O Baile De Angeliny
Colônia do centro
Delaware
Angeliny acorda cedo, o sol entrava pela janela de seus aposentos fazendo com que tudo ficasse iluminado. Um toque na grande porta de madeira a faz olhar na direção da mesma, logo em seguida sua ama entra com um grande sorriso estampado no rosto.
— Bom dia minha criança, é hora de levantar hoje é seu grande dia. — Ela vai até à cama com dossel onde Angeliny ainda estava deitada e abre as cortinas cor de Rosa. — Vamos levante-se — ela amarra as cortinas.
Angeliny senta na cama e então a cumprimenta sorrindo.
— Bom dia, Ama. — ela se espreguiça
— Bom dia, Lady Angeliny, já é hora de se levantar hoje é seu grande dia.
Angeliny joga seus lençóis para o lado e se levanta. Ama vai até ela e a ajuda a tirar suas vestes e segue para a banheira de madeira revestida de betume.
A senhora havia preparado um banho de espuma como Angeliny costumava apreciar. Ela se banhava, enqanto sua ama escovava seus cabelos castanhos escuros, longos e ondulados.
Quando a moça termina de se banhar, ela segura a mão de sua Ama que a ajuda a sair, as roupas de Angeliny estavam em cima da cama a sua espera. A composição de um espartilho de cor branca que forá apertado pela Ama, juntamente com as pantalettes de botões em suas pernas. A crinolina para dar volume a suas vestes no lugar de anáguas pesadas.
Um pedaço de tecido triangular que a cobriam do peito até o estômago e era preso em uma abertura que havia do lado do espartilho, presas as ancas que era o que dava a perfeita silhueta e por fim foi lhe posto a seda do vestido de cor rosa pérola o busto foi enfeitado com fitas brancas de cetim para acentuar as formas levantado o moldado pelo espartilho.
Seus cabelos ficaram soltos, presos apenas com uma tiara de tranças na frente da cabeça, dando um ar angelical à moça.
Angeliny saiu do quarto e desceu a longa escadaria que dava acesso à sala de visitas onde os vassalos organizavam os arranjos de rosas para a hora do baile e colocavam as fitas e os castiçais em cada canto da casa.
Angeliny rodopiou de alegria no meio de todas aquelas flores.
— Bom dia minha filha, vejo que está feliz hoje — Elizabeth a cumprimenta, ela era linda seus cabelos castanhos escuros iguais aos de Angeliny, olhos azuis, pele branca, alta e magra.
— Como poderia não estar? Hoje é um dia muito especial, pois completarei meu décimo oitavo aniversário - ela vai até à mãe e segurando nas mãos dela sorri e fala — e o melhor é que depois de hoje poderei começar meu aprendizado na instituição de magia.
— Angeliny, fale baixo ou nossos vassalos vão ouvi-la. — sua mãe a repreende suavemente.
Angeliny segue para sala das refeições onde estava posto seu delicioso café da manhã. Ao se acomodar seu pai se aproxima dela e beija o topo de sua cabeça.
— Bom dia, minha filha — Anthony a comprimenta, ele era um senhor de pelo menos quarenta anos, pele clara, olhos verdes e barba negra serrada, um pouco mais baixo do que a mãe de Angeliny.
Ele senta em sua cadeira na ponta da mesa e a mãe de Angeliny se junta a eles sentado na lateral ao lado de seu marido.
— Então minha filha, está animada com o baile de logo mais a noite? — Anthony pergunta
— Sim, estou muito meu pai.— ela diz dando um leve gole em seu chá.
— Sabe viram muitos cavaleiros de colônias distantes para conhecê la. — ele fala erguendo uma sobrancelha
— Eu imagino que sim, senhor meu pai. Entretanto devo dizer que não tenho interesse em nenhum deles — ela sorri e come um pedaço de bolo.
— Como pode afirmar isso sem conhecê-los primeiro?
Angeliny então compreende que seu pai está tentando fazer e responde:
— Meu pai, o senhor por alguma razão pretende me apresentar a alguém?
— Bom já que perguntou, tem o filho de um amigo que...
A mãe de Angeliny fingiu uma tosse, Anthony a olhou com repreensão e ela abaixa a cabeça, mas ele compreende e nada mais fala. Eles terminam seu desjejum e Angeliny pedindo licença se retira para o Jardim.
