01 | Agora f*deu!
Queria que as coisas voltassem ao normal.
Minha vida mudou muito desde aquele dia, e acho que nunca mais vou ser a mesma.
Eu havia acabado de chegar da escola. Faltava apenas uma semana para as férias começarem e já não aguentava mais. Tirei os fones e respirei fundo ao entrar na joalheria, finalmente em casa. Caminhar todo dia é bom e me faz sentir independente de certo modo, mas cansa.
Passei pela porta que levava ao apartamento e vovó estava na bancada, consertando alguma coisa.
— Oi, vovó — falei. Ela lançou um sorriso para mim e me encarou com seus belos olhos azuis.
— Como foi a escola?
— Levei uma advertência — falei como se não fosse nada demais. Violet revirou os olhos e riu. — Cadê o papai?
— Lá em cima.
— Obrigada! Te amo — dei dois passos e voltei, segurando uma pequena engrenagem que faltava para o relógio. — A propósito, você vai precisar disso.
Violet deu um pequeno sorriso e agradeceu. Sorte a minha que aprendi a consertar coisas desde pequena com sua ajuda. Nossa relação sempre foi amigável e carinhosa. Sempre dizia que Violet era minha melhor amiga.
Passei pela porta de trás, subi as escadas velhas de madeira até abrir a porta que levava à nossa casa. Vi a mamãe e o pai na cozinha conversando. Ambos pararam o que diziam e me encararam na porta devido ao barulho.
— Você demorou a chegar — minha mãe repreendeu e virou-se para mim dando um beijo na bochecha. Ela tirou meu boné da cabeça e expôs os fios de cabelo meio avermelhados/ meio castanhos caírem no meu rosto. — Como foi na escola? Aconteceu alguma coisa?
Uh, muitas coisas, pensei maliciosa me repreendendo logo em seguida.
— Normal — menti e dei de ombros. Prestei atenção no meu pai de olho na panela que fervia nosso jantar e fui até ele. — Aprendi sobre coisas que nunca vou precisar, passei fome, sono, convivi com animais...
— Daphne! — ele repreendeu e ri. Meu pai estava com cheiro de tempero e era muito bom, familiar. Me afundei em seu peito por alguns segundos e cruzei os braços.
Fazer o quê? Eu odiava a escola com todas as minhas forças. Nada me chamava atenção e não tinha o menor interesse em nada, muito menos escolher faculdade. Nem assisti às aulas, na verdade, fiquei rodando por aí. A vovó fica me zoando dizendo que era "rebelde" e eu até achava graça, mas lá era como se eu não tivesse objetivo na vida.
Só pode ser muito azar mesmo. Eu devia ter uma decisão certa, pelo menos os professores diziam aquilo. Meu melhor amigo é o mais nerd da turma, não puxei absolutamente nada dos meus pais – dislexia e déficit de atenção — e eu até tirava notas boas de vez em quando, o suficiente para passar de ano.
— Cadê seus óculos? — minha mãe perguntou. Ah, sim, já ia me esquecendo disso também. — Já disse que precisa usar! Seu grau pode aumentar e...
— Mãe, — toquei seu ombro com uma mão e na outra o meu peito. Olhei dentro de seus olhos dourados, mas quase castanhos. — Você não sabe como é a vida de um míope. É um inferno.
— Eu não ligo — Lydia tirou os óculos da minha mochila e pôs na minha mão. — Foda-se — ela me olhou nos olhos e tirou uma mecha de cabelo da frente do rosto. Mamãe parecia tão jovem agora. — Eu sou sua mãe e estou mandando!
— Ela xingou na minha frente! — falei em tom de acusação ao papai. Aquilo era uma piada interna nossa. Mamãe falava aquilo de propósito.
— Se eu fosse você a obedecia — ele disse em tom debochado. Uma notificação soou no computador em cima da mesa e papai franziu o rosto ao olhar. — Daphne, pode ir para o quarto, filha?
Assenti com a cabeça e recolhi a mochila, indo na direção do quarto, deixando a porta entreaberta. Depois de pousar a mochila com cuidado e abrir as cortinas, revelando uma Nova Iorque movimentada, me encostei atrás da madeira para ouvir a conversa:
— Ela matou aula de novo — meu pai disse, preocupado. Eu sabia. — Recebi um e-mail da escola, eles querem que a gente vá até lá amanhã.
