Superstição e Má Conduta
Jimin estava entediado de ficar enfurnado no quarto.
Ele tinha uma responsabilidade para com seu orgulho, que era infernizar a vida do Rei arrogante no qual o havia sequestrado usando seu melhor amigo para fazer todo o trabalho sujo.
Ele queria vingança e iria conseguir, porém também queria ver o sol, andar pelo castelo e conhecer cada canto do lugar onde ele estava fadado a viver a partir de agora.
- Vossa alteza?
Jimin saiu da sacada para olhar Dorothy da porta. - Dorothy, já falei para me chamar de Jimin.
- Desculpe alteza, mas eu não posso fazer isso.
- Bom! Vai ter que fazer, estou te dando uma ordem.
Dorothy engoliu em seco, concordando com uma reverência exagerada que quase a colocou de joelhos.
- Sua sobrinha ainda está doente?
- Sim alteza. Ela está indisposta. - Dorothy disse apreensiva.
- Tem certeza que não quer ninguém para substituí-la, só até que ela melhore?
- Não. Por favor, eu dou conta alteza.
Jimin pensou por um instante, mas achou melhor não contrariá-la por enquanto.
- Ótimo. Agora, me diga. Existem jardins neste castelo mal assombrado? - Jimin perguntou curioso enquanto entrava no quarto.
- Existia, porém o Rei mandou destruir para aumentar o espaço de treinamento dos soldados da ordem.
Jimin suspirou horrorizado, suas mãozinhas no peito em pânico.
- Ele fez o que ?
Dorothy mexeu as pernas desconfortavelmente. Da última vez que Jimin ficou daquele jeito, o Rei e o príncipe quase se mataram naquele mesmo quarto. E agora, tanto o Rei quanto o príncipe, não saem de seus aposentos por nada.
- Estávamos em guerra príncipe Jimin, não tínhamos outra escolha. O jardim não era prioridade.
Jimin sorriu largo, os olhos fechando conforme as bochechas tomavam todo o espaço no rosto.
Ele deu uns pulinhos sentados, feliz pela Dorothy finalmente chamá-lo pelo seu nome.
Dorothy não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha, mas adorou a reação do príncipe.
- Que seja, não estão mais em guerra agora, podem muito bem ter um jardim.
Dorothy mordeu a boca, tentando não ser mais uma das muitas fuxiqueiras do castelo, que se metem onde não são chamadas.
Jimin notou.
- Dorothy?
A mulher desviou o olhar de Jimin, tentando não cair na tentação daqueles olhos pidões.
- O que foi agora?
- Não estamos em guerra, ainda alteza.
Jimin juntou a sobrancelhas, olhando a mulher com curiosidade.
- O que quer dizer?
- Não sou do tipo que escuta conversas atrás da porta, e não sou uma fofoqueira.
- Fala logo Dorothy.
A mulher suspirou, agarrando o avental antes de sentar no chão de frente para Jimin, que não fazia ideia do porquê a mulher não sentou na cama ao seu lado.
- O Rei enviou uma carta requisitando a presença do Rei das flores. - Dorothy disse em tom conspiratório, quase aos sussurros.
Jimin sorriu largo com a ideia de rever seu primo e seus novos amigos.
- O que tem demais?
Dorothy arregalou os olhos.
- O Rei nunca fez algo assim antes. Estão dizendo que é uma armadilha, ele vai prender e depois matar o Rei das flores por ter escondido você dele.
- O que ? - Jimin levantou com tudo, quase tropeçando na mulher idosa.
- Dorothy, prepare meu banho e me ajude escolher uma roupa nova. - Jimin disse apressado enquanto abria o guarda roupa atrás da roupa perfeita para o que ele tinha de fazer.
Ninguém tinha vindo tirar suas medidas para fazer-lhe roupas novas, mas alguém havia escolhido algumas do seu tamanho.
Bom! Quase do seu tamanho. As calças ainda ficavam extremamente apertadas na sua bunda e ele sempre vestia roupas mais largas, mas não estava em condições de ser exigente no momento.
- Devo trazer rosas para o banho Príncipe Jimin?
- Não. Vá na cozinha e me traga favos de baunilha.
- O senhor fará seu próprio chá? - Dorothy perguntou ofendida.
O príncipe tinha ido longe demais dessa vez. Ela sabia muito bem como preparar um chá.
- Não vou fazer chá. Só faz o que eu pedi, por favor. - Jimin disse meio impaciente.
…
Yoongi estava sentado no escritório o dia todo, tentando colocar os papéis em ordem. Ele sabia que precisava se alimentar e esticar as pernas já dormentes, mas sua displicência anterior deixou o reino uma total bagunça. Ele só confiava nele mesmo para consertar.
Alguém bateu na porta algumas vezes.
- Vá embora. - Yoongi gritou irritado.
Ele ouviu uma pequena discussão, provavelmente do seu guarda com seja lá quem, que queria falar com ele.
