Em Pratos Limpos

Alexander lentamente saiu de cima dela que ainda dormia. Apesar de saber que fez errado, não se sentia mau por isso.

Ele se deitou ao lado dela a puxando para seus braços. Apesar de induzir sonhos a ela, ele não tinha poder de controla-los. Sendo assim ela veria o que desejava ver.

Na metade do caminho, ele temeu que ela estivesse sonhando com o outro, e por essa razão perguntou.

A resposta recebida fora um tanto inusitada, afinal ganhara um novo apelido.

Ele sorriu ao constatar. Angeliny era um tanto imprevisível, certo que, assim que sua amada despertasse ficaria furiosa ao perceber que ele esteve ali, e que nem tudo foi sonho.

Ele a puxou para seus braços e beijou o topo de seus cabelos.

— Bons sonhos minha rainha.

Ele desejou antes de se levantar. Ao olha-la pela última vez, se retirou para seu próprio quarto.

[...]

Angeliny abriu os olhos lentamente. O barulho da chuva do lado de fora a saudava pela manhã.

Ela girou na cama se lembrando do sonho que teve com Alexander. No entanto, a sensação fora tão real como se ele estivesse ali.

Seu corpo estava diferente, ela estava satisfeita sexualmente. Os cheiro dele estava em seu corpo e em cada canto de sua cama.

Ao olhar para cadeira ao lado, seus olhos não acreditavam no que estava vendo. Uma peça da roupa dele estava ali.

— Ama! — Ela gritou irritada.

A velha senhora entrou correndo em seu quarto.

— O que houve senhora?

— Prepare meu banho imediatamente. — Ela pediu sentindo seu sangue ferver.

Alexander se despedia de seus convidados, que seguiam para suas carruagens.

— Minha filha ainda não despertou, lorde Magnus? — A condessa perguntou.

— Ainda não, condessa, receio que ela esteja cansada da noite de ontem.

— Da forma como ambos sumiram. — Coll comentou enquanto descia as escadas da varanda.

Alexander abre a boca para protestar — Eu receio que...

— Magnus! — A voz de Angeliny é ouvida o interrompendo. — Magnus!

Ela se põe ao lado dele.

— Filha que bom que acordou. — A mãe dela a abraça, no entanto, Angeliny não desviava os olhos de Alexander que evitava encarar-lhe. — Seu pai e eu já estamos indo, pois, a viagem é longa.

— Certo, mamãe então é melhor irem. — Ela olha para Alexander de canto de olho.

— Está nos expulsando filha? — O pai dela pergunta brincalhão.

— De forma alguma meu pai.

— Bom. De qualquer forma temos que ir mesmo. — a condessa abraça ela mais uma vez. — Até a vista filha.

— Até mamãe.

Os pais dela olham para Alexander. — Até a vista milorde.

— Até. — Alexander sorri.

Os pais de Angeliny, entram em sua carruagem. E por mais que ela não quisesse admitir, seu coração apertou ao vê-los partir. Um arrepio agourento subiu por sua coluna, como se ela nunca mais fosse vê-los outra vez.

Ela balançou a cabeça tentando esquecer essa impressão.

— Filho lembre-se do que me prometeu. — O pai de Alexander falava com ele.

— Pode deixar pai.

O conde sorriu e acariciou o rosto de Alexander.

— Lady Magnus. — Ele chamou a atenção de Angeliny que olhou para ele. — Passar bem.

— O senhor também conde.

Angeliny esperou até que todas as carruagens se distanciasem da casa, ela fechou a porta, e furiosa se virou para Alexander que caminhava até seu cravo.

— Magnus, agora a conversa será entre mim e ti! — Ela gritou ríspida.

— E sobre o que deseja conversar? — Ele calmamente perguntou enquanto se sentava diante do piano alisando suas teclas.

— Não seja cínico! — A calma dele a irritava ainda mais. — Esteve no meu quarto noite passada!

— Isso foi uma pergunta ou...

— Eu sei que esteve lá!

Ele sorri, enquanto tocava uma melodia lenta e suave.

— Talvez tenha sonhado ou talvez seu amante possa ter invadido seus aposentos e...

— Oras, calice!  — Ela esbravejou. — Sei que tu esteve lá! Seja homem e assuma o que fez!

— Como tem certeza de que fui eu? — Ele tocava mais rápido sem errar uma unica nota.

Angeliny andava de um canto para o outro buscando por uma paciência inexistente.

— Porque uma mulher conhece seu corpo, e eu conheço seu cheiro. — Ela fala pausadamente enquanto se escorava no piano (cravo).

— A respeito disso eu nada sei. — Ele continuava a tocar sua composição.

O som para Angeliny estava incomodo assim como a inércia dele. Sem pensar no que estava prestes a fazer ela bate a tampa do cravo com força.

Alexander se assusta com o som e se irrita com o jesto dela, abrupto ele se levantou e segurando nos braços dela a impressou contra a parede.

— Chega! — Ele gritou perto da face dela. — Eu não vou mais tolerar que aja assim comigo!

