A Carta

— Me perdoe. — Angeliny fala em um fio de voz, temendo a reação dele.

Alexander que antes estava surpreso, começou a rir, frenético.

— O senhor está bem? — Angeliny pergunta assustada.

Ele não parava de rir o que a deixou incomodada.

— Está zombando de mim? — ela pergunta irritada.

Alexander olha para o céu tentando se distrair. Para se recupera do riso. Ao olhar para ela, ele responde:

— Não estou zombando. — ele ainda sorria.

— Então? — ela cruza os braços.

— Apenas estou surpreso.

— Com o quê?  Com o empurrão que lhe dei? — agora ela se segurou para não rir.

— Não. — ele a olha com intensidade — eu não fazia ideia de como era gostoso te beijar.

A pupila dos olhos dela dilataram ao ouvir isso, e suas bochechas deveriam estar roxas ao invés de vermelha.

Ela nada poderia dizer diante disso. Ela teria querendo ou não, que confessar que o beijo dele foi o melhor que ela já provou, não que tivesse provado muitos. Mas beija-lo era como mergulhar em um universo mut-colorido e inexplicável. As sensações era completamente nova. E maneira como seu corpo tremia apenas com uma simples aproximação. Sua cabeça estava confusa e seu coração esse ela nem conseguia ouvir direito.

— Quero ir para casa. — ela fala sem esboçar uma reação.

Alexander ainda sorrindo, responde:

— Claro, como desejar milady.

[...]

Angeliny entrou em seus aposentos rapidamente, batendo a porta por trás de si. Ela estava se odiando.

— O que pensas que está fazendo Angeliny? — ela se pergunta irritada, andando de um lado para o outro. — não pode continuar com isso. Sabe que ama o Cristian. Ele é seu único e verdadeiro amor.

Ela senta na cama e passa as mãos sobre o cabelo. E ao se lembrar do beijo de Alexander, ela morde os próprios lábios. O toque dele em seu corpo, o jeito que ele segurou ela.

— Pare com isso. — ela se reclimina se jogando sobre a cama.

Alexander estava em seu escritório, ele via a reação de Angeliny através do espelho, e ria da situação. Ele estava finalmente conseguindo o que queria. Ela o desejava tanto quanto ele a desejava.

A noite chegou. Ambos estavam jantando. Angeliny mal olhava para Alexander.

— Está tudo bem? — ele limpa os lábios com o guardanapo de linho.

— Está. — ela responde sem encarar-lhe.

— Sabe que temos que conversar sobre... — ele faz uma pausa.

Angeliny olha para ele, e suspirando responde:

— Eu imaginava que o senhor fosse querer falar.

Alexander sorriu — Eu apenas queria dizer que não precisa se preocupar. Foi apenas um beijo. E eu vou respeitar seu espaço.

— Obrigado. — ela retribui o sorriso.

[...]

Os dias se passaram. Angeliny e Alexander adotaram um costume de sempre fazerem um piquenique no penhasco, todo final de semana. Como um ritual. Ambos conversavam sobre tudo.
A noite quando Angeliny se deitava e se lembrava de Cristian. As lágrimas caíam de seus olhos.

Certa manhã ao acordar, ela ouviu Alexander conversando com um homem. Ao questionar-lhe. Ele apenas respondeu:

— Não se preocupe, é apenas uma surpresa para ti.

Ele sorriu e o mundo dela se tornou mais claro. Havia algo nele, na presença dele. Que ela não entendia. Durante o dia, enquanto estava com ele, ela mal se lembrava de Cristian. A presença de Alexander, inibia as memórias e amenizava a dor.

Ela confiava nele e ele passou a acreditar nela.

Logo a surpresa ficará pronta. Angeliny se impressionou ao ver o lindo labirinto Verde a sua frente.

— E para quem sabe um dia, vosmicê achar um caminho até mim. — Alexander falou sorrindo.

Mal sabia ele, que esse dia estava perto.
[...]

Mr. Emedor se aproximou da sela de Cristian, caregando duas cartas em suas mãos, e encarando o, pergunta:

— Sua estadia tem sido agradável?

Cristian nada responde, apenas encara ele.

— Talvez isso possa mudar o seu humor. — ele balança as cartas em suas mãos.

— O que é isso? — Cristian pergunta com sua voz rouca.

Emedor sorri e lança para ele a carta de Angeliny. Cristian pega e nota que a carta já havia sido aberta. Ele então lê.
Inevitavelmente as lagrimas saíram de seus olhos e seu coração doeu. Angeliny sofria por não saber do paradeiro dele.

— Porque me entregar isso? — ele olha com fúria para Emedor.

— Porque é de interesse mútuo que vosmicê, responda a carta.

— E por que eu tenho a impressão que não será da maneira como eu quero responder?

Ele pergunta, recebendo um sorriso sinistro. Dois guardas entram na sela, e seguram nos braços dele o levando para uma sala com pouca iluminação, com uma cadeira e uma mesa.

Colocaram ele sentado. Com tinta e papel a frente. Um homem alto, branco, de cabelos escuros, entrou. Ele se dirigiu até Cristian, e tocando em sua cabeça começou a controlar os movimentos dele.

— Parem com isso!

Ele gritou sentindo como se seu crânio estivesse se partindo. Seu nariz começou a sangrar enquanto seu corpo tremia. Era como levar um choque.

— Ele está resistindo. — o homem fala.

— Faça ele obedecer. — Emedor ordenou.

Os olhos do homem se tornaram completamente brancos, de suas mãos saíram pequenos raios. Enquanto Cristian gritava e lutava em seu subconsciente.

— Ele é mais forte do que parece. — o conjurador falou — mas eu sou mais.

Cristian perde o controle de seu corpo, ele apanha a pena e sendo controlado pelo homem, começa a escrever a resposta para Angeliny.

" Querida Angeliny, quero que saiba que estou bem e de casamento marcado. Peço que me perdoe por decepciona-lá. E espero que com essa carta encontre a paz que tanto almeja.

Eu segui com a minha vida e espero que siga com a sua.

Ass:. Cristian".

O homem solta a cabeça de Cristian que cai debruçado sobre a mesa. Emedor puxa a carta que estava embaixo dele. E ao ler, fala:

— Muito bem. Espero que isso satisfaça sua amada.

— Ela nunca vai acreditar nisso. — Cristian fala com dificuldade sem se mexer.

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Coitado do Cris né?

Capítulo não revisado. Peço desculpa pelos erros. Irei revisar quando acabar a obra.

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