Eu entrego o meu coração à ti.
Se você me perguntasse nesse minuto o que eu estou pensando, eu diria:
- Na vida, é claro.
Mas se você me perguntasse o que resumia a minha vida. Eu diria:
- Mia!
Com certeza ela era todos os meus resumos e resenhas. E eu ficava assustado como em tão pouco tempo, o vírus Mia infectou tudo ao meu redor. Eu olhava para algum lugar eu via Mia, eu via algo, meu subconsciente lembrava de Mia, eu sentia um cheiro, o cheiro de Mia.
Era nítido! Mia se apossou de mim.
Era o que eu queria,
Era o que eu almejava,
Me entrega o teu coração,
Oh minha amada!
- Sorvete.
Entreguei a casquinha do sorvete na mão dela. Ela lambeu o doce e suspirou.
- acertou em cheio! Amo morango com pedaços de chocolate.
Dei de ombro e me deitei ao lado dela na areia da praia.
- supus.
Falei comendo o meu doce também.
Ficamos calado. Mas eu estava adorando ver a pele dele em contraste com o sol da praia.
Ah, eu não podia negar, como eu queria tocar em cada parte do corpo de Mia.
Como eu queria saber todos os seus segredos.
A praia estava vazia. Era um dia de semana normal, as pessoas raramente vão a praia pela semana. Mas isso era bom, eu gosto de sentir a areia entre os meus dedos.
- Você curte o que?
Ela perguntou ajeitando os óculos escuros na ponte do nariz.
- Curto muitas coisas.
Curto você.
- fotografia é uma delas.
Dei de ombros.
- Você devia ter trazido a câmera!
Ela Resmungou.
- tá no carro.
Falei me levantando e indo buscar a câmera. Quando voltei Mia continuava deitada na areia. Só que agora sem as calças. Parei embasbacado. As pernas dela.
Deus,
Eu amo as pernas dela.
Eu amo sentir isso,
Mia não acabe comigo.
- é uma praia.
Ela explicou rolando os olhos.
- claro.
Falei me sentando ao lado dela. Meu corpo todo pulsando pra poder tocar em sua pele.
Suas pernas não eram longas ou muito menos curtas, eram do tamanho perfeito pra se encaixar no meu quadril, suas coxas eram grossas e alvas e roliças. Eu queria tanto tocá-las.
- quem te ensinou a desenhar ?
Eu quis saber.
Ela comeu o sorvete e disse :
- o meu avô. A gente passava muito tempo juntos. Aí ele me ensinou.
Eu cruzei os braços.
- Você aprendeu direitinho então.
Vi um sorrisinho pequeno se abrir nela.
- Você se sente melhor?
Ela tirou os óculos e eu pude vê seus olhos azuis. Da cor do mar a nossa frente.
Como eu quero mergulhar em você,
Mia,
Desejo está no mais fundo,
Submerso,
Afogado no seu mais profundo,
Oceano.
- me sinto. Fiquei até curiosa pra saber do presente que você trouxe pra mim
Foi a minha vez de sorrir.
- Deixa pra outro dia.
Afastei um fio do cabelo dela.
Ela sorriu e se arrastou até esta próxima de mim o bastante, ela encostou a cabeça na minha barriga, e descansou ali. Minhas mãos foram parar nos seus cabelos fartos,.Os acariciando de leve.
Eu já havia me perdido nela,
Mas eu sonho,
Me encontrar,
Nela.
***
Parei o carro na rua escura.
- Você mora aqui?
O prédio escuro se erguia a nossa frente.
- é bem melhor do que parece ser.
E a falou sorrindo e tirando o cinto.
- vamos.
Ela me convidou pra entrar,
Eu desejo tanto você,
Mia.
Saí do carro e acompanhei ela até as escadas do prédio.
Ela subiu os degraus com rapidez.
Não falamos nada um para o outro até o caminho do apartamento dela.
Ela abriu a porta e ligou a luz da sala, revelando um lugar agradável.
O sofá estava junto com uma mesinha de centro, e uma enorme estante, nas paredes havia quadros e mais quadros de desenhos, que eu fiz questão de analisar cada um.
Fiquei feliz, Mia havia aberto sua vida para mim.
Não havia porta retratos no apartamento, nenhuma foto.
- Tenho que concordar com você. É um belo lugar.
