Capítulo 25. É tudo apenas por você
Como estão peixinhos? Espero que estejam bem!
CAPITULO 25:
É tudo apenas por você
Ω . Ω . Ω . Ω
Me obrigaram a mudar de roupa e meus tons roxos e preto foram trocados para o branco com alguns detalhes em amarelo-ouro. A cor do luto, assim como todos estavam, e mesmo que meu objetivo fosse salvar meu Huang, não podia comprar uma briga por desrespeito.
Esse imperador sempre foi um pé no saco e fez muitas coisas cruéis, não iria ficar lamento a morte de um assassino cruel.
Não sabia onde Raiju havia ido naquela manhã, ele não avisou a ninguém e foi Yixin que o viu sair.
O sol raiava em seu ápice, as lanternas brancas balançavam com o vento leve, o silêncio era assustador mesmo com muitos funcionários para todos os lados em suas obrigações. Seguia Yan com atenção em tudo em volta, suas roupas brancas balançavam com seus movimentos graciosos.
Não importava a hierarquia, atenção recaia sobre mim ao passar, no entanto, todos baixavam a cabeça com pena em seus olhares, poucos notaram o dragão de cinco garras dourado contra o branco, no manto externo em meus ombros, e substituíam essa pena por surpresa, ou talvez fosse pavor.
Os olhares arregalados eram todos iguais para mim.
O caixão estava fechado e pronto para o rito começar quando chegamos, o ministro de ritos se surpreendo com nossa presença e Yan o abordando.
A imperatriz estava lá com todas as consortes e concubinas viúvas, alguns filhos também como Chunji, Wei e Míngliàng.
Esperei o comando de Yan como combinamos e esperei.
— O que está fazendo? — A imperatriz se aproximou e com a voz baixa fez sua pergunta
— Salvando meu Huang — respondi no mesmo tom neutro e baixo.
Foi o suficiente para ela arregalar o olhar e deixar o queixo cair de leve. Seu olhar percorreu de mim até Yan, depois até Yáng'ge um passo atrás de mim.
— Como?
— Preciso da Fênix que está presa morrendo dentro do imperador Liàn — sussurrei para ninguém desnecessário ouvir meus planos.
Havia ministro demais, soldados demais. Euforias ou confusões estavam fora de questão nesse momento para atrasar tudo.
— Venha comigo então.
Ela nem falou com o ministro que protestava algo com Yan, ele piscou ao ver-me passar e segurei o sorriso provocador.
Não é hora para isso! Gritava comigo mesmo.
A imperatriz me deu espaço, mas não se distanciou demais, olhares curiosos pesavam meus ombros.
— Pelos céus. Pelo Sol e lua. — Comecei a conjurar erguendo meus dedos ao alto. — Conjuro da água, fogo, vento, terra, madeira, gelo e trovão, o Yin Yang da sabedoria.
Um círculo mágico com todos os elementos, incluindo o sol e a lua em cada extremidade, brilhou em dourado no chão debaixo do caixão pálido.
— Liberto a Fênix de suas correntes para sua liberdade plena.
A cor do círculo mudou do dourado para o vermelho e o vento tirou todos do lugar, balançando com agressividade os enfeites em todos os lados quando a Fênix pulou para o céu abrindo suas asas de chamas.
Todos ficaram abismados com o pássaro de penas vermelhas com laranjas, seu grito de liberdade era quase ensurdecedor, sua cauda longa dançou pelo ar e ela disparou para as nuvens.
Arregalei os olhos.
— Ei! Voltei aqui, eu preciso de você! — Gritei para a Fênix que partia.
Cerrei os punhos, deveria ter a prendido assim que saiu. Merda. Como pude falhar com algo assim!
— Rai... — Raiju não estava lá, não podia seguir a Fênix e fazê-la voltar.
Meu olhar caiu em Yáng'ge, seu Thunderbird poderia alcançar a outra ave e com uma troca de olhares, ele entendeu o recado e seu pássaro-azul surgiu, erguendo voo.
