A caçada
Alexander e seus homens estavam chegando perto do local onde Cristian e Angeliny estavam.
No entanto. Algo inesperado aconteceu. Uma dor aguda tomou conta de sua cabeça enquanto a aliança parecia fogo em seu dedo.
Ele puxou as rédeas da sua montaria fazendo seu cavalo parar. Ele até tentou tirar a aliança que parecia estar fundida a sua carne.
No entanto, a dor em seu dedo foi substituída pela dor em seu coração. Quando imagens de Cristian e Angeliny surgiram diante de seus olhos. Ela se entregava para ele. Chamava pelo nome dele.
Um urro de ódio e dor escapou de sua garganta. Quando as imagens se foram a dor ficou. Pequenas lágrimas escorerram por sua face. Ao olhar para sua aliança a mesma havia se partido e desaparecia em meio a névoa da noite.
Pelo menos a visão infernal mostrou para ele onde Angeliny estava.
- Eles estão ali! - Ele gritou apontando para frente.
Emedor aproximou sua montaria da dele. E preocupado, falou:
- Alexander, vosmicê não acha que seria melhor chegarmos na surdina.
- Não. - Ele respondeu furioso. - Eu quero que eles saibam que estou chegando, quero que sintam medo quando me virem e corram por suas vidas.
- Tu não está sendo racional.
- E que me importa ser! Aquela traidora terá o que merece. - E se voltando para os demais que o seguia gritou. - Eles estão por aqui!
Angeliny levantou assusta, e olhou para Cristian que se pós de pé.
- Como eles nos encontraram? - Ela perguntou.
- Eu não sei, mas não vou ficar aqui para descobrir.
Ele lhe segurou a mão puxando a para cima do cavalo. Saindo em disparada.
Angeliny se pós as costas dele. E olhava para trás. Seus olhos viram Alexander que estava transtornado. Seu semblante se contorcia de ódio.
Ao notar tal sentimento vindo dele. Pela primeira vez Angeliny sentiu medo. Ela se agarrou a cintura de Cristian. Que se concentrava no caminho escuro. As árvores cercavam os dois lados da trilha esburacada.
E tudo que preocupava Cristian nesse momento era salvar a si e sua amada que o apertava cada vez mais.
Alexander ao ver os dois fugindo, sentiu o sangue ferve em suas veias. Seus olhos se tornaram vermelhos como fogo. Angeliny o olhou com espanto. Ele até ousaria dizer que com medo.
Ele não queria machuca-lher, mas se entristecia ao vê-la tão agarrada ao outro.
- Devolva ela para mim! - Ele gritou sem pensar nas palavras.
E perdendo o pouco de dignidade que ainda tinha. Conjurou uma esfera de energia disparado a contra as árvores que caíram no caminho de Cristian.
Angeliny se assustou ao ver que ele tentava ferir- lhe. Mostrando que estava certa ao constatar que não haveria perdão para seu crime.
Cristian fez o cavalo saltar por sobre as árvores que caíram em sua frente. E também não entendia a razão pela qual Angeliny não os defendia usando seus poderes. Antes que pudesse dizer algo a ela. Alexander lançou outra esfera de energia maior e mais forte que a última, essa acertou atrás do cavalo dele. O impacto da explosão foi intenso liberando um campo de energia que fez com que o cavalo e quem estava sobre ele fossem arremessados.
Angeliny sentiu suas mãos escorregarem do corpo de Cristian que foi arremessado para o lado esquerdo direto para uma árvore.
Sem pensar no que fazia, ela lançou um raio que derrubou a árvore, fazendo Cristian cair sobre a relva macia, no entanto, ela não teve tempo de se proteger. Colidindo de frente com os galhos pontiagudos da árvore a sua frente que transpassaram seu corpo. O galho se partiu e Angeliny caiu, batendo a cabeça sobre o chão de pedra.
A dor em seu corpo a deixou atordoada. Distante ela viu Alexander se aproximando e usando seus poderes ele retirava as árvores da frente.
Com dificuldade ela notou a presença de Cristian que correu até ela. As lágrimas nos olhos dele pareciam brilhar.
- Me perdoa. - Ele pediu em meio ao choro - Eu vou te salvar amor. Tu não vai morrer. - Ela o ouviu dizer.
No entanto, a dor já deixava seu corpo que agora parecia mais pesado do que o normal. E o sono que a atingia com força.
Ela queria poder dizer para Alexander, que sentia muito, que ele perdoa-se sua traição. Pois, ao ver a tristeza e a dor nos olhos de cristal. Descobriu ter cometido um grande erro.
Cristian arrancou o medalhão do pescoço dela. E estendendo ele para o cima recitou:
- Quia caritas requirit ut homo, quia coniungit nos magia, quod link Index conteram et non manet in aeternum, sicut et die ac nocte cycle hoc faciant, et vadit ad me ut hodie una debet.
Mesmo ele falando o feitiço em outra língua. Angeliny podia entender que dizia:
" Que o amor nos ligue, que a magia nos una, que esse elo não se quebre e para sempre perdura, assim como o dia e a noite cumprem seu ciclo, essa que hoje parte volte para meu destino".
Ao terminar ele chocou o medalhão contra o corpo dela. Um raio seguiu a peça acertando o corpo de Angeliny que se desfez em milhares de partículas sendo levadas pelo ar em um pequeno redemoinho.
- O que tu fizestes! - Alexander gritou ao se aproxima e acertar um soco na face de Cristian que caiu sorrindo. - nos condenou!
- Não. - Ele sussurrou ao se levantar. - Eu condenei apenas a ti.
Alexander ao ver o sorriso na face de Cristian. Perdeu o controle que ainda lhe restava.
Ele o atacou sem poderes, apenas corpo a corpo. Chutando e socando sem parar. Cristian usará todas as suas forças para salvar Angeliny. Por essa razão não conseguia se defender.
Emedor ao ver a situação, correu para separa-los.
- Alexander pare! - ele gritou em vão enquanto o puxava para longe.
- Ele a matou! - Ele respondeu sem olhar para Emedor.
- Se continuar vai mata-lo também.
- É isso que eu quero! - Ele tentou se lançar outra vez sobre Cristian que estava desacordado sobre o chão.
- Chega! - Emedor gritou. E sem nenhum esforço teletransportou o corpo de Cristian dali.
- O que fez? - Alexander perguntou irado se virando para ele.
- O que foi vira contra mim agora? Está infracional. Acalme-se.
Alexander caiu de joelhos sobre as pedras. Agora o peso caia sobre sua cabeça como uma rocha.
Bem ali na fenda que havia sobre o chão de pedra. Estava a aliança de Angeliny. As lágrimas finalmente vieram e ele gritou de dor.
Os ventos surgiram do norte açoitando a noite. A chuva trazida por eles era fraca e se misturavam as lágrimas de Alexander que ainda de joelhos apanhou a aliança.
Ele não saberia dizer nesse tempo como estava se sentindo. Palavras como mágoa, tristeza ou dor. Pareciam mero eufemismo.
A dor em seu peito era sufocante como se adagas tivessem sido transpassadas pelo seu coração.
Memórias como do dia que se conheceram ou do sorriso dela, surgiram em sua mente. Ele nunca mais veria aquele sorriso. Não, ele não sentiria mais o toque dela em sua face ou seria observado enquanto dormia.
As lágrimas ardia cada vez em seus olhos. Era até irônico para ele notar que já chorava com saudades e nem mesmo se lembrava da traição que o motivou chegar até ali.
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