Sakura +16

Eis que I was never there serviu para escrever algo, em breve posto outros só preciso revisar. boa leitura.

UA - Hot (ou seja quente, intenso e apenas isso)

1762 palavras

 Noite Quente


Era uma noite quente de verão, e o som da batida do DJ ecoava pelas paredes da boate. As luzes piscavam em tons de neon, e a pista de dança estava repleta de corpos em movimento. Mas entre os corpos que se mexiam ao ritmo da música, havia um que parecia se destacar, mais imóvel, mas igualmente envolvente.

Sn Nethuns estava na pista, seus olhos percorrendo o ambiente com uma confiança inabalável. Ela sabia que era impossível passar despercebida, e talvez fosse isso que a deixava ainda mais fascinante. Ela não procurava por ninguém, mas, como sempre, algo dentro dela sentia que a noite traria algo inesperado. E foi quando ela o viu, deitado na barra do bar, com um copo em mãos, os olhos fixos em algum ponto distante, assim como ela o homem se destacava, no caso dele a beleza inigualável chamava atenção, mas o semblante levemente irritado afastava qualquer uma ou um que pensasse em ir até lá. 

Ele era o tipo de cara que nunca parecia interessado nas mulheres que jogavam charme, mas que Sn sabia como fazer ceder. Ela já o tinha notado antes, quando ele estava no grupo de amigos, mas o desafio parecia mais interessante agora. Sem hesitar, ela caminhou até ele, suas pernas longas e passos provocantes atraindo olhares ao redor, como se observassem o momento em que ela fisgaria o seu interesse da noite.

Mas, como foi que Haruka acabou ali?

A boate estava pulsando, o som das batidas da música reverberava pelas paredes e o cheiro de perfumes e álcool tomava conta do ambiente. Luzes piscavam em cores variadas, formando padrões hipnóticos sobre os rostos dos dançarinos e deixando tudo ainda mais vibrante. Haruka Sakura estava lá apenas por um motivo: seus amigos.

Suo, Nirei e Kiryu, como sempre, haviam desafiado o líder da equipe de corridas. 

— Você tem que se soltar, Haruka — Suo dissera com um sorriso zombeteiro, enquanto os outros riam atrás. — Vai ser divertido, acredite em mim!

Haruka havia apenas bufado, seu semblante sério como sempre. Mas, no fundo, uma parte dele sentia que algo nessa noite poderia ser diferente. Não que ele fosse o tipo de pessoa que procurasse por diversão dessa forma, mas, por alguma razão, o desafio o fez seguir os amigos para a boate. Ele odiava perder desafios, ainda mais quando sua imagem estava em jogo.

Estava sentado em um canto, com uma cerveja em uma mão e olhando ao redor, observando as luzes e o movimento. Ele não gostava de boates – o barulho, as pessoas, a sensação de estar preso em uma multidão. Mas, enquanto seus amigos dançavam acompanhados, ele se via perdido em seus próprios pensamentos.

Foi então que você apareceu.

Sn Nethuns.

Ela se aproximou com um sorriso audacioso, seus olhos desafiadores e um brilho intrigante nas pupilas. Usava um vestido justo, que realçava suas curvas com uma confiança irresistível, como se estivesse completamente à vontade ali, na frente de tantos estranhos. A aura dela era cheia de mistério, mas também de poder, como se soubesse que ninguém seria capaz de ignorá-la.

Haruka, por um momento, sentiu algo em sua garganta. Algo que não podia identificar direito. Um desconforto misturado com curiosidade, sem saber que era observado todo esse tempo. Sn notou os fios bicolores, os olhos heterocromáticos e acima de tudo o ar despojado que fez com que o olhar brilhasse. Ele é um homem bonito, muito bonito e estava sozinho, então jamais deixaria de aproveitar, o não ela já tinha mesmo. Então por que não tentar o sim?

— Você parece perdido — ela disse com uma voz suave, mas com um tom brincalhão. — Acho que não é seu lugar, não é?

Haruka ergueu o olhar, encarando-a por um instante antes de responder com a mesma frieza de sempre, ainda mantendo sua postura calma e desinteressada. 

— Eu sou só um espectador.

Ela riu baixinho, um som que ressoou de forma quase provocativa.

 — E você acha que vai ficar só observando essa noite?

— Eu já tenho o suficiente — Haruka respondeu com um sorriso desafiador, seus olhos se fixando nela de cima abaixo com um brilho intrigado.  — Mas, eu posso perguntar o mesmo de você.

Sn aproximou-se mais ainda, o espaço entre eles diminuindo.

— A questão é que você não vai conseguir ignorar o que está bem na sua frente. — A confiança era sua melhor arma.

A tensão no ar aumentou imediatamente. Não era só a proximidade física que os fazia se sentir desconfortáveis, mas algo mais profundo, algo em seus olhares e na maneira como as palavras fluíam entre eles. Não era apenas um simples jogo de palavras. Era algo que os envolvia, algo que podia se transformar em algo muito mais intenso, muito mais difícil de escapar.

Haruka não sabia o que fazer com aquela energia que ela exalava. Ele tinha a sensação de que ela o entendia mais do que ele queria admitir. Algo na sua postura desafiadora parecia querer tirar o melhor dele, e isso o incomodava... mas também o atraía.

