Lilian preparou uma cesta com frutas e roupas limpas, e sem o conhecimento de Alexander, ela seguiu para ala da prisão.

Ao se aproximar de uma das celas ela o chamou:

- Pai.

Pierre sorrindo se virou para ela. - pensei que não viria hoje.

- Estava ocupada. - ela falou ao lhe estender algumas roupas e frutas.

- Bonito colar, onde o conseguiu? - ele perguntou ao morde um pedaço de maçã.

Lilian sorriu tímida. - Bem, é uma das razões pela qual demorei. O senhor se lembra do lorde Magnus?

- Sim. Sei quem é, mas o que tem ele? -  ele perguntou encostando na parede da cela.

- Pai... é... - Ela gaguejou.

- Não divague Lilian.

- Ele pediu minha mão. - ela falou rápido.

- Ou... é mesmo? Isso é uma grande notícia. E pelo visto vosmicê aceitou?

- Aceitei. E é bem provável que ele venha falar com o senhor.

- Fico feliz ele é um ótimo partido. Mas filha eu tenho que perguntar. Ele já sabe sobre seu envolvimento com o...

- Não. Esse é o problema. Tenho certeza que quando ele descobrir nunca vai me perdoar. - ela segurou o desejo de chorar.

- Então é melhor contar, não acha? Será pior se ele souber pela boca de outra pessoa.

- Talvez. Mas sei que mesmo se eu contar ele vai me odiar do mesmo jeito.

- Acha que ele não vai perdoá-la?

- Pai. Tem uma coisa que ninguém além de mim é Mr Emedor sabe.

- Que seria?

- A esposa dele estava grávida quando morreu. - uma lágrima escorreu pela face dela.

- A Lilian. - ele se compadesseu.

- Agora entendi? Quando ele souber que eu fui a responsável pela carta que a levou a perdoar seu rival. Quando que eu tirei ele da prisão. Não haverá perdão para mim. - ela chorou.

- E mesmo assim aceitou casar se com ele?

- Eu não pude evitar. Eu o amo, e nunca senti por ninguém o que eu sinto por ele. Na primeira vez que ele pediu minha mão eu recusei. Mas foi muito difícil. Na segunda ele me disse coisas tão lidas. - Ela chorou e segurou na grade. - eu não pude dizer não. E eu sei que quando ele me odiar eu vou morrer por dentro.

- Filha. - Pierre se aproximou acariciando o cabelo dela. - a verdade é sempre o melhor caminho. Vosmicê sabe que a verdade nunca fica escondida por muito tempo.

- Eu sei. Mas não estou pronta para contar. - Ela se endireitou. - por isso Pai eu quero que faça algo por mim.

- O que quiser filha.

- Quando ele vier falar com o senhor... - ela chorou - não de sua bênção. Invente o que tiver que inventar, mas recuse conseder minha mão.

- Mas filha... isso não está certo.

- Por favor. Preciso que faça isso, eu não tenho coragem para fazer e sei que se me casar com ele. Quando a verdade vir a tona será um inferno. Por favor Pai. Faz isso por mim.

- Se é o que deseja. Considere feito.

- Obrigada. Eu tenho que ir agora. - ela secou as lágrimas e estampando um sorriso no rosto se foi.

Ela caminhou pelos corredores até a ala onde Cristian estava preso.

- Cristian. - ela o chamou.

Cristian sorrindo se pós de pé para recebê-la.

- Como vai minha amiga. Desculpe não poder convidar lhe para entrar. - Lilian forçou um sorriso. - O que houve? A algo errado?

- Não porque haveria? - ela falou ao entregar lhe as roupas restantes e as frutas.

- Porque a conheço. Aconteceu alguma coisa. - Ele falou ao apanhar as coisas.

- E que... Lorde Magnus está de volta.

- A... - Cristian suspirou exasperado. - Estranho ele ainda não ter vindo aqui.

- Nem tanto.

- Como assim?

- Ele me disse que não quer se vingar de ti e que vai deixá-lo viver com Angeliny quando ela voltar.

Cristian riu irônico. - E vosmicê acreditou nisso? Por favor Lilian. Porque ele faria isso?

