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Eu disse que ia postar com mais frequência <3
O capítulo ainda não foi revisado, desculpem os erros.
*What I've Been Looking For
— Isso é sério? — suspirei encantada — Você tem uma sala de piano?
Matthew não respondeu, apenas conteve-se em sorrir enquanto abria a tampa e as teclas brancas e pretas apareciam majestosas.
— Você não pode ser real Matthew — sentiu ao lado dele no banco.
— E por que não? — perguntou enquanto dedilhava uma escala.
— Você tem um pôster de Casablanca na sua parede e os livros de A Seleção na sua estante — fui contando nos dedos — Você tem sotaque todo britanicamente lindo nível Niklaus Mikaelson e agora até um piano de calda você tem — revirei os olhos fingindo descrença e ele riu nasalado — Duvido que tenha lido A Seleção.
— Pode partir meu coração. Mil vezes, se desejar. Sempre foi seu para machucar como quiser... Amarei você até meu último suspiro. Cada batida do meu coração é sua. Não quero morrer sem que você saiba disso.
— Você só pode estar de brincadeira.
É como se Matthew estivesse tentando ferrar com meu psicológico e o pior: O maldito está conseguindo.
— Surpresa com meu bom gosto? — perguntou ainda sem olhar para mim.
— Bastante — mordi o lábio.
— O que te faria ficar ainda mais surpresa?
— Só se dissesse que ouve Britney Rainha Spears — dei de ombros.
— Então — olhou bem dentro dos meus olhos e eu senti cada célula minha fazendo a festa — Oops!...I Did It Again — cantarolou.
— Fala sério — deu um tapinha no braço dele — Você é ridiculamente perfeito, que droga.
— Eu não sou perfeito, ninguém na terra é — respondeu — Tenho muitos defeitos.
— Que tipo de defeitos?
— Eu sou um pouco inseguro, eu tenho acnes, tenho uns quinze mil sinaizinhos pelo corpo — acho fofo — Eu sou chato para caramba, ás vezes inconveniente igual a minha mãe e prefiro ficar em casa na companhia da Netflix que sair com "amigos" que com toda certeza vão me ferrar um dia.
— Que grandes defeitos — revirei os olhos.
— Eu sou ciumento também.
— Isso é um defeito bem bosta — fui sincera.
— Vai dizer que não sente ciúmes do Harry?
— Ciúme todo mundo tem, mas não rebaixo fazendo escândalo.
— Nem eu — parou de tocar e me olhou novamente — Vou te mostrar uma coisa.
Não tem muita coisa á mais para me mostrar não, já vi quase tudo.
— E antes que você comece a pensar besteira — começou a tocar e as primeiras notas me fizeram sorrir incrédula.
https://youtu.be/GIPUxXtW1ss
— It's hard to believw that I couldn't see you were always there beside me — caramba a voz dele me hipnotizou, assim como seus olhos em mim.
— Thought I was alone with no one to hold but you were always right beside me — eu cantei mantendo meus olhos nos seus.
— This feeling's like no other I want you to know — e quando as nossas vozes se juntaram foi como mágica, um estranho tipo de mágica — I've never had someone that knows me like you do the way you do I've never had someone as good for me as you no one like you so lonely before I finally found — meu coração falhou uma batida pela maneira que a música parecia ser tão verdadeira — What I've been looking for.
Matthew parou de tocar e suspirou olhando para mim, de repente seus olhos desviaram dos meus quebrando aquela magia.
O que eu estou pensando?
Lilian amor você não está em um filme da Disney, não fantasie.
— Achei que não gostasse de High School Musical — quebrei o silêncio.
— Eu nunca disse isso — olhou para mim novamente — É só que me lembra de alguém e me deixa triste.
Nunca soube que ele havia realmente namorado sério alguém.
— Namorada?
— Irmã — Ok, eu não sei nada da vida desse menino.
— Nem sabia que você tinha uma irmã.
— Eu tenho uma irmã — corrigiu — Aquela traidora me fazia assistir esses filmes com ela e depois se mandou para Londres para estudar e nunca mais voltou.
— Você acha que ela não volta?
— Volta não — fez um bico de criança dengosa — Aquele cara roubou ela de mim — cruzou os braços — Ele só chegou e roubou ela.
— Está com ciúmes do namorado da sua irmã? — ri.
— Noivo, ela vai se casar com ele no final do ano depois da minha formatura.
— Você é muito bobo — brinquei.
— Não sou não.
— Você acha que os meninos vão ficar com ciúmes de mim quando eu tiver um namorado? — perguntei.
— Se eles me tratarem mal ou me ameaçarem eu prometo te contar.
— O quê? — perguntei confusa.
— Você é muito lerda — eu até iria levar isso como um insulto, mas o sorriso em seu rosto me levou ao caminho oposto de raiva.
— Você já gostou de alguém Matthew?
Confesso que fiquei curiosa para saber sobre a garotinha que ele gostava quando éramos crianças.
— Por que tá perguntando?
— Porque a sua mãe disse que você gostava de...
— Ela disse quem era? — perguntou me interrompendo.
— Não, ela disse que se eu quisesse saber tinha que ser você me contando.
