23 de fevereiro de 1693.

- Força- a senhora Thompson falava.

Ayana gritava colocando toda sua força. A dor parecia parti-lá ao meio.

- Ele está quase aqui. Vamos força Ayana! - a senhora a incentivava.

- Aaaaa.... - ela fez seu último esforço.

O som do choro do pequeno recém nascido tomou o ambiente.

- É um menino. - A senhora Thompson falou, e cortou o cordão umbilical.

- Me deixe vê-lo. - Ayana pediu.

A senhora o enrolou em uma manta de algodão e entregou a criança nos braços dela.

Ayana acariciou o rostinho de seu filho. O nenê parou de chorar e olhou dentro dos olhos dela que sorriu ao ver a íris cinzas como a do pai dele.

- Qual será o nome dele? - a senhora Thompson perguntou.

- Será Alex.

- O diminutivo do nome do pai?

- Sim. Talvez ele nunca saiba da existência dele. Mas mesmo assim ele carregará seu nome.

- Se soubéssemos a onde o Lorde está. Talvez pudessem avisar lhe. - a senhora surgerio.

- Não. Eu não acredito que ele se importe com isso, pois foi apenas uma noite. E não quero colocar a vida do meu filho em risco caso alguém que não deva acabe por descobrir.

- Como assim?

- Ambas temos o conhecimento de quão especial o Lorde e até mesmo sua esposa eram.

- Bom. Se vosmicê acha que especial é a palavra. As vezes até minha Angeliny me dava medo.

- Por isso mesmo. Eu não sei o que eles eram. Mas vou proteger meu filho, pois tenho certeza que ele é tão especial quanto o pai dele era. - ela falou ao beijar o topo da cabeça do bebê.