã.
— Eu vou dividir a barraca com a Rose, já vou logo avisando.
— É o que vamos ver Princesa, é o que vamos ver.
— Abusado.
— Falando em abusado, eu tive que bater no Lion e eu vou te contar antes que você descubra sozinha e brigue comigo.
— Por quê bateu nele?
— Ele estava falando umas coisas de você com os caras do time, coisas que eu não gostei.
— Então bem feito pra ele, obrigada por defender a minha honra.
— Lilian vou ter que desligar, chegou visita.
— Deixa eu adivinhar: Aurora?
— A coisa da jaqueta foi um mal entendido.
— Eu não me importo, no final de tudo é comigo que você sonha.
— Convencida você.
— Você desliga ou eu?
— Você.
— Eu vou contar até três e a gente desliga junto.
— Ok.
— Um, dois, três.
Não somos namorados.
Mas não somos amigos.
O que somos?
MÚSICA DEZOITO:
► YOU'VE GOT A FRIEND IN ME (TOY STORY)
You've got a friend in me
When the road looks rough aheadAnd you're miles and miles
HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO IT'S MEEEEEEEEEEEEEE ❤
O QUE ACHARAM DO CAPÍTULO?
O QUE ACHARAM DA AMIZADE WESCOOT?
QUEM AGORA VENDO O LADO FOFINHO E CARINHOSO DO HARRY ESTÁ COMEÇANDO A FICAR IN LOVE COM ESSE RUIVINHO?
JÁ SABEM NÉ, SE TUDO DER CERTO O CAPÍTULO VINTE SERÁ POSTADO:
A M A N H Ã
E TEREMOS:
ACAMPAMENTO
MUSIQUINHA
JASE
WESTONE
B E I J O S
VEJO VOCÊS AMANHÃ MEUS NENÉNS, AMO VOCÊS, OBRIGADA POR TODO O APOIOOOOOO :3
PS: GENTE UMA LEITORA FEZ UMA INDICAÇÃO DO LIVRO, MAS EU NÃO ESTOU CONSEGUINDO ACHAR PARA VOTAR E COMENTAR, POR FAVOR APAREÇA NOS COMENTÁRIOS DESSE TRECHO PARA EU POSSA TE AGRADECER PELA EMOÇÃO QUE ME FEZ SENTIR ❤
PS2: AOS QUE FIZERAM PEDIDOS DE CAPAS & etc, EM BREVE IREI ENTREGAR ❤
ATÉ AMANHÃÃÃÃÃÃ
XOXO, LADY ALLEN.
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