Uma Notícia

Angeliny estava para entrar na sala quando uma mulher alta, loira de olhos cor de mel, sua nova mentora a aborda.

— perdoe-me, mas a senhorita é a Lady McKeller?

— sim.

— eu. Por ordem do Conselho devo informar-lá que para a próxima semana, suas instruções serão dadas em uma nova sala, com outros que possuem o mesmo dom que a senhorita.

— mas… — Angeliny não completou a frase, pois foi interrompida por sua mentora.

— todas suas dúvidas serão esclarecidas com seus novos mentores. Na próxima semana, por enquanto a senhorita assistirá às instruções de hoje. Pode seguir para seu lugar.

Angeliny segue para sua banca e ao se sentar, Cristian pergunta:

— esta tudo bem? Milady.

Angeliny olha para ele — está. Apenas recebi uma notícia não muito agradável aos meus olhos.

— assim como minha curiosidade agora te pertence, também possui minha preocupação. O que houve? — Ele pergunta fitando seus olhos, demonstrando que realmente estava se importando.

— nossa mentora, me trouxe a nova de que na próxima semana, terei minhas instruções em outra sala.

— muito bem novatos.

A mentora fala. Interrompendo o diálogo entre Cristian e Angeliny, que automaticamente voltaram sua atenção para ela.

— Meu nome é Constance. Eu pertenço ao clã das Wiccas, também conhecidas como bruxas brancas. Alguma pergunta?

Uma garota de cabelos ruivos longos e cacheados entra na sala, tomando assim a atenção de todos.

— perdão. — ela fala tímida e segue para se acomodar em uma das bancas ao fundo da sala.

— certo. — Constance fala por fim. — eu vou ensinar-lhes algumas regras, que nós que se denominamos bruxas brancas devemos seguir.

“ Primeira regra — faça o que quiser, sem prejudicar ninguém. Você já deve ter ouvido falar nessa frase, ela é famosa na bruxaria e não é difícil de ser compreendida. Você tem total liberdade para ser, fazer, gostar, sentir, querer qualquer coisa que lhe agrada, porem não deve, de maneira alguma interferir na vida dos outros. Cada um tem seu livre-arbítrio, seu direito de escolher o seu caminho e deve ser deixado livre para isso. Se está ao seu lado, é porque gosta de você e se você o merece como amigo, namorado ou o quem quer que seja. Seja livre e deixe todos livres!

Segunda — Tudo o que fizer voltará em triplo para você! Essa também é bem famosa no nosso meio, e é a mais pura verdade que acreditamos. Quando você faz um feitiço, você trabalha com a energia do universo, do seu feitiço e a sua energia. Assim, três raios são lançados a um espelho, e esses três raios retornam para você. Essa lei também serve para nossas palavras, pensamentos e atitudes do dia-a-dia, com o próximo e com a natureza. Ame o mundo e ha todos que estão ao seu redor, independente de como ele se relaciona com você. Deixe que o universo se encarregue de dar a cada um, o que merece.

Terceira — Esteja sempre em harmonia e equilíbrio com os quatro elementos da natureza Esse é o caminho para a paz interior, o contato com as forças da vida. Respeite os reinos da natureza (animal, vegetal, mineral e humano) e os elementos que sustentam a vida (terra, fogo, água e ar). Use com carinho todos esses artefatos para te transformar em uma fortaleza inatingível. Esteja sempre em contato com eles da forma que você desejar, mas nunca rompa esta ligação. Não se esqueça, nós somos o universo em miniatura.

Quarto — Para trabalhar com magia, você precisará ter sempre em mãos: afinidade: atração, simpatia, semelhança de gosto. Compaixão: piedade, se por no lugar do outro para sentir o que ele sente. Coragem: bravura, determinação, firmeza de espírito, capacidade de suportar dificuldades. Disciplina: obediência às regras, acatar ordens convenientes e necessárias. Discrição: não chamar a atenção e não revelar os segredos dos outros. Estabilidade: segurança, firmeza, solidez, equilíbrio imperturbável. Higiene: limpeza de corpo, mente, espírito e ambiente. Prudência: precaver-se, escolher o que convém na conduta da vida. Respeito: cortesia, reverencia, ter uma postura digna, tratar como quer ser tratado. Coloque tudo isso em prática e verás como grande e maravilhoso será seus resultados”. — ela conclui.

A garota ruiva no fundo da sala levanta a mão é pergunta:

— mas Senhora. Então pelo que pude entender, podemos fazer o que quisermos contanto que não machuquemos outros, ou interfira em sua liberdade?

— exato. — Constance responde imparcial.

— mas estão nós cansando. Não seria justo nos defendermos?

— todos nós somos servos da natureza e devemos protegê-la, os comuns fazer parte dela. Nosso dever é protege-los também mesmo que isso custe nossa vida, “Como wicca certeza tem, três vezes o mal, três vezes o bem”. — ela cantarola com um sorriso, e prossegue — sei que não é uma escolha fácil, mas é necessária. Bom receio que aproveitamos bem o tempo hoje, que infelizmente teve de ser reduzido, pois, teremos um…

Ela faz uma breve pausa, tentando conter as lágrimas que lutavam para sair de seus olhos.

— julgamento… bem estão dispensados.

Todos saem da sala em silêncio. Cristian aborda Angeliny enquanto ambos caminhavam no corredor.

— perdão Milady, mas conte-me o que ouve. Minha curiosidade me aprisiona em um ímpeto de agonia excruciante, mal posso suportar. — ele a olha suplicante.

— Perdão senhor McCartney, mas não ha motivo para vossa aflição. — ela sorri de forma singela.

— como não? Pelo que intendi a senhorita será transferida de sala, sendo assim serei privado de admirar sua beleza a cada manhã. Para mim e como não poder ver o sol de outrora, receio eu que outro a veja e queira esconder teu brilho só para si.

— suas palavras são belas e fugaz, assim como os sentimentos que exprime por mim. — ela diz com um semblante triste.

— dúvidas de meus sentimentos?

— o senhor mal os expressa, como pode esperar que eu intenda? Temo ser apenas galanteios e nada mas. — ela o olha nos olhos.

— duvida da luz dos astros, de que o sol tenha calor, duvida até da verdade, mas confia em meu amor. — ele recita sorrindo e segura em suas mãos.

— poemas não surte efeitos se não falados com paixão.

— não sei bem como usar palavras. Sendo que as mesmas me faltam quando estou perto de ti. Mas diga-me o que queres que eu faça que eu farei para te provar, que não são apenas palavras que me move mas também sentimentos verdadeiros.

Angeliny solta suas mãos da dele e segue caminhando.

— não serei eu a dizer o que deves fazer. — ela para alguns passos de distância dele e olhando de esguelha por cima do ombro, concluí — se seus sentimentos são verdadeiros como diz, deixe que eles o guie a fazer o certo.

Ela sorri e segue seu caminho.

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