Lágrimas No Jardim A Meia-Noite
Faltava apenas alguns minutos para meia-noite, Angeliny terminou de arrumar sua bolsa, ela apanha sua capa cinza e a coloca sobre suas costas.
Sorrateiramente ela sai de sua casa e segue para o Jardim. A noite era sem lua, e Angeliny não se pode dar ao luxo de levar uma tocha para iluminar o caminho.
Ela senta-se sobre a grama encostando se no troco da árvore atrás de si. As árvores a cercavam é o cheiro petricor inundava seus pulmões.
A noite seria silenciosa se não fosse o som dos grilos. E os mosquitos que zuniam em seus ouvidos. O coração dela batia acelerado em ansiedade.
Distante dali, Alexander estava em sua sacada. Ele monitorava Angeliny com seu espelho.
O tempo passou, o frio da noite se fez presente assim como a neblina. Angeliny sentiu seu coração apertar, ela estava triste, mas também preocupada, o que poderia ter acontecido para que seu amado não tivesse chegado?
Lágrimas escorreram por sua face pálida.
— Cristian. — ela chamou o nome dele em um sussurro.
Ela pensou no que faria, se voltaria para casa ou fugiria só, o que não seria uma boa ideia. Ela se levanta um pouco dolorida pelo tempo que ficou imóvel. E segue para sua residência. Ao se deitar em sua cama ela chora até adormecer.
[…]
O sol entrava pela janela do quarto. Angeliny abre seus olhos com dificuldade sentindo suas pálpebras doerem.
— bom dia, senhora. — sua ama ao entrar no quarto a cumprimenta.
— como vai ama. — Angeliny pergunta olhando para a senhora a sua frente.
— bem. — a mulher responde sem olha-la.
Angeliny reparou que sua ama estava chateada, talvez pelo modo como ela a tratou. Sendo assim a mesma se levanta e se aproximando dela, toca em seu braço, e fala:
— ama, sei que fui rude noutro dia, e peço perdão. Mas não me trate com indiferença.
A ama olha para Angeliny que sorri manhosa.
— está bem! — a velha senhora exclama com as mãos erguidas — como poderia ficar chateada com a senhorita.
— bom saber. — Angeliny sorri. — agora me ajude com essa veste.
Angeliny fala apontado para seu espartilho e se vira de costas.
— pretende sair? — ama pergunta ao atar o nó.
— sim. Tenho um algo para resolver.
Angeliny descia as escadas, trajando um belo vestido de cetim rosa, e sobre seus braços uma capa com capuz de cor branca.
— bom dia, filha. — o pai dela cumprimenta.
— bom dia. Pai o senhor poderia me permitir usar o coche hoje? — ele faz cara de inocente.
Mas o Conde desconfiado, questiona:
— e para que o quer?
— quero dar um pequeno passeio no vilarejo, aproveitar meus últimos dias de liberdade. — ela abaixa os olhos.
— filha. — ele olha para ela com ternura.
— por favor pai. Como um último pedido. — ela volta a olhar para ele.
— último pedido? — ele tenta segurar o riso — filha, vais se casar, não ser executada.
— e no final todo não se torna a mesma coisa? — ele força um sorriso, que leva seu pai e rir também.
— está bem. Pode ir, si, levar sua ama contigo.
— está bem pai. Obrigado.
[…]
— senhora, para onde estamos indo? — ama pergunta olhando pela pequena janela.
— eu preciso averiguar algo. — Angeliny fala sem olhar para a mulher a sua frente.
— senhora! — ama a chama atônita — não pretende fazer o que estou pensando, pretende?
Angeliny sorri, e com sarcasmo responde:
— como posso saber o que está pensado, ama?
— ou. Não me diga que vais atrás dele. — ele semi-cerra os olhos.
— dissestes para mim não dizer. — ela sorri.
— senhora! Não pode fazer isso! — ama a repreende.
— tarde de mais. — Angeliny responde risonha.
A carruagem para. Angeliny coloca sua capa e cobre os cabelos com o capuz, e enquanto desce da carruagem, sua ama coloca a cabeça para fora da porta, é cochichando diz:
— senhora volte aqui!
— espere-me aqui! — Angeliny fala ao seguir para residência a sua frente.
A casa de Cristian, era grande de dois andares a fechada era branca, as portas pretas feita de madeira, as janelas eram de vidro.
Angeliny sobe os três degraus a frete da porta e bate na mesma. Ela pode ouvir passos vindo de dentro da residência. O barulho das trancas sendo abertas.
O rosto do pai de Cristian, apareceu pela fresta.
— não estamos atendendo! — ele fala com a voz rouca e um olhar amedrontado.
— perdão! — Angeliny ergue um pouco o capuz, para que o homem pudesse ver seu rosto. — mas não vim me consultar.
Por incrível que fosse o homem a sua frente não parecia surpreso.
— lady McKellen, não deveria estar aqui! — o homem puxa a porta para mais perto de si.
Angeliny estranhou a reação do senhor, ele parecia assustado, falava medindo as próprias palavras, e seus olhos vermelhos davam a intender que havia chorado.
— eu sei que não deveria estar aqui. Mas preciso ter notícias de seu filho.
— Cristian… — o homem fala com lágrimas nos olhos — ele teve que deixar o vilarejo.
— deixar? — Angeliny sente seu coração aperta. — mas para onde ele foi?
— eu não sei. — o homem fala e olha para dentro da casa. Em seguida volta a olhar para Angeliny e conclui — mas se a senhorita realmente se importa com meu filho, deixe ele em paz.
— mas…
— por favor! — o homem a interrompe — sua presença faz mau a ele.
Ele bate a porta. Angeliny estava triste e confusa. Cristian jamais deixaria ela para trás, ou deixaria? Ela volta para a carruagem e ao se sentar, ela abaixa o capuz.
— o que houve, milady? — ama pergunta preocupada.
Angeliny nada consegue responder, apenas balança a cabeça em negativa, já deixando as lágrimas escorrerem por sua face.
Ao fechar a porta de sua casa, o pai de Cristian, olha para o homem atrás de si, e fala:
— está feito! Fiz o que me mandou. Agora me leve até meu filho!
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Então o que acharam?
Vote e comente.
Agradeço também o carinho e a atenção que @_May_6489 tem me dado até aqui. Obrigada pela força.
E para quem quiser conhecer um livro novo, eu recomendo a obra dela👇😊 tenho certeza que vão amar tanto quanto eu.
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