O Casamento

Alexander estava sentado no baú a frente de sua enorme cama com dossel e tapeçarias de cor branca com brocados em dourado. Ele estava lindo usava um justacorp preto, camisa social Branca com um colete preto por cima e calças da mesma cor.
Seus cabelos negros estavam soltos e chegavam até a altura de seus ombros.
Ele se levantou e foi até uma penteadeira prateada que havia ali no quarto, ele abre a gaveta e retira de dentro da mesma, seu espelho de mão. Ele encarou o objeto por alguns segundos e em seguida falou:

— Mostre-me, Angeliny.

Angeliny estava vestida de noiva com um longo vestido branco com bordados. Um véu sobre a cabeça preso por uma tiara de Prata com pequenas pedras de brilhantes presas em sua circunferência.
Ela estava chorando enquanto a mãe tentava consola-lhe.

O pai de Alexander entra com seu ar imponente e com seus belos pares de olhos cinzas; o mesmo vestia um terno azul, colete e calças da mesma cor. Segurava uma bengala com um rubi preso no Cabo da mesma.
Ele se aproximou de Alexander que não desviava seu olhar do espelho.

— O que está fazendo filho? — o homem pergunta, tocado o ombro dele.

— Ela parece tão infeliz pai. — ele responde com certa tristeza em sua voz.

O pai dele dá de ombros e ajeitando à gola de seu terno, responde:

— Ela vai se acostumar, todas elas se acostumam cedo ou tarde.

— Eu não quero que ela se acostume, eu quero que ela goste da ideia de ser minha esposa.

— A filho. Isso vai levar tempo vosmicê sabe. — ele se aproxima de Alexander e continua — um dia ela irá entender que vosmicê fez um favor a ela, já pensou se Coll ou Jeff, tivessem conseguido colocar as mãos nela, não ficaria viva até o inverno.

— Eu sei, mas eu queria que ela soubesse disso também. mas a única coisa que ela sabe fazer e me culpar e se lamentar pelo McCartney. — ele respira fundo e prossegue — ela tem um sorriso tão lindo, e uma pena que ela esteja se afundando em lágrimas.

— Esqueça isso. Alexander, afinal já está quase na hora da cerimônia começar.

Alexander se levanta relutante. E guarda o espelho dentro da gaveta e segue para fora do quarto.

Ao chegar na casa de Angeliny, o Conde o recebe.

— Bom dia. Lorde Magnus e Conde Magnus.

— Como vai. Lady McKellen está pronta? — Alexander pergunta ansioso.

— Ela já está a caminho. — o pai de Angeliny, fala tristonho.

[…]

— Vamos filha. Temos que ir. — a mãe dela tenta converse-lhe.

— eu sei! — ele fala chorando. — eu só não queria ter que ir.

Ela olha para a mãe e segurando nas mãos dela, fala:

— Mãe eu preciso que me prometa. Que se Cristian algum dia voltar ou se a senhora tiver notícias dele, irá me avisar.

— Se isso a deixar em paz. Eu prometo. — a mãe dela se levanta. — agora vamos!

Angeliny se levantar na companhia de sua ama e de sua mãe, ela segue para sala.
Ao olhar para Alexander, seu semblante muda de tristeza para fúria. De certa forma ela pensava que ele não tinha culpa, pois, também estava sendo “obrigado”, a se casar com ela.

Todos entraram na Capela da igreja da cidade, o lugar estava lindo com seus bancos de madeira decorados com fitas de cetim dourado e branco elas serviam para amarrar as Rosas-vermelhas.

Um cumprido tapete também vermelho se estendia pelo corredor da capela até a ponta do altar, onde um padre vestido de batina branca esperava para dar início ao casamento.
Todos os convidados já estavam em seus devidos lugares. Alexander estava parado ao lado direito do altar, com seu pai é Seus padrinhos.
Angeliny entra na Capela, de braço cruzados com o pai. Ele a entregou para Alexander que deu um sorriso cálido de volta para o mesmo. A cerimônia seguiu; logo o padre já havia dito as últimas palavras em latim, em seguida deu a permissão para que Alexander, beijasse Angeliny.

O coração dela disparou, ela não queria ser beijada por ele. O que Alexander já sabia, ele então aproximou seu rosto do dela, mas não retirou o véu que lhe cobria a face. Angeliny fechou os olhos esperando já com repulsa o beijo que não veio. Ela apenas sentiu os lábios dele tocando sua testa por cima do véu, ela abriu seus olhos e encarou ele sem entender. Alexander apenas sorriu para ela, de maneira educada segurou suas mãos e depositou um leve beijo sobre elas.

Todos seguiram em suas carruagens para a residência do Conde Magnus. O lugar era lindo. Havia um jardim enorme com estátuas de pedra na frente da mansão.

Uma estrada de tijolos levava até a enorme varanda talhada em madeira.

Ao entrar na sala que também era enorme. Angeliny se impressionou com a linda decoração, que era como da Capela, mas havia mais jarros de rosas-vermelhas. As paredes eram cor de feno com belas gravuras.