— Quer realmente saber?
— Estou perguntando, não estou?
— O nome dela é Lilian Anne West Porter — só pode ser brincadeira — Dona de fios dourados e olhos hipnóticos e era a dona do meu coração.
— Sério? — engoli em seco e ele me olhou seriamente e suspirou — Por que não me contou?
— Eu tentei — travou o maxilar por alguns segundos — Muitas vezes — disse devagar — Mas sempre tinha alguma coisa que fazia tudo dar errado. Sempre havia alguém no caminho.
— Você tinha que ter me contado Matthew.
— Eu sei, eu tentei, mas o Harry sempre tava lá para jogar aquelas coisas na minha cara.
— Jogar o que na sua cara?
— A primeira vez foi uns dias antes do meu aniversário — os dedos dele acariciavam as teclas do piano sem fazer som — Eu ia te contar, mas o Harry me disse que você tinha dito que eu era um menino feio e que nunca iria gostar de meninos como eu.
— Como você? — juntei as sobrancelhas.
— Eu não era um símbolo de beleza — riu sem humor — Aparelho Extra Oral, óculos de grau... Eu era aqueles nerdzinhos de filme — revirou os olhos — Eu meio que acreditei no que ele disse e chorei por dias e quando minha mãe não te convidou pro meu aniversário, eu chorei mais ainda.
— Harry disse isso?
DECEPÇÃO.
— Sim, mas não tem importância mais.
— Por que diz isso?
— Porque eu não o cara que você sempre sonhou Lilian, nunca fui.
— Você sempre foi o menino mais bonito da sala, para mim, pelo menos.
— Não precisa mentir para amenizar meu trauma.
— Eu não estou mentindo Matthew, a maioria das menininhas gostam de dois caras ao mesmo tempo.
— E você gostava do Harry e de mim? — ergueu uma das sobrancelhas quando seus olhos e os meus se conectaram.
— Eu tinha oito anos.
— Uma vez, quando a gente tinha uns dez anos, a professora falou sobre mitologia grega e você ficou encantada com a história de Eros e tal. No outro dia eu escrevi um cartãozinho de Dia dos Namorados pra você, comprei até uma rosa com minha mãe.
— Eu nunca recebi o cartão, nem a rosa.
— Porque eu nunca entreguei.
— Por que não?
— Porque quando eu ia entregar, eu vi o Harry te beijando.
— Foi um selinho — interrompi ao ver a cara de indignação dele — Éramos duas crianças e foi um beijinho inocente.
— Mas me machucou, machucou para caramba.
— Eu sinto muito — pensei três vezes antes de fazer qualquer movimento, mas quando eu vi aquele olhar melancólico não resisti e segurei sua mão — Eu realmente sinto muito.
— Por não ter gostado de mim de volta? — sorriu tentando dissipar aquela nuvem de melancólica que havia se formado ao nosso redor — Eu superei, demorou um pouco, mas eu superei.
— Com a ajuda de muitas garotas?
— A adolescência trouxe as festinhas, as garotas, as bebidas e isso facilitou minha dor de cotovelo.
Eu achei que você fosse diferente, mas é só mais um Bad Boy de coração partido.
— Quando eu percebi e aceitei que não era um Príncipe Encantado, então vi que não adiantava ficar esperando você me notar, uma vez que parecia que você nem me enxergava.
— Eu sempre te enxerguei, só nunca pensei que você gostasse de uma garota sem graça como eu.
— Você não é sem graça Lilian — tão britânico.
— Posso te perguntar outra coisa? — ele assentiu — Se você mora aqui desde os oito anos, por que ainda tem sotaque?
— Porque eu passo minhas férias e a maioria dos feriados com minha avó e minha família em Londres, porque meus pais ainda têm muito sotaque e isso me fez crescer falando assim, te incomoda?
— Não, acho que lindo — e sexy.
— Muito sexy ou só sexy?
— O quê?
— Pensou alto de novo Lilian — ele disse olhando para nossas mãos que ainda estavam juntas, no impulso eu puxei, mas ele segurou com delicadeza.
— Puxei minha mãe, ela sempre acaba falando o que pensa no sentido mais literal.
— Sério? — seus olhos antes entristecidos, agora sorriam com leveza.
— Sério. Meu pai descobriu que ela gostava dele assim. Um dia eles estavam fazendo um trabalho juntos e ela pensou alto e ele descobriu.
— Minha mãe puxou meu pai pelo colarinho e beijou ele, aí ele percebeu que ela tava afim dele.
— Bem sutil — sorri para ele e ele mordeu o lábio inferior.
Muito sexy.
— Lilian?
— Sim?
— Deveríamos ensaiar.
— Deveríamos.
E ensaiamos. Ensaiamos por um bom tempo.
— Sua voz é tão linda — elogiei.
— A sua também — ele fechou a tampinha escondendo as belas teclas — Parece a voz da Dove Cameron.
— Obrigada — aqueles olhos... — Eu sinto muito por tudo.
— Você tem que parar de se desculpar, prefiro quando me chama de idiota do que quando fica "Eu sinto muito", "Eu sinto muito" — o pomo de adão se moveu — Está tudo bem agora.