A porta foi escancarada e o cheiro do príncipe invadiu seu espaço antes mesmo dele raciocinar o que estava acontecendo.
Seus olhos ficaram quase que completamente negros por causa das pupilas dilatadas e seu lobo em alerta, curioso e feliz feito um idiota.
Yoongi não precisava de uma distração no momento e graças a paixonite idiota do seu lobo por aquele ômega, distração era exatamente o que Jimin representava naquele momento.
- Não te deram educação? Quem você acha que é para invadir meu escritório dessa forma? - O Rei agradeceu aos céus por ter levantado a cabeça só depois que terminou de falar ou teria engasgado.
Jimin tinha os cabelos loiros cacheados e selvagens, a calça apertada delineava cada curva de sua cintura e coxas, a túnica era quase transparente e de um tecido fino que roçava em seus mamilos toda vez que ele se mexia.
Por Deus! O garoto parecia vindo dos céus para tirar seu chão e qualquer outra coisa que quisesse tomar. Ele era a própria personificação do pecado e mal parecia saber disso.
- Ah! Você quer dizer, como quando você invadiu meu quarto. Esse tipo de má educação? - Jimin se aproximou jogando mais daquele cheiro doce de açúcar e baunilha no seu nariz.
Por que ele sempre tinha que cheirar sobremesa afinal?!
Seu lobo aumentou seus sentidos, fazendo com que ele se sentisse um pouco tonto com o cheiro absurdamente forte e apelativo do príncipe.
- Fala logo o que deseja e saia. - Yoongi disse mau humorado enquanto seu coração batia acelerado e suas pernas ameaçavam falhar.
Jimin empinou o nariz, fingindo não ter se ofendido com aquilo.
- Quero saber por que convidou o Rei das Flores para uma reunião?
Yoongi olhou surpreso para Jimin e agora ainda mais irritado.
- E por que isso é da sua conta?
- É da minha conta a partir do momento que você decidiu se ligar a mim.
- Se você tivesse um pingo de inteligência, saberia que não estamos ligados e até onde eu sei eu sou a porra do Rei, não você.
- Se é assim que quer, então é assim que vai ser. - Jimin virou para ir embora se assustando com a velocidade que Yoongi o alcançou para impedi-lo.
O Rei tinha parado o pequeno príncipe com as mãos em seu braço e ele sabia que deveria tirar as mãos do menor assim que conseguiu o que queria, mas simplesmente não conseguia.
Ele queria alisar sua pele lisa e arrancar sua roupa chamativa para poder chupar todo seu corpo, conhecer sua textura e provar do seu gosto.
Seu lobo estava ansioso e alerta para cada sensação que ele imaginava que sentiria, caso colocasse seus planos em ação.
Jimin tentou não respirar aquele cheiro forte de fitas de couro, algodão e álcool, mas era difícil pensar com o Rei em cima dele.
- O que quer dizer com isso? - Yoongi se limitou a dizer, deixando que Jimin encostasse na porta, na tentativa de fugir de seu aperto.
- Você quer essa ligação de sangue para aumentar seu poder, eu posso te dar ela da maneira fácil ou da maneira difícil. Só depende de você. - Jimin disse irritado, mas confiante o suficiente para fazer o Rei pensar.
O problema é que o Rei não sabia mais o porquê queria aquela ligação. No começo era definitivamente para aumentar sua força e obviamente não morrer com uma ligação interrompida, mas depois de sentir o cheiro de Jimin pela primeira vez, tudo perdeu o sentido. Ele só sabia que queria fazer daquele príncipe seu, não importava como. Ele o teria de um jeito ou de outro.
- Eu posso ser bem insuportável quando quero. - Jimin enfatizou, já que o Rei não dizia nada.
Yoongi se afastou, prendendo a respiração até ficar seguro do outro lado do cômodo.
- Você já é insuportável agora, que diferença faz?
Jimin deu de ombros, tentando disfarçar o quanto ficou ofendido com a distância que o Rei colocou entre eles.
- Eu posso organizar nosso noivado. Você vai propor uma oferta de ligação diante do seu povo e eu vou aceitar.
- Como se você tivesse escolha.
- O reino inteiro te acha um troglodita incapaz de conseguir uma pessoa que queira se unir a você a não ser que seja raptada e forçada a isso.
- Não me diga o que o meu povo pensa ou deixa de pensar.
- Seu reinado inteiro é movido através do medo e da insegurança. Ninguém é leal a você. Nem mesmo seu braço direito, nem mesmo Jungkook. Ninguém. Se é assim que quer viver, olhando sempre sobre os ombros à espera de uma punhalada nas costas, fique à vontade. Como já provavelmente disse antes, não me importo.
Yoongi tentou não se abalar com as palavras do príncipe, mas o garoto era ardiloso e sua mãe sempre lhe disse que beleza e inteligência era uma mistura venenosa e traiçoeira na qual não se devia confiar.
- O que sugere, já que és tão sábio alteza? - O Rei disse irônico, apesar de que pela primeira vez em anos queria ouvir o que outra pessoa tinha a dizer sobre seu reinado.