Ouvi um suspiro pesado de Lydia.
— Tudo bem. Não estou preocupada com isso. Pode ser genética e nós fazíamos isso o tempo todo. É a outra coisa que me incomoda.
— Já falei que não vai acontecer nada, Lydia. Nossa filha vai ficar bem.
— Mas pode. Ela está para completar quinze anos, Peter. Vai que alguma coisa acontece? E se tiver algum deles na escola, se disfarçando como amigo, ou até pior?
Fiz uma careta. Do que eles estavam falando? Na minha cabeça seria só mais uma advertência. Eu detestava quando não me diziam nada e escondiam assuntos importantes. Cheguei mais perto para ouvir melhor:
— Mike é o único amigo dela e se conhecem desde crianças. Isso não vai acontecer — disse delicado e apertei os olhos. Mike. O assunto na casa era o Mike, caramba. "Olha, o Mike tira notas boas!", "Você devia ser como o Mike".
Queria tanto entrar na cozinha e perguntar o que estava acontecendo, além de dizer que ele também matou aula comigo hoje (eu o forcei, mas ainda conta, não conta?). Foi por engano, já que ele queria que eu voltasse para a sala e acabamos sendo pegos.
— Não seria possível, seria? — ela continuou. — Faz tempo que não vou ao acampamento. Não tem uma idade certa para os poderes se manifestarem. Só sinto cheiro de problema, Peter, e devemos estar preparados.
Espiei pela porta e vi Lydia caminhando até meu pai com um certo medo nos olhos. Também estranhei mandarem um e-mail para meus pais visitarem a escola. Eu havia matado aula milhares de vezes e nunca chamaram ninguém. Por que agora?
— Mas vou levar o relógio de um jeito ou outro. Faz tempo que não pego nele. Você também devia levar sua adaga — ela encostou o dedo indicador em seu peito e ele assentiu. — Não confio mais em nada ou ninguém, Peter. É sorte ainda estarmos vivos.
A porta da cozinha se abriu e minha avó sentou na cadeira. Meus pais tentaram disfarçar a preocupação e se afastaram.
— O que acha, Violet? A Daphne pode estar em perigo na escola — papai perguntou e a observei mexer nos fios ruivos.
— Só quero minha neta segura. Sabem que não gosto dessas coisas de deuses que vocês têm e prefiro não me intrometer.
Meu nariz começou a coçar, sinal de que tinha algo errado com certeza. A vovó era tão nova e nunca pintou o cabelo, não que tenha visto. Teve a minha mãe quando era jovem, eu também nasci quando a mamãe praticamente terminou a faculdade.
Mas eu me preocupei com eles naquele momento. Não entendi nada do assunto, muito menos o medo que sentiam ali. Lembrei vagamente de certas conversas que eles interrompiam no momento em que eu chegava, e isso ocorria com frequência.
Encostei a porta com delicadeza e deitei-me na cama, tirando os tênis e coloquei os óculos vermelhos.
— Então eles tem segredos — sussurrei para mim mesma, encarando o teto.
Alguém bateu na porta e papai entrou. Ele deu um sorriso apesar de seus olhos castanhos, como os meus, estarem tristes. Sempre que Peter ficava assim normalmente era alguma data específica, como o aniversário da falecida vovó Daphne. Ele dizia que eu pareço com ela às vezes.
— Vamos para a escola amanhã conversar com o diretor.
— Merda.
— Como é que é? — perguntou sentando-se na cama e me encarando. Rolei os olhos. — O Mike também vai. Eu estou muito decepcionado.
— Comigo?
— Não. Estou decepcionado com ele! — disse e apertou meu nariz brincando. — Você eu já acostumei.
Fiz uma massagem no nariz e ri com ele. Virei a cabeça para o pôster da princesa Leia na parede e pensei em fugir para bem longe, poder flutuar no espaço, observar as estrelas e quem sabe encontrar meu Han Solo.
