Capitulo 1 Conhecer você é minha lembrança mais inesquecível
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Capitulo um: Conhecervocê é minha lembrança mais inesquecível
Em meu mundo você não é nada se não tiver poder, não basta uma posição elevada, caso você não tenha nascido com nenhuma raiz espiritual, você é considerado um ninguém.
Nesse mundo onde os jogos políticos são determinados por vários fatores de força, a magia é essencial.
Mesmo para um ômega como eu, ter uma raiz e energia espiritual, você consegue ter uma vida muito melhor, e até a escolha de um parceiro alfa, mas quando você é alguém que nasceu ultrapassando as barreiras de tudo que se conhece, o resultado era só um:
Ser jogado no esquecimento por puro medo.
Desde meus quatro anos, fui retirado dos braços de minha mãe, apontado como aberração e mandado nunca revelar o monstro que devorei quando era um recém-nascido.
Na noite mais longa do ano, a chuva inundou os telhados de toda a capital imperial e o vento varreu tudo que havia pela frente, a causa era um enorme dragão em uma batalha com cultivadores que desejavam tornar a besta como seu familiar, um animalzinho de estimação preso em um contrato espiritual que era difícil de desfazer.
Cada membro da família Sima contava uma versão, e me apeguei na versão de minha mãe.
Ela dizia que eu era uma benção dos céus, tão poderoso que nem o rei das bestas demoníacas foi capaz de me devorar. Graças a ela, ergui minha cabeça prometendo que um dia voltaria para ela.
E esse dia chegou, mas não como esperava.
Torci os lábios ao ser — literalmente — jogado dentro da carruagem cerimonial. Meu pai fez-me retornar do pico da Serenidade Celestial para casar no lugar da minha irmã mais nova, que chamou sem querer atenção do imperador Huang.
Maldição!
Ela não carregava um pingo de energia espiritual, todos os testes para detectar uma raiz espiritual nela, só falharam, e mesmo assim, ela conseguia ter mais direitos do que eu! Isso era tão injusto, mas o que esperar de uma família cheia de alfas que se vangloriavam por sua força e status.
Bufei mentalmente.
— Como é o príncipe que vou me casar? — perguntei para a matriarca ao meu lado.
Ela ajeitava meu véu quando perguntei.
Seu corpo se afastou e seu semblante se tornou franzido, seus dedos bateram em seu queixo tentando vasculhar a mente, ela começou a sussurrar palavras sem uma ordem certa.
— Frio, cruel. — Isso não estava me ajudando! — Dizem que muitos se encolhem com a presença dele, e é o favorito do imperador; por isso, carrega o título de príncipe imperial.
Iria me casar com o filho favorito, anotado, nada de insultos muito pesados caso ele for realmente um alfa que paga de cruel.
A matriarca me deu boas informações sobre meu marido, e seu nome, o que era importante.
Huang Shen, conhecido por ser muito poderoso e vencer muitas disputas de magia, os boatos eram que ele carregava três familiares bem fortes, isso o dava o status de príncipe mais poderoso.
Interessante.
Talvez esse Huang Shen fosse interessante, mas boatos eram boatos e alguém que viveu cercado por eles, sabia melhor que ninguém que não deveria levá-los a sério.
Um casamento tão grande teria sido bancado pela família Sima? De todo modo, não era como se o imperador bancasse mais um casamento para seu filho, mesmo que fosse o preferido, quase balancei a cabeça para pensar em outra coisa, mas a mulher ao meu lado ficaria louca arrumando aquele véu de novo.
Era tão estranho estar vestindo uma veste cerimonial feminina quando passei a minha vida inteira vestindo roupas masculinas na seita, assim como acessórios, pelo menos pude ficar com uma das servas da minha mãe.
Não sabia se iria ver meu noivo, ou simplesmente pularia para o leito nupcial, algo que eu não estava preparado, mas por todos os tambores e música, fui carregado por uma liteira depois de algum tempo na carruagem.
Sem poder ver nada, só ouvia a comemoração, agora sozinho.
E como desconfiava, não iria encontrar meu noivo e toda aquela comemoração me levou até o palácio do príncipe imperial.
— Que chatice... — resmunguei ao ser trancado naquele quarto cheio de vermelho e mais vermelho.
Uma cerimônia extravagante para nada, pelo menos poderia comer, sem vinho, me contentei com água e alguns bolinhos de vários sabores, meu mestre nunca me deixaria beber, com medo de perder o controle, e talvez fosse melhor seguir seus conselhos para não chamar perigo para mim.