Anthony observa a moça sair, olha para sua esposa e pergunta:
— O que deu em vosmicê mulher para me interromper? — ele fala irritado, mas contendo a própria voz para que seus vassalos não o ouvissem.
— Perdão, marido. Só que eu achei melhor vosmicê não dizer a Angeliny sobre o filho do Conde. Melhor o senhor esperar até ela conhecer ele hoje no baile.— ela fala de cabeça baixa.
— E porque achas isso?
— Marido, o senhor conhece nossa filha se ela apenas desconfiar que pretende casá-la o que pensa que ela fará?
— Vosmicê tem razão mulher, vamos deixar que ela o conheça por conta assim evitamos uma cena — ele sorri, mas voltando a ficar sério logo em seguida fala — mas nunca mais me interrompa, afinal que modos vosmicê vai acabar ensinando a nossa filha.
Ele se retira. Angeliny passeava pelo belo jardim admirando as belas Rosas e o lindo bosque que havia ali, seu lugar favorito era um velho Carvalho cujo embaixo havia um banco de madeira Angeliny gostava muito deste lugar para praticar leitura.
Angeliny com a ajuda de sua Ama terminava de colocar seu belo vestido Dourado de saia rodada e mangas bufantes com babados brancos nas pontas, bordado a mão com estampa florida, seu cabelo estava preso em um coque de tranças com uma tiara de brilhantes, brincos de brilhantes e um colar de Prata com um pingente de medalhão.
Ela desce as escadas lentamente e todos os olhos se voltam para ela e a casa estava cheia de donzelas e rapazes pessoas socialmente importantes.
O pai de Angeliny acena para a filha e ela segue até ele, que estava na presença de outro homem baixo de cabelos e barbas brancas Angeliny o reconheceu era o médico da Colônia o doutor John McCartney, mas havia um rapaz do seu lado que estava de costas para Angeliny. Ela então se aproxima e fala:
— O senhor, meu pai, me chamou?
— Sim, minha querida. Certamente vosmicê se lembra do Doutor McCartney? — ele pergunta com um sorriso no rosto e aponta para o homem em sua frente.
— Claro, como não — ela fala se virando e cumprimentando, estendendo a mão que o homem logo segurou e depositou um leve beijo em seu dorso.
— Bom e certamente a senhorita não deve se lembrar de meu filho — o doutor aponta para o rapaz que estava ao seu lado.
Agora Angeliny pode vê lo por completo e de fato ele era lindo, olhos azul-índigo, pele branca e cabelos loiros que estavam amarrados em um rabo de cavalo, o mesmo vestia um fraque preto com botas da mesma cor, ele estende a mão para Angeliny que segura. Em seguida ele beija o dorso da mão dela, e fala:
— Cristian McCartney, encantado em conhecê-la, milady. — ele sorri e Angeliny tinha que confessar que ele tinha um belo sorriso.
— Igualmente, Senhor. — ela evitou sorri abertamente e abaixou os olhos para não encarar aquele olhar intenso que ele tinha.
— Bom — o pai de Angeliny começa — o filho do Senhor McCartney acabou de chegar de viagem. Ele estava estudando em Florença, na Itália. E eu estive pensando que talvez por gentileza vosmicê pudesse conceder uma dança a ele.
A ideia não a agradou ela só esperava que o pai não quisesse casa-la, pois, isso era a última coisa que queria mesmo assim por educação respondeu:
— Claro, meu pai como desejar — seu rosto dizia o contrário, mas ninguém além de Cristian percebeu.
Ele estendeu a mão para ela que com relutância aceitou e ambos seguiram para o meio do salão a música era lenta eles entrelaçam as mãos no ar, mas se as tocarem, Cristian fala:
— Então milady, se acha boa demais para me conceder uma dança por livre e espontânea vontade, não é?
— Eu estou aqui! Não estou? — Ela responde mais ríspida do que desejava.
— Bem, não precisa se preocupar milady, pois eu também só estou dançando com a senhorita por educação - ele fala cinicamente.
— Como é?
— Oras não se ofenda. É que eu sou do tipo que só gosta de mulheres bonitas — ele fala com um sorriso cínico.
Eles começam a valsa, Angeliny olha bem nos olhos dele e de forma atônita fala:
— Perdão, mas o senhor está me ofendendo? Como ousa dizer que não sou bonita?
— Eu imagina, de maneira nenhuma — ele a rodopiar, e sem que ela perceba ele ri e conclui — todavia, permita-me fazer uma pergunta?