Papai ainda parecia preocupado e me viu distraída. Pensei na história toda de deuses e mortes. Ainda vou descobrir tudo.
. . .
Já no colégio, sábado de manhã, meus pais se encontraram com o pai de Mike. Estava tudo vazio, exceto por outros cinco alunos andando pela escola. Outra detenção, pensei.
— Olá, Harris — meu pai apertou a mão dele e o mesmo sorriu, já eram amigos faz tempo. Suspirei pesado sem dizer nada. Às vezes os dois conversam sozinhos, sempre mandando eu e Mike sairmos.
— Olá. O que será que aconteceu? — o Sr. Harris disse com a testa franzida, arrumando o terno. Devia passar na escola e ir direto ao trabalho. — Mike não é lá muito travesso.
— Foi tudo culpa dela — minha mãe apontou para mim e acenei para o Sr. Harris sem timidez. Que mãe carinhosa, sempre me defendendo. — Onde está o Mike?
— Nos bancos. Lá atrás no refeitório. Ele meio que surtou e começou a chorar ontem. Assim que chegamos falou que queria dar uma volta e... — falou tentando lembrar, ele sempre é meio dramático. — Não quer olhar para a Daphne.
— Sei — falei sorrindo e rolando os olhos. Drama Queen.
Os adultos se sentaram perto da diretoria, no corredor. Fui correndo até o refeitório, procurar meu amigo. Só foi ver um pontinho preto de seus cabelos e corri até ele. Encontrei um Mike nervoso e seu semblante não era o mais amigável quando me viu.
— Não. Não. Não! — ele exclamou e se levantou, arrumando os próprios óculos. Baguncei seu cabelo preto cacheado. — Você, garota, acabou de destruir minha vida!
— Calma, vai ser só uma ocorrência, Michael. Fica de boa!
Harris bufou desviando o olhar. Mordi um lábio vendo sua expressão mudar imediatamente. Eu sabia que estávamos encrencados, mas, ele não tinha como ficar totalmente zangado comigo. Eu havia feito coisas muito piores — como furtar — e ainda sim éramos o suporte um do outro. Sem falar que ele se divertiu muito fugindo da aula de biologia II.
— Não me chama pelo nome que eu sou frágil. Isso vai manchar meu histórico inteiro, Daphne! Eu falei que era pra você voltar para a sala, mas nãããão! Nunca me escuta! Eu te aguento há dez anos e você ainda...
— Cara, se acalma ok? — falei segurando o riso e pus as mãos em seus ombros.
— Tá bom.
— Vai dar tudo certo. Respira fundo — apertei um pouco seus ombros e senti sua postura relaxar. O que eu mais gostava na nossa amizade era como ficávamos totalmente opostos em certas situações. Sempre fui mais falante e decidida enquanto ele era quieto e o "cabeça".
O problema era: eu também me sentia insegura a maior parte do tempo. E Mike também tinha seus momentos de surto.
— Vai dar tudo cer... VAI DAR TUDO ERRADO!
Cruzei os braços com raiva. Mike andou de um lado para o outro talvez por cinco minutos ditando um discurso enorme que eu nem escutava. Quando finalmente ficou sem fôlego e se pôs na minha frente, falei:
— Ótimo. Vem cá, me dá um abraço — estiquei os braços e ele retribuiu. Senti o tecido familiar fazer cócegas no meu rosto e dei um beijinho no seu pescoço. Nos afastamos e encarei Harris, agora bem mais calmo.
Ouvi minha mãe chamando e fomos até lá. Entramos na sala do diretor. Infelizmente (ou felizmente, depende do ponto de vista), o pai de Mike teve que sair porque era muito ocupado. Agora ele é nossa responsabilidade.
Sentamos no sofá perto da mesa e meus pais nas cadeiras à frente do diretor. Batuquei os dedos no couro pensando na conversa que Peter e Lydia tiveram. Sim, era muito estranho estar ali e algo não era certo.
O diretor Scott era absurdamente grande. Parecia um gigante, com voz grossa apesar de falar as palavras delicadas, como se pudesse quebrar do nada. Ele ficou falando da nossa irresponsabilidade e blá blá blá, o que 1) eu não me importava porque 2) não faria diferença na minha vida e 3) eu estava quase hipnotizada observando vários quadros na parede sem sentido pensando no pior que estava por vir.
