Humilhação

Por onde Lilian passava havian cochichos e fofocas. Por várias vezes ouviu cantadas e convites nojentos.

Seu pai. Por mais que a amasse, nem mesmo ele acreditou nela. Apenas Coll se mantinha ao seu lado. Apoiando e consolando a nós momentos mais difíceis.

- Lilian. - ele a chamou enquanto ela arrumava os livros.

- O que foi?

- Porque não viaja. Vá para longe se afaste de tudo isso.

- Coll. Eu agradeço a preocupação. Mas para onde eu iria. Não quero ficar perto do meu pai. Tenho vergonha, nem ele acreditou em mim.

- Eu tenho uma cada. Fica só a dois dias de viagem daqui. Se quiser pode ir para lá. Eu passo mais tempo aqui no conselho. Pelo menos ficará longe de todos esses olhos maldosos. - ele esfregou o braço dela.

- Obrigada Coll. Eu aceito seu convite.

Ele sorriu. - pois bem. Posso mandar preparar a carruagem então?

- Pode. Eu vou arrumar minhas coisas e mandar meu pedido de afastamento para tu sabes quem.

- Está bem. - ele sorriu e mesmo com muita vontade de beijá-la ele se foi.

Lilian subiu para seu quarto e ao guarda seus poucos pertences em um baú. Ela redigiu uma carta e pediu que um dos criados entregasse para Alexander.

Alexander estava em sua sala. Por algum motivo estava inquieto. Ao ouvir as batidas em sua porta, ele atendeu o jovem que lhe entregou a carta de Lilian.

Tentado convencer a si mesmo de que não tinha muito interesse no conteúdo descrito ali. Ele lançou sobre a mesa. Porém sua curiosidade o venceu. Desde que havia terminado ou melhor desde que ele havia expulsado ela de sua vida. Lilian não lhe dirigia se quer um olhar nem mesmo se esse fosse de desprezo. Então porque agora lhe mandaria uma carta. Apanhando o papel ele abriu lendo seu conteúdo.

Honrado líder, escrevo está carta como uma mera formalidade. Devo informar lo de que estou de partida e sem data de retorno. Visto que não sinto que meus trabalhos sejam mais necessários e que minha presença apenas incomoda aos membros do conselho e ao senhor. Sendo assim irei fazer esse favor a todos e me retirar para longe.

Ass:. Lilian Pierre.

Alexander não sabia o que pensar. E sem saber ao certo o que estava fazendo. Deixou seu escritório rumo ao quarto dela. Se quer bateu na porta , invadiu a surpreendendo.

- Onde pensa que vai? - ele perguntou.

Lilian fechou o baú e olhando para ele,  respondeu:

- Acredito que expliquei tudo o que devia na carta.

- Não explicou para onde ia. E se caso necessitar de seus serviços como farei para encontrar-lá. - ele se quer entendia o porquê de estar questionando ela.

- Acredito que o senhor não entendeu. Não pretendo volta. Estou abrindo mão da minha suposta posição no conselho e abrindo mão de passar mais um dia se quer na sua presença. - ela tentava conter sua raiva.

- Claro. Porém não pode ir assim. Temos que fazer uma reunião e achar um substituto... - havia um incômodo na sua voz. Mesmo que não possuísse seu coração batendo em seu peito. Alexander tinha a noção do quanto seu corpo sentiria falta dela.

Lilian não sabia, e ele tomava o devido cuidado para não ser descoberto. No entanto, desde que se separaram ele visitava seus "sonhos" todas as noites. Ela lhe proporcionava prazer mesmo sem saber. Para ela tudo não passava de sonhos. No entanto ele sempre lhe ocupava a cama. Não podia deixar que partisse.

- O senhor pode muito bem resolver isso sem a minha presença aqui.

- Porque tem que dificultar tudo.

- Do que está falando? - ela podia jurar que o viu travar o maxilar.

E sem que esperasse Alexander a puxou para junto de si. - Me solte! - ela gritou, no entanto ele a beijou com força. Lilian lutou para não retribuir.

