Algumas semanas depois.
Algumas semanas se passaram. O pai de Alexander, finalmente estava se aproximando da casa de seu filho. Com a carta ainda em mãos, ele releu cada palavra.
Conde Magnu, pesso perdão por importunar-lher. Mas devo lhe informar de certos acontecimentos que venham a ser de sua importância.
Vosso filho, lorde Alexander se encontra em grande desespero depois da morte da esposa.
Não tem se alimentado ou dormido da forma correta e passa seus dias gritando com as paredes da fazenda. Seu estado tem sido. Perdão pelo uso da palavra. Deplorável.
O desprezo e abandono em que se encontra nos preocupa.
Esperamos que com essa carta. O senhor possa vir nos ajudar.
Ao terminar de reler a carta. O cocheiro parou a carruagem em frete a casa.
Alexander estava largado sobre o sofá como sempre. Ao ouvir batidas em sua porta. Ayana seguiu para atender.
O Conde entrou como um furacão.
- Onde está o meu filho? - Ele perguntou preocupado.
Alexander com o susto se levantou quase não se aguentando sobre suas pernas.
- Pai! O que faz aqui?
Quando o Conde o viu se espantou. Afinal a carta era verdadeira. Ele mal poderia reconhecer seu filho. O homem a sua frente era apenas a sombra do que um dia já fora.
- Alexander o que fora feito de ti?
- Não sei o que está fazendo aqui pai. Mais não deveria ter vindo.
- O que está dizendo? Ainda bem que vim. - Ele se aproxima de Alexander que se afasta. - o que está acontecendo filho?
- E uma longa história. Mas porque está aqui?
- Eu recebi uma carta. Enviada por um de seus criados. - o Conde falou revelando o papel amassado.
- Não sei que me traio mas será castigado! - Ele falou em voz alta, pois sabia que da cozinha Ayana e ama o ouviam.
- Castigados? Deveriam ser recompensados por se importar com Vosmicê. - O Conde o segura pela mão e o puxa para se sentar. - me conte o que houve filho.
- Não tenho muito o que contar. - ele falou sentindo um nó se formar em sua garganta.
- Como não tem? A carta relata que sua esposa está morta.
Alexander suspirou sentindo a dor tão conhecida atormentar seu peito.
- Ela... fugiu com... o senhor sabe quem. - Ele falou tentando não chorar.
- Eu sinto muito filho. Mas então, ela não morreu apenas fugiu?
As lágrimas que com tanta força ele prendia escorreu por sua face o que ele logo tratou de secar.
- Eu não disse que não morreu. Eu os achei e persegui. No meio da perseguição eu os ataquei.
- Vosmicê... - o Conde mal conseguia terminar a frase.
- Eu não queria machucá-la. Só queria que parasse de fugir. Mas... - Ele chorou em silêncio. - em minha defesa. Ela podia ter se salvado. No entanto, escolheu salvar o outro. Ela se deixou morrer e matou o nosso...
- O que? - o pai dele perguntou perplexo. - o de vós o que?
- Nosso filho.
- Sua esposa estava...
- Estava.
O Conde se levantou enfurecido.
- Eu não consigo acreditar. Vosmicê atacou sua esposa grávida!
- O que o senhor queria que eu fizesse? Que a deixasse fugir?
O pai dele começou a andar de um lado para o outro.
- Eu não posso acreditar nisso. Eu pensei que vosmicê a amava.
- E eu amo. Eu não busco perdão o redenção pai. Sei que isso já não existe para mim.
- Velou o corpo dela? Era o mínimo que podia fazer. - ele tentou parecer compreensivo.
- Não.
- Como não?
- Não pude. O outro fez um feitiço que desapareceu com o corpo dela. Não sei onde está.
- Então há uma possibilidade que ela ainda esteja viva?
- Eu duvido.
O Conde sentou ao lado dele novamente.
- Filho. Eu vim para levá-lo embora. Volte comigo para casa.
- Não posso voltar. Aqui é minha casa. E onde eu me sinto mais perto dela.
- Ou do fantasma dela. Não vê como isso está lhe fazendo mau.
- Mau ou bem. Que diferença tem. Eu mereço isso.
- Quando sua mãe faleceu, me senti assim também. Porque achas que deixei Veneza? Estar naquela casa era como senti-la todos os dias e a dor não passava. Vosmicê precisa seguir em frente.
- Me deixe aqui. Eu não vou seguir em frente. Não sem ela.
- Sinto muito Alexander. - O Conde falou se pondo de pé e assumindo seu ar imponente, concluiu. - Mas não estou te dando alternativa. Vira comigo quer queria, quer não queira. Mandarei fazer suas bagagens.
- Eu não irei pai. Prefiro ficar. Eu e minha dor até o dia de minha morte. É o meu destino é o que eu mereço.
- Tolices e bobagens. Querendo ou não irá. Nem que eu tenha que arrastá-lo. Terá até amanhã para se acostumar com a ideia. Pois, não vejo aqui homem nenhum para refuta- lá. Não deixarei que caia na loucura.
Ele falou se retirando para um dos quartos. Alexander teria rebatido a ideia se tivesse forças para tal. No entanto sabia que não iria sobreviver a viagem mesmo que quisesse. Estava debilitado, não se alimentava a dias era até mesmo um milagre que ainda estivesse vivo.
A noite logo chegou trazendo com ela o frio. O Conde havia dado ordens aos criados que prepararam a bagagem de Alexander, que mesmo com a insistência do pai, se recusava a comer.
Era tarde da noite. O Conde já havia se retirado para seu quarto depois de mais uma discussão calorenta com seu filho teimoso.
Alexander estava sozinho na sala, olhava as chamas da lareira como se delas pudessem sair alguma resposta para seu dilema.
Estava tão concentrado nisso. Que se assustou ao ouvir a voz feminina vindo de trás de si.
- Deveria ir descansar milorde.
Ele olhou para traz. Era Ayana. Ela se aproximou ficando de frente para ele.
- Agradeço a preocupação Ayana, mas pode se retirar.
- Perdão milorde. Mas posso lhe falar livremente.
- Se for para me dar algum sermão. Não.
- Não é sermão. Longe de mim fazer tal coisa.
Ela sentou aos pés dele. Como antes fazia. Alexander sorriu por se lembrar que ele mesmo lhe deu tal liberdade para isso.
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