Pergaminho XI - (Parte II)
Seguiram caminho pela floresta, se atentando principalmente ao chão escondido pelo ar branco. O silêncio emanava dos dois como duas crianças brigadas; só os pássaros mesmo para não deixar aquele ambiente tão monótono. Eles andaram, ou pelo menos tentaram; até o anoitecer. O solo era em um certo grau, plano, e como não havia qualquer coisa que oferecesse perigo para eles como animais peçonhentos ou predadores, não se importaram em dormir entre as folhas secas caídas ao chão.
Não foi a melhor noite, mas ambos pareciam terem descansado bem, na medida do possível. Levantaram com seu vigor restante e tomaram a estrada pela floresta ainda em silêncio, ao longo de todo o dia. Vez ou outra paravam para pegar alguma fruta, beber a água do rio e encher seus odres; até por fim seguirem adiante. Mas a voz nem de um, nem de outro podia ser escutada. Num certo momento, Henrique cogitou quebrar o silêncio. Algo perturbava sua mente, ou melhor, uma curiosidade lhe coçava a cabeça. Não, ele não pôde evitar indagar:
— Você é um estrangeiro também, certo?
O soldado ainda apoiado aos seus ombros, o olhou de canto. Cuspiu sem enfeite:
— Não te interessa.
— Tá bem — o cientista bufou fatigado — Não me interessa mesmo. Nem sei porque perguntei. Não sei nem por que diabos Laila foi querer falar com você naquela hora, talvez se não tivesse feito isso eu não teria tido aquela ideia estúpida de falar com você lá no penhasco e a gente não estaria aqui.
— Espera... Laila? Você disse Laila, como Laila Hawking? — Henrique não notou a surpresa do homem logo de imediato. Só depois de virar o rosto e ver suas sobrancelhas embrulhadas e aqueles olhos negros bem abertos.
— Sim, que eu saiba é esse sobrenome mesmo.
Ele se tornou mais estranho quando de repente, socou uma árvore, rosnando.
— Droga! Não deveria ter tratado ela daquele jeito!
— Tô nem aí pro seu arrependimento.
Para a infelicidade de Henrique, o homem continuou:
— Ela é a filha de Thomas Hawking!
— Que surpresa, alguém que conhece o pai dela. Como se todo mundo já não conhecesse.
— Ele salvou a minha vida! Eu tinha só onze anos quando a caravana dos meus pais, que eram comerciantes, foi atacada por bandidos. Até hoje eu lembro daquele cheiro de fumaça, do brilho do fogo e a textura do sangue que espirrava em mim das pessoas que eram mortas na minha frente.
— Nossa, já dá pra escrever melodrama. Vamos só seguir em silêncio como antes, tá bem...
— E então apareceu Thomas junto com alguns soldados. Ele lutou contra eles e me tirou dali. Depois, como estava sozinho, ele me levou para o castelo em Garra do Falcão e cuidou de mim, me treinou como soldado, me fez ser quem eu sou... E agora, em retribuição, eu sou um babaca com a filha dele.
— Esconder a natureza é difícil.
O soldado o encarou com fúria. Sentiu uma pontada de raiva por depender dele para andar.
— Cala a boca, no final das contas a culpa foi sua mesmo.
— Pois é, eu que pus aquelas palavras na sua boca. Prazer, meu nome é Xavier, quer entrar na minha escola? Agora pode me prender.
— Se você não fosse um bandido soturnense, com certeza eu não me encontraria com a filha do Thomas em uma situação tão desagradável.
— Que culpa eu tenho se você foi rebaixado de cargo para guardinha?
— Eu não fui rebaixado. Esse sempre foi meu trabalho.
— Então você sempre foi de baixa patente? Que trágico.
— Se eu pudesse eu cortava sua cabeça fora, bandido maldito!
— Qual o problema desse lugar? Qualquer coisinha querem cortar cabeças, decepar braços. Eu hein... Parecem até... Torcida organizada ou um bando de seguidor de político, sei lá.
— Um soturnense reclamar de matar? Parece que se esqueceu de qual família é o seu Kaiser.
— Também são xenófobos pelo jeito? Esses negócio de ficar me chamando de soturnense: "Olha só, ele veio do Reino Soturno!" Sinceramente já tá me arrancando a paciência.
— Enquanto os Rutherford continuarem no trono, nunca vou me aproximar de um soturnense e nem dar a eles meu respeito.
