Epílogo



Cerca de sete meses depois dos últimos acontecimentos narrados, nascia o filho de Branca Helena, um menino bem moreninho e de franja tão dura, que nem tempestade na beira da praia assanhava. Foi batizado com o nome de Eduardo Heleno. Nem Branca, nem Dudinha, e muito menos Taviano, que havia sumido no mundo da Bahia em cima de um trio elétrico, nem chegando a saber do nascimento do pimpolho, quiseram saber quem era o pai verdadeiro.

Flori se encantou pelo pequerrucho e se ofereceu para cuidar dele até que Branca e Duda, que quis dar seu sobrenome ao menino, terminassem os estudos.

Dudinha decidiu estudar moda e desistir das Ciências Contábeis. 

Branca entrou para uma escola de teatro e, finalmente, descobriu sua evidente vocação. Tornou-se atriz e, com sua incrível capacidade de decorar frases feitas, estreou diversos monólogos quilométricos. Acabou, em nome da carreira, tendo que abandonar Ovelhópolis e, consequentemente, o pequeno Eduardo Heleno aos cuidados da mãe e de Dudinha. Depois de se apresentar em vários palcos de Serro Azul e, pouco tempo mais tarde, de ganhar os palcos do Brasil inteiro, conseguiu um papel de destaque numa novela de Manoel Carlos, onde  interpretaria uma ninfeta ninfomaníaca, anoréxica, histérica, barraqueira, invejosa, alcoólatra, drogada e garota de programa depois da meia-noite, sendo motivo de grande orgulho não só para sua mãe-coruja, como para toda Ovelhópolis.

Flori, mesmo se desdobrando para cuidar do netinho, um capetinha em forma de gente, conseguiu expandir seus negócios surpreendentemente. Em pouquíssimo tempo, tornou-se a empresária mais bem-sucedida da cidade, dona de uma poderosa rede de fast food, que se expandiu para muito além das fronteiras de Ovelhópolis e até mesmo de Serro Azul. Até matéria do programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios, Flori estrelou, além de ser destaque e presença constante na revista e programa "Êxito, é você?" de Bernadete Alpes.

Como grande empresária que se revelou, Flori não se limitou somente ao ramo de alimentação. Também, mais para ajudar o "genro" Dudinha, verdade seja dita, diversificou seus negócios e investiu um bom capital no ramo de confecções. Fundou uma butique e uma grife, a Lãs Vegas, as quais confiou às mãos delicadas e hábeis de Dudinha, que se realizou desenhando modelitos emo-country, principal carro-chefe da grife.

No lado sentimental, Flori, depois que Desirée fugiu com o Ladrão Colombiano, que ele conhecera e por quem se apaixonara perdidamente no pouco tempo em que ficara preso acusado do assassinato de Paloma, depois dessa desilusão horrorosa, Flori levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Percebeu que tinha dedo podre para essa nobre arte de escolher homem e resolveu que não se apaixonaria nunca mais na vida.

Percebendo a chuva de pretendentes depois que enriquecera, Flori, raciocinou bem: era uma mulher bem resolvida, rica, podia ter o homem que quisesse. E era exatamente o que faria! Resolveu passar o rodo, tocar o terror geral. Passou a namorar os caras mais lindos e malhados de Ovelhópolis e até de Serro Azul, sem, contudo, se comprometer com nenhum. Muito satisfeita e bem-amada, passou a dizer rindo e em confidência à sua grande amiga

Ludmárcia:

– Meu negócio agora é quantidade e qualidade. Eheheh!

A velha Calô foi que, achando-se sozinha e infeliz e vendo o sucesso da filha, um dia a foi procurar com o rabinho entre as pernas, mais humilde que uma porca mijando.

Flori, bom coração, perdoou a velha mãe, tratou-a com respeito, mas não conseguiu dissimular uma certa frieza e desconfiança. Permitiu até que ela viesse visitar o bisneto de vez em quando, desde que não se metesse, claro, na educação do menino.

