» T H I N K I N G O F Y O U
CHEGUEI COM CAPÍTULO DE VERDADE, NÃO É UMA MIRAGEM MEUS AMORES É REAL ❤❤
M A T T H E W S T O N E
AEROPORTO
Lilian suspirou abraçada a mim e levantou a cabeça para me olhar, havia uma tristeza aparente em seus olhos, certo medo também.
— Você tem certeza que tem que ir?
— Minha avó tá doente, Lilian, eu preciso ir.
— Tem o casamento da sua irmã também — pareceu contrariada, visto que na última noite nos desentendemos por causa de meu compromisso.
— Eu já te expliquei que os planos mudaram de última hora porque minha avó colocou na cabeça que vai morrer e pediu que Grace adiantasse a data, não fui eu que desmanchei nossos planos de irmos juntos.
— Eu sei, eu sei.
— Olha para mim — pedi e ela relutante olhou.
— Por que bater nessa mesma tecla?
— Porque sei lá — cruzou os braços e deu de ombros.
— O que realmente tá passando pela sua mente?
— Besteira.
— Que tipo de besteira?
— Tem alguma garota lá?
— É uma cidade Lilian, tá cheia de garotas, garotos, velhos, novos.
Ela revirou os olhos.
— Tem alguma garota que especial para você?
— Você é especial para mim — segurei seus ombros com delicadeza.
— Eu estou com uma sensação estranha — ela me olhou com os olhos castanhos atentos aos meus movimentos, pronta para ler minhas feições e tirar suas próprias conclusões.
— Pode ser gases — Lilian me olhou feio e depois sorriu.
— Bobo.
— Vai ficar tudo bem, eu vou voltar em breve, é só o feriado de ação de graças terminar e estarei aqui.
— Por que você tinha que ir nascer em um lugar tão longe?
— Porque meus pais moravam lá.
— Querido já está na hora — mamãe me chamou.
— Não vai — Lilian me abraçou.
— Já conversamos sobre isso — selei-a — Eu vou voltar em breve.
— É bom voltar mesmo e de preferência sem ter feito nenhuma merda.
— Lilian as mulheres da minha família estarão lá e mamãe não iria me deixar fazer qualquer besteira e eu não quero fazer besteira nenhuma.
— Filho — papai me chamou já ficando impaciente.
— Eu te amo, fica bem e muito tranquila — beijei-a.
— Também te amo — ainda havia um resquício de ciúme em seu olhar.
E então eu fui, olhando para trás encontrando seus olhos, eu fui embarcar.
— Oi vovó — beijei sua testa e ela abriu os olhos.
Nem parecia mais a minha avó Mary sempre tão agitada e alegre, ali paradinha naquela cama com o semblante caído me partiu o coração.
— Meu menino — tocou minha mão e eu me abaixei para receber um beijo na bochecha — Parece que está mais bonito que na última vez que nos vimos.
— É o efeito do amor — mamãe fez um coração com as mãos.
— Oh, você já caiu nas garras do amor — vovó segurou minha mão — Eu vou lhe dizer uma coisa e quero que ouça com atenção.
— Não começa mamãe — minha mãe pediu.
— Caladinha Lauren — vovó se esforçou para olhar feio para minha mãe que se calou.
— Pode dizer vovó.
— Disse isso para sua irmã quando ela chegou aqui toda apaixonada e vou dizer pra você.
— Sou todo ouvidos.
— O amor não é fácil, Matthew, amor é como fogo — suspirou — Ou ele te queima ou esquenta.
— Entendi.
— Não querido, não entendeu.
— Entendi.
— O amor machuca, seja ele o amor certo para nós ou amor que mais nos magoará, ele sempre machuca.
— Vovô machucou a senhora? — sorri perguntando.
— Fomos casados por quase sessenta anos, meu querido, é claro que ele me machucou muitas vezes.
— Sério?
— O amor junta duas pessoas diferentes e nem sempre queremos abrir mão dos nossos sonhos e desejos pelo outro e isso machuca.
— Esse não vai me machucar, não mais.
— Espero que sim, espero que sim.
Temi no meu coração as palavras de minha avó, que sempre fora uma mulher muito sábia de palavras certeiras e avisos perigosos.
Ajeitei a gravata ridícula que me sufoca e respirei fundo, faz quinze minutos que estou parado na frente do salão e nada da noiva chegar e nem minha mãe.
— Matt-Matt — a ruiva pulou em meu pescoço — Senti sua falta grandão.
— Também senti a sua Polegarzinha — abracei sua cintura.