O prédio era velho mas muito bonito, acho que ele fora construído na época dos anos 80. A divisão de sala e cozinha era um balcão imenso de mármore. Não havia nada em cima dele. Dei uma espiada na cozinha, nada além de um micro ondas e um fogão e geladeira.
- está com com fome?
Neguei.
Ela se sentou no sofá e eu fiz questão de analisar os quadros dela.
Um me chamou atenção.
Era uma lua. Uma lua cheia, e ao seu lado havia um bocado de estrelas pequenas e graciosas.
- é lindo.
Murmurei.
Ela sorriu e disse :
- Eu lhe dei o nome de Alex's.
Olhei pra ela.
- Alex's? Porque?
Ela deu de ombros.
- Eu o fiz pensando em você.
Só então eu me lembrei do dia em fomos na exposição e depois fomos no parque.
Meu coração acelerou. Ela fez um quadro meu.
- Obrigado.
Falei sentindo meu coração acelerar.
Sentei ao lado dela.
Ela fez algo,
Algo pensando em mim,
Eu me sinto feliz,
Eu me sinto bem,
Porque eu tenho você.
Me Sentei ao lado dela.
Ela suspirou alto.
Meu coração bateu forte,
Minha cabeça só rondava o nome dela
Como eu amo você,
Como eu quero você,
Eu desejo tanto você
Isso dói,
Isso lateja.
- Alex...
Ela arfou. O clima estava tenso entre a gente, o clima era quente e abafado. Faltava oxigênio aqui.
Eu respirava com dificuldade. Meu peito subindo e descendo à procura de ar.
- Mia...
Falei fechando os olhos afim de amenizar aquela dor.
Os dedos dela tocaram o meu pulso.
Foi como se raios rasgassem a minha pele.
Abri os olhos. Encontrei os olhos dela, o nariz dela, os lábios dela.
Então ela deslizou do acento e subiu no meu colo. Travando as pernas no meu quadril e eloquecendo meu coração.
Os cabelos dela caíram no rosto fazendo um véu negro, como uma cascata, afastei os fios, e pude vê que a respiração dela estava tão afoita quanto a minha.
Ela segurou a minha palma e levou até o coração dela.
- Você.
O coração dela bateu forte contra a minha palma.
- Você me faz isso.
Levantei os olhos para ela.
- E eu quero mais, Alex.
Eu assenti.
Ela começou a me beijar,
Eu a beijei,
Ela se movimentou,
em sincronia comigo,
Eu sentia a pele dela,
Ela sentia a minha,
Eu a beijava em todos os lugares possíveis,
Diga que me ama,
Mia.
Segurei os ombros dela.
- Mia não me peça pra parar. Porque eu quero muito você.
Ela sorriu, e segurou a minha palma na dela, ela entrelaçou os dedos nos meus, nossas mãos se encaixaram perfeitamente. O corpo dela correspondia ao meu.
- Não quero pedir nunca para parar.
Ela falou com a voz suave.
Ela encostou a testa na minha e disse:
- Eu quero você Alex. Eu quero mais.
Eu beijei o ombro dela, e desci e subi por toda sua extensão, ela gemia e me pedia por mais, e meu pobre coração achava que não podia mais amar ela.
Já estávamos nus, nossas peles quentes em contato com um do outro.
Nossas mãos sempre juntas e nossos lábios numa dança amorosa e profunda.
Meu coração explodiu junto com todo o meu corpo. Isso é tão poético, o amor é tão poético, e meu peito se encheu de mais e mais amor por Mia.
Ela era minha, eu tinha tocado, tocado no meu paraíso. Eu tinha Mia.
Eu sinto cede,
Eu sinto fome,
Meu corpo arde,
Meu corpo clama,
E só você pode me saciar,
Mia.
Eu achei que já tinha entregado meu coração a Mia, mas eu o entreguei novamente naquela noite, e o meu corpo também, estávamos juntos, sem barreiras, ou coisas e problemas, fomos apenas Mia e Alex, no mais profundo amor de um ser.
Eu havia pensando que já te amava, Ou que já tinha me doado à ti, mas hoje, como você nos meus braços, eu soube, que amar é um conjunto de alma, corpo e mente.
Eu te amo Mia,
de alma,
corpo
e mente.
Sendo hoje,
aqui com você comigo,
ou daqui pra frente,
eu lutarei arduamente,
pra merecer
o seu amor.
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