Por falar em perdão, quem também o pediu a Ludmárcia e Ivanir foi Alcione. Na prisão, por intermédio do Pastor Eleazar, conheceu e aceitou Jesus no coração. E sua conversão foi tão positiva, que tornou-se pregador na Bochechuda, convertendo diversos detentos, e expandindo, assim, os negócios do novo sogro Eleazar. Isso mesmo, não leram errado. Nazarena, conformando-se em ter "perdido" Ivanir para Ludmárcia, resolveu investir pesado no outro irmão, que, naquela seca horrorosa na prisão, cercado de homens mal encarados por todos os lados, descobriu diversos encantos na pessoa da crentezinha. Resultado: acabou sucumbindo à sedução da varoa ungida. Casaram-se na penitenciária mesmo, que ela não era besta de esperar ele sair e conferir a concorrência.

Quem não esquentou lugar na prisão foi Alfred. Como ele mesmo previra, foi inocentado por falta de provas. No entanto, sob protestos populares que o ameaçavam de linxamento, viu-se obrigado ao auto-exílio. As últimas notícias que se soube do misterioso e sombrio mordomo foi que se mudara para o município de Cacimba de Areia, em pleno semiárido paraibano, e assumira o ponto comercial que o próprio Doutor Epaminondas, sua vítima, lhe deixara em testamento, fazendo dele uma quitanda pouco sortida e decadente ponto dos bêbados miseráveis do lugar.

Já Lucrécia, essa nem chegou a ir para o Vespeiro, a penitenciária feminina de Ovelhópolis. Ludmárcia recusou-se a dar parte da irmã como sequestradora. Quanto aos outros crimes cometidos pela maluca, roubo, estelionato, falsidade ideológica, dentre outros, o Delegado Valadão deu um jeitinho de arquivar por "falta de provas" e abafar os casos. O leitor menos experiente em enxergar nas entrelinhas dos meandros da alma humana pode até estranhar e se perguntar: "Como, então, um delegado que era acostumado a enquadrar deus e o mundo, que prendia até poste e era dado a extrair confissões por meio de métodos pouco ortodoxos, ia se empenhar a dar um jeitinho, assim, sem mais, de livrar a cara da vilã mais nojenta da literatura folhetinesca?" Ora, ora, meu povo, isso de dizer que os opostos se atraem só acontece mesmo na física, na vida real é exatamente o contrário. E o encontro de duas personalidades tão semelhantes, quanto as de Lucrécia e Valadão, não podia dar em outra coisa, foi paixão arrebatadora e violenta na cabeça! Quando a pirada acordou do soco fulminante no aeroporto, que quase lhe desloca o maxilar para a nuca, já acordou completamente tarada pelo brutamontes que a acertara. Não sossegou a periquita enquanto não atraiu o Delegado a sua cela e o seduziu com seu destempero, vulgaridade e total impudor. Valadão saiu da cela arrasado, arranhado, cheio de hematomas, mordidas, mas saciado e apaixonado por aquela "loba devoradora".

Não deu outra: tão logo saiu a anulação do casamento com Ivanir, a destrambelhada pôs um bambolê de otário no Delegado, para desgosto e desespero de Dona Val. A velha fez de tudo ao seu alcance para impedir aquela união infame. Todo dia enchia a cabeça do filho com previsões terríveis de desgraças mil para quando a futura nora começasse a pôr as garras de fora. Contratou ciganas para abordar o filho na rua, ler a mão dele e o aconselhar a não casar com a meliante. Até para o baixo expediente das cartas anônimas, em que denegriam ainda mais, se é que isso seria possível, a imagem de Lucrécia, ela apelou. Tudo em vão. Valadão estava simplesmente cego de desejo por aquela mulher fatal, que ele chamava nos momentos de intimidade de "minha cachorra".

