O circo
Alexander já estava hospedado em um luxuoso hotel. Naquela manhã ele estava sem ter o que fazer não sabia por onde começar sua nova busca. Então sem rumo saiu para andar pelas ruas de Londres.
De repente ele notou um desfile. Pessoas se reuniam nas calçadas para ver as carruagens de cores vibrantes e homens que vinham fazendo coisas extraordinária como cuspir fogo, enquanto outros davam piruetas no ar.
Alexander perplexo observava. Quando algo lhe chamou a atenção só que dessa vez sua magia vibrou em seu corpo, como se algo mais forte o tocasse. Ele olhou em volta a procura da fonte desse poder. Quando reparou que vinha do apresentador do circo. O homem alto de feições marcantes e barba cerrada. Que estava sobre o teto de uma das carruagens.
Ele convidava a todos para assistir seu show daquela noite. Enquanto fazia truques, com movimento de mão cartas voaram entorno dele para em seguida entrarem dentro de sua cartola. Talvez fosse magia. Alexander pensou.
Nunca viu um bruxo ou feiticeiro exibir tão orgulhosamente seus poderes em público.
Alexander voltou para o hotel e após se aprontar, foi em busca do lugar onde o espetáculo seria realizado.
As tendas estavam armadas. As pessoas faziam fila para entrar. Depois de muito tempo de espera Alexander entrou se acomodando em um dos assentos.
A apresentação começou. Homens que conseguiam se dobrar sobre o próprio corpo. Outros como ele viu mais sedo cuspiam fogo. No entanto, quando o apresentador se colocou no meio do círculo e começou seu espetáculo. Alexander sentiu o poder que vibrava. O homem fazia mágicas que mais parecia brincadeira. Ele fez uma mulher levitar e depois a cortou ao meio no entanto, quando todos pensavam o pior, lá estava ela tão inteira quanto antes.
O show acabou, todos estavam indo embora. Porém, Alexander foi até a carruagem do mágico. E ao bater na porta o homem a abriu.
- Pois não amigo. O que deseja?
- Preciso falar-lhe se não se importar. Como fez aquilo que fez?
O homem sorriu mistérioso. - Oras amigo deve compreender que não posso revelar assim meus segredos.
- Como não? O mostrou para a cidade inteira. - Alexander tentava conter seu mal gênio.
- Perdão mais. Não sei do que fala.
Alexander impaciente invadiu a carruagem.
- Oras pois. O que pensa que faz. Não pode invadir! - O homem gritou.
Alexander pegou uma pequena caixa de cima de uma mesa e a abriu. As cartas escondidas voaram e se espalharam sobre o lugar. Em seguida ele puxou a cartola do mágico que o olhava abismado ameaçado chamar seus ajudantes para para-lo.
- Não pode fazer isso o que pensa?
Alexander olhou para as coisas espalhadas e depois para o homem.
- É uma fraude. Não tem magia aqui. Mas eu senti. - Ele falava para si mesmo.
- Es um maluco. Era apenas um show.
- Não, eu senti. Me diga. - Alexander com a força da mente o prendeu suspenso do chão na parede da carruagem. - Me diga a verdade se não eu o mato!
- Largue ele! - Ele ouviu uma voz vinda de trás de si. E novamente sua magia o fez arrepiar.
- Leonor volte para lá! - O homem gritou.
Tarde demais. A moça correu e se pós entre ele e Alexander.
- Solte ele agora ou...
- Tu. - Alexander a olhou admirado e soltou o homem que caiu com a face no chão.
A moça parecia um anjo. Sua pele era tão pálida que chegava a ser translúcida. Seus olhos era de um azul brilhante como safiras. E seus lábios tão vermelhos quanto as pétalas de uma rosa. Os cabelos cacheados brilhavam como ouro e caiam sobre seus ombros como uma bela cachoeira.
- Vem de ti. A magia vem de ti.
- Fique longe dela! - O homem gritou se pondo entre os dois.
- Eu só quero entender. Durante todo esse tempo tenho procurado por magia antiga. Mas nunca vi nada parecido. O que fez como isso aconteceu a ti?
- E por que te diríamos alguma coisa?
Alexander riu. - Para continuar vivo seria uma boa razão.
Quando ele ergueu a mão a mulher se pós a frente do mágico, mas sempre tomando cuidado para não toca-lo.
- Não vai machuca-lo.
