Meu íntimo
Meu subconsciente, meu interior, e meu íntimo só pensa em Mia.
Mia.
E como meu sangue pulsa mais rápido quando ela chega mais e mais perto de mim. E de como eu danço toda vez que ela se direciona à mim, ou quando seu sorriso me deixa bobo.
Eu quero ser seu Mia.
Eu sou seu,
Hoje,
Amanhã,
Para sempre.
E durante todo o meu presente,
Seja futuro ou passado,
Do lado do seu sorriso,
Meu coração anseia estar.
- Para de me filmar.
Ela reclamou se esquivando da minha câmera.
- O que desenha?
Questionei ainda filmando ela.
Ela ainda muito focada no seu desenho Resmungou:
- a sua Bunda.
Ela riu,
Eu ri,
Nós rimos,
Cara,
Ela é tão o amor da minha vida.
- Então desenha bem bonitinha.
Falei me recostando minhas costas na cadeira da mesa.
Desliguei a câmera.
- Vem cá.
Ela disse soltado o lápis na mesa.
- o que?
Ergui uma sombrancelha.
- Vai ter uma exposição de artes na sexta. Eu queria saber se você queria ir. Tenho dois ingressos.
Meu coração,
Não sei porque,
Parou nesse momento.
- Mia...
Fiquei com a boca seca.
Ai Deus, ela estava me chamando para um encontro!
- Você está me chamando para um encontro?
Fiz charme.
- o quê?! Não!
Ela ficou vermelha. Ela corou.
Senhor leva a minha alma, já estou no chão.
- Tudo bem. Eu vou num encontro com você.
Dei um sorrisinho. Mas no meu íntimo havia uma batalha louca que o que mais eu queria era beijar Mia.
Eu nunca pensei em beijar Mia. Eu estava tão apaixonado por ela, que eu só podia passar a vida toda só olhando para ela, e eu já iria ficar satisfeito.
- às 19?
- às 19.
Ela voltou a desenhar, e eu voltei a amar ela, e a filmar ela. E numa oração mentalmente, agradeci a Deus.
***
Sexta,
18:57.
22° graus é a temperatura exata.
Sapatos,
Sobretudo,
Estou nervoso.
18:59.
Estou parado no café, esperando ela chegar.
Fiquei batucando na mesa, do meu lado estava a minha câmera.
Será que Mia queria um encontro? Ou só queria sair comigo como um amigo normal?
Eu não podia nutrir um amor platônico, ouvi falar que esses são um dos piores amores. Eles são destroçantes.
Não posso,
Deixar minha alma,
Se aquietar na dela.
Mas é inevitável, meu corpo clama ao dela, minha mente grita a dela, meu coração chora o nome dela, não tinha como não nutri mais nada por Mia, porquê já estava feito. Eu já amava ela. E deixar de amar alguém, não tem mais volta, não tem como arrancar o peito, ou tirar a mente, eu seria destruído, eu morreria com ou sem o amor dela.
- Oi.
A voz me despertou.
Olhei para a dona da voz.
- Mia.
Me levantei de supetão, quase caindo no chão.
Ela sorriu. E então eu percebi o quão linda ela estava.
Vestido verde,
Cabelo solto,
Olhos brilhando,
Meu coração aos seus pés.
- Você está linda.
Eu elogiei.
Ela sorriu confiante.
- valeu. Trouxe a câmera? A noite está linda!
Concordei. Mas ela estava muito mais linda, ela merecia todas as obras de artes do mundo.
- vamos.
Ela meneou a cabeça.
Eu Concordei,
Ela sorriu,
Eu me entreguei.
***
A exposição merecia toda a minha atenção e concentração, mas eu não conseguia tirar os olhos de uma Mia sorridente que ficava me explicando cada obra de arte.
Já estávamos no final da exposição e os criadores das obras estavam dando uma palestra para o público sobre suas pespectivas obras, mas eu só focava em Mia.
Ela estava o meu lado, animada e euforica sobre tudo aquilo, eu me sentia bem perto dela, ela irradia Boas energias.
- Eu gostei.
Falei assim que saímos da galeria.
- gostou?
Questionou ela.
Eu gostei, adoro artes, mas gostei mais ainda de passar mais tempo com ela.
- Mas é claro.
Falei. Andamos pela calçada.
A noite estava bela, fria, mas bela.
As luzes dos portes eram amenas, e céu estava salpicado de estrelas.
Não havia muitas pessoas por ali, na verdade só havia eu e Mia.
Ela andava na minha frente, como uma miragem.