- Deixa eu tentar transformar seu reino em um lugar menos inóspito, em troca você me dá um lugar na mesa de reuniões.
Yoongi gargalhou alto, olhando para Jimin como se ele fosse um louco.
- Você é um ômega com o espírito de grandeza dentro de você e eu respeito isso, mas acha mesmo que eu te daria voz nas decisões do meu reino? - Yoongi perguntou incrédulo.
Jimin sorriu assustando o Rei que perdeu a vontade de gargalhar no mesmo instante.
- Você acha que não sou digno de sentar na sua mesa? - Jimin perguntou baixo e perigosamente calmo.
- Acho que ômegas... - Yoongi começou, se aproximando para pegar Jimin pela cintura e sussurrar em seu ouvido. - São feitos para abrir as pernas e me satisfazer. - ele completou beijando o pescoço de Jimin, seus lábios roçando de leve aquela pele macia e suave, antes dele se afastar um pouco tonto e instável.
Jimin se odiou por te sentido arrepios com aquele beijo e se sentiu ainda mais nojento por ter se excitado com aquela frase de merda, mas sua habilidade de esconder chateações vinha de infância e ele era muito bom nisso.
- Se quiser ser feliz por uma semana durante meus cios, tá mais que convidado a participar deles, afinal eu só preciso de um pau que me aguente de qualquer forma. - Jimin olhou para as calças de Yoongi fazendo um bico de chateação. - Apesar de que você não parece que consegue sobreviver um único dia na minha cama, talvez eu precise de mais de um alfa para me satisfazer.
Yoongi rosnou tão alto que Jimin jurava que seus ossos tinham vibrado sob sua pele, mas ao invés de chorar, que era exatamente o que ele queria, Jimin simplesmente sorriu ainda mais largo.
- Agora. Boa sorte, tentando impedir que os rebeldes do seu reino, que aliás não devem ser poucos, não tentem me matar a cada oportunidade que tiverem. - Jimin empurrou o Rei e abriu a porta pronto para ir embora. - Aliás, está um dia lindo lá fora. Acho que vou na floresta colher alguns morangos para mais tarde.
- Jimin. - Yoongi chamou, fazendo Jimin sentir o coração falhar enquanto travava no lugar.
A tentativa de ignorar a forma que seu nome soava na voz grave e baixa do Rei, era quase uma batalha inútil.
Yoongi não fazia ideia de como Jimin sabia que algumas pessoas o queriam morto por medo da maldição que ele carregava e nem se ele realmente tinha coragem de colocar em risco para provar um ponto, mas algo lhe dizia que sim e isso o assustava. Não ter controle sobre Jimin o assustava.
O Rei não acreditava em maldições, mas ele sabia o quanto seu povo podia ser supersticioso. O próprio ataque ao reino de Galante era prova de como o medo do desconhecido podia levar até os mais sãos fazerem loucuras.
- Acha que consegue convencer meu povo a gostar de você? - Yoongi perguntou honesto, mesmo sabendo que se arrependeria disso mais tarde.
O garoto tinha realmente um ponto ali. Ele tinha muitas coisas à fazer. Zelar pela segurança do príncipe só o atrasaria.
Jimin abriu um sorriso largo que fez Yoongi quase ronronar.
- A pergunta é em quanto tempo eu consigo fazer eles me amarem e não se é possível. - Jimin fechou os olhinhos num sorriso perfeito e Yoongi gemeu baixinho em resposta a sua frustração inexplicável.
- Muito bem. Se você conseguir fazer o que diz que consegue, terá um lugar na minha mesa. Desde de que só abra a boca quando eu mandar.
Jimin concordou com a cabeça, quase pulando de alegria.
- Ótimo. Se é o que você deseja, eu farei.
Jimin fechou a porta, deixando Yoongi confuso e com a sensação de que foi ele quem pediu para Jimin participar de suas reuniões e não o contrário.
Ele balançou a cabeça perdido e achou melhor voltar aos seus papéis do que se matar para entender o que realmente tinha acontecido ali.
Já era tarde da noite, o cheiro de Jimin ainda estava por toda parte naquele cômodo e em seu corpo também, uma ereção inconveniente se fez presente pela terceira vez aquele dia conforme o rosto e o gosto da pele de Jimin tomavam sua mente de assalto.
- Guarda. - ele chamou o alfa que guardava, muito mal guardado, sua porta.
Um jovem abriu a porta, encarando o Rei com os olhos assustados e aflitos.
Talvez fosse verdade, a parte que Jimin disse sobre seu reino ser governado pelo medo.
Ele não via nada demais nisso. Funcionava afinal.
- Mande chamar a ômega responsável pelos cuidados do príncipe. Quero ela em minha cama esta noite
- Dorotéia senhor?
- Que? Não. Não a velha. A sobrinha. Sophie.
O guarda concordou, fechando a porta depois de se curvar.
