O retorno de Cristian
Ele mal podia acreditar. Alexander sairá em uma viagem. Deixando Angeliny sozinha.
Cristian correu para o lago se banhando. Finalmente chegará o momento pelo qual esperou durante tanto tempo. Ao se vestir, esperou impaciente pelo entardecer. A espreita nos arredores da casa deles.
[...]
O sol estava se pondo. Angeliny se preparava para dormir, vestindo sua camisola pré nupcial. Não sabia o certo porque escolheu colocá-la visto que estava só.
Ao olhar para cama se lembrou que teria de dormir sozinha por algum tempo.
Enfadada e um tanto enjoada pela gravidez de recusou a comer durante as refeições, por mais que sua ama e seus criados insistissem.
Ela precisava de ar. Como atendendo um chamado que não sabia da onde vinha, ela seguiu para varanda mirando a noite escura e fria. Com os dados trêmulos agarrou as bordas de seu robi de sede o fechando na frente do corpo.
Pensou em entrar no entanto percebeu um movimento estranho na direção do labirito criado em sua homenagem.
Se preparando para atacar o possível intruso. Ela seguiu até a entrada e com a voz mais firme que conseguiu, falou:
- Quem está aí? Eu exijo que apareça!
- Exije mesmo?
Ela conheceria aquela voz brincalhona em qualquer lugar. Entrando em um súbito choque de alegria e receio. Ela esperou que ele saísse das sombras.
Iluminado pela luz noturna. Angeliny sentiu seu coração disparar. Não notará que sentirá tanta saudades quanto se sentia agora ao ver o rosto dele.
Sem lhe dar tempo para fala. Ela se lançou sobre ele. Que perdendo o equilíbrio caiu de costas para dentro do labirito.
Angeliny tomou os lábios dele com urgência tamanha era a saudade que sentiu. Que acreditava estar sonhando.
- Como vosmicê me achou? — Ao ve-lo agora diante de si, a falta que ele lhe fez aumentou em grande proporção. Uma lágrima de alegria escorreu pelo seu rosto.
- Foi um pouco difícil, mas nada que um feitiço de localização não resolvesse, estou te observado a dias esperando o momento certo de me aproximar, até que hoje vi Magnus saindo, e resolvi que era hora.
- Tive medo de que vosmicê tivesse desistido de mim. — O que ela sabia que seria melhor.
Ele toca seu rosto e sorrindo responde:
- Eu nunca vou desistir de ti, nem que eles me matem. Por ti eu dou a minha vida. - E ela sabia muito bem disso. O que fazia sua culpa aumentar em grande proporção.
Ela o beija. Ele a abraça, se entregando as carícias tão sonhadas. E se afastando por alguns minutos, ele olha serio para ela, e diz:
- Eu vim para te levar embora, o que me diz? Ainda quer fugir comigo?
Apesar de imaginar que isso era o esperado. Não sabia o que fazer. Não existia mais tempo. Tinha de decidir iria com ele e magoava Alexander. Ou ficava para sempre com Alexander e destrosava de vez o coração de Cristian que esperou por ela por todo esse tempo. Tendo que suporta coisas horríveis para finalmente chegar até ela.
Sua demora em responder deixou Cristian com triste, ele sabia que de alguma forma ela também sentia algo por Alexander, e não sabia o quão forte era esse sentimento. Com armagura ele desvia o olhar e diz:
- Já posso percebe que mudou de ideia. Magnus achou graça aos seus olhos, não foi?
uma singela lágrima escorre em seu olho esquerdo, ele vira o rosto tentando esconder. Mas Angeliny nota mesmo assim. Como poderia dizer não a ele?
Ela sabia o quanto o amava e que não tinha vivido plenamente esse amor. Não como deveria. Que os deuses tivessem piedade de sua alma. Pois, estava prestes a cometer o pior delito de sua vida.
- Vosmicê é o único para quem tenho olhos. - falou não sendo totalmente sincera, mas queria estar com ele? Não queria? - Meu amor, me leve para longe. - disse por fim, se convencendo de que essa era uma boa decisão.
Ele sorrindo a beija, ambos se põe de pé. Ela o levou até o outro lado do labirinto entrando na floresta, um pouco mais adentro dela, encontraram um cavalo branco selado.
Ela riu ao ver o cavalo, pois não é que Alexander tinha razão, e por algum motivo não conseguia para de pensar nele.
Cristian olha para ela e lhe ajudando a subir, fala:
- Tem uma aldeia que fica a uns dois dias daqui, arrumei uma casa por lá, para passarmos os primeiros dias, já que vamos ter que viver fugindo.
Ele sobe junto a ela dando início a viagem. Angeliny cochilou nos braços dele. Quando o cavalo parou em uma clareira. O dia estava quase amanhecendo.
- Anjo acorde. - Ele a chamou.
Angeliny abriu lentamente os olhos. Cristian desceu do cavalo. Ajudando ela em seguida.
Ao colocá-la no chão. Seguiu para debaixo de uma das árvores preparando um lugar para dormirem.
- Pronto. - Ele falou sorrindo - receio que esteja cansada.
- Um pouco. - Ela bocejou.
- Venha. - Ele lhe estendeu a mão.
Angeliny a segurou deitando ao lado dele. A primeira noite ao lado de Cristian, o homem que jurou amar.
Ela estava quase adormecendo novamente. Quando sentiu as mãos dele deslizando por seu corpo.
Ela sentiu um arrepio. E por mais que estivesse com saudades dele. Não sentia vontade de ser tocada. O que era muito estranho.
Ele toco lhe os cabelos cheirando os fios.
- Eu lhe amo tanto. - Ele sussurou.
Sim. Ela também o amava, então porque o toque dele parecia tão estranho.
Sem saber o que fazer fingiu que dormia profundamente. Cristian continuou a toca-lá deslizando sua mão pela cintura fina apalpando um dos seios.
Ela sentiu o membro dele pulsando de encontro a suas nadegas. E se condenou por não ter coragem de se virar e acabar com o sofrimento dele.
No entanto a mesma sensação de culpa que a dominava quando estava com Alexander. A tomava agora que estava com Cristian.
Estava tão envolta em seus pensamentos que se quer reparou que ele havia afastado a mão.
- Eu sei que está cansada. Teremos tempo para isso. - Ele falou.
Como sempre um perfeito cavalheiro, ela pensou. No entanto Cristian apenas tentava se convencer do que havia dito.
Durante todo o tempo que a observou. Viu a se entregar para o outro sem reservas. No entanto, estava com ele agora. O escolheu. Deveria estar feliz. Mesmo que seu ciúme o corroece por dentro.
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