— Tem certeza que vai funcionar? — A imperatriz me perguntou.
— A única incerteza que eu tinha era se ela poderia curar um veneno tão cruel, nunca pensei que ela viraria as costas para mim, não depois... — Daquela história e dela achar que sou o marido dela, quase completei.
A imperatriz suspirou.
Pedi desculpas por perturbar o rito em uma reverência e voltei para perto de Yan.
Ouvi o barulho de metal se aproximando, o pequeno pátio se encheu de mais soldados, mas não usavam as armaduras da corte imperial, eram de soldados do exército, eles se posicionaram em um corredor e todos se viraram na direção deles.
Um alfa com roupas brancas e douradas apareceu com seus passos fortes e graciosos, seu ar era de um imperador e sua aura gritava guerreiro. Ele conseguia ser mais musculoso do que qualquer dos irmãos Huang.
Seu olhar era do mesmo castanho do antigo imperador.
Ele se aproximou da imperatriz e baixou a cabeça.
— Xiangrui — Foi o nome que ela sussurrou.
"Foi logo depois dele nos adotar, ouvi a conversa sem intensão. Um deles lembro dele chamar por Huang Xiangrui, os outros dois homens só posso dizer que eram alfas. Quem carregava o símbolo das montanhas era esse Huang Xiangrui." As palavras de Yáng'ge ecoaram em lembranças.
O símbolo das montanhas estava na bainha de sua espada.
Mais um garoto e outro homem mais velho ficaram para trás, eles não estavam de branco e nem pareciam com expressões tristes, pareciam que iriam arrancar pescoços a qualquer momento.
O mais jovem, tinha o mesmo par de olhos castanhos dos Huang, mas carregava o cabelo castanho-claro, quase dourado, do homem ao sei lado. O cultivo fazia-nos envelhecer muito lentamente dependendo do nível, aquele garoto poderia ser até mais velho que Huang e daria por volta de vinte e cinco anos para ele.
— Como está, Wenxiu. — Sua voz era baixa e graciosa. — Já faz tanto tempo, meu irmão não estava se sentindo bem para essa fatalidade?
Olhei para Yan, sua atenção não saia de seu tio.
— Ouvi tudo o que ocorreu... — Ele se aproximou mais e baixou seu timbre. — Como está o príncipe herdeiro Shen?
Nem as esposas de Huang estavam atualizadas sobre o ocorrido, como alguém que veio da fronteira saberia sobre o incidente, mesmo sendo o irmão do imperador, durante o rito todos estariam focados na passagem fúnebre e não atualizariam ele.
Deveria ser por isso que os ministros queriam se reunir mais tarde, para atualizar esse Xiangrui.
— Ajudarei no que puder, pode deixar comigo. — Ele falou nem deixando a imperatriz se pronunciar.
— Obrigada, Xiangrui, mas...
— Sua ajuda não será útil — falei cortando a imperatriz.
Xiangrui se virou com as sobrancelhas arqueadas, era claro que ele imaginava que ninguém iria conseguir escutá-lo, era ótimo ter uma boa audição.
— Desculpe, mas já nos conhecemos? — Ele deu três passos e agora todos nos ouviam. — Vejo que usa o dragão de cinco garras.
— Ele é filho do conselheiro imperial, Sima Liu. Sima Yuan, e se casou com meu filho Shen. — A imperatriz se pronunciou com meu silêncio em ignorar Xiangrui.
— Garoto, sabe que o dragão de cinco garras só pode ser usado pelo imperador.
E o de quatro pelo príncipe herdeiro, os de três para todos de alto escalão. É já sabia sobre essa idiotice toda.
Seu comentário fez os ministros presentes baixaram o olhar para meu manto, de Huang, na verdade, ainda carregava o cheiro dele. Todo príncipe herdeiro tinha mantos com os dragões de cinco garras que poderiam usar ao se tornarem imperadores, um manto para cada ocasião.