Para surpresa de todos, porém, o casamento dos dois foi um grande sucesso. Nunca houve em Ovelhópolis esposa mais recatada e submissa que Lucrécia. Não punha nem a cara para fora de casa, nem mesmo na janela, e, se de raro saía, era para ver o marido no trabalho, à tardezinha, e matar o fogo de ambos no almoxarifado às escuras e/ou na solitária. A megera em realidade passava o dia inteiro de ressaca das noites de lúbricas violências e fúrias ao lado do marido, moída de pancada e completamente saciada. 

Dona Val foi quem não aguentou as noites sem dormir. Atormentada pelos barulhos indecentes, vindos do quarto dos dois, pegou as últimas economias e se mandou para a Inglaterra, sob o pretexto de se inscrever num curso de investigação detetivesca, ministrado por um ex-agente aposentado da Scotland Yard, e por lá ficou. Dizem as más línguas que a velha deu um chá de calçola no velho detetive, agarrou o bofe, e o casal da melhor idade passou a correr a Europa inteira, investigando e resolvendo os casos mais misteriosos.

E, assim, Ovelhópolis seguiu balindo ainda por muito tempo os incríveis bafões de que fora testemunha desde o dia longínquo, grande marco na história ovelhopolense, em que Ludmárcia ouviu um carteiro lhe chamar pelo nome com uma carta na mão...


A paisagem é uma praia paradisíaca e deserta de comercial de leite desnatado em pó. Na orla, correm Ludmárcia e Ivanir em câmera lenta, esvoaçantes e ambos vestidos de branco, como se houvessem amanhecido de um réveillon no litoral.

Correm, ora um do outro, ora juntos, e fazem-se festa mutuamente como se cada um dos dois fosse o cachorro e o outro o dono que voltava de uma viagem longa.

Por fim, caem os dois, exaustos, na beira-mar. Depois de recuperar o fôlego, Ivanir vira-se para a sua amada e diz muitíssimo inspirado:

– Enfim, sós!

Ludmárcia, boba de amor, admira-se:

– Ah, meu querido, você sempre com algo tão original para dizer e nos momentos mais inusitados. Mas eu te amo mesmo assim. 

Imune a qualquer ironiazinha de amor, Ivanir empolga-se:

– Eu também te amo, minha cinicazinha.

– Ô, meu carburadorzinho mais querido!

A compreensão imediata do apelido "carinhoso" foi como uma sombra no semblante feliz de Ivanir. É, parece que ele estava imune a "quase" qualquer ironiazinha carinhosa. Sentou-se amuado: 

– Ah, vidinha, você tem sempre que voltar a esse assunto.

– Ô, mô dôju! – Toda enternecida, enlaçou o ser amado. – Perdão, meu colaxão! Faz assim, vamos deixar o passado no passado. Nós temos um futuro tão lindo pela frente... Ai, momô, nem acredito que estamos casados. – As lembranças da noite anterior e do show pirotécnico que experimentou nos braços do marido apossaram-se do seu ser, inundaram-lhe o corpo de um calor sufocante e Ludmárcia corou até o branco do vestido. Pensava, mordendo o lábio inferior sensualmente, que, se soubesse que o lesco-lesco era tão bom, não teria sido por tanto tempo a mocinha virginal do folhetim.

Enternecido e um pouco excitado com o rubor de fogo nas faces da mulher, Ivanir levantou-se e deu a mão à sua amada, puxando-a para si. Abraçaram-se e rodopiaram esvoaçantes e felizes.

– Também nem acredito em tamanha felicidade, meu amor. Tenho medo de acordar e ver que tudo foi só um sonho lindo. Estamos juntos e mais apaixonados do que nunca, nada pode nos separar, somos bonitos, jovens, ricos...

