Reencontro

Os dias se passaram. Cristian ainda contava os meses riscando a parede da cela. Seu pai de tempos em tempos ia visita-lo. E Lilian conversava com ele as vezes.

Porém nessa manhã ao acorda ele se depara com Mr. Emedor que estava parado na frente de sua prisão.

— O que faz aqui? — ele pergunta se colocando de pé.

— Hoje vim lhe fazer uma proposta. — ele se escora na barra de ferro.

— Que proposta? — ele pergunta triste sem encarar o homem a sua frente.

— O Conselho está disposto a dar sua liberdade. Mas com uma condição.

— Que seria?

— Um dos membros possui uma filha que foi repudiada pelo noivo antes do casamento. A pobre donzela para os comuns está amaldiçoada e tu deves saber o que isso significa.

— E o que eu tenho com isso? — ele se encosta na parede da cela.

— Case com a moça e ganhe sua liberdade. Se negue e morra aqui. — ele dá de ombros.

Cristian olha para o homem a sua frente e ódio invade seu ser. Pois agora ele seria obrigado a se casar. Como se isso fosse impedi-lo de ir em busca de Angeliny.

— Então estão disposto a me liberta se eu aceitar casar-me. Pois bem. Eu aceito. Agora pode abrir a cela. — ele sorri amargurado, mas com a certeza de que usaria o casamento como pretexto para fugir.

— Achas mesmo que será tão fácil assim. Antes o conselho vai precisar interferir em outra área.

O sorriso de Cristian se desfaz quando outros dois homens se aproximam de Emedor. E um deles Cristian reconhecia, pois, foi o mesmo que o torturou, o bruxo das trevas. Ele pela primeira vez sentiu medo do que estava por vim.

— O que pretendem fazer comigo?

— Um último adeus, apenas isso. — Emedor respode sorridente.

O homem entra na cela e Cristian tenta lutar mas sem sucesso. O homem atravessa a mão no peito dele é arranca-lhe o coração. Que sai brilhando vermelho. Cristian cai de joelhos e ao colocar a mão sobre o peito, nota que o mesmo já estava cicatrizado como se nada tivesse acontecido. No entanto, seu coração agora batia nas mãos daquele homem.

— O que farão comigo? — ele pergunta ofegante.

O homem leva o coração dele até perto dos lábios e fala sobre o mesmo:

— Eu vou dizer adeus.

Cristian não entendia o que estava acontecendo, mas sua boca se abriu e ele repetiu as mesmas palavras.

— Tu serás nosso fantoche. — Emedor elucida.

— Não. — ele sussurra sentindo as lágrimas escorrerem por seus olhos.

— Levante-se. — o homem que segurava o coração dele, falou. E sem escolha Cristian se colocou de pé. Mesmo que isso não fosse o que ele queria. O feitiço o obrigava.

[...]

Angeliny e Alexander viajaram durante dias, e quanto mais perto eles chegavam da cidade Natal, mais rápido o coração de Angeliny batia. A esperança de poder ver seu amado novamente e o medo de que a carta seja mesmo real. Isso a atormentava ao mesmo tempo que parecia ser sua salvação.

Alexander durante todos os dias, dirigia a palavra a ela apenas quando era necessário. Assim como preferio dormir em um quarto separado quando se hospedavam, pois, para ele estava ficando cada vez mais difícil estar perto dela e ouvi-lá suspirar dia e noite pelo outro.

Quando o sol surgiu no horizonte, Alexander e Angeliny estavam chegando em seu destino. Mais do que antes Angeliny e Alexander estavam apreensivos, ela por ver seu amado novamente e ele por imaginar a dor que ela ira sentir. Mesmo não querendo ele se sentia culpado, e lamentava por faze-la sofrer. Angeliny pouco se importava com o homem a sua frente. Pois, tudo que ela queria era esclarecer as coisas de uma vez por todas com Cristian.

Quando a carruagem parou na frente da casa de Cristian, o coração de Angeliny errou uma batida e um nó se formou em sua garganta, ao ver os arrajos de rosas vermelhas na entrada e as fitas de cetim penduradas.

Alexander olhou temeroso para ela, e se enterneceu ao ver os olhos de lago lacrimejates. Ele tocou nas mãos dela que as afastou e desceu rapidamente da carruagem.

Angeliny se forçou a andar e agora tirar a prova, pois, já havia chegado até ali e não poderia desistir. Ele jamais se perdoaria se desistisse agora.

Suas pernas tremiam e o ar fez falta para ela. Que quando atravessou a porta e viu Cristian parado de costas no meio da sala, seu coração acelerou e sua cabeça ficou zonza.

— Cristian... — ela sussurrou, lutando para manter suas lágrimas contidas.