Olhei para minha mãe apertando um relógio rosado em cima da coxa. Ela estava nervosa. Meu pai também mexia os dedos descontroladamente. Acho que eles também nem prestavam atenção no que o diretor dizia.
Mike começou a me cutucar e apontou para o pulso do diretor. Ele devia ser o único na qual prestava atenção naquilo.
Estava crescendo pelos o tempo inteiro. O Sr. Scott engasgou e tossiu, se levantou e minha mãe e meu pai fizeram o mesmo. Ambos tinham raiva nos olhos.
Não sabia bem como explicar com detalhes, mas sendo precisa: O diretor rugiu e se transformou em uma coisa maior do que a sala. Não foi o que eu esperava, mas contava como algo ruim.
Era um homem com chifres. Eu sabia que ele era muito corno, mas nunca pensei que fosse metade homem, metade touro.
— Crianças, saiam daqui! — minha mãe disse sem tirar os olhos do monstro. Me levantei do sofá vendo-o crescer mais e mais até bater a cabeça no teto e rachar.
Mike gritou e saiu correndo me puxando para fora da sala. Foi tudo muito rápido.
— Mãe! — gritei. Parei e o puxei, fazendo-o parar. O som dos móveis sendo arrastados me deixaram mais nervosa. Mike apertou meu pulso.
— FICOU MALUCA? — ele gritou e começou a ficar vermelho. — Sangue de Jesus tem poder. Daphne, eu não sei o que é aquilo mas precisamos ir embora agora! Não ouviu a sua mãe?
— Temos que voltar! — repreendi. Não dava a mínima se ia me machucar. Eles eram meus pais.
A porta da diretoria voou e bateu nos armários. Meus pais saíram de lá. Ela com uma espada (?) e meu pai com uma adaga de prata, assim como os dois haviam dito noite passada. Os olhos dourados da minha mãe brilhavam de fúria. Eles começaram a atacar o Minotauro enquanto ele rugia.
— #Trauma — falei baixo, parada como uma estátua. Isso lembrava umas fanfics que li por aí, agora aconteceu comigo. Tudo tem que acontecer na escola né?
Percebi que eles ainda lutavam contra o monstro e eu permanecia imóvel de medo. Mike apertava minha mão dizendo para irmos, mas era como se eu estivesse em uma bolha à prova de ruídos. O Minotauro se virou para mim e vi suas narinas se dilatando. Ele tinha um cheiro horrível, mas todo aquele pelo e força visíveis me fizeram acordar. Eu não queria ser devorada.
Concordei com Mike. Já que a melhor opção era sair correndo, achei melhor que fosse logo. Puxei meu amigo pela manga do casaco e começamos a correr para longe. Quanto menos ouvia os estrondos, mais eu me afastava por medo. Ele iria nos seguir, mas provavelmente meus pais lutaram contra o mesmo.
A cada batida e rangido meu peito tremia e eu segurava Mike mais forte perto de mim enquanto nossos braços se entrelaçaram. A sensação era de pavor. Acelerei o passo, sentindo as pernas ficarem mais quentes pela velocidade.
Quando viramos outro corredor, testei a maçaneta da porta e abri. A sala de química estava escura. Arrastamos-nos até o fundo das carteiras e esperei tudo se acalmar, seja lá o que "tudo" fosse.
Mike se espremeu o mais perto da bancada que pôde. Suas pupilas se moviam de um lado para o outro, ele estava tremendo por inteiro.
Levantei a cabeça para enxergar o que estava acontecendo. Pelas janelas de vidro estava tudo muito escuro, mas ainda pude ouvir a luta lá fora, mas muito pouco.
— Eles podem morrer, Daph. Sei que queria ficar lá mas não posso arriscar a vida da minha melhor amiga.
— Eu entendo Não podemos fazer nada. Ao menos que você tenha contato com a Shield para resolver isso, o que acho difícil — tentei ouvir algo lá fora, sem sucesso. — Eles estavam nos protegendo. A polícia vai chegar e vai ficar tudo bem.