— Adivinha? — Henrique estreitou os olhos — Você tá apoiado no meu ombro. Eu não sei o que esse tal de Rutherford fez pra você, mas se é pra me encher o saco com esse tipo de coisa, melhor nem falar nada.
— Não sabe? Eu já deveria imaginar mesmo que a casa Rutherford não contaria o que aconteceu ao seu povo.
— Você ta louco para que eu pergunte, né? Bem, se isso fizer você ficar quieto depois, então me conta vai, o que aconteceu?
O soldado levantou uma sobrancelha.
— Eu não deveria ter que falar, mas você também não tem culpa por não saber. Conhece ao menos a história dos viajantes?
A feição de Henrique foi suficiente para resposta, levando o soldado a continuar:
— No passado existiram quatro indivíduos. Guerreiros vindos de outro mundo que mudaram a história! Na verdade, a lenda diz que quando um viajante aparece, duas coisas são inevitáveis — o soldado ergueu dois dedos para complementar — uma dinastia vai cair e uma grande mudança ocorrerá no mundo. Pra falar a verdade, desde o primeiro viajante isso tem acontecido. Até então as pessoas pensavam que os viajantes eram heróis, mas o Segundo Viajante, quando apareceu, se tornou um tirano. Seu nome? Niels Rutherford. Foi responsável pelo genocídio de povos inteiros, tortura e trabalho escravo. E hoje, por algum motivo absurdo que desconheço, a casa dele ainda governa o Reino Soturno. Espero que isso tenha esclarecido alguma coisa.
— Não, isso não esclarece muita coisa não. E não é como se eu tivesse a ver com isso. Eu nem sabia quem era esse cara até agora. Mas uma coisa deixou claro: vocês literalmente vivem na Idade das Trevas aqui.
— Não sei do que você ta falando e não me convenceu. Se as pessoas do seu reino ainda permitem que um Rutherford os governe, então são tão perversas quanto essa família.
Eles seguiram pela floresta em silêncio. Caminharam até passarem pelo último tronco caído e saírem da taiga. Enfim, chegarem em um campo límpido, sem mais a neblina espessa. Uma planície ampla. O sol que regia, iluminava longas estradas de lavandas roxas que enfeitavam a paisagem.
— Que fantástico! — Henrique não pôde esconder sua admiração. Ele arrancou uma das lavandas curioso, e a colocou debaixo do nariz, limpando seus pulmões com o perfume.
— O quê tá fazendo? — questionou o soldado.
— Eu sempre gostei de sentir o cheiro de lavanda do perfume que uma das minhas empresas fabrica. Mas nunca senti o cheiro natural da própria flor.
Uma trilha de terra nua, lesionada provavelmente por anos de pessoas caminhando nela, não dispunha do menor pudor em riscar as lavandas. Foi o caminho que seguiram.
— Por que você ta tão agitado? — Henrique não queria se incomodar em indagar, mas impacientou-se com o pescoço do soldado curvando-se de um lado para o outro.
— Só tô um pouco preocupado. Eu já ouvi falar desse lugar; a Estrada de Lavanda, se chama. Já teve relatos de peninsulares passando por aqui e matando camponeses.
— Então é melhor a gente voltar?
— Não, é único caminho pra contornar o penhasco.
— Vamos então atrás dos guardas na fronteira.
— Eu não vou te levar até sua fuga, Henrique!
— Minha nossa senhora do chá de camomila! — o cientista pôs a única mão ao rosto, extenuado. — Eu não vou fugir, droga!
— Vamos seguir por aqui; vou ficar atento pra ver se vejo algum peninsular.
E deste modo, continuaram por aquele campo que, por acaso, parecia infinito. Paravam para descansar só quando realmente era necessário. Finalmente, o sol, em seu tempo, deixava o céu, o que fazia com que os dois procurassem por horas, um lugar adequado e seguro para pernoitarem.
— Talvez essa caverna sirva. — dizia o soldado lentamente se desvencilhando dos ombros de Henrique.
— Não acha que se esses tais assassinos estiverem por aí, não pensariam em se abrigar num lugar exatamente como esse?
— Acho. Tem um frasco aí na minha bolsa...
— Quer dizer pochete, né? Que tosco. — ele riu.
— Só abra!
Dali, Henrique sacou um potinho com um líquido amarelo.