O ignorei de novo e dei de ombros.
— E o símbolo das montanhas com uma espada é usada só por assassinos? — perguntei ao alfinetar.
Ele afinou seu olhar e seus dois parceiros de nomes desconhecidos se remexeram com suas mãos em um deslize devagar até suas espadas.
— Não entendi seu comentário, mas digo que você faz jus ao sobrenome Sima. — Ele riu ao percorreu seu olhar por todos, talvez procurando meu pai. — Seu pai sempre foi um cabeça dura também, e onde ele está?
Dei de ombros.
— Mas realmente, adorei o símbolo em sua bainha. — Voltei para o assunto
Muitos ministros balançavam a cabeça e sussurravam sobre minha falta de etiqueta, outros nem se importavam, e o ministro de ritos estavam quase tendo um infarte pelo atraso do ritual.
— Lembro do alfa que me atacou com... não lembro se eram doze assassinos? — Cocei o queixo. — Não lembro quantos eram, só que os matei. — Dei de ombros com um sorriso desafiador. — Carregar um símbolo igual.
Ele de mais um passo em minha direção.
— Nem nos conhecemos e você está dizendo tais coisas de mim. — Ele colocou a mão no peito em encenação. — Mas quem acredita que um ômega pudesse derrotar treze alfas assassinos e estar aqui para contar essa fábula?
Yan se afastou alguns passos, todos os ministros tremeram ao se entreolharem e isso chamou atenção de Xiangrui. Ele ergueu suas sobrancelhas até para os soldados imperiais que pareciam se afastar.
— Eu nunca disse serem treze alfas assassinos, apenas o líder. — Comentei.
Seu pomo de adão subiu e desceu ao voltar seu olhar para mim.
— Chega de brincar. — Ele bufou ao ranger os dentes. — Os ministros podem continuar o rito, se o Sima já terminou.
Quem cruzou o espaço se aproximando mais, fui eu ao dar alguns passos e sorrir desafiadoramente para Huang Xiangrui.
— Se ousar tocar em Shen de novo, eu mato você como fiz com seus assassinos e informantes. — Destaquei cada palavra que queria com um ranger dos meus dentes. — Espero que você não seja tolo como eles.
Virei-me dando as costas para ele.
Precisava das provas para incriminá-lo antes de poder matá-lo, mas isso era com Yan, minhas técnicas eram só em tirar as pessoas de suas paciências até atacar.
— Quem você pensa que é para me ameaçar! — Ele ergueu a voz. — Ameaçar a mim, o guerreiro carmesim, Huang Xiangrui!
Gargalhei alto ao bater as mangas e virar-me parcialmente.
— Sou aquele que vai governar Yùhua até o imperador Shen se recuperar. Não me teste, Huang Xiangrui, ou nem seus amigos de Qīngyún vão poder salvá-lo.
Xiangrui cerrou os punhos, sua paciência estava se esgotando.
Esperava ele invocasse seu familiar, precisava só dessa resposta para saber quem fez o veneno, se ele tivesse um dos quatro guardiões dos pontos cardeais, ou talvez aqueles dois segurando o cabo de suas espadas.
Raiju... Onde você está.
— Você não pode governar o trono, você não é nada além de uma esposa que conta fábulas e...
O joguei longe com o mover de um dedo e Xiangrui voou até os pés de um grupo de ministros que tremeram com seus olhares em mim.
Os soldados pegaram suas espadas e os fiz se curvarem ao largar a pressão espiritual sobre eles. Cada guerreiro que veio com Xiangrui gruía com o rosto no chão, até seus dois aliados sem armadura estava com as mãos apoiadas no chão.
— Eu não conto fábulas, eu as faço. — Sorri.
Ele encarou todos seus guerreiros presos em meu poder e arregalou suas pálpebras.