— Faça — ela diz exasperada
— Por um acaso a senhorita possui um espelho em seus aposentos — ele fala sorrindo.
Angeliny para a dança e o encarou boquiaberta, de forma abrupta ela afastou suas mãos das dele e com fúria o responde:
— Isso é ultrajante! Como ousa me ofender? Sua criatura mal-educada!
Dito isso ela girou em seus calcanhares, e saiu andando de passos firmes sem olhar para trás. Deixando Cristian com seu ar debochado para trás.
Por quem ela passava cumprimentava com um lindo sorriso, mas ao se lembrar de Cristian logo o sorriso dava lugar a raiva, ela então seguiu para o único lugar onde poderia ter um pouco de paz, para o jardim.
Conde Anthony McKeller, procurava com os olhos por sua filha que depois de dançar com Cristian havia sumido da vista. Até ele ver um velho amigo e assim se aproximar para cumprimentá-lo.
— Conde Magnus. Que prazer em vê-lo.
O Conde um homem de quarenta anos, alto branco de barba serrada e cabelos negros, trajando um fraque Preto com uma cartola sobre a cabeça, se vira de frente para ele e com um sorriso e aperto de mãos responde:
— Como poderia rejeitar tal convite meu amigo, como vai à família?
— Bem, muito bem e seu filho, Alexander, como está?
— Está ótimo, chegou hoje de viagem, só não veio ao baile, pois estava muito cansado.
— Eu compreendo que viajar nessas embarcações não é de todo agradável, mas o que o amigo me diz de nos unirmos amanhã para um chá, traga o jovem lorde para conhecer minha adorável filha.
— Claro, será um prazer, mas se me permite onde ela está?
Angeliny andava de um lado para outro no jardim, brava com a ousadia de Cristian como aquele bastardo ousou ofendê-la daquela maneira em público.
Ela vai até o banco de pedra e sentou respirando fundo, mas leva um susto ao sentir uma mão tocar seu ombro, ela dá um salto e olha para trás para ver um Cristian que agora parecia mais comportando.
— O que está fazendo aqui, senhor? Por um acaso veio insultar-me novamente?
— Não de forma nenhuma, senhorita, na verdade, vim para me desculpar.
— Como é? — ela pergunta irritada.
— Ou Por favor, milady, tente se colocar em meu lugar a senhorita estava agindo de maneira muito... — ele dá uma pausa.
— Muito o quê? — ela pergunta balançando as mãos no ar de forma irritada.
— Mimada.
— Se eu sou mimada, o senhor é um bufão! — ela fala revoltada.
— E a senhorita tem total razão.
— Como é? — ela não podia acreditar que ele concordou com ela.
— A senhora tem razão, eu me comportei muito mal. Por isso quero me desculpar. — ela fala com sinceridade.
Angeliny então se desarma responde:
— Alguém por um acaso o obrigou a vir aqui?
— Só minha consciência.
— Ora então, afinal o senhor possui uma? — ela fala tentando conter o riso.
— Apesar de não ser notável. Sim, eu possuo uma, e ela não me deixaria dormir hoje à noite sabendo que a fiz crer em uma mentira. — ele fala e abaixa os olhos tentando conter o riso.
— Mentira? Que mentira? — ela pergunta curiosa.
— A de que, a senhorita não é bela? Só um tolo diria isso. — ele a olha nos olhos.
Angeliny abaixa a cabeça e sorri tentando não parecer sem graça com o galanteio.
— Como posso crer que agora diz a verdade, senhor? — ela pergunta o olhando singelamente.
— Como disse antes, sem dúvidas a senhorita possui um espelho, não? — ambos riem.
— A senhora poderia me dar a oportunidade de tentar de novo dessa vez da maneira certa. Me conceda outra dança. — ele faz um cumprimento para ela estendendo-lhe a mão.
— Com todo prazer. — ele segura a mão dele.
Ambos foram para o salão e dançaram a noite inteira conversando e rindo Cristian era de fato muito engraçado qualidade que Angeliny sem dúvidas admirava.
Ela só não sabia que seu pai a observava de longe. O baile acaba, Cristian se despede de Angeliny beijando o dorso de sua mão e vai embora junto de seu pai.
Angeliny sobe para seu quarto e sua Ama a ajuda a se preparar para dormir.
Ao se deitar, Angeliny não parava de pensar no belo cavaleiro com que sua maravilhosa noite, mal sabia ela o que a aguardava no dia seguinte.
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