Se Jimin não saía da sua mente através da sua força de vontade, ele tentaria outros métodos mais eficazes.
…
Jimin estava feliz com seus planos correndo de acordo com o programado. Tudo que ele precisava agora era mandar uma carta para o Jin e explicar sua ideia para o mais velho.
Jimin fechou o envelope com vela derretida e o selou com o símbolo do seu anel representando a casa de Galante, era o que ele tinha nas mãos, já que ainda não pertencia a nenhum reino depois da queda do seu.
Dorothy o levou até a casa de Taehyung, já que era ali que disseram que Jungkook estaria, segundo sua serva.
- Tem certeza que não quer que eu fique majestade? - Dorothy perguntou preocupada.
- Não. Vá ver como está sua sobrinha, vou sobreviver. - Jimin sorriu incitando a mulher a ir embora.
Ele bateu na porta, se encolhendo com frio e medo de enfrentar o lobo.
A porta foi aberta pelo próprio. Jimin quase pulou para dentro da casa, já que todos que passavam pela rua o encaravam e cochichavam às suas costas e isso estava começando assustar.
Jimin não fazia ideia se conseguiria conquistar aquele povo, ele só estava cansado de se sentir sozinho e abandonado por todos. Precisava tentar.
- Jimin? - Jungkook encarou o pequeno assustado e com óbvia preocupação.
Seus olhos foram direto para sua roupa chamativa e sua preocupação cresceu ainda mais.
- Você veio até aqui sozinho?
- Não interessa. Você não é mais responsável por mim. - Jimin disse ignorante.
Jungkook mordeu os lábios concordando triste com aquilo.
- Jimin. Eu…
- Fiquei sabendo que irá intermediar a proposta de uma reunião entre os Dragões e as Flores.
Jimin disse feliz por saber de tudo que rolava no castelo.
- Isso é confidencial, como ficou sabendo?
Jimin ficou satisfeito por ter uma ótima espiã no castelo.
- Não te interessa também. Quero que entregue essa carta para o Jin por mim e diga-lhe para que responda à você e somente a você, a minha pergunta e depois queime a carta.
- Jimin, eu não posso…
- Você me deve Jungkook. - Jimin disse firme, calando o alfa.
Ele concordou em silêncio, pegando a carta das mãos de Jimin.
- Tem o brasão de Galante nela.
- Fico feliz por não sofrer de cegueira. - Jimin disse saindo da casa às pressas.
- Deixa eu te levar para o…
- Não se incomode. - Jimin disse quase aos berros enquanto dava passos largos na direção do castelo.
Para sorte de Jimin, a garoa fina começou a engrossar, se transformando em chuva gelada e com gotas grossas.
Sua roupa era um pouco transparente, principalmente a parte de cima e Jimin se sentia cada vez mais exposto à medida que o tecido colava no seu corpo gelado.
Tirando o grupo que se aglomerou nos portões no dia de sua chegada, ninguém sabia que ele era o príncipe prometido. A falta da guarda real o escoltando também não ajudava muito. De qualquer forma, Jimin sabia que precisava chegar logo na segurança do castelo.
Ele passou por uma casa de jogos e quando achou que não tinha como piorar, dois bêbados começaram se acotovelar e apontar para ele, conforme puxavam o ar para sentir seu cheiro daquela distância.
- É um ômega. - Um deles disse mole e aos tropeços.
Jimin acelerou ainda mais o passo, entrando num beco no qual parecia que o levaria mais rápido para o castelo iluminado por tochas não muito longe de onde ele estava.
Jimin sentia os pêlos do seu corpo arrepiados, então ele sabia que algo não estava certo, porém o som de risadas vindo detrás dele o fez ter certeza que estava em perigo.
Ele correu. Correu tão rápido e desesperado que a queda causada por uma pedra no caminho, pareceu um tanto quanto premeditada.
Quando finalmente conseguiu levantar, sangue escorria do seu joelho, ele sabia, porque seu cheiro ficou insuportavelmente mais forte. Os alfas bêbados atrás dele pareceram chegar à mesma conclusão, já que praticamente uivaram quando o alcançou.
Um homem fedendo a vômito e álcool agarrou seus braços, quando que o outro sorria com seus dentes amarelados e sujos na sua direção.
- O que uma gracinha como você faz nessa parte da cidade? - O homem perguntou se aproximando para cheirar Jimin mais de perto.
- Me deixa em paz. - Jimin gritou chutando as bolas do homem de dentes amarelados.
O chute foi certeiro, fazendo o homem cair de joelhos na sua frente e colocar as mãos no saco.
Jimin tentou se livrar do homem que o agarrava, mas o mesmo deu uma testada na sua cabeça.
O que não era muito inteligente, já que ambos ficaram tontos com a pancada, ainda assim não foi o suficiente para fugir. Jimin tentou chutar o homem que o agarrava, mas sem sucesso. Nesse meio tempo o outro que havia caído aos seus pés, recuperou o fôlego, pegando Jimin pelas costas assim que levantou.