Depois de tudo o que ele havia lhe feito. Era demais que ainda tentasse beijá-la. Unindo todas as suas força ela o empurrou para longe.

- O que acha que está fazendo. Não tem o direito! - ela gritou sentido vontade de agredi-lo.

- Porque está se fazendo de difícil bem sei que gosta.

Ele a puxou de novo para si tentando beijá-la. Porém Lilian desviava o rosto e batia em seu peito na tentativa de se livrar dele.

- Enlouqueceu Alexander! Me solte! - ela gritou. - não me obrigue a te machucar.

Ele parou e a encarou ainda abraçando seu corpo. - Qual é o problema. Sei que gosta quando te toco, sei que seu corpo treme quando eu o possuo. Se faz de difícil porém durante as noites geme meu nome.

Depois de ouvir tais palavras ela entendeu, enojada e com muita raiva o empurrou com toda sua força o fazendo dar alguns passos para trás ao solta-la.

- Eu não acredito que fez isso durante todo esse tempo... - ela queria gritar e chorar. - Saia daqui! Saia daqui agora! - ela gritou.

- Não seja tão melodramática. Afinal sei que apreciou tanto quanto eu. Que diferença faz se era sonho ou realidade?

- Eu sei que está fazendo isso por causa do feitiço que está usando. Mas eu nunca vou te perdoar por isso. Não entendi. Depois de tudo se achou no direito de me usar de abusar de mim? - ela chorou.

- Não abusei de ti. Vosmicê também queria. - ele tentava justificar algo que sua mente sabia que estava errado.

- Eu vou embora e realmente espero nunca mais te ver. - Lilian abriu a porta e passou por ele.

Uma lágrima solitária e perdida escorreu pelo canto do olho dele. O que ele logo tratou de capitular é olhando para a pequena gota ele sentiu raiva.

- É melhor assim. - ele falou para si mesmo.

[...]

Os criados arrumavam as coisas de Lilian e de Coll na carruagem. Enquanto Alexander olhava da sacada da torre.

Lilian se aproximou da carruagem e encarando Coll, perguntou:

- Porque seus pertences também estão ali?

Coll sorrindo olhou para ela - Porque irei escolta-lá até lá, vou apresentar o lugar para ti e rever meu filho.

- Claro. - ela falou pouco entusiasmada e ao olhar para cima, viu Alexander.

- Tu estás bem? - Coll perguntou ao olhar para onde ela estava olhando. - a entendi. Se quiser se despedir eu espero.

Lilian o encarou e com um sorriso forçado, respondeu:

- Só se estivesse louca. Se não se importar. Vamos partir.

- A senhorita manda.

E ao fazer um sinal com as mãos. O cocheiro seguiu para seu posto. Lilian  e Coll entraram na carruagem.

Alexander via ambos partindo e sabia que a tinha perdido para sempre.

- É ela se foi. - Ele ouviu a voz de Pierre vindo de trás de si.

- Deveria ter se despedido. - Alexander respondeu sem olhá-lo.

- Ela está magoada comigo e eu com ela. Afinal não esperava que minha única filha se tornasse uma...

- Não diga isso Pierre. - Alexander o encarou. - Eu menti a respeito de sua filha.

- O que? - Pierre serrou os punhos.

- Eu queria vigar por tudo o que ela me fez. Então manchei a honra dela. Lilian jamais se prestou a tal ato comigo.

- Manchou a reputação de minha filha por vingança! - ele gritou no intuito de atacá-lo.

- Não perca seu tempo tentando me atacar Pierre. Sei que não deveria ter feito o que fiz. Porém agora é tarde. E acredite e melhor para ela ficar longe daqui.

- Se é o que vosmicê diz a si mesmo para conseguir dormir a noite.

- Eu amava a sua filha. Mas sou incapaz de perdoar uma traição.

Alexander passou por ele. Que furioso chorou de arrependimento por não ter acreditado em Lilian.

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