A Viagem
Angeliny estava acomodada em sua banheira cheia de espumas, enquanto sua ama escovava deus cabelos.
A mente dela ia e vinha. Pensando em Cristian ao mesmo tempo em que pensava em Alexander.
Não sabia como poderia resolver a situação sem que um dos dois saísse magoado. Ou até ela mesma.
- Ama. - Ela chamou a atenção da senhora.
- Sim, milady.
- Vosmicê enviou a carta que lhe pedi?
A pobre senhora se espantou com a pergunta, mas tentando manter a normalidade, respondeu:
- Cla... claro, senhora. Mas perdoe minha indiscrição.
- Pergunte.
- A senhora me parece tão bem com o lorde, porque desperta fantasmas assim?
Nem mesmo Angeliny saberis responder essa pergunta. Se Cristian tivesse de posse da carta sem dúvidas a deixaria em paz. Ou na pior das hipóteses pensaria que tudo fazia parte da trama para separar-lhes.
Ao terminar seu banho. Ela se vestiu e voltou para o quarto, sentando sobre o descanso da janela.
Por mais que quisesse negar, se apaixonou por Alexander. Ainda quando amava Cristian. Mas não sabia discernir com precisão de qual dos dois gostava mais.
Ela sabia um era apenas corpo e o outro seria seu coração. Mas qual é qual? E como separaria o corpo do coração?
Ela agarrou os próprios cabelos exasperada. Estava cansada de ficar na dúvida de sentir culpa por seus amados.
Perdida em pensamentos se quer percebeu quando Alexander entrou no quarto.
Ele no entanto já sabia que se ela estava olhando pela janela com o semblante perdido só poderia estar pensando em uma pessoa. Quase inevitável para ele não se corroer de ciúme. Mesmo sabedo que ele era o culpado por ter lhe dado tal liberdade.
- Ainda olhando por essa janela, quando vai deixar de esperar por ele? - Ele fala em tom brincalhão tentando não transparecer seu ciúme.
Ele se direciona para penteadeira, se olha no espelho e organiza a gola.
- Vou esperar por ele até que não haja mais forças em mim. - Angeliny se quer percebeu o que havia dito, até reparar que o sorriso que ele antes exibia, agora não existia.
Ele caminha até ela e toca seu rosto de forma gentil. E tentando controlar sua gana ciumenta, fala:
- Angeliny. Sabe que só a mantenho presa para que não cometa o erro de tentar fugir e se encontra com ele. - Ele ergue uma das sombrancelhas - Não me importo que todas as noites tu chores por ele ou que pacientemente espere que um dia ele venha busca-la em seu cavalo branco. Mesmo eu querendo que vosmicê o esqueça. Sei que não tem como força a isso. Tento ser seu amigo desde do primeiro dia que te vi, é só por isso que ainda permito que fique assim.
Ele diz olhando em meus olhos. E se ele queria brincar assim. Que fosse ela pensou. Pois tinha total ciência que não era prisioneira dele. E sim do conselho.
- Então se vosmicê se importa tanto comigo, deixe-me ir. Meu carcereiro.
- Carcereiro. - Ele não sabia se ria ou chorava. - Sabe que não depende de mim, mas se tudo correr bem, logo terá uma surpresa. - agora ele não parecia brincar.
— Não entendi.
Alexander se levanta e endireitando seu justacorp, fala:
- Eu tenho um compromisso com o conselho daqui a alguns dias, por isso tenho que ir agora se eu quiser chegar a tempo. - e voltando ao tom brincalhão - Darei ordem aos empregados para deixarem vosmicê ir ao jardim, para que não fique muito presa.
Ele se aproxima e segurando levemente seu queixo ele faz com que ela o olhe, tomando seus lábios em um beijo cálido, que ela logo retribui.
Ele se afasta e olhando a preocupado pergunta:
- Tu ficarás bem em minha ausência?
- Sim, pode ir.
- Não se preocupe meu amor, se tudo ocorrer como estou imaginando. Logo mais vosmicê terá uma surpresa.
Ele sorri e se retira. Angeliny não tinha ideia do que se tratava. No entanto confiava nele.
Mas algo a incomodou presa em seu próprio mundo. Nem ao menos se despediu como deveria, visto que ficaria sem vê-lo por muitos dias.
Ela se levantou abrupda e correu descendo as escadas. Alexander entregava a mala para um de seus criados. Quando ele cruzou o batente de porta, ouviu a voz dela.
- Alexander! - Ela gritou.
Quando ele se virou foi recebido por um abraço afetuoso.
- Boa viagem. - Ela sussurou com o rosto afundado na curva do pescoço dele.
- Obrigado. - Ele respondeu sorrido, enquanto delicadamente a afastava.
Ao mirar os olhos verdes, ele a beijou intensamente. Angeliny segurou lhe os fios da nuca aprofundamento o beijo. Enquanto ele apertava sua cintura afastando aos poucos.
- Eu tenho que ir. - Ele sussurou entre um beijo e outro.
- Eu sei. - Ela se afastou.
Alexander sorrindo se ajoelhou na frente dela e tocando lhe o ventre, falou:
- E tu cuide bem de sua mãe, não a deixe fazer nenhuma loucura. - Ele sussurou a última parte, levando Angeliny a sorrir. - e quando eu chegar vou escolher um nome bem bonito para ti. E lhe darei um quarto tão grande quanto o meu. Mas não conte para ela, é segredo.
- Bobo. - Ela falou sorrindo.
- Eu lhe amo. - Ele sussurou por fim beijando lhe a barriga. E se pondo de pé, concluiu. - Amo os dois. Até a vista minha rainha.
- Até.
Ele se retirou entrando na carruagem. Ela voltou para o quarto sentando na janela, onde ficou a maior parte da tarde.
[...]
Alexander olhava a vista a sua volta seguindo para a residência de Mr. Emedor. Que soube estar na cidade.
Ao descer da carruagem, seguiu para a porta da casa e a pós suas batidas, foi recebido pelo homem.
- Lorde Magnus a que devo a honra de sua visita? - Emedor perguntou lhe dando passagem.
- Venho lhe trazer as novas. - Ele disse ao se sentar.
- Pois então diga. - Emedor sentou- se em uma cadeira a frente da sua.
- Minha esposa. Está esperando um filho meu.
- Ou meus parabéns. - o homem parecia realmente satisfeito em saber. - Então receio que está aqui para pedir uma reunião com o conselho a respeito do disquite, visto que é algo demorado.
- Sim.
- E tem certeza de que é isso o que quer? - Emedor prescutinou o rosto dele.
- Quero que ela encontre a felicidade. Mesmo que essa não esteja com a minha pessoa.
- Pois bem. Já que tem certeza do que quer. - Ele se levanta. - Pegarei alguns papéis que bom buscar e sairemos no entardecer.
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