VOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLTEI E PRA FICAR!

Cambridge, Inglaterra

Abri a porta do apartamento e vagarosamente entrei quase que contando meus próprios passos, Obi veio abanando o rabo e me abaixei para fazer carinho nele.

— Boa noite Matthew — Nina apareceu na sala vestindo um conjunto de moletom do Homem Aranha.

— Tudo bem? — perguntei temendo a resposta.

— Tá — estava de braços cruzados e um sorriso que eu conheço muito bem, um sorriso de disfarce, ela está tentando disfarçar o que aconteceu entre a gente.

— A gente precisa conversar — pedi.

— Você acabou de voltar e precisa descansar — tentou desconversar.

— Agora ou nunca.

— Posso escolher nunca? — perguntou e eu revirei os olhos — Acho que não né?

Sentei no sofá e ela na mesa de centro mexendo nos próprios dedos de maneira nervosa, a ansiedade deve estar alta hoje.

— Eu sinto muito pelas coisas que disse — desviei o olhar do dela.

— Tudo bem, a culpa foi minha — ouvi a ruiva suspirar.

— Por que tá dizendo isso?

— Eu não deveria ter vindo para cá, não deveria porque eu sabia que isso aconteceria.

— Não tinha como saber.

— Tinha sim — afirmou — Somos humanos, Matthew, sentimos atração e carência e toda essa situação se tornou demais para nós dois.

— Não é bem assim.

— É sim — me interrompe de novo — Você e eu de corações partidos, convivendo todos os dias, você sempre vai me buscar no trabalho, a gente toma café e jantamos juntos todos os dias, dividimos o guarda roupas, a cama e até temos um cachorro juntos.

— E um gato também — tentei brincar para descontrair.

— Achei que odiasse o Sr.Frodo.

— Odiava, mas ele até que ele é legal.

— Ele é incrível — sorriu gentilmente.

— A dona dele também — acariciei a bochecha alva dela e ela se afastou educadamente.

— Não faz isso — pediu — Eu não consigo suportar.

— Um toque?

— Seu toque — seus olhos encontraram os meus — No dia que o Ben me abandonou no altar, ele falou em alto e bom som para todos os convidados ouvirem, que eu nunca olharia para ele do jeito que olho para você, no momento eu achei que ele só estava querendo dividir a culpa, mas agora eu vejo que ele estava certo.

Uma lágrima escorreu solitária e silenciosa marcando delicadamente o rosto dela.

— Você foi meu primeiro amor de verdade, meu primeiro tudo e para mim foi cheio de sentimento e eu achei que isso não ia acontecer de novo e cá estamos nós.

— Nina...

— Eu não vou ser o pneu estepe de ninguém, Matthew, não quero ser isso e não vou.

— Eu não queria que você se sentisse assim.

— Então não me faça sentir — segurou minha mão — Sejamos sinceros, estamos destruindo nossa amizade e pelo o quê? Carência? Tristeza?

— Eu não sei.

— Depois de tudo isso não sei se dá para sermos apenas amigos, então eu só preciso de um tempo para arrumar minha vida e podemos, sei lá, sermos vizinhos.

— Não precisa ser assim — doeu ouvir aquelas palavras dela.

— Eu não estou dizendo que te odeio, mas eu não posso te colocar acima de mim e para me proteger eu preciso me afastar.

— A gente não precisa disso.

Ela começou a chorar e eu nunca quis ser o motivo das lágrimas dela, a abracei com o máximo de cuidado até ela se acalmar.

— A gente pode só esperar para ver no que vai dar — eu disse ainda abraçado a ela.

— Eu preciso de um pouco de paz — ela se afastou — E nada nunca vai mudar o que eu sinto por você, você sempre vai ser importante para mim, mas eu preciso fazer o que é melhor para mim.

— Ok, mas eu posso te pedir só mais uma coisinha? — ela assentiu — Você poderia me acompanhar na festa de casamento do Alec? — perguntei — Por favor.

— Que dia e onde?

— Greenville, daqui a três meses.

— Greenville? Tá brincando comigo?

— Só te peço que fique, vá ao casamento comigo e se sua decisão de me deixar não mudar, eu vou entender e não vou insistir.

— Promete?

— Prometo.

— Então temos um acordo.

— Eu me mudo pro sofá ou...

— Se você quiser eu posso dormir no sofá — ela sugeriu.

— Não, tudo bem.

Nina sorriu e se levantou.

— Obrigada por entender — beijou o topo da minha cabeça — Boa noite Matthew, vamos crianças — virou-se para os dois animaizinhos que a seguiram.

Eu sou o cara mais azarado do mundo, perdi a garota que eu amo para um canadense bonitão e agora perdi minha melhor para amiga por causa do meu egoísmo.

Se eu pudesse assim como na canção do Coldplay, eu consertaria meus erros e consertaria Nina também. 

Uma semana depois da morte de vovó, nós voltamos para o Canadá, tudo parecia a mesma coisa, se não fosse o sentimento de perda no meu coração.

Me levantei da cama sem aguentar a vontade maluca de comer sorvete e me encaminhei até a única pessoa que pode me ajudar.

Bati quatro vezes na porta do quarto de Dan até que ele a abrisse, vestindo uma calça de moletom ele parecia muito mais cansado que o normal, até pudera não havia meia hora que havia chegado do trabalho.

— Eu tô com desejo — mordi o lábio inferior.

— O que essa vez? — ele perguntou sorrindo, um olho aberto e outro fechado — Por favor, desliga a lanterna — gesticulou para o celular na minha mão.