Por incrível que pareça o idiota tinha uma ereção no meio das pernas e agora roçava o pau na bunda de Jimin, que para ajudar não parava de se mexer tentando fugir.
- Por favor. - Jimin implorou quase sem voz enquanto suas lágrimas se confundiam com as gotas de chuva.
- Vamos ver quantos de nós você aguenta antes de desmaiar. - o homem atrás dele sussurrou já arrastando ele para uma viela subjacente a que eles estavam.
- Não sou o especialista no assunto, mas algo me diz que o ômega não quer a companhia de vocês rapazes.
Um cara apoiado na viga de uma das casa disse enquanto tomava uma bebida do seu cantil.
Jimin sentiu o peito acelerar, ele queria pensar o melhor, mas na sua cabeça agora eram três homem para estuprá-lo ao invés de dois.
- Vai embora, isso não é da sua conta. - O homem dos dentes amarelados disse atropelado, lambendo o rosto de Jimin em seguida.
Jimin sentiu um gosto amargo subir por sua garganta ao inalar o cheiro azedo que vinha da boca do bêbado.
- Odeio atrapalhar a diversão, mas qualquer cidadão do reino é responsabilidade da ordem.
- Ele tem o anel de Galante no dedo, é só mais um refugiado.
Jimin ficou tão desesperado com o silêncio do talvez bom samaritano, que resolveu tentar escapar mais uma vez, aproveitando da distração dos seus atacantes.
Ele conseguiu se soltar dos homens, mas não foi muito longe, caindo com a cara no chão.
Um barulho de socos e resmungos foi ouvido, mas Jimin sangrava no chão, e não conseguia levantar a cabeça. Quando finalmente conseguiu os dois homens estavam mortos no chão e sem suas cabeças enquanto o homem que os matou guardava uma espada em seu uniforme de soldado da ordem dos dragões.
- Eu te conheço. - Jimin sussurrou sentindo um líquido viscoso escorrer por sua testa.
Ele colocou a mão no supercílio esquerdo, voltando com os dedos coloridos de vermelho.
- Alteza. O homem fez uma referência antes de se aproximar. - Eu senti seu cheiro quando sangrou a primeira vez, então segui sua trilha.
Os olhos do alfa estavam dilatados e ele respirava pela boca.
Jimin sabia que seu cheiro era forte e atraía atenção indesejada, era por isso que seus pais mal o deixavam sair da torre. No entanto, nunca imaginaria que causaria tanto alvoroço assim, afinal nunca saiu do seu quarto sem um lobo de quase dois metros no seu encalço.
- Eu… eu posso me virar daqui. - Jimin disse tentando se levantar sem dar atenção à vertigem.
- Alteza. Consegue se levantar? - O alfa perguntou preocupado, mas para Jimin sua voz estava distante e sua visão agora era um enorme monte de nada.
- Droga. - ele ouviu o alfa dizer antes de evitar que ele batesse a cabeça mais uma vez no chão e o pegasse no colo.
…
Yoongi tinha acabado de tomar seu banho quando a porta de seu quarto foi aberta com delicadeza.
- Mandou me chamar alteza?! - Sophie perguntou com os olhos brilhantes e em expectativa.
Yoongi concordou tentando não torcer o nariz para o excesso de colônia que a mulher usava.
Ele era um puro, qualquer cheiro muito forte o fazia espirrar, mas a ômega não era obrigada saber disso. Yoongi não podia culpá-la por não cheirar a açúcar e baunilha.
- Pode me dar a honra de tê-la na minha cama essa noite? - Yoongi perguntou baixo enquanto afastava a alça do vestido do ombro da mulher linda à sua frente.
Yoongi nunca foi santo e sempre teve muitos homens e mulheres à sua disposição. Se ele usava do seu título de Rei como vantagem todos sabiam, mas ninguém se importava, nem mesmo ele.
Sophie sorriu olhando o Rei por sobre os cílios que piscavam preguiçosamente.
Seu corpo não teve nenhuma reação quando tomou seus lábios num beijo lento e preguiçoso. Ele não a queria, nem mesmo depois que apertou sua bunda e desceu as mãos por suas coxas para pegá-la no colo.
Eles tiraram suas roupas às pressas, entre rasgos e puxões. Quando seus corpos nus se tocaram Yoongi esperou, mas não sentiu nada. Não era fácil, ele não podia nem fechar os olhos e imaginar Jimin, porque não era seu cheiro naquele quarto e não seria justo com a mulher em seus braços.
Yoongi se amaldiçoou baixinho, deixando a ômega descer do seu colo e ajoelhar para chupá-lo.
Nada.
Ele não conseguia ficar duro.
Seu lobo se irritou com aquele cheiro e agora era mais um fator para impedi-lo de ignorar o óbvio.
Ele queria o príncipe.
- Sophie. - Yoongi tentou levantar a garota, mas ela se negou, tentando desesperadamente colocá-lo mais uma vez em sua boca.