— Sério? — ele assentiu — Você não sente mais nada?
Matthew não respondeu nada, conteve-se apenas em suspirar e tocar minha bochecha com o polegar fazendo um carinho agradável e meu cérebro respondeu fazendo um arrepio tomar conta do meu corpo. A outra mão de Matthew apertou levemente minha cintura me trazendo ao seu encontro um pouco mais, seus olhos desceram dos meus para meus lábios.
De repente tudo se resumiu a nossas respirações rápidas, as borboletas no meu estomago, meu corpo tencionou, a sensação de formigamento e todas as coisas que costumo ler em livros.
Seus lábios se aproximaram dos meus lentamente, quase que como se ele estivesse relutando para me beijar, quase que como se ele estivesse brincando comigo, quase que...
— Lilian querida eu coloco um lugar para você na mesa?
Quase... Quase... Quase...
Quase nos beijamos.
Quase.
Matthew me soltou e eu me senti vazia sem seu toque.
— Atrapalho? — ela perguntou.
— Não, eu já estava indo — respondi tentando achar o olhar de Matthew, mas não achei.
— Querida ligue para sua mãe primeiro — ela pediu e eu liguei.
— Mãe, a senhora Stone quer falar com a senhora — passei o celular para a mulher que me sorriu.
Ela saiu para fora da sala.
— Matthew...
— Eu superei — cortante — Respondendo sua pergunta.
— Que bom.
— Querida você vai jantar conosco, sua mãe não se importou e Matthew te levará para casa.
— Vocês estão bem? — o pai de Matthew perguntou e recebeu um suspiro do filho como resposta.
— Tudo, sim senhor.
Matthew estava sentado ao meu lado, mas sua postura estava estranha. Não me olhou, não falou comigo.
— A sobremesa é a favorita de Matt — sua mãe me contou.
Torta de limão cremosa.
— Eu também gosto muito — contei.
Ela não disse nada, ela sabia que havia algo de errado no ar.
Depois houve um silêncio constrangedor, até que eu finalmente disse que precisava ir e Matthew subiu para pegar os capacetes.
— Volte mais vezes — Lauren me abraçou — Não ligue para a maneira que ele está lidando com as coisas, Matt é como o pai não sabe lidar com corações partidos.
— Quem sabe? — dei de ombros — Foi um prazer conhecê-los.
Os pais de Matthew acenaram e Matthew apareceu vestindo uma jaqueta preta e me estendeu outra.
— Está frio lá fora — explicou e eu assenti.
Matthew montou na moto e eu olhei um pouco envergonhada.
— Não sei colocar isso — apontei para o capacete — E nem subir nisso — apontei para a moto.
Matthew sorriu pela primeira vez em uma hora. Ele fez sinal para que eu me aproximasse e então colocou o capacete que me fez sentir uma idiota.
— Coloca o pé aqui — eu obedeci — E agora você passa uma perna para o outro lado — obedeci também — E segura em mim.
— Sem problemas — sem problemas mesmo.
Apertei meus braços ao redor de seu corpo e me senti muito feliz por poder fazer isso.
Ele não correu, não falou nada, respeitou todos os sinais de trânsito e parou em frente á minha porta.
— Obrigada — entreguei o capacete.
— Não foi nada — tirou o capacete e me encarou — Sobre o que aconteceu...
— Não aconteceu — e foi uma pena não ter acontecido.
— Você não me respondeu — olhei confusa — Muito sexy ou só sexy?
O sotaque, claro. Sorri ao lembrar.
— Muito sexy — respondi sentindo minhas bochechas arderem.
Matthew enfiou a mãos dentro do bolso da jaqueta e me estendeu algo.
— Só veja quando entrar no quarto e de preferência não mostre para ninguém, é meio constrangedor.
— Tudo bem — assenti.
— Estou indo, boa noite — fez menção de colocar o capacete.
— Matthew — chamei e ele me olhou — Boa noite — beijei sua bochecha e mordi o lábio.
Fui caminhando pelo jardim para entrar em casa.
— Lilian — foi sua vez de me chamar — Talvez eu não tenha superado tanto assim.
E foi embora.
Depois de responder algumas perguntas, entrei no quarto e finalmente vi o que ele tinha me dado.
Para Lilian.
Lilian Anne eu sempre fui, eu sou e sempre serei apaixonado por você.
Você é linda, uma princesa.
Feliz dia dos namorados.
Com amor, Matthew.
Havia uma rosa murcha guardada dentro do cartão.
MÚSICA CINCO:
► WHAT I'VE BEEN LOOKING FOR
It's hard to believe
That I couldn't see
You were always there beside me ♪
Vocês teriam problema se houvesse mais que quinze capítulos? Por favor respondam aqui, porque qualquer coisa eu cancelo uns acontecimentos e tal.
ESTAMOS COM QUASE 5 K AMO VOCÊSSSSSSSSSSSSSSS
UMA AESTHETIC WESTONE PARA VOCÊS <3
E AQUELA DIVULGAÇÃO BÁSICA <3
ATÉ QUINTA AMORES <3
XOXO, LADY ALLEN.
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