Angeliny o empurra para longe, e responde furiosa. — Eu que não irei tolerar que entre em meus aposentos e faça de mim o que bem entende! Quem pensa que é?

— Sou seu marido. E como tal exijo ser tratado! Será que não ve. Tudo que fiz, fiz porque te amo.

— Mentiu para mim, invadiu meus aposentos, me manipulou. E tem a audácia de dizer que me ama. Não sabe o que é o amor!

— E tu sabes? — Ele a encara. — Apenas acha que sabe o que é! Mas para mim chega Angeliny. Sim. Eu estive em seu quarto, mas em minha defesa eu apenas queria sua companhia, tu que mesmo inconsciente me tocou instigando-me.

— Como ousa. Será que não ve o peso de suas ações? — Lágrimas escorreram por sua face.

Alexander que antes estava furioso, se desarmou. Angeliny sentou no sofá ficando de costas para ele.

Alexander se aproximou a vendo chorar silenciosamente. E nesse momento a culpa lhe invadiu.

— Angeliny.  — Ele a chamou, se ajoelhado em sua frente.

— Será que não ve, que agindo assim só me afastará mais. — Ela evitava olhar para ele.

— Me perdoe. — Ele pediu sincero. — Tem razão eu não deveria ter indo lá,  e menos ainda tê-la tocado. Mas não entendo, porque mesmo eu dizendo que não tive nada a ver com aquela carta, ainda assim ficou com raiva de mim?

Angeliny olhou nos olhos dele. — Porque sei que estava mentindo. Eu o conheço, tive tempo para isso. E sei quando mente para mim. Alexander eu já esperava que tu fosse tramar algo. Só quero que fale a verdade e esclareça as coisas.

— Ira me odiar se eu fizer. — Ele tentar conter as próprias lágrimas desviando o olhar do dela.

Angeliny toca a ponta do queixo dele a fazendo encarar.

— Irei odiar-lhe se não tiver coragem para confessar seus erros. Pois, como posso perdoa-lo se não disser onde errou.

Ela o induzia a confessar, pois, ainda havia duvidas em seu coração a respeito de Cristian, se a carta era verdadeira. Ela sabia que só Alexander saberia dizer. Intimamente ela torcia para que Alexander não tivesse algo a ver com tudo que Cristian dizia ter lhe acontecido. No entanto, fingir que já sabia de tudo era a unica forma de faze-lo falar. Ela estava manipulado ele, com uma falsa promessa de perdão. Que nem mesmo sabia se seria capaz de conceder.

— Tem razão. — Ele se rende. — Antes que mandasse sua carta, enviei uma na frente para Mr. Emedor para que ele interferisse na resposta para ti. Cristian estava sobre a custodia do conselho por ordem minha.

Angeliny ouvia tudo em silêncio, mas sem acreditar no que escutava.

— Na carta eu pedi pela libertação dele, mesmo não sabendo porque fiz isso. — Ele continua. — E já que como um bom jogador eu sei quando estou perdendo. Eu pedi também que interferissem em seu encontro com ele.

Angeliny não sabia se chorava ou se gritava com ele.

— Fez tudo isso... — Ela sussurrou sem coragem para olha-lo. — Como eu disse, já esperava, mas mesmo assim não consigo acreditar.

Ela se pôs de pé andando de um lado para o outro impaciente. Seu sangue fervia em suas veias. Ela sentia sua magia agitada como se a qualquer momento fosse explodir.

— Viu como sofri. E mesmo assim não me disse a verdade! — Ela gritou.

Alexander se pôs de pé. — Por varias vezes eu quiz contar. Mas sabia que se fizesse nunca se permitiria sequer olhar para mim.

— Foi egoísta e mentiroso! — Ela grita em meio as lágrimas. — E Cristian... — Ela faz uma pequena pausa e passa as mãos sobre o rosto. — Tudo o que ele sofreu enquanto eu e tu...

— Angeliny... — Ele tenta toca-la.

— Não! — Abrupda ela se afasta. — Tu não tinha o direito de ter feito isso! Sabe o quanto eu odiei o Cristian, Por tudo que ele me disse? É o mesmo ódio que estou sentindo por ti agora.

— Por favor não diga isso. Não me odeie. — Ele pede em meio as lágrimas que ja escorriam em sua face.

— Como pode... vosmicê fez tudo o que fez... o Alexander que eu pensei que conhecia jamais teria feito isso. Tu es uma mentira!

— Angeliny por favor eu só fiz o que fiz por que...

— Não! — Ela o interrompe — Não ouse dizer que foi por amor.

O corpo dela tremia ao se sentir culpada por tudo que Cristian passou. Enquanto ela se alegrava e se entregava para Alexander.

Angeliny sentiu sua mente girar e um zumbindo vindo de dentro de sua cabeça. Um enjoou atingiu seu estômago. E de repente tudo a sua volta se tornou escuro.

— Angeliny. — Ela ouviu a voz de Alexander gritar ao longe, enquanto se entregava a escuridão.




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