Seguirei em frente
A noite era quente, vaga-lumes voavam em torno dele que observa o mar revolto abaixo do penhasco.
Mesmo que fosse estranho ele já sabia do que se tratava.
- Alexander. - Ele ouviu a voz dela e se virou para encará-la.
- O que deseja Angeliny? - ele respondeu frio.
- Precisava vê-lo. Gasto muita energia então tenho pouco tempo.
- Ver para que? - ele perguntou sério.
- Queria saber se está bem. Não pensou mais em mim. Já faz muito tempo desde que nos vimos.
- Eu não penso mais em ti. Porque resolvi seguir em frente, refazer minha vida. Óbvio que quando vosmicê retornar irei desfazer o feitiço. Mas não irei mais interferir, vosmicê vai poder viver feliz com quem escolheu.
- Então achou alguém? - Ela perguntou triste e Alexander podia jurar que viu uma lágrima escorrer pelo rosto dela.
- O que deseja de mim afinal? - Ele sorriu amargo. - porque não gasta energia com o outro afinal foi a ele que tu escolheu?
- Eu sei que vai me odiar para sempre. Espero poder algum dia receber seu perdão.
- Não perca seu tempo. Afinal eu descobri que também sou imortal.
- Eu já imaginava.
- A imaginava? E não me disse nada.
- não tinha certeza. Mas então poderei revê-lo.- ela sorriu.
- Não seja irônica. Se acha que vou querer passar mais do que o tempo necessário perto de ti.
- O que quer dizer com isso?
- Vosmicê vai entender.
- Alexander. Eu sei que quando voltar não terei lembranças suas ou do Cristian. Apenas terei sentimentos ou impressões.
- Então?
- Prometo que vou guarda na minha alma as impressões de todo carinho, saudades e amor que já senti por ti.
- Aaa... Claro. - ele falou irônico. - então guarde também a culpa e o medo.
- Eu nunca tive medo de ti.
- Nós dois sabemos que está mentido. - ele lhe deu as costas.
- Então já que essa será a última vez que vou vê-lo sabendo que tu és. Posso pelo menos pedir um último favor.
Ele se virou para encará-la. - e acha que tem direito de pedir mais alguma coisa?
Angeliny se aproximou dele e o beijou. Por mais que ele quisesse lutar contra, sabia que seu corpo jamais a rejeitaria. Ele segurou ela pela nuca intensificando seu beijo.
Seu corpo tremeu quando ela desceu seu dedos sobre o peitoral desnudo. Alexander a puxou pela cintura colando seu corpo no dela.
Angeliny com sua outra mão acariciou o cabelo dele. E ao afastar seus lábios, ela beijou o pescoço dele. E sussurrou.
- Eu vou amá-lo para sempre.
Alexander se entristeceu ao ouví-la.
- Então... - Ele mal pode acreditar no que ia dizer. - Volte para mim.
Angeliny sorriu para ele ao se afastar. E tudo a volta dos dois se desfez.
Alexander acordou. Lilian dormia ao seu lado. Ele se levantou e seguiu para sacada onde se sentou. As lágrimas surgiram em seus olhos. A saudade dela machucava seu coração e por mais que se odiasse por ainda sentir isso tão forte quando na primeira vez que a viu. Não podia evitar. Jamais deixaria de amá-la.
Lilian se mecheu sobre a cama e ele a olhou. A bela mulher adormecida merecia seu amor, mais do que Angeliny. Porém ele reconhecia que fazia a mesma coisa que Angeliny fez com ele.
Estava usando Lilian para sicatrizar seu coração. Porém como seria quando Angeliny retornasse quando seu coração iria bater tão forte que ele poderia ouvir o som. O resto de sua noite ele passou ali perdido nos seus pensamentos. Se deitou apenas quando os primeiros raios de sol surgiram no horizonte.
[...]
Na manhã seguinte ele acordou com a claridade que invadiu o quarto. Lilian não estava ao seu lado.
- Lilian. - ele a chamou.
Vindo de um cômodo escondido ela sorriu enquanto colocava seus brincos.
- Bom dia. Lorde Magnus.
- Voltamos às formalidades?
Ambos sorriram. - tenho um compromisso essa manhã então se não se importar terei que deixá-lo agora.
- Não me importo. Porém tenho uma dúvida.
- Pergunte.
- Não perguntei ontem porque queria aproveitar sua companhia. Mas agora. - ele se sentou. - por que não respondeu minhas cartas? As recebeu eu suponho.
- Recebi sim.
- Então...
- O que queria que eu respondesse, afinal eu não entendi o que quis dizer com " lhe tenho grande apreço".
- A... - ele sorriu. - bem. Ele se pós de pé e andou até ela. - Sobre isso acho que não entendeu aque me referia.
- Não mesmo. Acredite que pudesse significar. Senhorita Pierre nos divertimos e eu gosto da Senhorita apenas.
- Não.
- Não?
- Significa que depois de Angeliny, eu nunca senti por mulher alguma o que eu sinto por ti. E me perdoe por não consegui dizer como deveria. Apreço nos meus termos significa que. Eu passaria o resto de meus dias permitindo que me amasse e faria o possível para retribuir.
Lilian sorriu genuinamente. - então minha resposta teria sido. Que também o tenho grande apreço.
- Lilian meu pedido de casamento foi sincero. Estou disposto a esquecer a vingança e deixar que vivam. Por ti. Por ter me feito conhecer como é ser amado sem ter que dar nada troca. Quero achar a felicidade ao seu lado. Se me permitir.
Ela sorriu quase chorando. - Eu permito.
- Então isso é um sim?
- Sim.
Ela o abraçou com força. Alexander a beijou e sentia paz em seu coração. Ao se afastar ele correu até suas roupas para se vestir. Ao terminar ele correu até a porta.
- Para onde vai? - Lilian perguntou.
- Fique aqui. Prometo que serei rápido.
Ele seguiu para seu quarto, alguns minutos depois ele retornou, segurando uma pequena caixa.
- O que é isso? - Lilian perguntou apanhado a caixa.
- É a prova de que sempre pensei em ti.
Ao abrir ela se impressionou. Ali dentro havia um colar de ouro com um pingente de amentista.
- Isso é um amuleto. Eu o consegui no Egito. Tem muita magia. Considere um presente de noivado.
Lilian sorriu e se virando deixou que ele prendesse o colar em seu pescoço.
- Obrigada. - ela voltou o beijando. - agora sem tem que falar com o meu pai. - ela disse ao se afastar.
- Diga onde ele está e falarei com ele.
- Ele foi detido pelo conselho e está na prisão. - ela falou triste.
- Porque razão ele foi detido?
- Por ter tido uma filha meio humana e escrava.
- O conselho e suas normas.
- É.
- Façamos um seguinte. Preciso que vosmicê convoque o todos os membros do conselho para uma reunião. Todos estão curiosos para saber o que eu descobri. E também quero que participe dessa reunião. Pode fazer isso por mim?
- Faço sim. Mas antes vou resolver os meus assuntos, daí marcarem sua reunião para o fim da tarde. Está bom para ti.
- Está. - ele a puxou para junto de si. - minha noiva.
Lilian sorriu e o beijou com ternura.
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