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O pai de Angeliny chega em sua casa, e ao se sentar em sua cadeira, Angeliny se aproxima preocupada.
— pai, como foi? — ela se senta na cadeira de descanso.
— Helena! — o pai de Angeliny, grita por sua esposa.
Helena surge vindo da sala de pintura ao lado.
— chamou-me? Marido. — ela pergunta se sentando ao lado de sua filha.
— sim. Receio eu que não trago boas novas.
— o que o conselho queria? — a mãe de Angeliny, pergunta.
— Angeliny. — ele olha para ela de forma triste. — infelizmente seu compromisso com o senhor McCartney esta anulado.
— o quê? Como assim pai? — Angeliny se espanta ao ouvir essas palavras, ela olha para sua mãe que estava tão surpresa quando ela.
— o conselho concluiu que para salvar nosso povo e necessário. Que nossos filhos conjuradores se unam em matrimônio!
— mas pai o senhor disse a eles que já estou noiva, não disse? — Angeliny pergunta preocupada.
— eu disse filha, no entanto, eles não quiseram ouvir, disseram que seu compromisso é com seu povo.
— não! — Angeliny já sentia as lágrimas escorrerem por sua face. — não por favor pai… — ela olha para a mãe, suplicante.
— eu lamento filha, mas seu compromisso com o senhor McCartney acabou a partir de hoje.
— o senhor não pode! — Angeliny grita e se coloca de pé, as lágrimas escorriam de seus olhos sem cessar. Ela sentiu um aperto em seu peito que lhe causou falta de ar. E ofegante ela conclui — o senhor deu a sua palavra a ele! Não pode retroceder!
— o que o conselho decide é lei, Angeliny! — Seu pai se altera. — isso não é o que eu queria para ti, mas é o que devemos fazer.
Angeliny ia correr em direção as escadas, mas ao ergue os olhos molhados, ela vê Cristian que estava parado ao lado da porta de entrada, e ele por infelicidade havia ouvido tudo.
— Cristian! — Angeliny fala, levando seus pais a olharem em direção a porta.
— meu jovem, eu lamento. — o Conde fala com pesar.
— o senhor me prometeu! — ele fala com dificuldade.
— o conselho decidiu, que minha filha deve se casar com um conjurador para que assim nosso povo tenha uma oportunidade. A escolha não foi minha.
— todos sempre temos uma escolha! — ele fala com a voz rouca e olha para Angeliny que se desmanchava em lágrimas. — eu trabalhei todos esses dias por sua filha…
— eu sei. — o Conde o interrompe — e eu pagarei os dias que trabalhou para mim.
— eu não quero vosso dinheiro! — Cristian ergue a voz — quero que cumpra com o combinado! Eu trabalhei por vossa filha, e para mim ela é mais valiosa do que qualquer contia que possa me dar!
— eu lamento, mas a partir de hoje, seu compromisso com ela está desfeito.
— não! Eu não vou aceitar isso! — ele grita nervoso. E tenta se aproximar.
— sim, o senhor vai. — o pai de Angeliny estende a mão formando uma barreira protetora — Se ama verdadeiramente minha filha, deixe-a em paz.
Cristian com os olhos marejados olha para Angeliny que balança a cabeça em negativa.
— por favor pai… — Angeliny súplica.
— não! E eu devo pedir para que vá embora meu jovem.
Cristian com muito esforço se vira para a saída, mas ainda pode ouvir a voz de Angeliny.
— por favor Cristian não vá…
Como atender o pedido de sua amada? Ele se perguntou ao montar em seu cavalo saindo em disparada.
Angeliny não conseguia dizer mais nada. Apenas subiu correndo as escadas, esbarrou em sua ama no meio do caminho, mas pouco se importou. Seu coração parecia diminuir em seu peito, era como se uma mão estivesse esmagado-o, as lágrimas estavam impedindo ela de enxergar, ela soluçava tanto que sentia a falta de ar em seus pulmões.
Ele entra em seu quarto e se joga em sua cama.
[…]
Cristian cavalgava por meio as árvores, ele se controlou para não chorar na frente do Conde, mas agora as lágrimas que ele tanto tentou conter, escorriam por sua face sendo espalhadas por suas bochechas com o vento.