Vendo toda aquela empolgação do marido, Ludmárcia empalideceu, engoliu em seco e perdeu o rebolado. Ivanir, conhecendo tão bem aquele rostinho lindo, percebeu logo a mudança de atitude da esposa:

– Que foi, vidinha? Eu disse alguma coisa errada?

– Oi? Não, nadinha. – Ludmárcia, desviou a vista, sem jeito.

Definitivamente, mocinha de folhetim não sabe mentir.

– Vidinha, eu te conheço. Eu falei alguma coisa aqui e você mudou na mesma hora.

– Eu, mudei? – Engoliu em seco novamente, não sabendo onde pôr a cara. – Imagina! Que ideia! – Mas não tinha jeito, um dia ele teria que saber. – Não, mentira. Tem uma coisa que eu preciso lhe contar, sim.

Como cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça, Ivanir sentiu o sangue lhe fugir do rosto e o coração parar. Ansioso, esperou.

– Sabe o que é, momô?

– Não, não sei. – Ivanir, coração na mão, não conteve a impaciência.

– Pois, então. Lembra quando você assumiu a culpa pelo assassinato de seu tio para me livrar da prisão? Pois é, eu fiquei desesperada, você sabe como naquela época eu andava nervosa, não sabe? Então, no auge do meu desespero, de pés e mãos atadas, o que eu podia fazer? Me pegar com a fé, você não acha? Pois, foi o que fiz, me peguei com Nossa Senhora Desatadora de Nós e fiz uma promessa...

– Uma promessa... – Ivanir sentia um abismo se aproximar de seus pés.

Ludmárcia respirou fundo e soltou a bomba de uma vez:

– Eu daria minha fortuna inteira ao Green Peace para que você não fosse o verdadeiro culpado e para que fosse inocentado e liberado o mais rápido possível da prisão.

– Ah, bom, graças a Deus. – Respirou aliviado Ivanir. – Por um momento eu pensei que... – O alívio durou pouco. – VOCÊ O QUÊ?

– Momô, o planeta Terra está gritando por socorro. Não vê o aquecimento global como está horrível? – Argumentou sem convicção.

Ivanir estava literalmente com as mãos na cabeça.

– Mas Ludmárcia, pelo amor de Deus, eu ia ficar preso pouco tempo, o que custava ficar preso um pouquinho que fosse? Eu aguentava! Ô, meu Pai Eterno. Olha, sinceramente, eu já tinha ouvido falar que desgraça pouca é bobagem, mas isso já é ridículo. Quer dizer então que a gente não tem mais nada? Você deu tudo? – Segurou-a pelos braços e a sacudiu de leve. – Vidinha do meu coração, fala pra mim, fala, que você deu uma grande parte de sua fortuna, só uma grande parte, noventa e nove por cento que seja, me diga. Me diga isso e eu me ajoelho aos seus pés, me ajoelho e digo: Graças, meu Deus, Graças que ela deu só noventa e nove porcento da fortuna! Me diga isso, me dê essa alegria.

Ludmárcia já estava era com vontade de chorar:

– Momô, procura entender, a graça que eu pedia era grande demais!

Ivanir, aniquilado, largou-a e voltou a levar as mãos à cabeça, como se aquilo lhe diminuísse o desespero.

– Quer dizer, então, que você deu tudo, tudinho? Que a gente está na miséria? Sem ter nem onde morar? É isso, vidinha? – Falou "vidinha" rangendo os dentes.

– Tem a casa da mamãe que você comprou da Lulu.

– A casa que eu mandei derrubar! – rebateu alucinado, logo ele que nunca soubera na vida o que era ser pobre.

– Mas você não estava construindo uma casa linda no terreno? Não está terminada, eu sei, mas com um acabamentozinho... – Falou num fio de voz.

– Acabamento! A construção mal saiu do alicerce, vida! Naquele brejo só tem de habitável mesmo aquele barracão abandonado dos pedreiros, onde você ficou como refém. – A vontade de Ivanir era a de correr doido.