— Desculpa — desliguei e ficamos na penumbra — A Max quer sorvete e não tem em casa.

— Preciso de cinco minutos para me vestir e lavar o rosto, tudo bem?

— Sim.

— Entra, senta na cama.

— Não tô enxergando nada.

— Liga esse troço de novo.

Eu nunca havia entrado no quarto de Dan muitas vezes, mas hoje tudo parecia muito mais organizado e limpo, sentei na ponta de sua cama e o assisti pegar uma muda de roupa e sair pela porta.

Eu sei que não deveria ser egoísta assim e fazê-lo cansado ter que sair de madrugada procurando um sorvete, mas não consigo evitar, preciso comer sorvete e Ed está ocupado fazendo coisinhas com a Leah.

— Que sabor você quer? — Dan apareceu na porta.

— Napolitano — respondi.

— Já volto, okay? — e saiu.

Olhei para o porta retrato no criado mudo e sorri, Leah está tão bonita nessa foto ao lado do irmão e Dan, bom, ele é lindo em qualquer foto, é lindo em qualquer lugar.

Sua cama pareceu tão convidativa para o meu corpo cansado de grávida, deitei a cabeça em seu travesseiro, me enrolei com seu edredom e me senti quentinha e segura.

Talvez eu não durma se eu fechar meus olho só um pouquinho, só um pouquinho mesmo.

— Ann — abri os olhos e encontrei os olhos de Dan me encarando e um sorriso em seus lábios lindos e rosados — Ainda quer o sorvete?

— Humrum — sentei na cama.

Ele me entregou o pote de sorvete e sentou na cama ficando em frente a mim, comecei a comer aquela maravilhosa e minha bebê – ou meu bebê – pareceu me agradecer.

— Quer? — ofereci.

— Quero.

Coloquei sorvete na boca do homem a minha frente e ele sentou ao meu lado.

— Obrigada Dan — encostei minha cabeça em seu braço — Você é incrível, eu não mereço ser amiga de um cara tão incrível quanto você.

— Você merece muito mais — beijou o topo da minha cabeça — Você merece tudo e muito mais.

— Posso ficar aqui?

— Pode — ele pegou o pote de sorvete — Amanhã você come mais mocinha — ele se afastou e se levantou,

— Você tá indo para onde?

— Vou colocar isso no congelador, por quê?

— Você vai voltar, né?

— Quer que eu volte?

— Quero.

— Então eu volto.

Deitei de novo e comecei a sentir meus olhos pesando novamente, não lembro de muita coisa de antes de eu apagar, só lembro de Dan apagando o abajur e então senti seus braços ao meu redor.

Nessa noite sonhei com minha avó e acordei chorando, chorei em silêncio para não acordar Dan que já terá que acordar cedo.

Toquei na minha barriga, se ao menos Matthew tivesse me deixado contar sobre nosso bebê, talvez eu não estivesse me sentindo tão culpada nesse momento por estar ao lado de outro homem. 

Obrigada pela paciência que estão tendo com a autora, é muuuito importante pra mim todo o apoio que recebi de vocês. 

Era pra eu ter postado antes, mas meu computador estava doido e a internet não tava dando pra postar nada porque ficava todo minuto caindo. 

APdMS terá NO MÁXIMO  VINTE CAPÍTULOS e um salto grande no tempo para explicar algumas coisas, ou seja estamos chegando na reta final, mas você não vão ficar sem uma substituta haha 

Tenho DOIS projetos e em breve vou mostrar pra vocês sobre eles, eu não tenho ninguém pra falar sobre meus projetos, então espero que estejam interessados em me ouvir. 

Capítulo 11 - se não me engano - teremos reencontro Westone e o casamento do Alec e da Domi. 

BEN (EX DA NINA) VAI VOLTAR E COM ELE VOCÊS PODEM SHIPPAR A NINA, COM O DAN NÃO HAHAHAHA tenho planos para o Dan e nenhum deles tem uma garota com ele vivendo um felizes para sempre, lembrem-se que eu disse que o Dan e a Lily são uma coisa meio Stefan/Elena e meio Jane/Michael, só disse isso e saí correndo kkkkkkkk

Se não me engano o capítulo lá do flash forward é o 12 ou 13.

Provavelmente AMANHÃ ou DEPOIS DE AMANHÃ sai o capítulo 010 que se chamará:

QUE RUFEM OS TAMBORES DA FADINHA CUBANAAAAAAAAAAAAAAAAA

SOMETHINGS GOTTA GIVE

E PARA DEIXAR VOCÊS MAIS ANSIOSOS O CAPÍTULO DE REENCONTRO SE CHAMARÁ:

ALL THIS YEARS da fadinha de novo porque eu sou dessas haha

Nos vemos logo logo e não esqueçam dos comentários porque eles mantêm a autora feliz e a história vivaaaaaaaaaaaaaaaa

AMOOOOOOOOO VOCÊEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEES, OBRIGADA POR TUDO, SOU MUITO SORTUDA DE TER VOCÊS COMO MEUS LEITORES.

XOXO, LADY ALLEN.

PS: QUEM ASSISTIU GUERRA INFINITA? EU ASSISTI E ESTOU DESTRUÍDA DEMAIS, VOU DEIXAR MEU VÍDEO AÍ EMBAIXO, SÓ TEM SPOILER, SE NÃO ASSISTIU GI NÃO ASSISTA.

https://youtu.be/j_sOufKywUs