— Não sou nada além de uma esposa? Deveria observar em sua volta e não subestimar seus adversários, guerreiro carmesim.
Seu familiar deu as caras ao rugir e bater suas quatro patas no chão, suas garras arranharam a pedra e seus dentes afiados estavam amostra. Seus pelos brancos anunciava o Tigre Branco do Oeste.
Sorri satisfeito.
— O Tigre Branco do Oeste, um dos guardiões que poderia criar o veneno Erva do Abismo... — sussurrei.
O Tigre Branco se preparou e saltou em minha direção, a energia de Raiju rodopiou em minha espinha e esperei o impacto das duas feras.
Um chute atingiu o Tigre branco em sua lateral em pelo ar e o tigre caiu com um baque forte.
— Raiju... — A voz rosnada do tigre soou.
— Ty, quanto tempo? — Raiju jogou as mãos para trás ao se posicionar ao meu lado. — Achei que você não fazia mais contratos.
— E eu achei que você nunca faria um.
— Devo dizer que se ousar tocar de novo em Yuan, não vou deixar você andando por um bom tempo, e não será daquele jeito como era antigamente.
Vi um sorriso safado nos lábios de Raiju?
"Não me diga ser mais um dos seus casos amorosos."
"Tive até filhos com Ty, pensa em miniaturas minhas, só que com pelos branquinhos." Ele falava com uma empolgação enorme!
E só agora ele me conta sobre seus filhos, mas já imaginava por ele ser um namorador galanteador que não podia ver um canino ou felino. Até Huli já foi um de seus casos amorosos.
— Você achou uma criaturinha bem forte. — Seu olhar de gelo recaiu em mim.
Já tive tudo que precisava, saber que Huang Xiangrui teria um dos quatro guardiões dos pontos cardeais. Estava acabado por hoje.
— Estou me retirando por hora. Peço desculpas para os ministros pela confusão no rito. — Baixei a cabeça e os acalmei um pouco.
Eles temiam meu poder desde o banquete de aniversário de Huang, talvez o fato de ter quase derrotado Ryujin se não fosse por Raiju, tivesse ajudado eles terem tremor de mim.
Ergui os olhos aos céus, precisava achar a Fênix.
Enganchei meu braço em Yáng'ge e chamei Raiju.
Soltei todos os guerreiros após passar por eles e estar a dez passos de distância da entrada do pátio, debaixo do olhar de Xiangrui, desfilei na saída de Sima Yuan.
— Ele encontrou? — perguntei para Yáng'ge que balançou a cabeça em negativa.
— Ela não poderia voar tão rápido assim... e... e... — Minha voz se perdia.
Eu precisava da Fênix para ter uma esperança, sem ela, só me restava ver meu alfa morrer naquela cama.
Cerrei os punhos.
Arrastei Yáng'ge por um bom tempo, na esperança de Thunderbird voltar com notícias boas, mas quando sua presença veio com a notícia que a Fênix escapou dele, o chão pareceu sumir debaixo dos meus pés.
Estava tudo acabado?
Não. Não! Precisava fazê-la vir até mim.
Merda!
— Yuan'er. — Hǎiyáng se agachou
— O que devo fazer agora? — Esfreguei o rosto. — Como vou salvar o Shen desse jeito?
Sem saber o que fazer, sentava-me nas escadas e esfreguei o rosto, com um suspiro trancado, coloquei para fora, e me virei para Yáng'ge.
Ele estava com uma vasilha cheia de comida, em sua tentativa de me fazer comer algo desde que voltamos.
Como ter apetite quando a pessoa que você ama estava morrendo e você não podia fazer nada mais para salvá-la.
— Eu não sei o que fazer mais... — balbuciei com o olhar nas nuvens branquinhas. — A esperança parecia água escorrendo pelos dedos.
Raiju se esfregou em mim como um gatinho, em sua forma pequena, seu olhar dourado carregava tristeza para mim.