— Como você está? Como vai a sua namorada?
— Eu estou bem e ela também.
— Ainda bem que vocês se acertaram porque eu não aguentava mais ouvir suas lamurias todos os dias pelo telefone.
— Engraçadinha — apertei o nariz dela.
— Eu tenho uma novidade para te contar — eu conheço esse olhar e algo me diz que vem bomba por aí.
— Diga.
Nina levantou a mão direita e ficou balançando na minha frente.
— O que é isso Nina? — me sobressaltei.
— Dedos? — perguntou com um sorrisinho bobo nos lábios vermelhos.
— Estou falando da aliança.
— Não é linda?
— Nina, Nina.
— O quê?
— Você tem dezessete anos e uma aliança no dedo, acha que isso é normal?
— Matthew, por favor, não briga comigo.
— Você nem conhece esse cara direito e já vai casar com ele?
— Ele me ama pelo que eu sou e não pelo meu sobrenome, ele é um príncipe e vamos nos casar, dá para ficar feliz por mim?
— Estou feliz — assegurei — Só que estou preocupado também.
— Bem vai me fazer feliz.
— Eu espero que sim, porque se ele não fizer eu quebro o pescoço dele.
— Você está com aquele olhar — cruzou os braços.
— Que olhar?
— Aquele que você faz toda vez que eu me apaixono e você diz que vai dar merda.
— E sempre dá.
— Dessa vez não vai.
— Nina...
— Matthew minha família inteira foi contra mim, até a Sophie, a minha irmã caçula e irresponsável, ficou contra mim — encheu os olhos de lágrimas — Pelo menos você precisa ficar do meu lado, eu preciso do seu apoio Matt-Matt.
— Odeio quando me chama assim.
"Matt-Matt" é o apelido ridículo que Nina me deu quando éramos muito criancinhas ainda, antes de eu ir para Greenville.
— Você tem meu apoio — segurei sua mão — Tá me olhando assim por quê? Quer minha benção também?
— Quero, por favor.
— Nina Johnson você tem meu apoio e minha benção, seja feliz — apertei suas mãos dentro das minhas.
— Agora vamos falar de você — deu um pulinho e quase me matou do coração, será que ela não tem medo de cair pulando com um salto quinze? — Como está Lilian Anne, seu ex-amor platônico?
— Está ótima.
— Deixa de ser chato Matthew, você entendeu o que eu quis dizer.
— Não entendi não.
— Como vai o namoro? Já chegaram aos finalmentes? Me conta tudo.
— Não vou contar nada.
— Então já rolou?
Me olhou com os olhos verdes cheios de expectativa e curiosidade.
— Não te interessa, sua fofoqueira — ela mordeu o lábio inferior.
— Isso foi um sim — concluiu depois de pensar — Meu neném cresceu — se levantou para apertar minha bochecha.
Se Lilian é baixa com seus 1, 68, imagine Nina com quatro centímetros a menos.
— Lilian Anne vai ter que casar com você — disse séria.
— Por quê?
— Ela desvirginou você.
— Cala a boca Nina — de tanto reclamar de Lilian, revirei os olhos.
— Ah, esqueci que isso fui eu quem fiz — deu uma crise de riso.
— Não foi tão ruim — me defendi — Eu fui bem fofo com você Nina.
— Eu sei, estou brincando — parou de rir — A gente era criança e estávamos assustados, estou dizendo que ela "desvirginou" você no sentido que pela primeira vez esteve com uma garota que realmente amava.
— Primeiro: Tínhamos quinze anos, não é como se fossemos tão crianças — fui enumerando nos dedos — Segundo: Ela é a segunda garota que estive e que amava, eu amo você Nina, você é minha melhor amiga.
— Eu sei, mas a gente se ama como amigo, o que aconteceu foi meio loucura.
— A gente preferiu ser um do outro por termos confiança de que seja lá o que desse errado, ficaria entre nós dois.
— Verdade e foi a melhor escolha da minha vida.
— E a gente continuou amigo.
— E nunca mais nem se beijou.
— Verdade.
— Nós somos estranhos.
— Somos — beijei o topo da cabeleira ruiva.
— A noiva chegou — ela me avisou — E Grace está divina.
— Está e aquele cara vai roubar minha irmã.
— Ainda não superou o ciúme? — perguntou.
— Nunca vou.
— Babaca.
— Baixinha enjoada.
— Vara de cutucar onça.
— Toco de amarrar jegue.
Nina jogou o peso do corpo para o lado e eu retribui e quase a derrubei de tão leve que ela é.