Ele não estava diferente de Angeliny, seu coração parecia pequeno e seu corpo estava trêmulo, um misto de raiva e tristeza tomava conta do seu ser. Uma dor inexplicável que doía, mas não fisicamente, era como estar vivo e morto ao mesmo tempo.
Mas não importava o que o pai de Angeliny tivesse dito ou o que o conselho queria. Ele jamais renunciaria a sua amada.
Ele esperou a noite gélida chegar, e em meio a escuridão ele montou em seu cavalo e foi em direção a casa de sua amada.
Angeliny estava na sacada de seu quarto, ela olhava as estrelas enquanto chorava.
Ela não reparou na presença de Cristian que se esgueirava por entre os arbustos.
— Angeliny. — ele a chamou alto o suficiente para que só ela o ouvisse.
— Cristian, es tu? — ela pergunta esperançosa.
— sim meu amor, sou eu. — ele sai da escuridão deixando a lua iluminar seu rosto.
— espere, não saia daí já estou a caminho. — ela sussurra.
Angeliny apanha seu robe cor de vinho de cima da cama, e a veste por cima do seu espartilho. Ela desce as escadas de forma rápida e silenciosa, com um pouco de esforço ela abre a porta de entrada.
Ao chegar no Jardim ela vê Cristian sentado no banco em baixo do Carvalho. Angeliny se aproxima dele que se levanta e a recebe com um abraço caloroso, ele se afasta alguns centímetros e tocando-lhe a face ele toma os lábios de Angeliny em um beijo delicado mais urgente.
— meu amor. — ele fala encostando sua testa na dela.
Ambos estavam de olhos fechados e mãos dadas, e seus corações partidos.
— o que faremos? — Angeliny pergunta se afastando para sentar se no banco.
— eu não sei. — Cristian responde se sentando ao seu lado — mas nós daremos um jeito nessa bagunça.
Ele toca o queixo dela, fazendo com que ela o encare.
— eu vim para lhe dar um presente.
Ele pega de dentro de seu bolso um colar com um pingente de medalhão dourado.
Cristian segura a mão de Angeliny e deposita o objeto na palma dela.
— é lindo. — ela sussurra.
— eu ia lhe dar depois de nos casar, no entanto… — ele se cala.
Angeliny abre o fecho do medalhão e se emociona ao ler a inscrição contida em uma das metades.
— que nosso amor nunca seja tirado de nossos corações. De Cristian para Angeliny 1692. — ela com lágrimas nos olhos pergunta — esta se despedindo de mim?
— não de forma alguma. — ele a abraça e ao se afastar conclui — estou te fazendo uma promessa.
— como assim?
— meu amor por ti Angeliny e como o amanhecer e o anoitecer, por mais que alguém tente não pode evitar que o sol nasça ou que a lua apareça. Do mesmo modo ninguém poderá me impedir de ama-la e de lutar por ti.
— mas vosmicê esquece-te de que em alguns dias as nuvens encobrem o sol e que nem todas as noites possuem luar. — ela seca as lágrimas que escorrem por sua face.
Cristian pega o colar e indo para trás de Angeliny, ele prende o medalhão em seu pescoço, e fala perto de seu ouvido.
— mesmo quando as nuvens cobrem o sol e possível ver sua luz e mesmo em noites sem luar ainda teremos o brilho das estrelas. Meu amor por ti não é frágil. Eu lutarei por ti se me disseres que sente o mesmo.
— o sentimento é recíproco, eu lhe amo.
Cristian segurando nas mãos dela a levanta, ele beija seus lábios calorosamente, e se afastando fala:
— eu tenho que ir. Mas não se preocupe quando sentir minha falta ou se sentir sozinha olhe para o céu e sabia que eu também estarei olhando para ele.
— quando o verei de novo?
— em breve. Tentarei resolver nossa situação.
Ele se despedi e some em meio a escuridão.
Angeliny entra escondida em casa fechando a porta por trás de si.
Ela segue para seu quarto e ao se deitar toca o colar em seu pescoço e olhando em direção a janela ela observa a lua.
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