Os convidados se espalhavam pelo salão e cumprimentavam Alexander que sorria para todos. Chegaram se a ele os doze homens vestindo seus respectivos trajes de galã de cor preta usando suas cartolas da mesma cor.

— Lorde Magnus. Meus parabéns, nós do Conselho devemos confessar que pensamos que não conseguiria levar Lady Angeliny, até o altar — Mr. Emedor falou.

— Bem, senhor devo confessar que não foi tão difícil quanto pensei que seria — Alexander respondeu sorrindo.

— Bom, estamos de certa forma ansiosos para dar continuidade ao nosso plano, espero que consiga até lá domina-lá, pois sabe que todo nosso futuro depende disso.

— Sim. Eu estou ciente disto não se preocupe, eu os manterei informados de tudo que acontecer — Alexander concluiu.

Os homens se afastaram de Alexander e seguiram seu caminho até a saída.
Alexander se aproximou de Angeliny que estava parada encostada na parede ao lado da porta de entrada, com cara de poucos amigos.

— Então como vosmicê está? — ele perguntou tentando ser simpático.

— Como milorde acha? — responde tentando conter a irritação e as lágrimas que queria a todo custo sair de seus olhos.

Ela já não estava mais usando o véu apenas a tiara de brilhantes estava posta sobre sua cabeça. Alexander a olha de um jeito que ela não sabia decifrar.

Apesar que se tratando dele, ela não conseguiria decifrar as mais óbvias atitudes.

— Vosmicê aceita dar um pequeno passeio comigo? — ele pergunta tentando ser simpático.

Angeliny o encarou por alguns segundos e respondeu:

— Eu tenho escolha?

— Eu receio que não, Milady. — ele tenta conter o riso, por ver o semblante irritado a sua frente.

Ele estendeu o braço para ela, que aceitou relutante. Ambos sairão em direção ao enorme jardim que se estendia até ao lado da casa, caminharam até chegar e um pequeno bosque, tochas iluminavam o caminho até uma linda clareira, a noite era de lua cheia e a mesma estava em seu ápice, a grama verde se estendia como um tapete e sobre a mesma havia vários vaga-lumes com seus brilhos verdes, que mais parecia que as estrelas estavam sobre o chão.
Os Pinheiros cercando a Clareira trazia um ar fresco aos pulmões um cheiro adocicado que vinha das copas dos mesmos. Angeliny não queria admitir, mas a paisagem era linda.
Ela soltou o braço de Alexander, ele a olhou e disse:

— Sabe porque te trouxe aqui?

— Entre todos nossos poderes, ler mentes não está incluso no pacote. — ela fala mal-humorada.

Alexander ri do comentário.

— Vosmicê se lembra do que eu disse quando fui cortejar-lá, pela primeira vez?

— Não. — ela mentiu.

— Eu disse que queria ser seu amigo, lembra?

— Lembro-me. Lembro-me também que disse que não renunciaria a meus deveres matrimoniais. — as lágrimas já surgiam novamente em seus olhos.

— Sim. Eu disse isso, no entanto.

Ele se virou de frente para ela e segurado em suas mãos, a levou até o meio da clareira, e falou:

— Feche os olhos.

— Porquê?

— Apenas faça — apesar de ser uma ordem, sua voz era gentil.

Ela obedeceu e fecho os olhos, em seguida ele fala:

— Agora abra-os.

Quando Angeliny os abri a cena em sua volta a deixou surpresa, todos os vaga-lumes voavam em torno deles, Alexander soltou uma de suas mãos, e usava sua mão livre para controlar o movimento dos pequenos insetos a volta, Angeliny sorri com isso.

Ele com apenas um movimento fez com que os vaga-lumes formassem letras que em seguida formou o nome dela e uma frase na sequência que dizia:

“Angeliny, quer ser minha amiga”.

Ele voltou a olhar para ela enquanto os insetos voavam ao seu redor, e segurando seu queixo fez com que ela o encarasse.

— Angeliny, não vou obriga-la a fazer algo que não quer, não vou te obrigar a se deitar comigo, irei esperar até que vosmicê me queira. — ele fala com sinceridade, pois, ele queria primeiramente que ela confiasse nele.

Ela sorri com o que ele disse, óbvio que ouvir que ele não iria força ela a fazer amor era algo que a alegrava, no entanto, ela ri mais com ironia por ele pensar que ela iria, deseja-lo algum dia.

— Sei que pode até pensar agora que jamais vai me querer. — Ele desviou o olhar de dela.

Ela o olhou com espanto, pois, sabia muito bem que eles não poderiam ler mentes.

— Mas eu garanto que vai mudar de ideia, mas não será por força isso eu prometo a vosmicê. — Ele concluiu sorrindo.

Ela sorri de volta para ele, dessa vez com sinceridade, e falou:

— Obrigado milorde. Amigos então?

Ele assentiu com a cabeça e estendeu o braço para ela novamente que dessa vez aceitou sem relutância.

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