- É corajosa admiro isso. Façamos um acordo. Me conte o que tu és e posso lhe dar algo entroca. Seja ouro ou joias.
A moça pareceu pensar. E logo apontou para um dos bancos. Alexander se sentou.
- Não está pensando em aceitar? - O homem perguntou.
- Elias viu o que ele pode fazer. Talvez possa ajudar.
- Se o próprio dragão não pode. Por que achas que ele pode?
- Só confie em mim.
Ela se voltou para Alexander e se sentou no banco em frente a ele.
- Nada sei sobre magia antiga. Mas vou lhe contar minha história e espero que possa ajudar.
Alexander a ouvia com atenção.
- Tudo começou quando eu e Elias nos conhecemos. Eu entrei para o circo e me apresentava como a muher na corda banba. Porém em um fatídico dia. Eu me desequilíbrei e cai de uma altura muito grande.
Elias que ouvia a história tentava segurar suas lágrimas.
- Eu fiquei gravemente ferida. Sabia que não ia sobreviver. Foi aí que Elias procurou por todo o mundo uma forma de me salvar.
- Eu... - Elias se aproximou e se sentou em outro banco. - quando era criança meu pai me contou uma lenda sobre um grande dragão que realizava seus desejos em troca de algo que ele quisesse. Era tudo que eu tinha. Uma lenda e o desejo de salva a muher que eu amo.
Alexander entendia perfeitamente o motivo pelo qual ele tentou defendê-la. Se colocando entre eles.
- Então eu parti, em busca dessa lenda até que um dia eu encontrei. O dragão. Ele salvou Leonor. Porém teria um preço.
- Que preço? - Alexander perguntou.
Leonor se levantou e apanhou uma caixa que estava coberta por um pano preto. Ao descobrir o objeto. Alexander ficou estupefato. Era um cubo de vidro, e dentro dele uma bola de luz azul reluzia.
- Está é minha alma. O dragão a trancou aqui. A caixa não abre e é inquebrável assim como eu. O tempo não passa para mim. Porém o maior preço é que....
- Ele a traria de volta. - Elias continuou. - porém eu não poderia tocá-la.
- Como assim?
- A minha pele. - Leonor parecia querer chorar porém não havia lágrimas. - E fria como gelo e como se sabe até mesmo o frio pode queimar.
- E um preço caro. Tu tens a mulher amada ao seu lado sem poder tocar. - Alexander sentia a dor do casal.
- Sim. Mas só por vê-la já sinto feliz.
- Não sei nada sobre magia. Mas talvez o dragão possa ajudá-lo.
- E onde posso achá-lo?
- Eu não posso dizer. Prometi a ele. - Elias respondeu. - talvez se me disser por que precisa dele.
- Meus motivos são parecidos com os seus. Minha esposa faleceu a cinco anos. Desde então não tenho paz.
- Entendo.
- Mas eu posso fazer algo. Me dê a localização e eu os ajudo a ter uma noite como casal.
Leonor e Elias se entre olharam. - pode fazer isso? - A mulher perguntou.
Alexander se levantou. - tem tinta e papel?
Leonor apanhou de sobre a mesa e entregou a ele. Alexander fez uma lista e entregou a Elias.
- Consiga esses ingredientes o mais rápido que puder.
O homem olhou receoso para Leonor temendo deixá-la só.
- Pode ir. Eu sei me cuidar. - Ela falou sorrindo.
Minutos depois Elias retornou com tudo que Alexander havia pedido. Depois de alguns minutos misturando os ingredientes. Alexander cortou sua própria mão. Despejado seu sangue sobre o recipiente.
Uma fumaça branca subiu da mistura. Ele apanhou a poção e olhando para o casal, falou:
- Está pronta. Mas antes me de o localização do Dragão.
Elias pegou um mapa e fez um círculo sobre o local. Enrolou e entregou para Alexander.
- Saiba que se mentiram. Irei achá-los.
- Não é mentira.- Elias respondeu.
- A poção só vai durar uma noite. Boa sorte. - Ele falou ao entregar o recipiente e sair dali.
Leonor segurou a poça e mesmo temendo a bebeu. Seu corpo queimava de dentro para fora. Sua alma que antes brilhava azul. Agora reluzia vermelha.
Elias temendo a tocou e sentiu a pele quente de sua amada.
- Funcionou! - Ambos gritaram em uníssono. E logo se beijaram se entregando um para o outro.
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