— Meu pai dizia que você é derrotado só quando aceita a derrota em seu coração. — Ele deixou a tigela do meu lado. — Uma guerra é vencida com a estratégia e só precisa de um homem para isso.
Um estrategista de guerra, as guerras podem ser conquistadas por número, mas só a estratégia garante a vitória e uma na liderança do homem certo, a derrota não viria tão certeira. Mas poderia vir.
Ouvi os passos de Hǎiyáng quando ele se retirou.
Devo aceitar a derrota?
"Tem certeza que foi derrotado, pirralho?" Raiju se sentou ao lado da tigela de comida.
Pisquei para ele, confuso.
"Você tem Tianlong dentro de si, chame pela Fênix."
Como faria isso?
"Concentre-se." Ouvi o eco da voz de Raiju na mente.
Fechei os olhos e concentrei todo meu poder em torno do meu núcleo dourado, até a imagem de Tianlong aparecer em minha frente, com os olhos fechados. Ele parecia estar dormindo, desviei o olhar de suas escamas azuis pálidas brilhantes, e percorri pela escuridão, o fluxo de magia me guiava para longe de Tianlong.
Encontrei diversas fontes que pareciam bolas de fogo pairando em um local sem cenário, cada uma de uma cor, algumas, brilhantes outras, opacas. Ao avistar uma vermelha alaranjada me concentrei nela.
Precisava ser a Fênix. Precisava que fosse. Ela viesse até mim.
Tudo desabou e voltei a realidade, sem mudança alguma.
Torci os lábios em uma nova tentativa, outra e mais outra. Isso era difícil demais.
"Enquanto temer esse poder, nunca vai usá-lo completamente." Raiju suspirou.
Eu não o entendia em nada e estava ficando impaciente com tudo isso.
Olhei para a comida e meu estomago doeu, nem lembro a última vez que comi e essa manhã não havia colocado nada na boca. Suspirei com as mãos em volta do objeto, precisa fazer isso pelo meu filho.
A comida estava ótima, saborosa e a massa bem fofinha.
O bater de asas atraiu meu olhar assim que acabei de comer, as penas vermelhas alaranjadas se mexeram ao pousar no meio do pátio. A Fênix, idêntica a daquele sonho que mais parecia uma memória, mudou para uma forma mais humana.
Seus mantos dourados com detalhes vermelhos balançavam com seu caminhar em minha direção, a mesma mulher de queixo firme e uma expressão abatida da rápida aparição da memória.
— Tianlong... — Ela sorriu fraco.
— Eu não sou Tianlong. Me chamo Sima Yuan. — Não era hora de corrigi-la, no entanto, me incomodava me chamarem de Tianlong.
Eu não sou ele, mesmo que meus poderes tenham engolido ele.
— Preciso de sua ajuda. — Me levantei ao anunciar. — Você consegue curar, não é? — Ela parou próximo da escadaria. — Preciso que cure Shen.
— Huang Shen...? — Assenti em confirmação com sua pergunta. — O filho do imperador...
Seu tom foi áspero e frio ao falar do imperador que quase a matou.
— E por que salvaria uma cria dele? — Seu tom áspero soou em pergunta.
Torci os lábios.
Achei que ela fosse uma mãe dedicada e protetora, como ela poderia julgar uma cria com base em seus pais? Nem sempre eles se tornam um espelho, e Huang não é como aquele imperador maluco.
Cerrei os punhos e ela ergueu uma sobrancelha.
— Huang não é parecido com ele, não julgue ninguém por seus pais! — Sem etiqueta alguma, apontei o dedo para ela.
O aumento no meu tom chamou a atenção de Yixin e Yáng'ge que apareceram na porta. Raiju balançou sua cauda peluda e rosnou com seu olhar na Fênix.
A diferença de poder deveria ser gigante entre eles, mesmo assim, Raiju ia para guerra comigo não importasse o inimigo.