— Esse?
— Isso mesmo.
— E como vai ajudar?
— É urina de urso.
O homem dobrou o nariz em nojo.
— Por que raios você carrega isso com você? E como que se consegue isso?
— Eu consegui com um mercador do palácio da capital. Eu comprei só por comprar mesmo, imaginei que poderia ser útil um dia... Afinal, por que eu tô te explicando? Espalhe lá fora em volta da caverna.
— E eles vão sentir o cheiro e ir embora?
— Os peninsulares têm o faro bem mais apurado que o nosso. Eles não ousariam se envolver numa briga contra um inimigo grande desses.
Henrique, mesmo com todo seu desinteresse nos ombros, foi ainda assim. Em minutos voltou. O homem ferido havia conseguido fazer uma pequena fogueira com as madeiras que o cientista havia trazido na sacola e a pederneira.
— Negócio nojento. — Por fim, se sentou em frente a onde o soldado estava, na outra parede da caverna, aquecendo também as mãos na fogueira. — A propósito, como que são esses peninsulares? Eles tem alguma roupa específica? Eu acho que vou ficar vigiando hoje a noite.
— Mais ou menos. Eles se vestem quase como nós, mas podemos diferenciar eles pela cor da pele. Eles são alaranjados, como caqui.
— Alaranjados? Já sei, vitamina C.
— Alguns deles tem chifres brancos.
— Sério? — abaixou as pálpebras. — Só porque eu tava até começando a acreditar...
— Não tô mentindo! Eles são selvagens, vivem em terras ao sul, na península árida. Nessa época do ano, a seca prevalece na região deles, então alguns se arriscam para buscar comida por essas terras.
— Se arriscar pra buscar comida? Que besteira. Era mais fácil eles pescarem ou coisa assim.
— Eles são carnívoros, adoram carne vermelha e, na floresta iluminada ao leste, eu soube que há muitos veados e alces. Pelo jeito, motivo eles tem para virem pra cá.
— Se estão aqui pela comida, por que nos atacariam?
— Como eu disse, é porque são selvagens! Eles nos odeiam e não perderiam uma oportunidade de cortar nossa garganta.
— E os soldados da fronteira, pelo jeito, não servem pra nada, né?
— Eles até tentam, mas são muitos peninsulares que entram, não tem como dar conta. Se você for ficar de guarda, eu só digo pra tomar cuidado. Eles podem se parecer como nós, mas são mais fortes, ágeis e alguns têm a habilidade de mudar de aparência, seja se transformando num humano como a gente, ou num rato. Se ver qualquer coisa se mexendo entre as lavandas, me chame!
Henrique propositalmente deixou o silêncio se apossar do ambiente por alguns minutos. Olhou para os lados, pensou e, enfim tomou a palavra.
— Você até que parece que sabe bastante deles. Curioso, né?
Nada foi escutado depois disso.
————||————
Estava escuro e Henrique sentado numa pedra entre a entrada da caverna. Ele quase dormia, porém, toda vez que derrubava o pedaço de madeira em suas mãos, acordava, evitando que sua vigia acabasse. Uma técnica antiga que aprendeu num livro. Nunca pensou que realmente fosse usar isso algum dia. Ele até riu, em descrença.
Seu sono geralmente desaparecia quando sua mente se impregnava com alguns pensamentos negativos. Temia que tudo o que ele já havia passado tivesse sido em vão. "Que desperdício de sofrimento." — Pensou, ao sua mente lhe mostrar um futuro em que o soldado morria e ele era condenado a morte por isso.
"Se isso não melhorar nem um pouco até amanhã, ele ta condenado." Os olhos perturbados de Henrique percorriam a ferida do soldado. Com desesperança. Como um médico que sabia o destino do paciente a sua frente. Paciente este, agraciado pela benção da ignorância. O soldado não deveria fazer ideia de como funcionava uma infecção. A imagem estava angustiante. Ainda com as ataduras, não aparentava melhora, não, nem um pouquinho que seja, pelo contrário, a ferida parecia se rasgar com brutalidade cada vez mais.
Henrique engoliu seco.
Antes que esse pensamento fosse embora e seus olhos mais uma vez tentassem se fechar, um ruído saiu dos campos de lavanda. Eram passos, e não só um, pareciam vários passos. Ele tremeu quando ao fundo, escutou uma voz masculina:
"Tem certeza que o cheiro do urso veio daqui?"
