Plumas Negras & Olhos Cinzas
(Se possível ler ouvindo a mídia)
A noite era sem lua, Angeliny se encontrava em pé no meio da clareira, onde mais cedo ela havia se encontrado com Cristian.
No entanto, agora o cenário estava diferente. No chão havia vários pombos-negros dormindo, com suas cabeças debaixo das asas.
De repente uma estranha névoa começa a cerca as árvores, cobrindo todo o chão.
Angeliny estava paralisada, só não sabia dizer se era por conta do frio ou medo da paisagem sombria.
Um arrepio percorreu por todo seu corpo, e seu coração bateu mais rápido. Quando ouviu seu nome ser sussurrado.
— Angeliny…
Por alguma razão ela temeu olhar para trás, pois, sentia que havia uma presença ali.
— Angeliny… — A voz insistia.
E mesmo indo contra seus instintos, ela rapidamente se virou para encarar quem a chamava. Os pássaros ao seu redor se espantaram e alçaram voo em torno dela confundindo sua visão. As plumas que se soltaram das asas das aves, caim lentamente enquanto Angeliny acompanhava o movimento das mesma até se deparar com um par de olhos cinzas, na sua frente.
Ela deu um passo para trás ao percebe o quão perto estava. E no momento em que ela fixou o olhar na pessoa em sua frente. O ar parecia rareá em seus pulmões.
Alexander estava sem camisa, revelando seu tórax escultural. Ele usava apenas calças-curta preta e botas da mesma cor. Seus cabelos negros, estava solto e caia ao lado de seus ombros.
Angeliny não conseguia desviar os olhos dele. Ele era lindo. Seu semblante pouco dava a intender o que se passava na sua mente. Ele a encarava, olhava fundo em seus olhos como se quisesse enxergar a alma.
— venha para mim… — ela ouviu em sua mente.
A voz era a de Alexander, porém ele se quer movia os lábios.
— venha…
Angeliny sentiu seu corpo extasiado, um calor de dentro para fora tomou conta de seu ser. Ela deu um passo a frente. Alexander estendeu a mão para ela, o que ela não rejeitou. Ao tocar os dedos dele, ela não sabe ao certo como, mas já estava em seus braços. Ele a beijou de forma intensa. Angeliny sentiu a língua macia e quente pedir passagem em seus lábios, o que ela não negou. A língua dele explorava sua boca em uma dança lascívia. Angeliny sentiu seu corpo tremer, mas não de frio. Seu íntimo se umedeceu e seu ventre parecia se mover dentro de seu corpo. Alexander passou sua mão por debaixo da alça de seu vestido deixando seus ombros a monstra.
— me desejas? — ela ouviu a pergunta sussurrada em seu subconsciente.
E a resposta para essa pergunta, por incrível que fosse ela não tinha. Seu corpo queimava de dentro para fora. De uma maneira que ela nunca sentiu. No entanto, havia algo errado.
— Angeliny! — uma voz grossa a chamou.
Ela separa seus lábios dos de Alexander. Mas ao tentar olhar para trás de si. Alexander a segura e olhando em seus olhos, falou em sua mente:
— não vá… fique comigo… — sua voz era doce e gentil. Ao olhar nos olhos dele, algo dentro dela, a fazia querer atender a esse pedido.
— Angeliny! — no entanto, a voz de Cristian era forte e lhe despertava. Só de olhar para a imensidão daqueles olhos azuis, ela tinha certeza do que queria.
Angeliny se soltou dos braços de Alexander, e correu aí encontro do seu amado. Mas ao se lançar nos braços dele, Cristian se desfez com a névoa. Angeliny fica confusa e olha novamente para Alexander. O rosto dele estava transtornado. Ele então cai espalmando suas mãos no chão enquanto olha para Angeliny, seus olhos se tornam mais arredondados, um bico aparece por sobre seus lábios, seus cabelos negros agora tinham um brilho azul esverdeado, a névoa o cerca e Angeliny vê o homem na sua frente desaparecer, e em seu lugar estava um enorme pássaro negro. Ele bate suas asas e Angeliny voa para trás caindo de costas no chão. Ela tenta conjurar um feitiço contra a grande ave, mas suas mãos não possuíam magia.
O pássaro anda até ela, e aproximando o enorme bico amarelado, perto da face de Angeliny, e ave libera um som agudo e aterrorizante. Angeliny vira o rosto e fecha os olhos com força. O som era e fino, mais lembrava um urro de ódio e dor. Que causava dor nos ouvidos dela.
Ela força seus olhos e encarar a criatura a sua frente, quando o pássaro ergue a pata com garras afiadas. O coração dela dispara e o ar lhe falta. Ao notar, que o ser desce sua pata em cima dela para esmagar-lhe.
Ela acorda ofegante, o suor escorria por sua face, Angeliny acende a vela que estava em sua cabeceira. E esfregando a mão em seu rosto, ela respira fundo.
— só pode ser um mau presságio. — ela sussurrou para si.
[…]
Alexander abriu seus olhos lentamente. Ele sabia que não deveria ter feito o que fez. Ele estava irritando e descontou sua frustração sobre Angeliny. Mas ver que até mesmo no subconsciente dela, ela chamava por Cristian, e resistia a ele. O enfureceu.
Ele temia a si mesmo, por saber do que é capaz. Ele mais do que nunca queria Angeliny, e ele não costumava desistir facilmente do que deseja.
Ver que ela de alguma forma o desejava, lhe dava forças para continuar tentando.
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