– E que eu achei muito simpático, super aconchegante. Pronto, olha aí! Não tem mais problema. A gente arruma um cantinho para a mamãe na sala e fica com o quarto.

– A sua mãe vem morar com a gente? – Não aguentou mais e caiu em prantos.

– O, momô, não fique assim. Tudo isso é provisório. Tudo vai dar certo, você vai ver. Posso voltar a fazer doces e salgados para fora como eu fazia... Ah, e, além do mais, eu vou me inscrever de novo no BBB, eles vão me selecionar outra vez, e tenho fé de que vou ganhar o programa, e depois vou posar para revistas e fazer pontas em programas de humor, depois vou ganhar o papel de repórter em algum programa de emissora secundária, ou fazer bico em festas de emergentes, o que vai nos dar muito dinheiro. Com o tempo, Deus ajudando, posso até ganhar um papel numa novela das seis ou, com sorte, das sete, e...

Ivanir soluçava de tanto chorar.

– Até lá você vai estudando e se preparando para ser o médico mais lindo de Ovelhópolis. – Ela soltou a segunda bomba com um sorriso de esperança no rosto perfeito e ingênuo. – E com o dinheiro das cirurgias que você vai fazer vamos comprar de volta o HGO e...

– Hein? – Até o choro copioso foi interrompido bruscamente.

– Ô, momô, eu ia te contar só no seu aniversário daqui a duas semanas, mas já que você está um pouquinho tristinho por estar na miséria... – Riu feliz em poder dar uma "boa" notícia. – Eu inscrevi você no vestibular para medicina na UniCEUOVO. Não é maravilhoso? – Ludmárcia se esforçava ao máximo para contagiar Ivanir com sua "empolgação". – Vai me dizer, momozinho, que nunca sonhou em ser médico em vez de enfermeiro? Nunca é tarde para recomeçar, menino! A gente tem que correr atrás dos nossos sonhos, meu querido.

– Eu não estou acreditando no que estou ouvindo. Só pode ser um pesadelo. – Ivanir se sentia num filme de Buñuel.

– Mas, momô, não precisa se preocupar com o vestibular, não. É isso que está lhe preocupando, né? Não, bobo, universidade particular é diferente. Eu sei que você se decepcionou muito por ter feito vestibular 17 vezes para medicina na UO e só levado bomba, mas eu te garanto que na UniCEUOVO não tem isso, não. Lá é na base do "pagou, passou". Basta escrever direitinho o nome completo e...

– Ludmárcia! – interrompeu Ivanir, àquela altura já calmo, uma calma que só o desespero mais profundo pode proporcionar. – Meu benzinho, escuta. Me explica só uma coisinha. – Falou pausadamente. – Muito bem, mesmo que eu passe e me matricule em medicina, me diga como você imagina que a gente vá arranjar dinheiro para pagar a mensalidade altíssima do curso, hein? Roubando, traficando, se prostituindo, ou o quê?

Ludmárcia riu nervosa.

– Ah, momô, para! Sempre tão bem-humorado! Roubando, traficando, se prostituindo, cada uma! Muito gaiato, esse momô. – Ludmárcia tentou manter o riso, mas, ante o semblante fechado de Ivanir, não conseguiu. – A Flori disse que tem uma vaga de garçom no trailer...

Dois desejos bestiais em sua intensidade devassaram a alma de Ivanir: o de estrangular aquela mulher, que mesmo sem querer, colocara sua vida de cabeça para baixo, e/ou de beijar aquela diaba tão linda, quanto ingênua, de sorriso amarelo e encantador, à sua frente. Olhou para o frágil pescocinho, olhou para aqueles lábios perfeitos, cheios de volúpia e sensualidade. "Por que diabos ela tem de ser tão linda?" Venceu o último desejo. Puxando-a para si, esmagou-lhe a boca num beijo brutal e apaixonado. 


Fim


Brasília, 18 de outubro de 2011. 

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