✗ OO6 A N O T H E R L O V E
BOA TARDE MEUS AMOREEEEEEEEEEEES <3
Capítulo novo pra vocês, escrito com muito carinho.
Cambridge, Inglaterra
Entrei no quarto e Nina pareceu nem perceber, seu cabelo ruivo preso em um coque alto, o óculos de grau, os livros espalhados pela cama e sua cara de concentração faziam dela, naquele momento tão simples, uma obra prima.
— Você precisa parar de estudar um pouco — me recostei no batente.
— Daqui a pouco — nem olhou para mim.
— Nina vem cá — fui até a cama e estendi a mão — Vamos parar um minutinho?
— Eu tenho prova — relutou.
— E já estudou demais, vem comigo — balancei a mão e ela a segurou.
A levei para varanda do apartamento, quando chegamos na porta de vidro Nina estacou e soltou minha mão.
— Tenho medo de altura, você sabe.
— Eu não vou te deixar cair — estendi a mão — Vem.
Meio relutante ela pegou minha mão e se deixou guiar – mesmo que tremendo – até a sacada, os pelos de seu braço arrepiaram quando o vento açoitou seu corpo tão delicado e só então reparei que ela vestia uma t-shirt da Minnie.
— Você deveria ter me avisado para trazer uma blusa de frio — ela disse.
Girei seu corpo a colocando entre mim e a parede, ela colocou as mãos nos bolsos do meu suéter, Nina recostou a cabeça no meu peito enquanto ouvíamos a música que um cover tocava no bar que fica a frente do prédio.
— Eu amo o gosto musical desse cara — Nina comentou.
— Eu também.
Então realmente comecei a prestar atenção no que o cantor cantava com tanto afinco e ótima afinação, senti saudades da época que eu cantava na escola, hoje quase não tenho tempo pra cantar.
— And I wanna Kiss you, make you feel alright — Nina cantarolou.
A garota ruiva cantarolou mais um pouco, enquanto eu só conseguia me odiar internamente por estar me sentindo pressionado por aquela música.
"E eu cantaria uma música que seria simplesmente nossa, mas eu as cantei para outro coração".
E a pior verdade me atingiu como um raio: Eu havia gastado todo os meus sentimentos em um outro amor, eu havia amado por dois.
— Você tá bem? — Nina levantou a cabeça.
— Tô bem — menti.
— Matthew ele vai cantar minha música — comemorou — You know I want you.
E cantou fielmente a letra da canção que ela não parava de escutar desde que assistira o filme que de repente havia virado seu filme favorito de todos os tempos, de acordo com ela.
— Canta comigo — ela pediu.
— Outro dia.
— Sua voz é linda e você fica nessa de não cantar — revirou os olhos.
— Você sempre me convence, não é?
— All I Wanna is fly with you, all I wanna is fall with you, so Just give me all of you — cantei com ela.
Não consigo dizer exatamente como, mas de repente o ar pesou de um jeito bom, seus olhos pareceram bem confusos quando eu parei de cantar e toquei seu rosto, com um dos braços puxei a garota para cima e antes que ela protestasse juntei nossos lábios de uma vez, sem palavras, sem pedidos e sem pensar.
Ela demorou um pouco para retribuir, mas retribuiu, antes de me empurrar e me olhar horrorizada.
Sem dizer nada Nina rumou para dentro de casa, sumiu no corredor e voltou para sala segurando um travesseiro e um cobertor.
— Tá fazendo o quê? — perguntei.
— Indo dormir, você deveria fazer o mesmo — respondeu ajeitando o sofá.
— Nina não seja infantil, foi só um bei...
—Não vamos falar sobre isso — não me olhou.
— E por quê?
— Porque você é o meu melhor amigo e eu não quero te odiar.
— E por que me odiaria?
— Porque toda vez que eu me apaixono por um cara, eu acabo a história o odiando e eu não vou me apaixonar por você — suspirou — Nunca mais falaremos sobre isso.
— Nina...
— Nunca mais Matt, nunca mais.
— Você está sendo imatura, mas tudo bem, nunca mais falaremos sobre isso.
— Ótimo — deitou no sofá — Boa noite.
— Vamos pra cama Nina.
— Não, aqui está ótimo.
— Então vai pra cama e eu durmo aí.
— Leva o Anakin pra dormir com você — e desligou o abajur.
Com essa atitude entendi o que ela quis dizer, nada de discussões.
Decidi respeitar sua vontade e fui pro quarto, deitei na cama e tudo pareceu extremamente vazio e estranho.
Eu não deveria tê-la beijado e eu sei disso, mas foi coisa de momento, a gente tava lá e tudo pareceu tão bonito e quando dei pro mim não tinha mais como voltar atrás e se houvesse como voltar atrás, eu não voltaria.
Montreal, Canadá.
Doutor Peter me contou que estou com três meses de gravidez e que eu não percebi por ter um ciclo menstrual bem embaralhado, agora estou com um problema enorme e não é o bebê.
