A morte
Alexander abriu os olhos e se viu na mesma posição em que antes estava. Ele se levantou do chão e sentou se em sua cadeira. Não conseguia acreditar que havia passado a noite no chão de seu escritório. Também não conseguia crer em tudo que viu e ouviu no dia anterior.
Estava perdido em seus pensamentos quando alguém bateu em sua porta.
- Entre. - ele falou sem muito ânimo.
Um homem de cabelos escuros e pele clara, entrou. Em suas mãos ele trazia uma bandeija com uma carta sobre ela.
- Honrado líder lhe trago uma carta que chegou ontem senhor. Porém como disse que não queria ser encomodado.
- Está bem. - Alexander apontou para a mesa em sua frente.
O homem deixou a carta e se retirou fechando a porta por trás de si. Alexander sem muito enteresse apanhou o papel e ao ver o selo se sobressaltou. A carta era de seu pai. Com um novo aperto inexplicável em seu coração, ele abriu a carta.
Querido filho quando essa carta chegar até ti, não sei se ainda estarei vivo. Soube de sua partida e de seu retorno. Esperava sua visita porém não a recebi. Fui acometido de uma infermidade da qual nem mesmo a magia pode me curar. Peço que venha me ver com urgência.
Ass: Conde Magnus.
Alexander levantou de sobressalto. E depois de ordenar que prepassem sua carruagem. Partiu.
Ao bater na porta seus antigos criados o receberam. Alexander seguiu para o quarto de seu pai. O homem sobre a cama, estava pálido com feridas sobre seu corpo.
- Pai. - Alexander chamou.
- Filho. - O Conde abriu os olhos com dificuldade. - Está mesmo aqui?
- Sim estou. - ele se pós ao lado da ca e segurou a mão do pai.
- Alexander... estou tão feliz em revê-lo... - ele tossiu. - porém, receio que não tenho muito tempo.
Alexander chorou. - por favor não diga isso. Não posso perdê-lo também.
- Perder as vezes faz parte da vida filho. Mas eu o chamei aqui para perguntar se.... achou o que procurava?
- O que isso importa agora pai. Olha eu tenho uma solução. - ele falou com esperança. - tem um feitiço que nos concede uma semi imortalidade. Pode funcionar.
- Filho, e tarde para mim.
- Não, não é... - ele chorou ainda mais.
- Está tudo bem. Eu estou pronto, não estou com medo e vou poder rever sua mãe. - a voz do pai dele era calma. - olhe para mim.
O Conde pediu e Alexander relutante olhou para ele.
- Eu te chamei para despedir. E para pedir que siga em frente. Não viva entorno dessa vingança. Vosmicê me prometeu que não deixaria esse amor te destruir.
- O amor não me destruiu pai, a traição sim.
- Filho. Tu só encontrará a paz quando libera o perdão. - o pai dele lentamente fechava os olhos.
- Como vou perdoar. Se quando penso que vou conseguir eles me apunhalam de novo e de novo. Eu não tenho mais nada e nem ninguém.
- Eu sempre estarei contigo filho. Não esqueça disso... Eu te amo filho. - O pai dele se calou.
- Eu também te amo pai. E sinto muito... - quando Alexander olha para o pai ele já não respirava. - Pai! - ele gritou. - por favor não.
Ele implorou ao segurar nas mãos frias. O ar lhe faltou e seu coração, ele mal ouvia em seu peito. Seu corpo todo tremeu.
- Aaaaaa.... - ele gritou. - Porque eu? Por que comigo?! - ele caiu sentado no chão sem forças para se manter de pé. As lágrimas eram vertentes como uma cachoeira que não seca.
Ele perdeu a noção do tempo que passou ali. O médico chegou e junto dos criados levaram o corpo para cripta. Alexander olhou para casa onde antes morou.
- Como tu chegou a isso? - ele se perguntou.
E ao secar o rosto. Ele entrou em sua carruagem voltando para o conselho. Ao entrar pelos portões todos olharam para ele, que sem dúvidas parecia ter saído de um pesadelo. Os cabelos desalinhados, os olhos vermelhos de tanto chorar e o rosto marcando pelas lágrimas. Ele não se dirigiu a ninguém e seguiu para o corredor que levava para seu escritório.
- Alexander. - ele ouviu a voz de Lilian que vinha de trás de si.
Ele parou no meio do caminho, mas não se virou para encará-la.
- Eu soube o que houve. Sinto muito. - ela falou.
Alexander não tinha nada a dizer e ignorando seguiu para sua sala. Onde se trancou.
Lilian chorou por ela e por ele também. Se tudo não tivesse sido revelado poderia estar consolando ele, lhe dando conforto. Ela sentia a dor dele. E sabia que se ele não fosse imortal sem dúvidas todas essas perdas o mataria.
Alexander não sabia mais o que fazer. Queria focar em sua vingança, porém tudo o que sentia era dor, e essa o sufocava. Ele seguiu para seu armário e apanhou um pequeno baú com inscrições douradas. Ele abriu o mesmo e olhou para o interior de veludo negro.
Ele sabia que o que estava prestes a fazer iria doer, porém seria uma dor suportável comparada a que ele agora sentia. Ao colocar a caixa sobre a mesa em sua frente. Ele fechou os olhos conjurando um feitiço. Sua mão direita reluziu um brilho vermelho, e sem pensar duas vezes ele a empurrou contra o próprio peito, transpassando sua caixa torácica. Sem pensar duas vezes é tentado resistir a dor. Ele apanhou seu coração e o puxou para fora.
O ar faltou em seus pulmões, e com sua mão esquerda ele teve que se apoiar na mesa para cair. Ao se recompor e sentir que seu peito havia cicatrizado, Alexander encarou seu coração que brilhava e batia com velocidade.
- Tu não vai amar mais ninguém. - ele se ordenou. - vai focar na sua vingança e vai destruir que se colocar seu caminho.
De vermelho o coração dele se tornou negro como a noite. Alexander o colocou dentro da caixa e selou com magia para que ninguém o pudesse devolver-lhe ao lugar de origem.
A íris de seus olhos de cinzas passaram a ser vermelhas como sangue. E toda a tristeza se foi, agora só o ódio existia em seu ser.
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