Ele se virou lentamente para encara-la. Angeliny se conteve para não se lançar nos braços dele que a olhava de forma fria. Os cabelos dele estavam soltos e seus olhos que antes eram um azul-índigo agora estavam opacos e sem vida.

— O que faz aqui? — a voz dele era firme e fria.

— Eu... precisava vir e ver com meus próprios olhos. — ela se forçou a dizer enquanto olhava em volta. — tu vais se casar?

— Eu pensei ter deixado isso claro na carta. — ele é forçado à dizer. Cristian se esforçava para manter-se calado. Seu coração iria doer se estivesse em seu peito.

Angeliny olha para ele perplexa, a frieza com que ele falava era assustadora. As lágrimas escaparam dos olhos dela.

— Tu só esqueceu de deixar uma coisa clara. — ela seca as lágrimas com as pontas dos dedos. — porque não foi no nosso encontro?

— Porque não era importante.

Ele cospe as palavras e Angeliny se entregá ao choro.

— Como não era importante? Eu não era importante para ti?

A dor da decepção era grande. Ela não sabia ao certo como explicar para si mesma o que estava sentindo ao olhar nos olhos do amado e ouvir que não era importante para ele. Seu coração se partiu, a falta de ar e os batimentos acelerados, assim como os arrepios que subiram por sua coluna deixando suas pernas bambas, Angeliny caiu de joelhos. Enquanto o homem que ela um dia amou se manteve de pé apenas a observando.

— Vosmicê foi. Mas não é mais. Eu pensei que te amava, mas me enganei, pois como poderia amar alguém como tu. Já essa moça com quem vou... — ele se calou e Angeliny se forçou a olhar para ele.

[...]

— O que está havendo? — Emedor pergunta para o homem que controlova Cristian. Ambos estavam na sala ao lado da onde ele e Angeliny estavam.

— Ele está resistindo. — o homem aperta o coração nas palmas das mãos — Vamos faça o que eu estou mandando.

[...]

Cristian forçou ao máximo de sua capacidade. Para apenas conseguir dizer.

— Eu... — as lágrimas deciam pelos olhos dele — eu... lá...

— Eu esperei por ti. — ele o interrompe — esperei a noite inteira...

— Esse é seu mau. Tudo o que faz e esperar! — dessa vez ele falava por conta própria — tu es mais poderosa do que eu. Porque não lutou?

— Eu... — ela perdeu seus argumentos — eu luto agora. — ela se levanta do chão e tenta se aproximar, mas ele se afasta e fechando os olhos tentando em vão lutar por controle, e falhando miseravelmente.

— Não precisa mais lutar. — uma lágrima solitária escorre pelo canto do olho dele. —pois, agora estou casado com alguém que eu realmente amo e que me ama também. Nós nos divertimos Angeliny e nada mais do que isso. — ele certa os punhos sentindo seu corpo tremer. Ele só não entendia como Angeliny não notava. 

— Então todas as juras de amor eram falsas. Nunca me amou de verdade. — ela já estava
sem chão. E só desejava sumir.

— Finalmente entendeu. Agora vá embora! — ele gritou — Saia daqui.

Ele se sentiu desvalorizada e usada. Iludida e manipulada.

— Por favor me diga que está sendo forçado à dizer isso. Me diz que isso é mentira. — ela implora se lançando aos pés dele.

— Eu jamais iria querer algo sério com uma mulher como tu. Que estando comprometida se encotra com outro as escondidas. — Cristian se odiava por ser fraco e não conseguir calar a própria boca.

Essas palavras atingiram Angeliny como uma flecha. Ela se levantou e bateu forte na face dele. Que apenas virou para lado oposto da mão dela, e se manteve imparcial.

— Vá...

— Não precisa pedir de novo! — ela saiu correndo dali.

Ao entrar com rapidez no coche, Alexander se espantou ao ver os olhos vermelhos. Angeliny tremia e soluçava desesperadamente. Ele não sabia o que fazer então seu primeiro impulso foi puxa-la para seus braços. Angeliny não rejeitou o abraço e se entregou as lágrimas.

Alexander deu a ordem e o cocheiro deu a partida se afastando da casa.

Já lá dentro, Emedor se aproximou de Cristian que se manteve na mesma posição.

— Bom trabalho. — ele falou se referindo ao homem que também entrava na sala.

— Devolva meu coração. — Cristian pede.

— Ainda não. Talvez algum dia. — ele sorri. — agora queremos apresentar sua noiva Rebecca Towne.

Uma moça de olhos verdes e cabelos cacheados logos e ruivos entra na sala. Ela usava um vestido longo preto com detalhes dourados nas pontas. A moça era linda com pequenas sardas na face.

Porém Cristian pouco se importava, tudo que se passava pela mente dele, era que ele precisava recuperar seu coração, e só uma pessoa poderia ajuda-lhe. Lilian.

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