— Neném — meu pai entrou no apartamento gritando — Meu neném cresceu — apertou minha bochecha.
— Dean pare com isso — mamãe entrou com Andrew em seu encalço.
— Pai — afastei-o um pouco — Senti sua falta também.
— Você está grávida e isso é tão lindo — papai me abraçou — Meu shipp tá salvo? — perguntou.
— Não, papai, nada mudou.
— Ela não quer contar — Leah – fofoqueira – contou.
— COMO É QUE É? — papai quase gritou.
— Ele é o pai, Lilian, ele precisa saber — mamãe deu sua opinião.
— Pra mim tanto faz você contar ou não — Andrew se jogou no sofá.
— Eu não estou pronta pra conversar com ele sobre isso — eu disse.
— Cagona — papai revirou os olhos — Não te criei pra ser frouxa não menina.
— Boa noite — Dan entrou em casa, hoje é dia de quarta e a boate não abre, por quê? Porque o filho do dono faleceu em uma quarta feira.
— Você tá sabendo que ela não quer contar para o homem da vida dela que ela tá grávida dele? — papai perguntou pra Dan.
Eu posso estar louca, mas juro que Dan pareceu incomodado com o "homem da vida dela".
— Eu já conversei com ela e ela disse que iria contar — Dan cruzou os braços.
— Eu já sou bem grandinha e não preciso de ninguém guiando meus passos — suspirei exausta.
— Grandinha o suficiente para não usar camisinha, bem grandinha mesmo — mamãe zombou.
— Obrigado por me dar netinhos — papai me encheu de beijos — Você é burra, mas é linda filhinha.
— Eu sei papai — abracei-o — Obrigada por me apoiar.
— Posso ligar pro James? — Andrew perguntou.
— Não quero que ele saiba ainda, se ele souber, Matthew sabe e eu ainda não...
— Estou pronta para conversar com ele sobre isso — Dan, Leah e Ed completaram.
— Estou tão repetitiva assim? — enchi os olhos de lágrimas, estou grávida e minhas emoções estão me enlouquecendo.
Não falei mais nada, apenas fui para o quarto, segundos depois Dan entrou faceiro e deitou do meu lado.
— Você não está repetitiva — comentou.
— Eu sou insuportável Dan — reclamei.
— Ela só tá te deixando louca por alguns meses, depois você volta a ser suportável — Dan brincou e eu ri.
— Ela?
— É uma garota.
— Como sabe?
— Algo me diz que é.
— Dan eu estou com medo, ela quase não se mexe.
— Hey menina — Dan colocou a mão na minha barriga — É o titio Dan, bem que você poderia me dar um oi, né?
Achei tão fofinho.
— Vamos lá Mad Max — e o bebê se mexeu mesmo — Ela gostou, ela gostou de mim.
— Gostou — não só ela.
E ele ficou um tempão conversando com o bebê.
— Por que Mad Max?
— Minha avó chamada Maxine, aí eu lembrei dela.
— Se for menina, será Maxine, Maxine West.
Coloquei minha mão junto com a dele, Dan me olhou com aquele seu jeito meigo de me olhar e eu me afundei em todo aquele carinho.
— Dan...
— Estou interrompendo? — papai entrou no quarto e Dan se levantou num pulo.
— Não senhor — colocou as mãos nos bolsos.
— Corta essa de senhor, me sinto um velho — papai balançou a cabeça — Estou precisando de par pra jogar vídeo game, Ed e Andy são um time, preciso de você — saiu puxando Dan.
— Seu pai gostou dele — mamãe sentou ao meu lado tomando café.
— Por que tá me dizendo isso?
— Você sabe porque estou dizendo isso — sorriu pra mim — Dan é um rapaz muito bonito, não é?
— Mamãe.
— O que foi?
— EU VOU MATAR VOCÊ ANDREW — ouvi papai ameaçando meu irmão e o som de tiros vindos da televisão.
— Papai vai assustar ele — comentei — E fica insistindo em falar do Matthew na frente do Dan, ele tá me boicotando.
— Ele não superou o Matthew ainda, mas seu pai sempre vai gostar do que for bom pra você.
— Dan é bom pra mim, mas ele merece muito mais que eu.
— Talvez ele mereça, mas talvez ele quero você — se levantou — Vou ajudar Leah a preparar o jantar, quer vir?
— Não, seu café me deixou enjoada.
E fui vomitar, de novo, pela milésima vez só hoje.
— Max para de fazer a mamãe enjoar — pedi sentada no chão do banheiro.
Eu preciso contar pra ele, mas não sei por onde começar.
Espero que tenham gostado do capítulo babies, no próximo capítulo teremos:
Uma morte triste :'(
Alguém que conhecemos desde o primeiro livro irá morrer.
Teremos uma cena no hospital.
Lilian correrá o risco de perder o neném.
Matthew e Lilian em Greenville, será que eles irão se encontrar?
Até eu resolver minha vida não posso prometer que dia vou postar, mas eu não vou abandonar o livro, não me abandonem também.
XOXO, Lady Allen.
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