- Simples. Ele resolveu seguir em frente. - ela abaixou os olhos.

- Tem algo que não está me contando. O que é? - ele lhe prescutinou o rosto.

- Ele me pediu em casamento.

Cristian riu surpreso. - sério? E tu disse não com toda certeza.

- Eu aceitei.

- Enlouqueceu. - ele falou sério ao passar a mão pelo cabelo. - sabe o que ele fará a ti quando descobrir que me ajudou ou pior quando descobri que é minha amiga e durante todos esses anos esteve me mantendo informado?

- Eu sei. Mas não posso evitar.

- Não me diga Lilian que foi estúpida o bastante para se apaixonar por ele?

Ela balançou a cabeça em confirmação. Cristian bufou de raiva e bateu com as mãos nas grades.

- Lilian. Estou sem palavras. Bom a única coisa que posso fazer é prometer que não direi nada a ele.

- Obrigada. Sabia que mesmo depois de tudo podia contar contigo.

- É. Porém ainda tem mais uma pessoa que sabe. Mr Emedor e algo me diz que ele não vai exitar em contar.

- Emedor não me fará nada. Se eu não me envolver com ele.

- Pois bem. Boa sorte com seu noivo. - ele balançou a cabeça em negativa. - mas tirando isso. Há alguma informação útil para mim?

- Alexander vai anunciar hoje para o conselho tudo o que descobriu na viagem.

- Ótimo. Se não for pedir muito. Me mantenha informado.

- Pode deixar. - ela apertou a mão dele. E se virou para sair.

- A Lilian. - ele a chamou fazendo com que ela o olhasse por sobre o ombro. - tome cuidado.

Ela assentiu e seguiu seu caminho. No decorrer do dia ela avisou para os membros do conselho sobre a reunião que Alexander estava preparando. E todos confirmaram presença.

Ela seguiu para a biblioteca onde ficou até o horário marcado. Alexander foi em busca dela, e a encontrou debruçada sobre os livros.

- Atrapalho? - ele perguntou ao entrar.

- Nunca. - ela se pós de pé para recebê-lo.

Ele se aproximou e fechou o livro que ela estava lendo.

- Está quase na hora da reunião. Quero que venha comigo.

- Eu tenho muita coisa para fazer ainda e...

- Isso me parece uma desculpa. - ele sempre serrou os olhos.

Lilian sorriu- não é uma desculpa.

Ela deu a volta na mesa parando de frente para ele. Alexander a olhou com intensidade e ao se aproximar se pós entre as pernas dela.

- Preciso que esteja comigo. - ele a abraçou pela cintura.

Lilian suspirou e encostou seu rosto na curva do pescoço dele.

- Alexander... - ela sussurrou. - aconteça o que acontecer saiba que te amo. Mais do que a mim mesma.

Ele sorriu. - Eu sei. - ele gentilmente a afastou.

Lilian sorriu tristonha. E ele reconhecedo que havia algo errado, perguntou:

- O que foi? Vosmicê está triste com alguma coisa.

- Eu estou bem. - porém uma lágrima escorreu pela face dela.

Alexander com o polegar capturou a pequena lágrima.

- Lilian está me deixando preocupado. Me diga o que tem de errado.

- Eu só... estou pensando.

- No que?

- Que nunca suportaria perdê-lo.

- Vosmicê não vai me perde. - ele sorriu. - E se quiser pode ver o futuro. Afinal no que depender de mim. Ficarei ao seu lado para sempre.

Lilian sorriu. - Eu sei. Bom... - ela secou o rosto com a palma das mãos - É melhor irmos então.

- É sim. Minha princesa. - quando Lilian tentou sair. Ele a perdeu. - mas antes.

Ele a beijou com ternura. Para ele o medo dela se resumia a Angeliny. Pois ela voltaria e sem dúvidas isso abalaria o relacionamento dos dois. Porém  o que dependia de Alexander. Ele não magoaria Lilian para voltar com Angeliny. Isso nunca.

Afinal ela o amava e o priorizava acima de tudo. E isso para ele era o que importava.