E outra voz, uma feminina, porém, um tanto rouca:
"É melhor que esteja certo Elmo, se não o que eu vou comer agora vai ser você!"
Henrique pulou de onde sentava, virou o rosto para todos os lados até decidir se aproximar de forma sorrateira do soldado.
— Ei... EI! — sussurrou em seus ouvidos.
Diferente de Henrique, o soldado resmungou num tom alto.
— O quê foi agora?
— Xiu! Fique quieto! Tem alguém se aproximando da caverna!
Ele levantou numa velocidade como se a dor tivesse sumido por segundos. Se apoiando em Henrique, com sutileza, se esgueiraram entre as paredes da caverna, até conseguirem observar do lado de fora o local de origem das vozes. Vozes essas que aos poucos pareciam se mostrar mais evidentes.
Entre as lavandas pisoteadas sem remorso, três figuras podiam ser vistas. Parecia mentira de início, mas não demorou muito pra Henrique se dar conta que o soldado estava certo em sua descrição sobre os peninsulares. O laranja perturbador de sua pele e os chifres brancos. Cruzes! O homem nunca foi de acreditar em alienígenas. Contudo ali, qualquer crença que ele havia trazido do outro mundo, de certo caiu por terra.
— Agora realmente estamos lascados! — reclamou o cientista
— Maldição! Eu imaginei que a urina fosse afastar eles! — A face do soldado estava paralisada.
— Não me parece que eles estão com medo do urso, mas sim procurando por ele!
O tempo era curto, eles sabiam disso. Pela distância, não tinha como escapar sem serem vistos ou sentirem o cheiro dos dois. O fundo da caverna era curto e não possuía uma saída.
— Parabéns soldado — iniciou Henrique — No final das contas, você que ferrou com tudo.
————||———–
A nevasca não teve misericórdia naquela manhã. Talvez fosse o inverno mais rigoroso das últimas décadas. Entre a cadeia de montanhas vestidas numa túnica branca, uma estrutura, feita de pedras e madeira jazia como um pontinho preto. Observando-a de perto, parecia aconchegante. De fato, o lado de dentro era amplo, aquecido graças a uma extensa lareira e, em cima desta, a estrela de dez pontas.
Via-se uma mesa longa retangular, talvez fosse impossível de deduzir seus metros de comprimento apenas a olho. A bela jovem serva, de cabelos castanhos cacheados, segurava de maneira fina, o bule, despejando junto a sua delicadeza, o chá. Corcel pegou a xícara com dois de seus dedos magricelos. Primeiro a pôs próxima ao nariz, agraciando-se com o frescor das frutas vermelhas; soprou e levou os lábios a borda. Após esquentar a garganta, fez um gesto positivo com a cabeça para moça. Quem dera estivesse ali apenas ele e o chá, pensava incessantemente.
— Vossa eminência sabe bem do prejuízo que vamos ter até o início da primavera — alguém ao lado balbuciava irritantemente.
— Esses piolhos malditos, o que querem a final? — desta vez, a voz era jovem.
Corcel respirou fundo, olhou para o chá e depois para o único rapaz ali. Por fim, disse em sua monocórdia:
— Imagino que por ser sua primeira reunião, meu rapaz; não esteja tão familiarizado com esses nossos pequenos empecilhos. Essa tal Tríade da Justiça, que você tem ouvido esses velhos chatos aqui falarem o dia todo, nada mais é que uma organização terrorista. Eles surgiram depois da queda da casa Bohr, quando o Reino Sopro foi destruído pela Casa Thomson, casa na qual assumiu o controle do Reino Flamejante.
— E por que a líder deles é uma garota Dalton? — questionou o jovem. — Pelo menos foi o que me disseram. E que eu saiba, os Daltons ajudaram a derrubar os Borhs.
— Você não ouviu errado. Bem, a resposta é simples, os Daltons não suportavam os Borhs, e muito menos suportam os Thomsons. Eles só se importam com a própria casa e nada mais. Depois que derrubaram os Bohr, agora tramam para derrubar os Thomsons.
— Eu ouvi também, que dizem por aí que a Tríade da Justiça luta pela paz entre os reinos. Tem gente que fala que a garota Dalton está contra a casa dela também.
