A manhã foi a mesma
A manhã foi a mesma de sempre. Tomar café demais no dia anterior lhe fez dormir mal, o que foi só mais um motivo para que levantasse cansado. Desligou o despertador, colocou seu uniforme, tomou café da manhã - sim, mais café, ele não aprende. Escovou os dentes, arrumou sua roupa, se espantou com seu atraso e saiu pela porta da frente.
A manhã foi a mesma de sempre. Tomar café demais no dia anterior lhe fez dormir mal, somado com a preocupação sobre suas atividades atrasadas. Felizmente, a urgência do atraso é uma forte motivação, apesar de seus efeitos no sono. Desligou o despertador, colocou seu uniforme, tomou café da manhã - sim, mais café, ele não aprende. Escovou os dentes, arrumou sua roupa, se espantou com seu atraso e saiu pela porta da frente.
A manhã foi a mesma de sempre. Não ouviu os primeiros alarmes do despertador - ou melhor dizendo, ouviu e os ignorou - então estava novamente atrasado. Sua cabeça doía, resultado da quantidade de café que tomou para se manter acordado na noite anterior. Tentou se focar, colocando seu uniforme, escovando os dentes, arrumando sua roupa... Já estava atrasado quando ouviu sua barriga roncar. Esquecera o café da manhã. Pegou apenas uma caneca de café, tomou tudo o que podia, e apressadamente saiu pela porta da frente.
A manhã foi a mesma de sempre. Não ouviu os primeiros alarmes do despertador, e dessa vez de verdade. Apenas acordou quando o som periodicamente se tornou mais alto e mais irritante. Sua motivação para se levantar foi poder desligar o despertador, e caiu na cama novamente. Não conseguiria dormir nem se quisesse, porém se levantar seria tão difícil quanto. Quase se arrastou para fora do quarto, vestiu seu uniforme, tomou duas canecas de café no mesmo minuto. Em frente ao espelho, se apoiou na pia, observou suas olheiras. Sua cabeça ainda doía. Há muito tempo já deixara de lado a vontade de escrever para se concentrar nos estudos. Não tinha paciência ou fortitude para lidar com seus amigos, suas paixões, sua vida. Suspirou uma última vez, e se levantou. Já estava atrasado, para variar. Não que se importasse mais.
A manhã foi a mesma de sempre. Desligou o despertador no primeiro toque, pois já estava acordado bem antes do alarme. No entanto, se manteve deitado na cama por alguns minutos. Suspirou, pensou, e decidiu se levantar. Ignorou o sono, colocou seu uniforme, tomou seu café da manhã, bebeu um pouco de café, escovou os dentes, arrumou sua roupa. Olhou no espelho, arrumou o cabelo, respirou. Sorriu.
A manhã foi diferente.
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