— Talvez eu queira apenas continuar observando — Haruka disse, dando de ombros, tentando manter a calma, mas sentindo a adrenalina da interação subir. — Mas, quem sabe, você me convença do contrário.

Sn sorriu de forma divertida, como se tivesse acabado de ouvir algo mais interessante do que qualquer coisa que tivesse acontecido até agora na boate.

— Oh, eu não estou aqui para convencer ninguém. Só estou aqui para tornar as coisas... mais interessantes.

Ela deu um passo à frente, fechando ainda mais a distância entre eles. O olhar dela era quente, desafiador, e algo dentro de Haruka dizia que aquela noite seria tudo, menos comum.


...


A conversa entre Haruka e Sn era como um jogo perigoso de palavras, mas a tensão no ar se transformava em algo palpável. Cada palavra dela parecia fazer seu peito acelerar, e ele, pela primeira vez em muito tempo, estava tentando se manter no controle. Mas ela sabia exatamente como provocar e onde tocá-lo, como se fosse uma maldita tentação ambulante.

— Você acha que vai continuar resistindo a isso? — Sn perguntou, a voz carregada de um desejo não dito, olhando-o com uma intensidade que fazia o ambiente parecer mais quente do que deveria.

Haruka tentou manter a frieza. Mas o calor da boate, a proximidade dela e o olhar insaciável dela o desconcentravam. O sorriso de Sn foi lento e provocante, como se soubesse o quanto estava ganhando terreno.

De repente, como se o universo tivesse dado permissão para aquilo acontecer, a conversa fluiu para algo mais. Haruka não pôde evitar. Os amigos haviam desafiado, mas ele nunca imaginara que o maior desafio da noite seria resistir a alguém como ela.

O toque dela em seu peito o fez dar um passo à frente, e logo, as suas mãos, que pareciam ter vontade própria, encontraram seu caminho para a coxa dela, pressionando-a de forma urgente. O contato foi abrupto, como se ele tivesse perdido a capacidade de racionalizar qualquer coisa. Sn soltou um suspiro baixo, o som só aumentado pela música alta ao fundo.

— Você não consegue se controlar, consegue? — ela provocou, as palavras escapando com um sorriso malicioso, mas os olhos dela, agora mais baixos, se fixaram nos lábios dele.

Haruka nunca soubera exatamente como reagir a essa tensão, e antes que pudesse formular qualquer pensamento, Sn puxou-o pelo colarinho da jaqueta, forçando seus corpos a se aproximarem. A sua respiração se misturava com a dela, e foi como se o ar tivesse ficado pesado demais para ele respirar sem tomar a decisão mais arriscada. As mãos dele, agora mais firmes, apertaram sua coxa, e ele sentiu o corpo dela reagir de forma quase elétrica.

Ela se virou ligeiramente, pressionando-o contra a parede fria da boate, o som da música abafado pelo som de seus corações batendo em uníssono. Sn olhou para ele com um olhar de total possessão, como se tivesse ganhado aquele jogo que mal havia começado.

— Eu nunca gostei de resistir ao que quero — ela murmurou, sua voz suave, mas com uma certeza que deixava claro que era ela quem comandava aquele momento.

E então, o que antes parecia apenas uma troca de provocações se transformou em algo bem mais urgente. A boca de Haruka encontrou a dela em um beijo feroz, sem palavras, apenas com o calor dos corpos e o desejo pulsante entre eles. Ele não podia mais se controlar, e a cada movimento, a tensão aumentava, se tornando ainda mais intensa, como uma chama prestes a consumir tudo ao redor. O movimento foi abrupto, mas era como se eles já estivessem se conhecido por uma vida inteira

 A língua dela deslizou contra a dele com uma urgência selvagem, os beijos ficando mais profundos, mais exigentes. O gosto dela era doce e quente, um veneno irresistível que parecia tomar conta de seus sentidos.

O corpo de Sn se pressionava contra o dele, e ele não podia mais ignorar o desejo que se alastrava como fogo. A mão de Haruka deslizou para a coxa dela, apertando-a com mais força, fazendo ela gemer baixinho em resposta. A química entre eles se intensificava a cada segundo, e ele sentia o mundo ao redor desaparecer, restando apenas aquela sensação inebriante de calor e Sn piorava tudo. 

Reagindo a cada toque, os suspiros abafados entre os beijos. Ela sabia exatamente como provocar, como fazê-lo perder o controle e momentaneamente esquecer que estavam em um ambiente aberto. Sakura não sabia mais como resistir. Cada segundo parecia mais desesperado, como se eles estivessem perdendo a capacidade de parar. O beijo se tornou mais profundo, mais possessivo, e ele não conseguia mais disfarçar o quanto queria mais, o quanto estava excitado.

Quando sua mão subiu até os cabelos dela, puxando-a para mais perto, o toque se intensificou. Ele sentiu os fios sedosos entre os dedos, e a forma como os lábios dela se moviam contra os seus o fazia perder o fôlego. Estavam perdidos naquele momento, e nada mais importava. A música da boate parecia distante agora, e o único som que preenchia o espaço era o som ofegante das respirações e o toque frenético dos corpos.

E naquele canto escuro da boate, onde ninguém poderia vê-los. O desejo pulsava entre eles com uma força avassaladora, e, nada mais parecia importar além da urgência de estarem juntos, sem limites, sem mais razão e sem sequer terem se apresentado.


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