- Sophie. Pare, por favor. - Yoongi tentou mais uma vez.
Ele podia até ser um boçal e um troglodita, como Jimin havia falado, mas nunca tratou uma mulher com desrespeito.
- Sophie. - Seu lobo rosnou perigosamente para a mulher, fazendo ela se arrastar para longe do Rei.
- Desculpe. - Yoongi tentou pedir, mas não conseguiu evitar rosnar mais uma vez.
Alguém bateu na porta várias vezes seguidas, irritando o Rei.
Quem diabos o importunava a essa hora?!
- Estou ocupado. - Yoongi gritou.
- Majestade, é sobre o príncipe.
Yoongi olhou agoniado para a porta, querendo correr para abrí-la no mesmo instante.
- Vista-se. - Ele disse para Sophie enquanto tentava fazer o mesmo com o que restou de suas roupas.
A porta foi escancarada e Jimin surgiu entre dois guardas da ordem.
- Cansei de esperar. - Jimin disse enquanto olhava ao redor, encontrando Sophie seminua no canto do quarto.
Merda!
…
Jimin acordou num ambiente desconhecido, sem saber por quanto tempo passou inconsciente.
O alfa que o salvou, estava tão perto de seu rosto que ele quase desmaiou de novo com o susto.
- Príncipe. Você está bem?
Jimin o empurrou enquanto sentava na cama, olhando ao redor com uma interrogação no rosto.
- Onde estou?
- Na enfermaria majestade.
- Oh! Eu sinto muito por ter te dado tanto trabalho. - Jimin disse tocando nos braços do alfa que o salvou.
- Não deu trabalho nenhum. - O alfa sorriu carinhoso para Jimin tentando se afastar do toque sutilmente.
- Eu me chamo Jimin aliás. - Jimin disse tímido.
O alfa ainda tinha os olhos dilatados e os dentes travados marcando sua mandíbula. Ele devia estar um desastre, mas não sangrava mais.
Alguém tinha feito curativos nele, mas ele ainda vestia suas roupas molhadas e coladas no corpo.
- Desculpa. Não tive condições de tirar suas roupas e nossa ajudante está com o Rei.
Jimin entendeu a situação, ele não disse nada para não envergonhar o soldado, apesar de seu rosto vermelho não disfarçar o quanto havia entendido.
- Vocês não tem curandeiros? - Jimin perguntou curioso.
- Não mais. Agora tentamos nos virar com o que podemos. Sophie a sobrinha de Dorotéia faz o que pode para ajudar com os ômegas, mas ela tem muitas tarefas. - O alfa disse sem graça.
- Qual seu nome?
- Oh! Desculpe minha indelicadeza. Me chamo Shownu
Jimin concordou com um sorriso no rosto.
- Vou acordar Dorotéia para te trocar…
- Não. Por favor, não faça isso. A mulher pode morrer se souber que me machuquei, eu a obriguei voltar para casa, disse que me virava pra voltar sozinho. Ela vai se sentir culpada até a próxima vida agora. Deixe-a na ignorância por pelo menos mais um dia.
Shownu concordou tentando não encarar a roupa transparente de Jimin.
- Você é o guarda da ordem dos dragões que falou comigo quando me receberam nos portões.
- Sim príncipe, mas não acho que serei da ordem por muito tempo.
- O que quer dizer?
O homem coçou a cabeça, olhando tímido para Jimin.
- Temos ordem de não encostarmos no príncipe do Rei. Com sorte serei expulso do reino
Jimin ficou vermelho, só que agora era de raiva.
- Eu não sou “ do Rei”. - Jimin disse irritado. - Sem contar que ninguém precisa saber o que aconteceu.
- Seria impossível de esconder majestade. Metade do castelo viu eu te carregando até aqui e tem dois corpos na praça central com seu cheiro por todo o corpo.
Jimin se arrepiou pensando no quanto aqueles homens se esfregaram nele.
- Você me salvou. Isso é bom.
Shownu negou com a cabeça.
- Isso não importa alteza. Ordens são ordens.
- Ordens são ordens. - Jimin resmungou levantando com cuidado da cama. - Vamos!
- Para onde vamos alteza? - Shownu perguntou confuso enquanto pairava com seus braços abertos próximo de Jimin para segurá-lo caso ele caísse novamente.
Jimin bateu com suas mãozinhas nos braços estendidos de Shownu que logo os recolheu e passou a seguí-lo, mas não perdeu a preocupação expressa no rosto.
- Vamos falar com o idiota do Rei a respeito dessas regras.
- Alteza? - Shownu sentiu o coração bater mais forte do que devia. O medo transbordando no peito. - O Rei mataria nós dois por perturbá-lo.
Ele era forte e um excelente soldado de batalha, mas ninguém desafiava o Rei e ele temia pela vida daquele ser minúsculo de semblante irritado subindo as escadas com dificuldade.
- O Rei tem parar com essa mania de sair matando todo mundo o tempo todo. - Jimin disse pirracento.