Arranquei minha câmera da bolsa e foquei nela.
De início ela nem viu a câmera nela, continuou andando, dando um sorrisinho pequeno e singelo.
- Alex!
Ela reclamou correndo pra cima de mim.
- Nãoooo Mia. As fotos são boas.
Ela parou na minha frente sorrindo.
- Quer fotos minhas?
Ela ergueu as sombracelhas sorrindo descaradamente.
Porque ela mexia tanto comigo?
Porque meu coração queria tanto ela?
Ela era tão perfeita, tão perfeita pra mim, tão simétricamente perfeita pra mim.
- Eu tiro fotos suas.
Falei sentindo a brisa fria, e o vento levou o cabelo dela pra longe.
Posicionei a lente na direção dela.
- Mia.
Falei tirando uma foto.
Ela sorriu e se afastou dois passos.
- Alex.
Amo a sua voz,
Amo como ela fala meu nome.
Dei dois passos pra frente para tentar alcançar ela. Mas ela deu mais passos para trás, até o ponto de correr de mim.
- Mia!
- Venha me pegar Alex!
Ah, eu vou pegar você Mia,
E você nunca vai sair,
Eu não quero sair,
Eu quero você,
Somente você.
Guardei a câmera na bolsa e corri atrás dela. Corri muito, sorrindo, ela também sorria, e se afastava de mim.
- Você nunca vai me alcançar!
Ela zombou de mim.
- vou sim...!
Falei ultrapassando ela e então ela esbarrou em mim, e eu perdi o equilíbrio e ambos caímos no chão.
- ai!
Reclamamos em uníssono, mas continuamos rindo.
- Você é doida!
Olhei ao meu redor.
Estávamos no parque, na grama do parque pra ser mais exato.
- Veja.
Ela rolou pra longe de mim.
Cada partícula do meu corpo reclamou. Eu quero ela perto.
Ela apontou pra lua.
- Linda não ?
Ela disse se deitando ao meu lado.
- é...
Silêncio. Só o som das nossas respirações.
- me dê a câmera.
Ela ordenou.
Dei a câmera a ela. Ela focou na lua em diferentes pontos, e eu só observei ela, a pessoa que eu mais amo, fazendo a coisa que eu mais amo fazer.
Ela então focou a câmera em mim.
- Nãoooo. Fotógrafos não gostam de ser fotografados?
Ela sorriu assim que me viu reclamando.
- Não.
Falei.
Ela se inclina sobre mim e tira uma foto minha, e num deslize dela, eu tomei a câmera dela e fiquei por cima dela.
- Você é rápido.
Ela riu.
- Você não sabe o quanto.
Tirei uma foto dela.
Ela afastou câmera de mim e olhou nos meus olhos.
- Alex.
Sua voz era doce e calma.
- Mia.
Tentei soar calmo.
Ela entreabriu os lábios.
E tudo aconteceu depois, foi rápido, mas tocante e profundo. Sua mão esquerda foi parar na minha nuca, enquanto a direita fazia um carinho na minha bochecha.
- seus olhos.
Ela disse.
- o que tem eles?
Falei piscando.
- tem estrelas.
Fiquei aprumado,eu não sabia o que dizer.
Estávamos na grama, e minha caixa torácica ameaçava já não suportar meu coração.
Ele batia forte. Muito forte.
- Porquê está tão rápido?
Ela pôs a mão no meu coração, o que só intessificou ainda mais. Meu corpo ardeu com o toque dela.
- é porque ele sabe que você está perto.
Seus olhos se encontram com os meus, aquele fundo oceano.
Eu queria tanto beijar ela agora.
- Mia.
Falei fechando os olhos.
Ela estava tão perto, seu perfume é tão suave, e sua pele é tão macia, e eu amo tanto ela.
- Ah Alex.
Ela afagou a minha bochecha, e quando eu abri os olhos, o rosto dela estava a um suspiro do meu.
E como uma dança extremamente sincronizada, com cálculos exatos, eu não conseguia mais destinguir qual era a minha respiração e qual era a dela.
Então, nossos narizes se tocaram, como uma valsa, e não demorou muito para saber que os lábios dela são perfeitos pra se encaixar nos meus, e que são da medida perfeita pra o meu coração.
Mia,
Você é minha,
Você vai me amar,
Eu quero isso,
No mais fundo do meu íntimo,
Eu quero ser a sua razão.
Quando terminamos.
Nos separamos, e nossos olhos se abriram, e nós encontramos na órbita um do outro.
Sorrimos.
Eu a amo. Deus, como eu a amo.
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