Carregar uma alta gama de poder o tornava alvo de muitas bestas e em nosso mundo, todos querem poder.
Joguei o véu sobre a cama e sentei para encher a barriga, se meu noivo nem queria me ver durante a cerimônia, o que dirá para uma noite de núpcias, pelo menos o nervosismo podia ficar para outro dia.
— Será que posso sair...? — Fitei em direção as portas.
Sombras indicavam que eram guardas, apostava pelas silhuetas ser uma serva e um eunuco.
Ainda estava claro lá fora, e talvez meu noivo só viesse ao pôr do sol, ou ao cair da noite, ninguém havia me instruído e nem pude falar com minha mãe, só ouvir as ordens de meu pai e seu plano para proteger a filha preferida.
Como o imperador havia pedido o primeiro filho dos Sima sem saber que Sima Liu tinha quatro filhos ao todo, ele conseguia burlar o pedido e deixar a preferida livre enquanto jogava o fardo para mim.
Ficar livre do maior problema em sua vida era uma benção.
Em troca minha mãe ficaria bem e protegida, mas também precisava fazer minha parte, entrar nessa dança.
Retirei a coroa da fênix para sair.
— Jovem mestre... — A serva veio atrás de mim. — Jovem mestre não pode sair... — Ela me alcançava, mas não ousava tocar nem mesmo em minhas roupas. — Por favor, jovem mestre, volte para dentro.
O outro, um homem e beta, tremia as pernas ao olhar para todos os lados.
Qual era o problema?
— Por que não posso sair? Só quero respirar um pouco. — Dei de ombros.
Não era como se quisesse fugir, iria colaborar com meu pai e sua encenação para deixar minha mãe protegida.
Estávamos tão próximo de um píer, e do outro lado o som de música soava, vinha da festa do príncipe.
Será que ele era tão bonito quanto a matriarca falou? Estava curioso para vê-lo e descobrir o quanto dos boatos era verdade.
— Venha ver o céu. — Chamei aquela serva que nem sabia o nome. — Qual seu nome? Você vai me servir?
Ela paralisou e gaguejou, só depois de alguns segundos, notei seus ombros baixarem.
— Jovem mestre pode me chamar de Yahuan, sou só uma serva de baixa hierarquia.
Mesmo convidando-a para observar o céu ao meu lado, Yahuan, nome para se referir uma serva jovem de baixa hierarquia, permaneceu a cinco passos de mim. A vida nesse palácio provavelmente seria tediosa.
A música continuava, e o vento de verão balançava algumas flores em volta, assim como minhas mexas livres daquela presilha pesada, as mexas brancas saiam do esconderijo debaixo das escuras para se balançarem com a brisa.
Duas longas mexas brancas como as nuvens, consequências de abusar do poder dentro de mim, do monstro que engoli. Ninguém sabia me dizer se perderia o controle quando todo meu cabelo se tornasse como a neve, ou a minha vida continuaria igual com um visual novo.
Meus olhos também sofreram a mutação, se tornando um azul muito puxado para um azul purpura, mistura do céu com lilás.
Fitei de soslaio um ataque sorrateiro e fraco demais, o tubo de água foi parado por uma barreira invisível que ergui.
A serva gritou, e sem mexer um único músculo ou sair do lugar, a água se tornou estacas de gelo que voaram na direção contraria que veio, em direção ao dono do ataque. Um grito feminino soou no instante que uma das quatro estacas atingiram o solo e alguém caiu para fora dos arbustos.
Era uma mulher, pelas roupas, era nobre e... alfa? Seu cheiro era de um, porém, seu corpo era curvilíneo e magro como um ômega.
— Um ataque tão fraco como esses, achou que iria me atingir? — Meu tom frio a fez se levantar bem rápido.
Era tão patético vindo de uma alfa.
— Quer que eu mostre um bom ataque de água? — Perguntei rindo friamente.
Meu dedo girou e a água no píer se moveu e um tubo maior e mais forte que o dela.
— Jovem mestre, ela é...
Uma minúscula folha de árvore cortou meu tubo, e as águas voltaram para píer, calmas como se nunca tivessem sido mexidas. A pequena folha, mais verde que o olhar do dono de quem atacou, caiu com leveza, flutuando na calmaria do lago.
Quem era ele?
Os três caíram de joelhos no solo e o saudaram.
O príncipe imperial.
Ω Ω Ω Ω Ω
Gostaram do 1° Capitulo? Se puder deixe seu comentário no livro.
E espero vocês no próximo!
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