Shownu juntou as sobrancelhas ainda mais confuso com a determinação do ômega.
- Ele está acompanhado com uma de nossas auxiliares alteza.
Jimin não fazia ideia o que tinha acontecido com o Rei, para precisar da sobrinha de Dorothy, mas não devia ser nada sério ou todos estariam acordados para resolver o problema.
Jimin chegou na porta do quarto do Rei, com a ajuda não muito disposta de Shownu.
Um guarda fez reverência para o príncipe com a roupa toda transparente e alguns curativos pelo corpo.
- Alteza. - O guarda disse enquanto olhava curioso para Shownu a espera de explicações.
- Preciso entrar. - Jimin disse apontando para a porta.
- Não posso permitir alteza.
- Abre a droga da porta. - Jimin disse quase sem graça por ter xingado a porta.
Sua mãe nunca o permitiu xingar, mas ela não estava aqui agora, então.
Jimin estava prestes a abrir a porta ele mesmo quando o guarda entrou na sua frente.
- Deixa eu ao menos anunciá-lo majestade.
Jimin mordeu os lábios com o nervoso, mas concordou.
O guarda bateu na porta.
“Estou ocupado” - foi possível ouvir através da porta.
Jimin cruzou os braços.
O guarda vacilou quando foi para dizer não para o príncipe.
- Majestade. É sobre o príncipe.- O guarda resolveu gritar insistente.
Nada.
Jimin avançou para a porta, vendo que o guarda pular para o lado para não encostar nele.
Ele revirou os olhos e abriu a porta.
- Alteza, espera um instante...
- Cansei de esperar. - Jimin disse analisando o quarto a procura do Rei, mas encontrou a tal da Sophie antes.
Pelada e com um olhar cínico na sua direção.
- Que porra? - Jimin perguntou alto sem querer, esquecendo tudo sobre a regra de não xingar.
- Posso saber por que está me incomodando a essa hora? - O Rei perguntou enquanto terminava de amarrar sua calça na cintura.
Enfrentar o Rei vestido era muito difícil, agora enfrentar o Rei sem camisa estava fora de cogitação.
Jimin tinha sorte que a raiva era maior que a atração que ele obviamente tinha pelo Rei.
- Saia daqui. - Jimin disse para Sophie que levantou uma sobrancelha e o olhou em desafio.
- E quem é você para mandar em mim?
- Se você não fingisse que está doente para sua tia, saberia que sou o príncipe prometido para esse idiota que não consegue manter o pau dentro da calça. - Jimin disse espantando todos no quarto, menos Yoongi que sorriu de lado, achando o príncipe terrivelmente encantador quando a raiva não era direcionada a ele.
- Aliás, é graças a você que eu quase morri na praça hoje.
Yoongi semicerrou os olhos, sentindo o cheiro de Jimin socar seus sentidos aguçados pela primeira vez.
Ele estava tão acostumado com seu lobo insano dentro dele quando Jimin se aproximava, que acabou ignorando os sinais de alerta que seu lado animal distraído era mil vezes mais bem treinado para notar. Talvez se Jimin não cheirasse tão bem seu lobo não seria um total inútil.
- Você sangrou. - Yoongi disse perdido.
Ele sempre sabia quando Jimin sangrava. Sempre soube, desde quando o príncipe nasceu. Mas agora o garoto tinha revirado tanto seu mundo que ele não fazia ideia de quanto dos seus instintos e sensações foram bagunçados ou perdidos com sua presença.
- Ao invés de ficar por aí se divertindo com ômegas aproveitadoras, você devia estar pensando numa forma de me apresentar para seu povo. Tenho certeza que nada disso teria acontecido se você tivesse levantado a porra da bunda da cadeira do seu escritório e prestado atenção em mim e no que precisa ser feito.
Yoongi rosnou para Jimin que mal notou.
Jimin estava verde de raiva. Ele queria voar no pescoço do Rei e unhar sua cara inteira, mas precisava manter a pose nas frente da tal da sobrinha de Dorothy.
Aquela …
- Alteza, seja razoável. - Shownu disse baixo fazendo o Rei prestar atenção nele pela primeira vez.
- Você tocou no que é meu. - O Rei disse encarando friamente o alfa.
Esse foi definitivamente o limite de Jimin.
- Você. Já não mandei sair? - Jimin abriu mais a porta e continuou olhando a garota que segurava a roupa no peito fingindo vergonha.
Ela teve muito tempo para vestir a roupa e sabia muito bem que era linda. Porém era péssima em fingir descaso, olhando para o Rei agoniada enquanto fingia um choro barulhento.
- Sophie, é melhor você ir. O guarda irá te levar até seu quarto. - Yoongi disse pensando se existia alguém capaz de impedir Jimin de entrar nos lugares sem ser chamado.
Ele duvidava.
Jimin sentiu o corpo tremer e as lágrimas ameaçaram descer por seus olhos.
Ele não acreditava que o Rei tinha uma amante, ele realmente achava que o idiota fosse solteiro.
