Uma Decisão

— Tem certeza disso? — Mr. Emedor pergunta ao se sentar.

— Tenho — Alexander responde enfático. — Se garantir que meu filho ou filha, será devolvido a mim sem nenhum dano.

— Tem minha palavra, mas sua esposa sabe que pretende dar-lhe o desquite?

— Não. E não quero que saiba até o nascimento da criança que ainda tem que ser gerada. — Ele responde enfático.

— Certo. Então quando lady Magnus vir a gerar, venha se encontrar comigo, eu convocarei uma reunião com o conselho e juntos daremos o que pediu. — Emedor se põe de pé. — Agora se não for pedir muito. Gostaria que um de seus criados mostre nossos aposentos. Receio que a noite chegou ao fim.

— Certo. Pedirei para uma de minhas criadas.

— E só mais uma coisa. — Emedor o encara. — Eu já havia lhe dito isso por carta, mas como não sei se chegou até ti. Cristian McCartney fugiu do conselho a alguns dias, estamos tentando rastrea-lo, no entanto, ele deve estar usando magia negra, pois, não conseguimos acha-lo.

— Isso explica muita coisa. — Alexander sussurra para si mesmo.

— E por essa razão vou deixar dois de meus homens aqui. Apesar que acreditar que o senhor consiga dar conta sozinho.

— Eu agradeço a consideração.

[...]

Lílian andava sem rumo pela floresta. O escuro confundia sua visão e o frio feria sua pele.

— Não deveria estar aqui.

Ela escuta uma voz masculina atrás de si. Já se preparando para atacar ela se vira para encarar seu intercepitor.

— Não pretende me atacar? Pretende? — Pierre pergunta ao sair da escuridão. Ele estava vestido de preto com um capuz sobre as costas.

Lílian se desarma. — O que faz aqui, senhor Pierre?

— Vim buscar-lhe e te levar de volta para casa.

— Eu não tenho casa.

— Não seja assim. Afinal sempre teve uma.

— Não nunca tive. — Ela responde com amargura — E se pretende me levar de volta para o conselho. Está perdendo seu tempo.

— Eu quero te ajudar Lílian.

— Me ajudar? Como me ajudou quando quiseram apagar minha mente? — Ela grita irritada.

— Nunca se perguntou o porque eles não conseguiram fazer isso? — Ele se aproxima dela. — Quando lhe dei o bracelete que pertencia a sua mãe o encantei para que preservasse sua mente.

— Eu sei. Mas isso não muda o que tu fizeste! Virou as costas para mim! Deixou que me tratassem como uma mera criada quando na verdade sou...

— Minha filha. — Ele a interrompe.

Lágrimas escorrem pelo rosto dela. — Eu só tinha o senhor, e o senhor me abandonou.

— Tudo que fiz. Fiz para manter-lhe a salvo. Sinto muito se te fiz sofre. — Ele toca no rosto dela. — Venha comigo e eu prometo que não será mais assim, darei sua liberdade e te assumirei como minha legitima herdeira. E se não acredita em mim apenas veja o futuro.

Pierre lhe estendeu a outra mão. Lílian não precisa ver afinal ja tinha visto a muito tempo, que sua liberdade viria quando ajudasse Cristian.

— Tudo que lhe peço é que deixe de ajudar o McCartney, e volte para casa.

— Não estou ajudando ele. E como fará para cumprir o que prometeu. Sabe que o conselho não aceitará que tenha uma filha meio humana. E escrava.

— Não me importa mais o que eles farão, se forem me matar, pelo menos já estará livre, como prometi a sua mãe.

— Não quero que morra. — Ela ainda chorava. — Es a unica familia que tenho.

Pierre sorriu. — Sei que se importar comigo, também me importo contigo, mas não se pode ter tudo Lílian.

Lílian se joga nos braços dele, recebendo um abraço que a muito tempo desejou ter. Pierre o retribuiu beijando o topo dos cabelos negros.

— Obrigada. Pai.

Pierre sorriu genuinamente ao ser chamado de pai. Ele sabia que o caminho a partir dali seria difícil. Mas por ela, ele faria qualquer coisa agora. Ele olhou para a lua se lembrando de sua amada que carregava esse nome. E uma pequena lágrima escorreu pelo seu rosto.

" Irei cumprir minha promessa Lua, cuidarei bem de nossa filha".

Envolvendo Lílian em uma névoa branca, ambos sumiram no meio da noite.

