O Jantar
A noite chegou trazendo a névoa noturna. As carruagens paravam na frente da mansão. Os pais de Angeliny, assim como o pai de Alexander, os membros do conselho e os irmãos Margosato com suas respectivas esposas. Todos fantasiados com suas máscaras. Desceram.
Os vassalos os guiaram até o salão de baile, onde tudo estava devidamente decorado. Com arranjos de rosas vermelhas aos cantos das paredes a grande mesa de jacarandá com candelabros no centro, com um lindo banquete sobre a mesma.
O lustre de cristal que enfeitava o teto decorado com pinturas de anjos e estrelas.
Alexander adentrou o salão usando sua fantasia composta por um justacorp preto com bordados prateados nas bordas das mangas, camisa branca com babados e abotoadoras em formanto da letra M de ouro. Calça curta preta e sapatos da mesma cor. Sua máscara também negra costurada com linha de cor prata, cobria até metade de seu rosto. Seus cabelos penteados para trás. Em suas mãos ele usava um par de luvas pretas.
Ele cumprimenta seus convidados, deixando evidente sua felicidade. Os músicos convidados por ele tocavam uma sinfonia animada. E os dançarinos faziam suas coreografias entretendo os convidados que aplaudiam.
Alexander se divertia tanto quanto eles. De repente os músicos cessaram a musica e todos os convidados olharam para a entrada do salão, levando Alexander a olhar também e se deparar com Angeliny.
Vê-la o fez perder o foco, o vestido se encaixou perfeitamente em seu corpo. Deixando evidente as curvas e seu busto. Seus cabelos presos em um lindo coque com tranças ao redor da cabeça era enfeitada por uma tiara circular de prata com rubis. Sua máscara vermelha com um rubi no centro, tinha plumas nas laterais. Assim como o par de luvas longas e vermelhas com bordados que enfeitavam suas mãos.
Alexander havia lhe presenteado tambem com um par de brincos de prata com rubis incrustado, que agora pendiam em suas orelhas, assim como a gargantilha de prata que enfeitava seu pescoço.
Alexander se aproximou e prestando a devida referência, lhe estendeu a curva do braço, o que ela não rejeitou.
— Está belíssimas milady. — Ele sussurou ao canto do ouvido dela. Enquanto caminhava até os convidados.
— O senhor também está estonteante, milorde. — Ela sorri.
Ao se juntarem aos convidados Angeliny os cumprimentou:
— Boa noites para vos.
Ela olhou para seus pais que lhe sorriam, e deixando Alexander com os membros do conselho seguiu para perto deles.
— Pai, mãe... — Ela falou enquanto abraçava os dois emocionada. — Estou tão feliz por vós estarem aqui. — Ela se afasta.
— Está tão linda, filha. E me parece feliz também. — A mãe dela falou com um lindo sorriso.
— Acredito. Que o lorde esteja te fazendo muito bem. — O pai de Angeliny, especulou.
Angeliny sorriu tímida — O lorde Magnus é ótimo e tem me tratado muito bem.
— Então está feliz? — O pai pergunta cheio de esperança.
Angeliny olha para Alexander que conversava e ria distraído, o que fez ela sorrir também. Ela volta a atenção para seus pais e responde:
— Sim. Estou muito feliz. — Os pais dela sorriram aliviados.
— Que bom filha, eu estava preocupada. — Elizabeth fala segurando nas mãos da filha, e olhando para Anthony, pergunta. — Marido importasse de me deixar a sós com nossa filha. Precisamos tratar de assuntos de mulher.
— Claro. Tem minha permissão. — Ele beijando as mãos de Angeliny, se retira.
— O que deseja falar? Minha mãe.
— Filha. Notei que está mais radiante seu corpo está diferente. Não está gravida, está?
— Não! — Angeliny responde assustada. — Quer dizer, acredito que não.
— Seu casamento... — Elizabeth pergunta em sussurros. — Foi consumado?
— Mãe! — Angeliny agradecia por estar de vermelho, pois, quem sabe assim o rubro de sua face não pareceria tão evidente.
— Por favor filha. Somos adultas se não puder falar para mim, para quem ira falar?
— Certo. Sim. A resposta é sim.
— A filha que bom.
Angeliny sorriu ao se lembrar que realmente fora bom.
— Ele lhe tratou bem então?
— Como um perfeito cavalheiro.
— Viu filha. Falei que se desse uma chance, iria gostar dele.
— É a senhora como sempre tivera razão.
Angeliny sentiu uma mão no seu ombro.
— Com licença senhoras. — Alexander pediu se pondo ao lado delas. — Condessa, será que posso lhe rouba minha esposa para uma dança?
— Fique avontade lorde Magnus. — Elizabeth sorriu cumprissem para Angeliny que não escondeu o olhar divertido.
Angeliny caminhou de mãos dadas com ele até o centro do salão onde os outros casais se juntaram a eles.
— O lorde sabe como realizar uma boa festa. — Angeliny comenta brincalhona. Ao cruzar suas mãos no ar, mas sem toca-las.
— Me inspiração vem de ti, milady. — Ele responde se colocando de frente para ela, colocando suas mãos a frente do corpo, sem tocar as mãos dela que estava da mesma forma.
Angeliny o fita nos olhos. — Sabe, acredito que a esposa do senhor Margosato não tirou os olhos de ti essa noite.
Alexander riu com gosto, enquanto a segurava na cintura.
— Não pensei que tivesse notado, parecia mais concentrada na conversa com vossa mãe.
— Mas notei. — Ela caminha entorno dele.
— Notou também que o senhor Margosato não desviou os olhos de ti?
— Sim. — Ela girou compelida por Alexander. E provocativa respondeu — Mas ele não foi o único, acredito que esse vestido é um tanto chamativo.
— O vestido apenas ressaltou a beleza já existente. Afinal a senhora não precisa de adereços para chamar a atenção. É linda por si só.
— Sempre tão galante. Suas palavras me causa arrepios. — Angeliny olhou para ele com malícia, enquanto giravam pelo salão, assim como os outros casais também faziam.
— Bons arrepios? — Ele perguntou sussurrando no canto do ouvido com um meio sorriso.
— Os mais aliciadores. — Sutilmente ela desliza a mão pelo peitoral dele.
— Minha rainha comporte-se estamos em público. — Alexander respondeu sentindo seu libido aflorar.
— Sabe como fico quando me chama assim. — Foi a vez dela de sussurra no ouvido dele.— Meu rei.
— Angeliny! — Ele fala sentindo o sangue ferver em suas veias — Se não fosse tamanho demérito, te tomaria aqui mesmo, sem se importar com pudor.
— Alexander... — Ela morde o lábio inferior para ele — Lembra do que fiz em seu dedo?
Ela sussurra o fazendo sorrir em excitação.
— Lembro-me bem. E não só do dedo.
— Pois bem. — Ela sutilmente morde o lóbulo da orelha dele o fazendo gemer baixo. — Quero fazer aquilo outra vez.
Alexander a olhou atônito — O que está havendo contigo hoje?
— Não sei. Talvez tenha sido o vinho que bebi. — Ela sorri travessa.
— Então é melhor aproveitarmos esse vinho. — Ele beija ela na curva do pescoço e sussura. — Vá para nossos aposentos, minha rainha, irei logo em seguida.
Angeliny sorri para ele e encerrando a dança se retira do salão. Quando passou pela sala vazia que se aproximou das escadas uma voz feminina a chamou:
— Lady Angeliny.
Angeliny se virou para ver de quem se tratava, se deparando com uma moça de pele escura, que tinha em mãos um papel , ela estava trajando uma fantasia de cor preta com dourado.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top