Piada do dia.
Jimin viu Sophie rebolar para fora do quarto e não resistiu em bater a porta com força na cara dela.
- Ciúmes? - O Rei perguntou calmo enquanto ia até uma mesa se servir da bebida cor âmbar que ele tanto cheirava.
Jimin afastou os lençóis amassados da cama e sentou na parte que ele imaginava estar limpa, colocando a mão na cabeça, como se aquilo fosse impedir sua tontura.
O Rei sentiu o cristal que abrigava o whisky tremer em suas mãos, precisando colocar o objeto de volta na mesa, antes que o derrubasse.
Ele pegou o copo agora cheio e se virou na direção de Jimin, assistindo o príncipe quieto tremer provavelmente pela roupa molhada.
O quarto inteiro foi impregnado com o cheiro do ômega e Yoongi pensou se iria bastar mandar pôr fogo em tudo ou teria que mudar de quarto para conseguir dormir sem seu lobo uivando por mais daquele cheiro no qual ele estava se viciando.
- Olha Yoongi. Eu entendo que você me trouxe aqui por obrigação. - Jimin começou tentando manter a calma.
Yoongi não fazia ideia de como Jimin sabia seu nome. Jungkook deve ter falado algo para o príncipe antes, afinal ele sempre foi curioso sobre a existência do tal príncipe no qual sua família o havia ligado com sangue quando ele era apenas uma criança. O garoto deve ter sentido o mesmo em algum momento.
Era uma sensação boa e distinta ouvir seu nome entoado ao som suave daquela voz hipnotizante.
- Mas você precisa ser razoável. Ordenar para que ninguém encoste em mim, me deixar sem um guarda para cuidar da minha segurança, honestamente, é ridículo.
- Você disse que procuraria outro alfa para te satisfazer, não posso permitir que encostem em você. - o Rei respondeu, achando aquilo bem razoável.
Jimin riu seco e sem humor.
- Mas você pode se satisfazer o quanto quiser, certo?! - Jimin perguntou sentindo nojo do Rei pela primeira vez.
Yoongi tremeu com a expressão de desgosto do príncipe. Seu peito apertou seu coração e ele queria chorar ajoelhado e implorando perdão. E dessa vez nem era seu lobo falando.
O Rei tomou toda a bebida que tinha em seu copo, e levantou da cama, tentando se manter o mais longe possível do príncipe.
- Eu quase fui violentado por dois alfas nojentos e bêbados na praça hoje.
Yoongi ia gritar algo, mas Jimin o interrompeu com o movimento de suas mãos.
- Me disseram que você estava ocupado. - Jimin disse olhando com nojo para cama. - E eu precisava falar com Jungkook sobre um assunto urgente. Acabei indo sozinho, mas isso não justifica o comportamento daqueles caras. Eles não pareciam com medo do seu soldado da ordem, o que significa que você provavelmente permite ou ao menos ignora esse tipo de atitude. - Jimin levantou da cama, as mãos trêmulas com as lembranças assustadoras em sua mente. - Shownu, seu soldado, me salvou, mas eu desmaiei no meio do salvamento e ele foi obrigado a me carregar até a enfermaria.
Jimin revirou os olhos com o rosnado do Rei.
- Sua amante é aparentemente a única auxiliar na enfermaria. - Jimin disse engasgado. - E como ela não estava, ele precisou cuidar dos meus cortes e arranhões, porém como pode ver, não tirou minhas roupas e precisou de muita força de vontade para não me atacar, já que teve que aguentar meu cheiro por todo o processo. O que é mais do que eu posso dizer sobre você a respeito de controle. - Jimin disse rancoroso.
- O que quer que eu faça? - O Rei perguntou, cansado e chateado por Jimin achar que ele tinha uma amante, se bem que não é como se ele pudesse culpá-lo. - Você foi atacado por minha causa, me diga o que eu preciso fazer para me redimir.
Jimin suspirou cansado. Ele nem conseguia ficar feliz com o pedido do Rei no momento.
- Quero minha segurança de volta e não quero que seja o Jungkook. Quero o aumento da segurança nas cidades para impedir os abusos e se você não quiser que eu dê meu jeito e volte a fugir de você como antes de nos conhecermos, vai ter que parar de dormir com outras pessoas.
Yoongi engoliu o sorriso nos lábios, tentando parecer sério.
- E o que sugere que eu faça para me aliviar? - Yoongi perguntou pronto para provocar o príncipe.
- Enfia a cabeça num balde de água. Não pense que eu não falo sério Rei. - Jimin disse revoltado enquanto rebolava aquela bunda empinada pra fora do seu quarto.
Yoongi suspirou, olhando cada centímetro do corpo Jimin até não vê-lo mais.
O Rei podia ser muitas coisas, mas não era alienado. Ele sabia quando uma situação chegava num ponto sem retorno, no entanto, não podia deixar de lutar contra, afinal todo mundo tem medo do novo.
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