[...]

Alexander andava pelo quarto. O sono não chegava até ele, e seus pensamentos fervilhava. Angeliny não poderia saber sobre seu acordo. Poderia pensar que era um plano para que ela se rendesse a ele.

No entanto, como faria para ter um filho com ela se nem ao menos podia toca-la. Apesar de ter sido ferido de varias maneiras por ela. Apenas por pensar em tocar-lhe, seu corpo se aquecia em desejo. As imagens dela se entregando dançavam diante de seus olhos.

— Inferno Alexander! — Ele exclamou se jogando de costas sobre os lençóis.

Ele se odiava por ainda amar aquela que só o feria. Ele estava com raiva, no entanto, quando mais o desejo aumentavam mais a raiva diminuía.

— Maldita bruxa! — Ele esfrega o rosto em agonia.

Em um pulo ele se pôs de pé. caminhou até a comoda apanhando seu espelho encantado.

— Revele-me. — Ele sussura passando a mão em frente ao reflexo.

Angeliny dormia depois de muito chorar. Sua respiração estava leve fazendo seus peitos subirem e descerem lentamente.

Alexander arremessou o espelho sobre os travesseiros. Vê-la apenas não satisfaria mais o seu desejo. Não depois de já ter tocado e provado pessoalmente.

Ele se aproximou da porta do quarto dela, e acariciou o veio da madeira, abriu-a lentamente olhando a escuridão do quarto.

Ele tirou seu justacorp o colocando sobre uma cadeira que havia ali. E puxando os lençóis se deitou ao lado dela.

Angeliny inconciente girou na cama parando perto dele que apenas estava ali para aproveitar a companhia dela.

No entanto, ao sentir os dedos esguios tocar seu peitoral, seu libido mais uma vez se aflorou. Angeliny ainda dormia, e mesmo envolvida pelas brumas do sono, procurava por ele.

O alito quente batendo de encontro a curva do pescoço o fazia arrepiar. Angeliny apoiou a perna sobre as pernas dele o torturando ainda mais. Ele tocou nos cabelos dela acariciando lentamente enquanto a puxava para seus braços.

Ela estava em uma praia deserta. A brisa suave vinha do mar trazendo o cheiro de maresia. Ela estava em paz, não havia preocupação ou alguem que pudesse tirar-lhe de seu sossego.

Até que uma idéia ousada lhe veio a mente. Ela queria mergulhar nas águas do mar e sentir ela tocando cada canto escondido de seu corpo.

Ela se despiu sem nenhum pudor. A brisa morna parecia acariciar sua pele passando por cada contorno de sua face.

Angeliny caminhou lentamente até o mar, molhando as pontas dos pés, sorrindo com a cócega que isso lhe causou. Ela andou mais para frente, deixando as ondas baterem de encontro a sua intimidade em uma caricia ousada e excitante. Ao dar mais um paço. As ondas contornaram seus seios os comprimido de forma ousada.

Ela pendeu a cabeça para trás. Sentido como se mãos invisíveis a segurassem. Novamente a brisa veio lhe acariciar os lábios como um beijo lascivio invadiu sua boca como uma língua solida, quente e macia. O que fez sua intimidade umedecer. E desejar um toque impossível.

— Quem está em seus sonhos...

Ela ouviu uma voz sussurrar em seu ouvido, e abrindo os olhos lentamente viu Alexander a sua frente, ele parecia uma anjo de asas negras, negras como as penas de uma ave, seu corpo esguio estava nu. Seus olhos cinzas brilhavam em excitação. Cada curva daquele corpo era um crime que a condenava ao pecado.

Angeliny tocou no rosto dele e sussurrou em seu ouvido.

— Meu rei, meu passaro negro...

Alexander a beijou com intensidade, e ela pode sentir seu membro hirto a possuir. As estocadas eram firmes e ousadas. Angeliny arranhou as costas largas gemendo no canto do ouvido dele.

As mãos dele acariciava suas nadegas apertando-as lentamente pressionando contra seu quadril.

— Alexander...

Ela sussurrava enquanto se rendia a ele. Seu corpo se aquecia, a água em que estava parecia não existir. Angeliny admirava a criatura a sua frente acariciando as penas negras nas asas presas em suas costas.

Ela sentiu seu corpo liberando os primeiros espasmos do prazer, levando a atingir seu ápice junto a ele.

Como um toque de magica, tudo a sua volta se desfez e apenas a escuridão restou.

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