Se reerguendo

O Conde se levantou na manhã seguinte, pronto para ter outra discussão com seu filho. Caso ele não aceitasse sair dali.

No entanto, se surpreendeu ao ver Alexander sentado à mesa do café da manhã. Ele parecia bem. Comia um pedaço de torta acompanhado de uma taça de vinho.

- Alexander. - O Conde o chamou abismado, enquanto sentava a sua frente.

- Bom dia, pai. - Ele falou ao bebericar seu vinho.

- Como está?

- Na medida do que é possível, bem.

O Conde se preparava para perguntar o que havia acontecido, quando Ayana se aproximou servindo mais vinho para Alexander. O Conde notou o olhar de ambos que parecia guarda um segredo. Um segredo que ficou claro quando Alexander segurou na mão direita dela e beijou seus dedos.

Ayana sorriu tímida e ao se afastar sumiu para a cozinha.

- Agora eu entendi. - O Conde sussurrou. - O que eu nunca vou entender é seu gosto por certo tipo de mulheres.

- O senhor se opõe?

- Se ela lhe faz bem. Não, não me oponho. E sobre vosmicê retornar para Delaware comigo...

- Eu irei. - Alexander o interrompeu. - O senhor tem razão. Essa lugar, as lembranças... não me farão bem. Eu tenho que seguir em frente.

O Conde se encostou no descanso da cadeira e encarou seu filho.

- Em uma noite e ela te fez mudar de ideia. Sem dúvidas essa deve ser especial, mesmo sendo uma criada.

- O senhor tem razão, ela é especial. Mas a noite nada representou para mim.

- Pois bem. Tu quer um tempo para recuperar suas forças?

- Não será necessário. Enquanto mais rápido partimos melhor. Só terei que resolver umas pendencias antes.

- Certo. Tome o tempo que precisar.

Ao terminar seu café da manhã. Alexander seguiu para seu quarto onde seus criados estavam arrumando sua bagagem. Ao olhar para o local sentiu um aperto em seu peito, pois, sabia que não voltaria mais.

Ele abriu a gaveta de sua penteadeira e apanhou seu espelho de mão. Ao ver seu reflexo uma ponta de esperança surgiu em seu coração. E sem que seus criados o pudessem ouvir ele sussurrou.

- Mostre-me Angeliny.

No entanto, apenas seu reflexo permanecia ali. Ele guardou o objeto novamente na gaveta. E saiu dali para seu escritório.

[...]

Ayana bateu na porta, para em seguida entrar.

- Mandou- me chamar. Milorde.

- Sim. - Alexander respondeu e apontando para a cadeira em sua frente. Fez sinal para que Ayana se sentasse.

Ele mechia em alguns papéis e assinava outros, enquanto era observado por ela.

- Ayana como deve saber. Eu vou embora. - Ele olhou nos olhos de amêndoas. - E para ser sincero, acredito que não voltarei.

- Eu imaginei. - Ela respondeu com tristeza.

- Por essa razão. Não quero deixar-lhe desamparada. Não sei o que será feito da fazenda. Se será vendida ou não. Por isso. Quero lhe dar isso.

Ele estendeu uma folha com palavras que ela não compreendia.

- O que é isso?

- É sua liberdade. A partir de hoje é livre.

Ayana soltou o papel e cobriu a boca com as mãos. Lágrimas de alegria escorriam pelo seu rosto.

- Obrigada. - Ela sussurrou.

- Não por isso. Esses outros papeis. - Ele passou para perto dela. - são do pedaço de terra que colocarei em seu nome e no nome da senhora Thompson. Para que não fiquem sem ter onde ir.

Ayana se levantou de sobre salto e dando uma volta na mesa. Se lançou nos braços dele. Alexander se forçou a manter o equilíbrio em sua cadeira. Mas sorriu ao ver a alegria dela.

- Obrigada Milorde. Não tenho como agradecer-lhe.

- Certo. - Foi tudo o que ele disse ao gentilmente afasta-la. - Quero que convoque todos os meus criados e escravos para o momento de minha partida. Tenho outro comunicado a fazer. E certifique-se de que um por nome Akin esteja presente.

- Sim senhor. - Ela falou ao se retirar saltitante.

[...]

Era fim de tarde. E como Alexander havia pedido, todos os criados estavam a sua porta esperando sua partida.

Alexander se colocou na frente deles.

- Como sabem hoje estou de partida e não sei quando retorno. Por essa razão vou colocar alguns de voz no comando temporário até meu retorno.

Ele olhou para Ayana e em seguida para a senhora Thompson.

- Em minha ausência ficarão encarregadas do controle da casa grande a senhora Thompson e a senhorita Ayana, ambas também ganharam uma hectare de terra para que seja construída uma casa para cada.

A ama de Angeliny, olhou surpresa para Ayana que sorriu para ela.

- E devo dizer que não quero que as encomodem. E também gostaria de colocar no sub controle de minhas plantações o criado Akin. Pois ele conhece essas terras como a palma de sua mão. Essas serão minhas últimas ordens e como sempre espero que as cumpram.

Todos aplaudiram a ele. Que sorriu. E seguiu para sua carruagem. Ao se acomodar no assento, seu pai o perguntou:

- Tem certeza do que acabou de fazer?

- Como certeza de poucas coisas. Tenho.

Ele olhou pela janela. Vendo sua casa e seus criados sumirem ao longe.

No metade do caminho ele viu uma mulher ruiva montada em seu cavalo. Ela acenou para carruagem.

Alexander deu ordem para que i cocheiro parasse e olhando pela janela, perguntou:

- Senhorita está precisando de alguma  coisa?

A mulher jogou um pequeno cacho de seu cabelo para trás da orelha, e respondeu:

- O senhor é o lorde Magnus?

- Sou eu.

- Milorde eu venho lhe avisar que meu marido Cristian McCartney está vindo lhe tirar a esposa, com a ajuda de uma mulher de cor. - Alexander reparou no ódio que ela tentava conter.

- Senhora receio ter chegado tarde demais. O dito cujo já realizou tal intento.

- E onde eles estão? Porque o senhor não está atrás deles?

- A minha esposa está morta e seu marido foi levado pelo conselho. Não a mais nada que possa fazer.

Mesmo que ela tentasse disfarçar as lágrimas escorreram por sua face rosada.

- Então ele conseguiu. E eu lamento sua perda. - Ela foi sincera.

- Eu não posso dizer o mesmo sobre a sua. Deve esta casanda da viagem?

- Um pouco. Mas graças ao McCartney não posso voltar para casa afinal, foi abandonada mais uma vez.

- Vá para minha fazenda. Meus criados a receberam bem se disser que eu a enviei. Coma, descanse e depois pense no que fará. Boa sorte.

Ela assentiu com a cabeça. E ambos seguiram cada  o seu caminho.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top