Peguei o celular do bolso, mas Mike abaixou o aparelho.
— Acho que nem a polícia resolve tudo — disse lamentando e ecoou um estrondo ao longe. Senti o susto e o medo aumentou como em um pesadelo.
— Eu não quero morrer, eu não quero morrer... — ele disse baixo e choramingando. Mike segurou minha mão e ergueu meu rosto, ainda com os orbes azuis agitados. — Ei, pelo menos estamos quase de férias. Se vivermos, vamos aproveitar ao máximo, uh?
— Nós não vamos morrer! — falei mais alto. Apertei os olhos esperando que tudo passasse.
De repente, tudo parou. Tudo mesmo. Não senti a mão de Mike agarrada a minha com força, não pude ouvir sua respiração, muito menos o som exterior. Era como entrar em outra dimensão.
Meu amigo ficou completamente congelado. Tentei acorda-lo, mas era impossível. Saí da sala tremendo e procurando ajuda.
Virei o corredor da sala do diretor e a visão não foi nada boa: minha mãe pegou a espada, perfurou o coração do monstro e ele virou pó, igualzinho em Guerra Infinita, mas aquilo era pior.
— Eu estava fora de forma — ela disse. — Um Minotauro? Sério? Pensei que ia ser mais criativo dessa vez.
— Mãe? — falei baixo e com medo, completamente paralisada.
Ela me olhou assustada. Corri até ela.
— Como você não está parada? — perguntou segurando meu rosto. — Se machucou? Se sente bem?
— Eu não sei. Não sei, não sei. Mãe, o que está acontecendo? Por que aquela coisa quis atacar a gente? Por que tudo parou? Cadê o papai? — pensei que fosse chorar. Estava apavorada com tudo, mas o medo de perder meus pais simplesmente foi maior. Mal pude acreditar que minha mãe estava viva.
— Peter se feriu, mas está bem. Aquele Minotauro queria você, Daphne.
— Nossa, valeu aí. Por quê?
Sua espada sumiu. Minha mãe pôs o cordão no pescoço e procurou algo no casaco. Quando achou, colocou na minha mão e disse:
— Escute, eu não posso te explicar agora, mas posso te ajudar. Guarde esse relógio. Para usar qualquer arma é só apertar o botão. Vai aparecer uma espada, foi o melhor que consegui. Não é o meu mas pode servir.
— Mãe... — falei engasgada, olhando o relógio de bolso pequeno. Não era dourado como o dela, só marrom bronzeado. Uma coisa antiga dessas vira uma arma. Beleza.
— Daphne, você não está a salvo. Eu e seu pai vamos levar você e Mike para um lugar seguro e explicar tudo — ela acariciou minha bochecha com a mão tremendo, suada. — Eu prometo que tudo vai ficar bem.
Ela parecia bem nervosa. Balancei a cabeça e falei séria:
— Você não respondeu minha pergunta: por que ele estava atrás de mim? — perguntei a ponto de gritar. O metal frio do relógio começou a se condensar a medida que Lydia enrolava para responder. Então, como se fosse um pecado, ela disse:
— Porque... — disse apertando os olhos. — Você é a nova herdeira de Cronos.
. . .
Oi, gente! (eu tava tão ansiosa pra postar que esqueci de escrever o recado kkk).
Olha, mais de 3 mil palavras. Eu queria dizer que ando trabalhando nessa fic desde 2016 por aí e demorou muito até ficar do jeito que queria. Espero que vocês gostem e me acompanhem até o fim. Me apeguei aos personagens de um jeito que ó kkk até o antagonista virou meu pãozinho <3
O que acharam dos personagens, da história?
Enfim, se você não leu "A Herdeira de Cronos", nem precisa. Isso aqui é outra coisa, novos personagens e minha escrita melhorou muito de 2015 pra cá. Melhor vocês nem lerem mesmo.
Não sei mais o que dizer aqui, só sei que tô muito feliz por finalmente compartilhar isso!
Obrigada pelos votos, comentários, mensagens de apoio. Se quiser deixar alguma crítica (positiva e negativa) fique a vontade :)
Até mais!
xoxo
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