Os Familiares

Angeliny chegou ao Instituto e como de costume se direcionou até sua banca.
Cristian entrou na sala e logo em seguida sentou ao lado dela, como no dia anterior.

Ambos não se olharam, e tão pouco se falaram. Todos os alunos se acomodaram em seus devidos lugares. Um homem alto, usando uma peruca branca e trajando collants, calças curtas e uma jaqueta comprida, entrou na sala.

— Bom dia para todos. — os cumprimentou.

— Bom dia. — responderam em uníssono.

— Eu sou Mr. Croark, do Clã Seifas. Hoje vou ensiná-los a invocar familiares. Quem aqui sabe me dizer o que é um familiar? — ele pergunta encostando às costas na beirada de sua mesa.

— Familiares são espíritos de companhia ou animais que acompanham os bruxos. Acredita tratar-se de animais que servem como companheiros nos trabalhos mágicos dos bruxos devido à sua sensibilidade com relação às energias. Também acredita-se serem espíritos encarnados nestes animais ou que tomam formas específicas de outras criaturas mágicas. — Cristian tendo levantado a mão respondeu.

— Muito bem senhor? … — Mr. Croark, aponta para Cristian, que responde.

— Cristian McCartney.

O mentor agora direciona sua atenção para todos os alunos.

— Assim como o senhor McCartney acabou de elucidar. Um familiar é um espírito encarnado que vai auxiliá-los em seus feitiços aumentando sua força. O que muitos não sabem é que às vezes surgem sentimentos imediatos e intensos de afinidade entre o bruxo e seu animal. Isso geralmente significa que vós sereis como amigos e compartilharão uma mesma linha de pensamentos.

Ele segue para trás da mesa apanhando uma caixa de madeira mediana.

— Agora quero que vós me acompanhem em fila única.

Ele saiu da sala e todos o seguiram.
Levou-os para uma clareira localizada atrás da instituição.

— Formem um círculo. Exceto a senhorita — ele aponta para Angeliny, que se afasta para perto da entrada do local, observando os demais ao longe.

O mentor distribuiu para cada aluno, um pote com ervas distintas, papel, penas para escrever, sinos e no meio dos alunos ele colocou um isqueiro, que nessa época era como uma arma de fogo, pelo facto de ser um objeto munido de pederneira, que pelo poder do atrito produz centelhas que inflamavam um pavio.


— Agora com a ponta do dedo eu quero que desenhe esse sigilo no chão e depois, com a pena no papel. — todos obedeceram — agora coloque as ervas dentro dos caldeirões à frente, e quando eu falar repitam comigo. Quando eu der uma pausa e fazer um sinal com a mão, toquem o sino.

Todos se aprontam e o mentor começa a falar:

— Repitam o encantamento a seguir enquanto você imagina seu familiar te encontrando, se vosmicê tem preferência por um animal imagine ele. Imagine seu familiar te encontrando e que tipo de ligação deseja ter com ele. Seja claro que isso é para o seu familiar doméstico… — ele faz uma breve pausa e sorrindo concluiu — não, queremos qualquer espírito aparecendo.

Todos riram do semblante dele.

— Toquem o sino e repitam comigo.
“Spiritibus saltus, propositum meum communem vobis pronuntio: Peto, nota ex corde; Veni ad me, et invenietis, et ipse erit”.

Todos repetiram em uníssono e ao sinal do mentor, tocaram o sino novamente.

— “Dominum et servum nulla sed familiare nota partem scientiam et mores animi”. Toquem o sino — ele ordena, e continua — “Ducere via inter se; In Veni, dulcis família, et ipse erit;

E novamente todos tocaram seus sinos. E o mentor conclui.

— “Ita sit!”. Ou assim seja. Agora se vós imaginaram uma criatura do ar. Soprem tudo ao vento, se do fogo queimem a mistura e depois soprem, se da água há uma Cachoeira ali lancem lá, e por último se for da terra joguem sobre o chão.

Todos obedecem. Angeliny volta sua atenção para Cristian, que sopra sua mistura ao vento.

— Agora tenham paciência, pois seus familiares viram até vós quando achardes melhor, alguns poderão vir agora, já outros levam um tempo mais.

Assim que ele concluiu. Uma águia vem voando e pousa na frente de Cristian, que sorrindo estende o braço fazendo com que a ave se acomodasse.

“Combina com ele”.

Pensou Angeliny. Não demorou para outros familiares se apresentarem.
Haviam coelhos, cobras, gatos. E vários outros. Depois de horas intermináveis de instruções de como cuidar e tratar um familiar. O mentor diz:

— Por hoje é só, como sabem depois de cada feitiço é necessário descanso para o corpo. Estão dispensados.

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