O provável amor a primeira vista
Cabe a nós, saber quando se apaixona.
Isso é uma coisa tremendamente difícil.
Há diferentes formas de se saber se está apaixonado ou não. Principalmente à primeira vista.
Uma delas, é quando seu coração bate um pouco mais rápido, e outra, é quando você sente todo o seu ser desejar aquela pessoa.
Há milhões de formas de saber se está apaixonado. E eu vou dizer uma delas, ou uma das mais improváveis.
A porta do café se abriu.
Simplesmente se abriu. E talvez meu sexto sentido apitou. Em um silêncio alerta, de que por aquela porta aberta, o amor da minha vida passaria.
Meus olhos automaticamente se perderam naquela fresta. Eu sabia. Ah, eu sabia, que nos próximos milésimos, meu coração estaria disposto aquela pessoa, mesmo eu nem sabendo quem era.
Então, com mãos suadas, coração acelerado, ela atravessou a linha do meu coração, e a porta que nos separava.
A primeira coisa que eu vi foi seu cabelo. E como eu amei cabelos naquele dia, nesse mês, nesse ano, nessa vida. Principalmente cabelos pretos como uma noite escura e solitária.
Preto é a minha nova cor favorita. Só até eu descobrir a cor de seus olhos.
Ela andou até o balcão em passos rápidos. Mas na minha mente apaixonada, foi como se ela houvesse deslizado ou até mesmo, flutuado.
Consegui vê o rosto dela.
Nariz. Nariz.
Como eu amo narizes.
Fiquei encarando suas costas, e fiquei tentando imaginar a finura de sua cintura. Deus. Que tortura.
Logo a garota que eu denominei:
A dona do meu coração.
Estava sentada em um sofá longe do meu. Mas ela estava perto do meu coração, e mal sabia disso.
Não demorou muito, pra vê que suas bochechas eram rosas à ponto de eu amar aquela cor. E que ela se inclinava sobre a mesa pra rabiscar alguma coisa no papel.
Seria ela uma desenhista?
Como eu queria vê algum de seus trabalhos. Como eu queria conhecer seu interior, descobrir seus desejos e anseios.
Foi como se todo mundo ao meu redor houvesse parado, e que o meu foco estivesse plenamente nela, como se meu pobre coração se centrasse só e apenas nela.
O café dela chegou. Ela sorriu pra garçonete como forma de obrigada.
Nunca houve sorriso tão avassalador quanto o dela.
Ela era linda. Meu coração repetia isso de uma forma tão grotesca que doía. E eu acabei de vê ela! Como eu podia saber que ela era o amor da minha vida, se desde então, toda a minha órbita se perdeu na dela?
Eu parecia um doido. Mas amores são doidos. Vidas são doidas, e eu quero ser doido por ela.
E ao vê aquela garota, que agora eu sabia, que ela era a dona do meu coração, eu entendia, que amor é improvável. Que amor, é louco, tão louco, que nos faz doido.
Não resisti.
Puxei meu celular do bolso e abri a câmera. Foquei cuidadosamente na mulher dona do meu coração.
Ela não podia me vê, acharia que eu fosse algum psicopata.
Fiz algumas fotos de ângulos diferentes dela. E quando eu já estava por satisfeito, o que será nunca. Decidi guardar o celular.
Voltei olhar pra ela.
Ela estava concentrada.
Meus pés se moveram.
Andei passos vacilantes.
Meu coração errou.
Meu cérebro dizia.
Eu amo ela.
Amo todo o seu ser.
Amo saber,
Que ela é o amor da minha vida.
Parei em frente a mesa dela. E eu soube que meu coração estava prostrado diante dela.
- Belo desenho.
Elogiei olhando para a folha que ela rabiscava. Mas eu queria dizer era que eu amo ela.
Ela ergueu os olhos.
Azul.
Minha cor favorita é azul.
- valeu.
Ela sorriu.
Meu coração errou.
Meu pulso acelerou.
Ela é o amor da minha vida.
De toda a minha existência.
- Sou Alex.
Falei soando normal.
Ela esticou os lábios e disse numa voz que encheu meu coração:
- Mia.
Estendeu a mão para me comprimentar.
Minhas novas letras preferidas:
M, I e A.
Com certeza os próximos Ms e Is e As serão os meus favoritos.
Me Sentei de frente pra ela.
E soube uma forma de se saber quando está apaixonado por alguém.
É uma forma meio louca. Mas ninguém há de questionar, porquê é amor, ninguém pode questionar.
Uma forma de saber, que está horrivelmente apaixonado por alguém, é quando você vê, quando seu corpo todo, se imagina uma vida, presente futuro com ela.
Como se fosse uma viagem.
Você vê sua vida, nas íris de outra pessoa. Você vê todo o seu ser, tudo que você é ou que será, na vida de alguém.
Se isso já aconteceu com você, ou se acontecer algum dia, saiba, que você encontrou o amor de toda a sua existência de todo o seu ser, de toda a sua vida.
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