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Eu olhava para todos os lados. Cadê ele?

Já tinha avisado para minha irmã que ia chegar atrasada, mas assim, vou ter que chegar no segundo horário.

Vejo Jay chegar e abrir um sorriso. Me levanto e vou até ele.

- Já pode me dizer o que ia contar- Ele fala.

- Não. Ainda não.- digo e pego a mão dele.- Vem comigo.- Término arrastando para fora e depois para trás do colégio.

- Agora pode falar?- Ele pergunta fingindo estar sem paciência.

- Sim!- falo.- Jay... Eu...- Minha voz falha por um segundo.

- Vocês...-Ele incentiva.

- Olha, eu queria dar um discurso bonitinho sobre sentimentos e bla, bla, bla, mas eu vou bem direto ao ponto.- Suspiro bem forte, fecho os olhos e abro rápido.- Eu gosto de você.

Ele me olha perplexo. Com certeza ele não esperava isso.

- Maggie eu tam...- Ele começa e eu o corto.

- Jay eu sei que vai falar que sente o mesmo, e tal- encaro-o- só que... Eu já sei disso. Faz um bom tempo que eu percebi, só que, eu não queria que suspeitasse que eu também gostasse de você.

- Fez um bom trabalho- ele fala- porque eu não suspeitei de nada.- Ele diz e rimos.- Por que não quis me dizer? E por que não consegui suspeitar de nada?

- Respondendo a primeira pergunta: Porque eu não sei lidar com sentimentos, sendo eles ruins ou bons, eu não consigo por pra fora. E a segunda: É que eu tenho um talento nato para esconder sentimentos.- termino fazendo minha melhor cara de convencida e ele ri.

Ficamos lá por um tempo, apenas nos olhando. Até que ele fica mais perto de mim. De início, eu não entendo mas logo cai a ficha, mesmo que a tal demore e eu não consiga evitar.

Jay se inclina um pouco e me beija.

Tá, vou falar uma coisa: É meu primeiro beijo, e eu não sei como é beijar, porém, o beijo dele é suave, gostoso, e leve, posso arriscar dizer que ele beija bem.

Nós separamos por impulso depois de um tempo. Não foi por falta de ar, ou por queremos, mas porque o maldito sinal para entrarmos bateu! Que droga!

- Vamos?- pergunto a ele, desanimada.

- Eu pensei em outra coisa- Ele fala sorrindo. O que esse doido quer fazer.

- O quê?- pergunto desconfiada.

- Uma coisa que eu quis fazer a muito tempo.- Ele fala.- Maggie Murray, você aceita sair comigo e tomar o melhor café da manhã, comer o melhor almoço e o melhor lanche de toda a sua vida comigo?

- Agora?- Pergunto.

- Por que não?- Ele pergunta sorrindo.

- Jay, isso seria matar aula.- sussurro.

- Eu sei.- Ele fala- Mas nós vamos sempre a escola, faltar um dia não vai nos matar. Vamos, é só hoje. Vai dizer que quer estragar isso?- Ele termina apontando para nós.

- Não quero.- digo.

- E então? Sim ou não?- Ele pergunta.

- Hum...- Olho para os lados.- Sim!

Ele sorri e pega minha mão. E começamos a caminhar na direção oposta a Meyer Out.

🌸🌸🌸📚📚📚🌸🌸🌸

Entramos na cafeteria e já sinto o cheiro de lá. Eu sonhava em ir lá já faz um bom tempo, lembro de comentar isso com Jay um dia que estávamos indo embora juntos e passamos por lá. Eu não acredito que ele se lembrou.

- Não acredito que se lembrou.- digo a ele.

- Como eu ia esquecer?- Ele me pergunta e sorri. Dou um beijo em sua bochecha e nos sentamos em uma mesa.

Pouco tempo depois, uma atendente vem até nós.

- O que querem?- Ela pergunta.

- Um capuccino- respondo- E você?- Me refiro a Jay.

- Um capuccino também.

- Então tá. Dois capuccinos. Mais alguma coisa?- Ela pergunta.

- Por enquanto não.- Jay responde.

A garçonete sai e Jay me olha, pegando minhas mãos.

- Eu imaginei tanto esse momento.- Ele admite- Já faz um tempo que eu tento te convidar pra sair, mas eu não tinha coragem.

Sorri com aquilo. Aquele garoto consegue ser tão lindo e incrível.

A moça trouxe nossos capuccinos e nós os tomamos olhando um para o outro, como naqueles filmes de romance.

Acho que minha vida está se tornando um romance de ficção adolescente clichê bem rápido. Já sou uma nerd que virou líder de torcida, o garoto que eu gosto também gosta de mim, eu tenho amigas incríveis (mesmo que isso já tenho faz tempo).

Saímos da cafeteira satisfeitos. Foi uma experiência ótima. Não apenas tomar café nesse lugar, mas também, matar aula em vez de ficar no colégio.

Passamos o resto do que deveria ser o dia escolar para a gente, passeando pela cidade e conversando sobre o que seria de nós a partir dali. 

Uma coisa que nunca imaginei é como seria uma sexta-feira de manhã em Portland, e era completamente diferente de um sábado ou domingo, muito tranquilo, apesar dos demasiados carros na rua.

Sabe, até ontem eu condenava quem matava aula, mas hoje, eu vi que faz bem, principalmente, se você sair com quem você gosta.

Sair foi a melhor escolha que poderíamos ter feito, já que Meyer Out meio que condena as proximidades físicas, e depois de mais cedo, a gente com certeza iria querer ficar juntos.

Passear por Portland foi divertido, mas como nossos pais não sabiam que tínhamos matado aula, nos separamos, mesmo que doesse em nós dois.

No caminho para casa, vejo minha irmã chegando, e claro vou feito louca até ela.

- Emma! Emma!- grito bem alto e minha irmã para.- Me espera, por favor.

Vou até ela.

- Onde você se meteu sua louca?- Ela me pergunta com uma mistura de irritação e preocupação.

- Posso te contar tudo quando chegar em casa?- pergunto.

- Tá bom, ta bom- Ela responde- mas não esqueça de nada.

-OK...

Andamos mais um pouco até chegarmos em casa. Nisso, fomos até o quarto onde assistíamos filmes e séries e conectamos no Netflix.

- O que vamos ver?- pergunto.

- O que você acha? Riverdale, lógico.- Ela responde e eu rio.

-OK então- digo e coloco na série.

A série se inicia e Emma me cutuca.

-E então Megs, me conta tudo- Ela pede batendo palmas.

- Foi mais ou menos assim:- começo a contar tudo. Depois de um tempo, acabo de falar tudo.

- Então alguém esta namorado!?- Ela insinua.

- Não Emma, não estamos namorando. Estamos...- paro por um segundo- eu não sei o que estamos, ainda não decidimos o que estamos.

- Tudo bem- ela fala- mas só que seja feliz.

- E eu sou feliz- digo e a abraço. Ficamos assim por um bom tempo.

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E é assim que eu me """"""""" despeço """""""" (como muitas aspas mesmo) dessa história.

Foi tão gostoso escreve-la e é uma pena não poder continuar, mas com esse imprevisto horrível, eu não pude mais escreve-la.

Mas, isso é por enquanto, eu espero voltar a escreve-la.

Um beijo para vocês, e até a próxima.

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