Lílian

Bonus

Rebecca chegou na sede do conselho pela manhã. Seus cachos estavam esvoaçandos e seu rosto enfurecido. Como um furacão ela passou pelas portas.

— Mr. Emedor! Preciso falar-lhe! — Ela gritou para o homem que estava de costas para ela. Conversando com Pierre.

— Senhora McCartney, o que faz aqui? — Emedor pergunta ao se virar para ela.

— Cristian ele fugiu. Uma mulher negra apareceu e o levou com sigo... — Ela fala rápido aos gritos.

— Acalme-se. — Ele a interrompe. — Agora fale com calma.

Ela respirou fundo — Uma criada foi até nossa casa, dizendo ela que estava indo a mando do conselho. O coração dele foi devolvido e...

— Ela devolveu o coração dele? — Emedor pergunta.

— Eu não sei. Se foi ela... eu sei que ele estava com seu coração, ele tentou apagar a minha mente e as coisas estão meio confusas. — Ela gagueja começando a chorar. — Eu quero matar aqueles desgraçados por ter feito isso. — Ela esconde o rosto com as mãos.

— Acalme-se. — Emedor faz sinal com as mãos para Caius que se aproximou. — Leve a senhorita para uma das acomodações do castelo, para que se recomponha.

— Mas e Cristian? — Ela pergunta entre soluços.

— Não se preocupe, vamos encontra-lo.

Caius leva Rebecca para longe deles. Pierre se coloca na frente de Emedor.

— O senhor não pensa que foi Lilian? Pensa?

Emedor segura no ombro dele. — Eu lamento, mas tudo indica que sim. Ela desapareceu, e o coração também. Só podemos deduzir que tenha sido ela.

— Eu não acredito que ela faria isso.

— Acredito que pensa isso, pelo fato dela ser sua filha bastarda. — Ele constrange Pierre.

— Tem razão, talvez seja por isso. Oi talvez seja por que eu verdadeiramente me importo com ela.

— Ela é uma escrava.

— Ela é minha filha. E eu acredito que não tenho que lembra-lo o por que de protege-lá. — Ele encara Emedor.

— Não é necessário. Mas ela esta interferindo em uma questão do conselho e será punida por isso.

— Perdão mas não me parece muito preocupado com isso. — Ele semi-cerra os olhos.

— Tem razão. Não estou. Pois sei que Cristian ira usar magia, e quando usar, eu o capturarei. — Ele se vira para sair. — E eu surgiro que quando isso acontecer, cuide para que sua filha esteja longe.

[...]

Cristian e Lílian chegarão na floresta Lynn pela manhã. Ao terminar de montar o acampamento, Cristian foi preparar a caça.

Ambos se sentaram para comer. — Lílian. — Cristian chama a atenção — Agora quero que me diga a verdade. Por qual motivo quiz vir comigo?

— Eu quero liberdade, quero viver minha vida. Nem que para isso eu tenha que viver fugindo. — Ela omitiu a verdade.

— Mas acredito que seu pai não ira gostar de saber disso.

— Não me importa o que ele gosta. Tu não sabes a metade de tudo que ele fez. — A mágoa era evidente em sua voz.

— Me conte. Se não for pedir muito. — Ele se acomoda no tronco ao lado da fogueira.

— Eu não sei ao certo como tudo acoteceu entre ele e minha mãe. Mas vou te contar o que eu sei.

Ela senta na frente dele.

— Eu tinha cincos anos naquele tempo. Minha mãe e eu, vivíamos em uma fazenda de escravos, no Mississipi. Eu nasci ali. Ela raramente falava do meu pai. Tudo o que eu sabia a respeito dele, era que era um bom homem que a amou muito.

" Nossa vida na era facil. A situação era precária. Minha mãe adoeceu, a deixaram na senzala, abandonada. Eu temia pela vida dela.

Certa manhã nosso senhor de escravos veio até nós, ele nos disse que um homem desejava ve-la.

Ele me levou para fora, e Pierre entrou, ele estava mais jovem do que é agora. Eu não sei sobre o que conversaram.

Ele a deixou só, e se aproximou de mim. Vi em seu olhar a tristeza e singelas lágrimas que a muito custo ele prendia. Pierre se ajoelhou na minha frente, e disse:

— Lamento.

Eu chorei, pois entendi que havia perdido minha mãe. Ele me comprou e me levou para sua casa, onde cresci como criada e serva da senhora.

Ela me odiava. Pierre sempre me defendia, me protegia dos castigos severos.

Quando completei dezesseis anos. Fui ajudar a minha senhora em seus aposentos. Enchi um taça com água, mas sem querer a derramei sobre ela.

Rapidamente apanhei um lenço e tentei secala. Ela me esbofetiou,  eu cai chorando no chão, implorando por perdão. Quando ela começou a denegrir a memória de minha mãe.

Cada palavra ofencisa que ela proferia me irritava, mágoava. Eu queria matar-lhe e vê-la queimar.

A água no chão entrou em combustão. As labaredas subiram pela parede queimando as cortinas e a cama.

Eu chorava em desespero e irá. A mulher de Pierre gritava comigo. Me mandava parar. Quando Pierre invadiu o quarto. Ele se pos na minha frente. Segurou na minha face, e disse:

— Fique calma criança. Respire. Eu estou aqui para ti.

Ele me abraçou e o fogo se apagou. Naquele mesmo dia, ele me contou toda verdade. Me revelou que eu era sua filha, e me contou sobre meus poderes.

Depois do incidente, a esposa dele, ordenou que eu fosse vendida ou coisa pior.

Pierre me levou para o conselho, me apresentou como sua criada e me ordenou que nunca revelasse a verdade sobre minha origem. todos me aceitaram. Eu podia assistir as aulas escondidas.

Porem, certo dia Caius se aproximou de mim, e tentou me tocar. Para me proteger eu disse que se me tocasse Pierre o mataria.

Ele com desdem me respondeu:

— Pierre jamais sujaria as mãos por uma criada.

Eu não me contive, e gritei que não era uma criada qualquer e sim, filha dele.

Emedor ouviu. Enfurecido convocou Pierre que confirmou tudo.

Naquele dia Emedor falou; que era proibido a mistura de sangue magico com comuns. Ainda mais se a comum fosse uma escrava.

Emedor deu a ele uma escolha. Eu me matava ou apagava minha memória. Eu me esqueceria que ele era meu pai. E parte da minha história ficaria em branco.

Emedor aceitou, antes que eu entrasse na sala ele me deu essa pulseira. Não sei o que houve depois. Porem não esqueci de coisa alguma. Apenas fingi esquecer.

Pierre passou a me distratar. Eu me tornei invisível para ele.

Por essa razão. Não me importa o que ele pensa. Quero ser livre, e para isso devo te ajudar".

Cristian estava atônito — Então Pierre se apaixonou por uma escrava?

— E o que parece. Mas nem eu mesma sei. Creio que isso seja tudo o que precisa saber. Está satisfeito.

— Estou. Por enquanto. — Ele sorri para a moça triste em sua frente.

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Esse capitulo foi só para explicar o que houve com a "esposa" do Cristian. E contar um pouco da vida da Lílian.

Espero que tenham gostado.






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