**
Entrei ao lado de minha mãe, Nina entrou com o tal Ben e então Grace entrou de braços dados com meu pai.
Não somos muito parecidos, eu sempre pareci mais com meu pai e ela com minha mãe e principalmente agora que pintou o cabelo de loiro.
Papai e entregou a Thomas que estava com os olhos cheios de lágrimas e esse beijou a testa da minha irmã.
**
Depois de uma cerimônia bonita e sem grandes "fru frus", nos dirigimos a festa que Grace havia planejado sua vida inteira e que com a ajuda de Nina colocou em realidade.
Assim como Lilian, Grace é apaixonada por Taylor Swift e não foi nenhuma novidade quando percebi que de cada cinco músicas que tocavam, três eram da dela.
Agora tocava uma que dizia algo como "Minha reputação nunca esteve pior, então você deve gostar de mim pelo que sou".
Nina dançava com seu noivo.
Ela sorriu para ele de um jeito fofo e isso me levou de volta a como eu queria que Lilian estivesse aqui comigo.
Desde que cheguei me sinto sozinho, quase nem falei com Grace que só conseguia ter tempo para arrumar o casamento.
De repente a música acabou e eu fui até o casal.
— Você poderia me empresta sua namorada por alguns instantes? — perugtei.
— Noiva — o cara me corrigiu todo nervosinho.
— Tudo bem Ben, ele é meu melhor amigo.
Sem dizer uma palavra e com uma cara super feia ele se afastou.
Tocava Atlantis e as palavras me atingiam de um jeito ruim que me deixava triste e essa canção nunca parecera comigo, mas conseguia me deixar numa bad horrível.
"Eu não posso nos salvar, minha Atlantis".
Nina suspirou com a cabeça encostada ao meu peito e essa frase fez todo sentido na minha cabeça.
Eu não posso salvar a minha melhor amiga de um possível coração partido e isso é terrível e faz com que eu me sinta impotente perante a um futuro sofrimento dela.
"Estamos caindo".
— Matthew — me chamou — Se eu cair, você me segura?
— Claro que sim, é para isso que amigos servem.
Ela sorriu e logo outra música começou a tocar, ouvi Nina resmungar um "Essa não, agora não".
Thinking Of You.
"Você me disse para seguir em frente, para onde eu vou?"
— Você lembra do dia que me deu um pé na bunda? — ela perguntou forçando uma risadinha — Foi horrível, eu ouvi essa música.
— Eu não te dei um pé na bunda.
— Só disse que precisava ser sincero e disse que gostava de outra garota, mas que eu sempre seria a sua melhor amiga.
— E você é.
— Eu sei que sou e sempre serei.
— Sempre.
Ela ficou calada por um bom tempo.
"Você é o melhor e sim eu me arrependo, como eu pude deixar você ir? Agora todas as lições foram aprendidas, eu toquei e eu me queimei e eu acho que você deveria saber".
Nina cantou baixinho e então levantou o olhar para encontrar o meu.
Bem clichê, mas aquele verde mergulhou nos meus olhos e ela eu assisti a garota suspirar.
— Matthew — sua voz parecia um pouco triste — Obrigada por me apoiar.
— Eu sou seu melhor amigo Nina, sempre irei te apoiar — abracei-a.
"Chega de erros porque nos seus olhos eu gostaria de ficar".
A ruiva passou a mão no vestido azul marinho, sorriu e saiu da pista me deixando para trás e então meu celular vibrou.
Princesa Minimoy
Você está aí?
Respondi:
Para você sempre.
BABIEEEEEEEEEEEEES ❤❤❤❤❤
Espero que tenham gostado desse capítulo narrado pelo Matthew, fiz com todo carinho. Se tudo der certo amanhã teremos capítulo novo êêÊ
O que acharam da Nina? Ela é fofinha né? Não esperem dela uma embuste, porque ela não é ❤
Vou deixar aqui uma coisinha que fiz, digam se gostaram:
Verdades foram reveladas:
Algo que o Barry fez na linha do tempo fez com que Peter Parker e Tony Stark se tornassem a mesma pessoa.
Valentine Morgenstern é na verdade o pai verdadeiro de Alec Lightwood
Agora falando sério:
Obrigada por terem interagido lá no capítulo especial, fiquei muito feliz com o feedback de vocês, obrigada ❤
Quero só reforçar uma coisa: Não precisam não gostar nem de Nina e nem de Dan só pelo que leram lá no especial, não os odeiem ❤
Vejo vocês em breve.
XOXO, Lady Allen.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top