Capitulo 2 - Primeiro dia das férias.

- Esses vestidos são tão vulgares. - Digo para os vestidos que Cristina está estendendo para mim.

- Mas é isso que os jovens usam.

- Agora estou me sentindo uma velha. - Olho para minha calça rasgada e minha blusa frouxa.

- Você tem que se vestir igual às outras meninas da sua idade. - Cristina coloca um vestido preto nas minhas mãos.

- As meninas da minha idade tem paciência em se arrumar...

- E você também vai ter. - Cristina me empurra para dentro do provador.

Reviro olhos olhando para o vestido que estou segurando. Visto o horrível vestido que Cristina escolheu e me sinto estranha com aquilo, o vestido parece uma segunda pele de tão colado, ele é preto e tem um decote em V no seio.

- Então o que achou? - Cristina abre as cortinas do provador.

- Até que eu gostei dele. - Tento ser o mais convencível possível.

- Que bom, querida. - Ela me mostra seu sorriso contente. - Vista suas roupas novamente. - Cristina fecha as cortinas novamente.

- Eu não vou usar essa porcaria. - Tiro o vestido às pressas.

- O que você disse? - Pergunta Cristina.

- Que eu vou levar esse aqui!

Coloco minhas roupas confortáveis novamente.

(***)

- Você sabe se aprontar sozinha, certo? - Pergunta Cristina.

- Claro que sim. Você está tão... Elegante. - Digo.

- Fui convidada para um jantar. - Ela sorrir contente.

Eu sabia que Cristina iria para esse jantar, ela passou a semana toda falando nele e por isso decidi comprar o primeiro vestido que aparecesse na minha frente. Eu irei para a festa da Rebeca com minhas roupas confortáveis e espero que ela me aceite.

- Então divirta-se. - Forço um sorriso tímido para Cristina.

- Você fica tão linda sorrindo. - Cristina beija minha bochecha e sai do meu quarto.

Espero alguns minutos para que dê tempo de Cristina ir embora. Vou até meu closet pego meu short de cintura alta, meu croped preto e meus tênis preto.

Já estou vestida. Me olho no espelho e me sinto eu mesma. Pego meu casaco de xadrez vermelho e amarro na cintura.

Passo um batom vermelho nos lábios. Tento analisar o que falta, solto meus cabelos e agora estou pronta.

Pego a minha sacola que está com algumas bebidas e desço as escadas. Harry está tentando mexer no celular, eu já ensinei ele tantas vezes que já até me cansei.

- Você vai me levar, Harry? - Pergunto.

- Claro, senho... - Ele me analisa dos pés à cabeça. - Essa é a roupa que você e Cristina passaram a manhã toda escolhendo?

- Foi. - Dou uma voltinha - Você não gostou?

- Gostei, senhorita. É difícil acreditar que Cristina deixou você comprar.

- Com muita insistência eu consegui. - Minto - Agora vamos?

- Claro. - Harry abre a porta de entrada para mim.

(***)

Algumas pessoas estão em frente à casa. Outras estão encostadas na parede se beijando.

Entro na casa e logo vejo Rebeca, ela está linda com um vestido vermelho vinho. Usa um salto preto e com uma maquiagem bem marcante no rosto.

- Você veio. - Ela caminha na minha direção me olhando da cabeça aos pés - Até que você não é tão feia.

- Obrigada. - Meu rosto cora - Trouxe algumas bebidas. - Entrego a sacola para ela.

- Valeu. Pode ficar a vontade. Tem algumas pessoas na piscina e outras fazendo sexo em grupo lá nos quartos, se você quiser participar é só falar. - Rebeca sai caminhando rebolando seu traseiro magro.

Sexo em grupo? Isso deve ser nojento. Ando para trás da casa e me assusto com o que vejo. Algumas pessoas estão nuas, outras estão apenas com roupa de cima. Pequena parte está se beijando em trio.

- Mas o que é isso. - Sussurro para mim mesma.

Eu preciso ir embora daqui, mas Rebeca não pode saber. Olho ao redor da casa e vejo uma parte escura mais adiante.

Ando disfarçadamente para mais perto da parte escura. Consigo enxerga o muro da casa e minha alegria aumenta. Assim que chego próximo do muro vejo outra pessoa lá. O playboy da escola, aquele menino no qual eu me esbarrei.

- O que você está fazendo? - Pergunto.

O menino se assusta e olha para conferir quem é, mas logo em seguida volta a analisar o muro.

- Eu quero fugir sem que Rebeca saiba, e você? - Ele pergunta com sua voz grossa.

- O mesmo que você. - Analiso o muro.

Ficamos por alguns minutos calados e logo o tal de Bryan me olha com esperança.

- Vamos fugir juntos e não falamos para ninguém. - Ele mostra um lindo sorriso encantador para mim.

- Claro. E como vamos pular? - Pergunto.

- Você me ajuda a subir e depois eu te puxo. - Encaro ele para tentar acreditar nas suas palavras - Pode confiar em mim.

- Okay, espero não me decepcionar.

Junto minhas mãos. Bryan coloca seus pés e eu faço bastante força para tentar levanta-lo para cima.

Ele fica pendurado e logo em seguida oferece sua mão para me puxar. Seguro sua mão e não me esforço nenhum pouco, ele me puxa rapidamente. Nós dois pulamos de cima do muro até o chão.

- E agora? - Pergunto.

- Você vai para sua casa e eu vou para a minha. - Ele tira a chave do carro do bolso.

- Pode me levar em casa?

- Tá de brincadeira?

- Não.

- Okay. - Ele bufa - Entra no carro.

Entramos no carro. Bryan logo acelerou cantando pneus e eu lhe expliquei onde era minha casa.

- Eu te conheço de algum lugar. Você sempre aparece no blog da escola? - Pergunta Bryan.

- Meu nome é Analice Fray. Sou a tal da menina solitária. - Digo.

- Ah! Verdade. Meu nome é Bryan Smith. - Eu já sei o nome dele - Eu sou o tal do menino Play boy.

- Já vi você várias vezes no blog também.

- As vezes é chato ser o garanhão. Tem dias que eu não tenho liberdade. - Ele diz pensativo.

- Nem eu que sou a menina solitária não tenho.

- Você tem razão, não tem para onde fugir.

Permanecemos alguns minutos calados até Bryan estacionar em frente à minha casa.

- Sua casa é enorme. Deve morar muitas pessoas aí dentro.

- Não, apenas quatro.

- Isso é um máximo. - Ele me mostra seu sorriso encantador novamente. - Qual vai ser sua desculpa?

- Vou dizer que quando cheguei dentro da casa havia várias pessoas da igreja dizendo para mim voltar para casa.

- Boa ideia. - Ele sorriu novamente.

- E você? - Pergunto.

- Estou pensando em dizer o mesmo que você.

- Então boa sorte e manteremos isso em segredo. - Estendo minha mão e ele logo aperta.

Saio do carro e caminho em direção a minha casa. Vejo o carro de Bryan se afasta e respiro fundo já tentando inventar uma desculpa para Harry.

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Hey! Desculpa por não ter postado antes. Eu tive que fazer alguns vestibulares que teve aqui na minha cidade e não tive tempo.

Espero que tenham gostado do capítulo e não esqueçam de comentar o que estão achando,

Beijos <3

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