— Você sabe que a resposta pra isso é que não se passa de uma mentira, certo? A casa Dalton é responsável por essa Tríade da Justiça; por que acha que esses terroristas não estão queimando o gramado do Reino Lazuli ou do Reino Blanco? É óbvio! Eles querem destruir o Reino Flamejante, nosso reino, protegido por Jahed e todos os Santos. São profanos ortodoxos. E é por isso que não vamos deixar.
— E qual é o próximo passo, vossa eminência?
— Você está bem por fora do que está acontecendo mesmo, não é? Depois eu peço por gentileza, a um dos senhores aqui presentes, que atualizem o rapaz. Mas por enquanto, vou te contar o principal, meu jovem. — Corcel se virou para o homem ao lado esquerdo. — Trouxe o mapa?
Este o pegou; um pedaço grande de papel, amarelado, meio rasgado e manchado. Tirou os cordões que o prendiam e o abriu sobre a mesa, exibindo toda sua largura.
— O que significa isso, meu senhor? — indagou o jovem rapaz.
— Um dos nossos espiões pegou esse mapa do acampamento da Tríade da Justiça.
— É um mapa das montanhas do sul?
Corcel se levantou de sua cadeira e deslizou seu dedo no papel.
— Não só das montanhas do sul, como pode ver, todas as cavernas em volta estão mapeadas. Esses terroristas fingem libertar escravos e matar bandidos com o objetivo de esconder suas verdadeiras intenções. Agora me diga, meu jovem, onde você cursou seu seminário?
— Em Faios, vossa eminência.
— Faios, linda cidade. Pelo seu sotaque imaginei que fosse em Feivo. Bem, de qualquer modo, acho que em todo lugar ensinam as mesmas coisas, certo? Em Feivo é muito divulgada a lenda do coração da Santa Demária. Já ouviu falar?
— Pior que não, vossa eminência.
— Não faz mal. Isso acontece antes daquela história de que Santa Demária se juntou a lua para fazer companhia a seu marido no sol. Demária foi uma das mulheres mais poderosas que já existiu, tanto que, o poder que ela tinha, a impedia de envelhecer. Mas ela não queria mais isso, sentia medo de imaginar todos a sua volta morrendo mas ela continuando viva, por isso, sozinha, ela comprimiu todo seu poder para dentro de um cristal azul do colar que o primeiro viajante havia a dado. Ali, ela passou seus últimos dias e por fim, pôde se juntar a lua para morrer em companhia de seu marido. Mais tarde, graças a esse colar, o segundo viajante, Rutherford, descobriu a fórmula da longevidade. Porém, dizem que mesmo Rutherford tê-lo o achado, o cristal nunca saiu da caverna. Desde então, ninguém mais viu o cristal, nem sabem a onde fica essa caverna. A Tríade tem mapeado caverna por caverna pra encontrar isso, por anos; restando poucas a serem exploradas.
— Então, viemos aqui para procurar o coração de Demária?
Corcel assentiu com a cabeça.
— No final das contas esses terroristas serviram pra alguma coisa. Pouparam nossos esforços. — seus olhos se aprofundaram no mapa — Quando um de nossos espiões nos mostrou isso, sabíamos que isso poderia evitar a guerra e salvar o Reino Flamejante. E mais, com esse poder, extinguiríamos esses terroristas e a ordem enfim seria trazida ao continente. Jahed quer! — por fim, Corcel abaixou as mãos com força na mesa de madeira, acidentalmente, a xícara caiu sob o chão. A observando, ele exprimia suas próximas palavras. — Finalmente meu jovem, respondendo sua pergunta sobre qual é o nosso próximo passo: Vamos marchar para essas cavernas!
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Mapa do Continente:
Hoje tivemos:
♧ Um chá de treta entre Henrique e o soldado.
♤ Henrique no final, jogando na cara do soldado a culpa pela enrascada que se meteram (Acho que ele gostou disso hein ksks)
◇ O padre loucão, Corcel, discutindo com outros padres loucos sobre o poderoso Coração de Demária, pra expurgar os ortodoxos. (Eu hein... Se eu tivesse lendo pela primeira vez, diria que só tem gente doida nesse livro... 😅)
Mas enfim, conta aqui... O que você acha que vai acontecer com esse povo? Henrique, o soldado... Até o padre loucão?
Se está gostando, não esquece de deixar uma ⭐ e deixar sua opinião nos comentários!! XD
🐲~luks~🐲
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