O desespero de Alexander

Alexander se acomodava dentro da carruagem enquanto Emedor dava ordens aos seus criados para se apressarem.

O sol estava se pondo quando eles finalmente iniciaram a viagem. Apesar da escuridão noturna. E do homem roncando a sua frente.

Alexander não conseguia dormir. Algo o incomodava. Talvez fosse a saudade que sentia de Angeliny. Estava tão acostumado a dormir enroscado a ela. Cheirando seus cabelos e tocando sua pele.

Só a lembrança fazia seu coração se aquecer. Talvez se a visse dormir. Conseguisse dormir também.

Ao abrir sua pequena mala de mão, puxou seu espelho.

- Revele-me Angeliny.

Quando a imagem surgiu. Seus olhos não conseguiam crer no que viram.
Ela estava deitada nos braços de Cristian, dormia com ele cheirando seus cabelos.

Seu sangue borbulhou nas veias sentindo que seu corpo vibrava em ódio crescente. Gritou. Ou melhor urrou como um animal ferido de morte.

Emedor que dormia deitado no banco, se levantou assustado batendo a cabeça no teto da carruagem.

- O que houve? - Ele perguntou enquanto massageava o local dolorido.

Alexander nada conseguia dizer. Apenas tremia segurando o espelho. A iris de seus olhos se tornaram vermelhas como sangue.

- Alexander o que há de errado? - Emedor perguntou esquecendo até mesmo das formalidades.

- Desgraçados... - Ele sussurou para em seguida gritar. - Desgraçados! Vou mata-los!

Emedor puxou o espelho da mão dele, vendo a cena que se passava. Não tinha o que dizer. Não tirava a razão dele.

- Parem a Carruagem! - Ele gritou e os criados obedeceram.

- O que pretende fazer? - Emedor perguntou ao colocar o espelho sobre o banco.

Bravamente Alexander tentava conter suas lágrimas. O que fazer? Ele se perguntou. Tinha que encontra-los. Não deveriam estar longe.

- Vamos voltar.

- Voltar?

Ele o olhou com furia. - Sim voltar! Se ela não estivesse esperando um filho meu. A deixaria ir. Mas não com meu filho.

O vento entorno da carruagem se tornou forte. Fazendo as janelas trepidarem.

- Está bem vamos voltar então. Mas se acalme.

Emedor puxou o sino e mandou que dessem meia volta seguindo para fazenda de Alexander que ainda tremia tentando controlar a tempestade que surgia dentro dele.

[...]

Angeliny acordou sentindo os raios de sol tocaram sua pele. Cristian não estava ao seu lado e sim um bilhete.

" Sai para caçar. Volto logo".

Angeliny se levantou. E seguiu para o lago onde lavou o rosto para dispersar a sonolência.

E somente agora o peso do que havia feito lhe atingiu. Ao sentir o enjoou matinal.

O que tinha feito? Fugiu de Alexander de novo. O pior e que dessa vez carregava um filho dele. Como sempre não tinha pensando antes de agir. E Cristian como reagiria quando soubesse. Será que a aceitaria?

- O que foi fazer Angeliny? - porém agora era tarde para se arrepender, teria de arca com as consequências de suas escolhas.

Quando Alexander chegasse em casa e não a encontrasse em lugar algum. Entraria em desespero. Ele jamais perdoaria essa traição. E também ela não poderia esperar merecer o perdão. Já que tudo que ele fez foi cuidar dela.

- Eu sou um monstro. - Ela chorou.

Poderia dizer que o filho era de Cristian, sim, bastava se entregar a ele. No entanto se o amava não poderia engana-lo. E se a criança nascese com os olhos de Alexander. Sua mentira viria por terra.

Não. Mentir estava fora de cogitação. Restava lhe dizer a verdade e esperar que o amor por ela, fosse maior do que o ódio pelo seu rival. Afinal ele esperou tanto tempo por ela. Sem dúvidas aceitaria.

Ela tirou as roupas e mergulhou no lago, esperando que a água fria levasse a preocupação por Alexander, pois, ele sim não iria perdoa-lhe. E iria caça-lá para sempre. Não para sempre talvez um dia ele se cansasse e seguisse em frente.

Perdida em pensamentos não reparou que Cristian havia retornado e colocava um coelho para assar.

Ele sorriu ao vê-la distraída olhando para o nada. Tão bela e serena. Havia algo diferente nela. Porém ele não saberia identificar o que.

Tirando as roupas e a bota. Ele entrou na água. Abraçando a cintura dela trouxe seu corpo para junto do seu. Acariciou a face rosada guardando cada traço e contorno em sua memória.

O beijo foi calmo como sempre era. Ele puxou-lhe os fios da nuca aprofundando o beijo.

Ela gemeu de encontro ao seus lábios. Sim, ele ainda despertava seu desejo.

Angeliny tocou o tórax nu deslizando seus dados pelos músculos bem definidos até alcançar o membro já ereto. Ao circula-lo com os dedos ela o comprimiu.

Agora foi a vez dele gemer baixo ao sentir a carícia. Ele afagou o seio dela enquanto sua outra mão apertava a cintura dela. Cristian sabia que se continuassem no ritimo em que estava liberaria sua semente nas mãos dela.

Ela sabia o que ele queria, de certa forma ela queria também. Ao tortura-lo com uma carícia que outro lhe ensinou. Não conseguiu controlar sua mente. Por mais que se odiasse pensou em Alexander. O que a excitou ainda mais. A instigando a ir mais além com a carícia, aumentando o ritimo.

Cristian soltou o seio que torturava e deslizou sua mão até tocar a intimidade dela. Angeliny se arrepiou ao sentir o dedo dele a penetrando.

Os movimentos que ele fazia eram bons, seu ventre se moveu em resposta. Porém em sua mente outra pessoa a fazia delirar. Chegando perto de seu clímax ela liberou um gemido. Seus lábios se entre abrirão.

- A... - Ela mordeu seus lábios com força ao compreender o que ia fazer.

Chamar pelo nome do outro mataria Cristian com certeza. O clima sumiu. Seu prazer se esvaiu por completo. Ela agradeceu o cheiro de queimado que fez Cristian a soltar de pressa e tirar a carne do fogo.

Com as mãos sobre a cabeça ele olha sorrindo para ela que força um sorriso em sua direção.

- Quase ficamos sem almoço. - Ele falou ao se sentar na beira do lago,  ainda nu.

- É. - Ela respondeu indiferente.

- Que tal se vosmicê vinher aqui terminar o que começou. - Ele pediu a olhando com malícia.

Ela fingiu um sorriso e sem ter o que fazer, falou:

- Acho melhor eu não distrai-lo de novo. Temos tempo para isso.

- É temos. - Ele respondeu. Mesmo seu olhar revelando seu desgosto. Ao apanhar suas roupas e se vestir.

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