— Verei no que posso ajudar.
Uma empolgação cresceu dentro de mim ao ouvir isso.
Dei passagem para ela entrar nos aposentos, a levei até Huang com os dois ômegas e Raiju atrás, mas só Raiju passou as cortinas pesadas e se aproximou da cama conosco.
Expliquei para ela sobre o veneno, o fato dele estar morrendo, tudo que eu sabia.
Sua reação foi franzir o cenho e se aproximar mais, com um leve roçar de seus dedos em seu braço, ela parecia verificar algo.
— Curar o veneno da erva do abismo é muito complicado, mesmo para mim. — Ela falou ainda com seu olhar em Huang.
Meu coração se apertou e mordi os lábios.
— Posso tentar, mas não prometo conseguir salvá-lo.
— Você é minha última esperança mesmo. — Ri sem humor ao baixar o olhar para os tapetes.
Ela fitou-me sobre seus ombros por um instante, como se tentasse ler algo em mim.
— Meu sangue não vai adiantar em nada, preciso ser seu familiar para isso, mas com ele inconsciente precisarei que use seus poderes para formar um contrato. — Ela se virou. — E que me dê sua palavra que vai me libertar se...
— Nem Huang iria querer isso. Libertarei todos os quatro se for preciso.
Seu olhar voltou para ele.
— Só salve ele... — balbuciei com a garganta apertada.
Ela me observou por um momento e assentiu uma única vez com a cabeça.
Suspirei, me concentrando, uni energia como da vez que a libertei do contrato com Huang Liàn, agora precisava fazer o reverso.
— Pelos céus. Pela lua e sol. — Mexi meus dedos conjurando algo que simplesmente vinha em mente. Nunca havia feito isso, mas as palavras saiam de meus lábios em um tom perfeito. — Conjuro da água, fogo, vento, terra, madeira, gelo e trovão o Yin e Yang da sabedoria.
O círculo magico com todos os elementos brilhou ocupando quase todo o quarto.
— Crio esse contrato...
A Fênix deu um passo a frente e com o baixar de sua cabeça ela sussurrou, eu aceito finalizando o contrato.
Ela lançou um último olhar para mim antes de sumir.
Estava feito, agora era só esperar ela ter sucesso.
Não sei quanto tempo fiquei de pé com atenção em Huang, saindo de um transe ao sentir as mãos de Yáng'ge contra meus ombros, ele me reconfortou e sorriu fraco.
Sem esperanças para outra solução, agora era torcer para que tudo ocorresse bem e Huang sobrevivesse.
Com meu corpo pesado, fui para um sofá que não estivesse ocupado e me deitei contra o objeto de madeira estofada com o olhar no teto.
Yixin e Hǎiyáng raramente saiam do aposento, Hǎiyáng era o único que tentava me fazer seguir uma rotina normal.
— Yáng'ge, você acha que vou morrer se... — Virei para o encosto do sofá. — ... Se Shen morrer...?
— Por que acha isso? — Yáng'ge sentou na ponta e passou seus dedos em meus cabelos. — Você é forte, tudo vai ficar bem, Xiao'Yu.
Espero... Pensei ao fechar as pálpebras.
Me encolhi com as mãos em minha barriga e dormi sem perceber o cansaço mental que me encontrava.
Ω . Ω . Ω . Ω
Yixin anda muito tempo no quarto com ele, qual será a relação dele com Yuan a partir de agora? Gostam de uma amizade entre eles?
proximos cap vamos ver o Imperador Yuan, se preparem para esse reinado.
O novo imperador u.u
Ω . Ω . Ω . Ω
Como havia falado, os cap a partir daqui é tudo por volta de 3k ou até 2k.
E estamos no cap 25 de 32 (A maldição do ômega fechou 32 capitulos. Ainda penso fazer cap extras, mas vai depender de algumas questões)
Todos Domingos as 19h tem capitulo novo!
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