Capítulo Dois: Teste de Gravidez
N/A: Olá baby's!
Aqui estou surgindo com um novo capítulo desse meu xodó <3
Estou tentando fazer capítulos mais curtos ultimamente, tendo a escrever uma bíblia em cada capítulo e pretendo flexibilizar mais isso pra poder me treinar. Talvez aumente conforme a intensidade da estória.
Espero que gostem <3
A única coisa que Peter conseguia fazer naquele momento era encarar as duas caixas de teste de gravidez que estavam em sua frente, sim ele havia pedido para May comprar duas só para ter certeza do resultado.
Havia pedido para a tia sair e deixá-lo sozinho, ele precisava daquele momento.
O cio estava atrasado, mas isso podia algum tipo de desregulação em seus hormônios, certo? Não significava que ele estava de fato grávido.
Peter respirou fundo e inspirou por um tempo, queria reunir toda coragem que tinha dentro de si para seguir em frente e fazer o teste, era muita coisa em jogo caso desse positivo, pelo menos para ele administrar.
-Um, dois, três... Vamos, pegue a caixinha, Peter, não é nada demais, você vai rir depois que o resultado der negativo. -ele falou para si mesmo enquanto batucava o pé de maneira nervosa no chão.
E assim ele o fez, pegou uma caixinha e abriu, tirando de dentro um pequeno pote coletor, um bastão de plástico que parecia um termômetro digital e as instruções.
O celular vibrou, ele pensou em ignorar, mas tudo que adiasse aquele momento seria bem vindo. Peter pegou o aparelho e passou os olhos pela tela.
Tony Mozão, 04:36 pm
"Hey amor, o que acha de comermos comida indiana hj a noite?"
Ele pensou se responderia a mensagem rapidamente ou faria o teste antes e já enviaria algo a mais no texto, como: Ah, eu prefiro japonês, peça shimeji para mim, aliás estou grávido :3.
Mas não, seria melhor agir naturalmente e caso aquilo realmente fosse real -ele esperava que não. - teria que contar ao vivo.
Então respondeu:
Peter Baby <3, 04:39 pm
"Parece uma boa ideia, mas prefiro japonês :)"
Tony Mozão, 04:36 pm
"Sem problemas amor da minha vida, tudo o que te fizer feliz <3"
Peter Baby <3, 04:39 pm
"<3"
Por mais que amasse Tony, ele não estava muito a fim de troca de mensagens românticas naquele momento, precisava seguir em frente com que estava fazendo.
Peter colocou o celular no silencioso e voltou a ler as instruções.
Okay, o procedimento era fazer xixi no potinho, depois colocar o bastão dentro do potinho por um minutos, após isso era tirar e deixar agir por cinco minutos.
Peter se despiu do uniforme do Homem Aranha que ainda estava usando e ficou só de cueca, e então fez todo o processo.
Começou a esperar os cinco minutos, ele não parava de olhar o cronômetro, mas parecia que cada segundo durava pelo menos um ano para passar.
Um turbilhão de pensamentos passava pela sua cabeça, como poderia lidar com aquilo?
Apesar de saber que Tony o amava, ele era inseguro naquela questão, o namorado estava em uma fase super importante da vida onde ele e Bruce estavam sendo prestigiados por terem desenvolvido a tecnologia de reposição de membros, eles haviam conseguido readaptar pessoas com todo o tipo de deficiência e isso havia sido um pulo enorme para a ciência, na mídia se falava até em prêmio Nobel. Como Tony poderia lidar com Peter falando para ele que esperava um bebê? Não teria tempo para isso, ultimamente o mais velho andava tão ocupado.
Ao se perder em seus pensamentos Peter viu que faltavam dois minutos. Droga, aquilo era torturante.
Caso o teste desse negativo ele ficaria muito feliz e aliviado e com certeza procuraria o supressor anticoncepcional mais forte que existia no mercado, preferia não passar por aquele susto de novo.
Faltavam alguns segundos para o tempo terminar, o cronômetro parecia cada vez mais lento. Peter pegou o bastão e ficou encarando a área que diria o resultado. Um risco era negativo e dois era positivo.
Um risco, por favor, um risco.
Um risco, por favor, um risco.
Um risco, por favor, um risco.
Lentamente um risquinho rosa foi aparecendo do lado esquerdo do teste e foi ficando mais forte, o coração de Peter palpitou e ficou mais leve, mas quando pensava que tudo estava certo, o segundo risco começou a aparecer, porém de maneira mais fraca. Seu coração acelerou.
Segundo as instruções, se o segundo risco estivesse mais fraco, poderia sim indicar gestação, mas seria necessário um exame mais elaborado em uma hospital, como ele não poderia esperar, logo rasgou a caixa do outro teste e repetiu o processo, dessa vez mais lento do que nunca.
Não deu outra, após o tempo esperado, os dois riscos rosas apareceram bem marcados na área de resultado do teste.
As pernas de Peter ficaram trêmulas e podia jurar que sua cara estava da cor de giz. Ele se sentou no chão gelado do banheiro e encolheu as pernas colocando a cabeça sobre elas, ficou assim por um tempo tentando assimilar.
Então havia um pequeno ser crescendo dentro de si? Uma pequena criatura que era uma mistura do DNA dele com o de Tony. Aquilo era simplesmente insano de se pensar.
Algumas horas antes ele estava descendo a porrada no Lagarto e agora estava sentado no chão do banheiro tendo que lidar com o fato de que estava grávido.
Ouviu batidas na porta, era May, ela devia estar esperando alguma resposta.
-Entre. -ele falou com a voz falha.
A tia abriu a porta com cuidado e entrou devagar.
-Já tava preocupada, você não falou nada. -disse ela se sentando ao seu lado, ambos encostados na banheira. -Qual foi o resultado?
-Positivo. -murmurou Peter.
-Meu Deus querido, isso é maravilhoso! -falou May entusiasmada, mas ele não a acompanhou na animação. A tia o olhou sem entender. -Por que essa cara? Você devia estar feliz! Um bebê vem por aí.
Peter suspirou de forma pesarosa.
-Eu sei, mas eu só tenho vinte anos, mau sei cuidar de mim mesmo, como vou cuidar de uma criança? -ele falou olhando para May tentando não soar desesperado demais.
-Ninguém nasce sabendo cuidar de um bebê, Peter, isso é aprendido. Você mesmo foi o primeiro e único filho e sua mãe se virou, depois eu assumi e também não sabia nada sobre cuidar de crianças, mas a gente aprende na raça, o importante é não deixar morrer. -May tentou fazer uma piada, mas aquilo não saiu da maneira que esperava.
O castanho não respondeu, só conseguia pensar no namorado, qual seria a reação dele.
-E se ele não quiser...? -ele falou em um sussurro.
-Ele quem? Tony? -Peter assentiu. -Meu Deus, Peter, você está se ouvindo? Ele é seu alfa, é claro que ele vai querer a criança, isso é dos maiores feitos de uma alfa.
-Mas alguns rejeitam a criança, eu já ouvi casos que o alfa faz o ômega tirar o bebê por não estar contente com o sexo ou por a criança ser ômega. -ele falou em um muxoxo. Havia ouvido falar em alguns casos bizarros mesmo e isso só o assustava mais.
-Falando assim nem parece que você conhece o Tony. Isso de rejeitar é coisa de alfa cruel, que não dá a mínima para a sua família e o Stark não parece ser assim, ele te ama e garanto que vai amar o filhote de vocês também.
May abraçou Peter de lado e colocou a cabeça dele sobre seu ombro.
-Isso é tão assustador. - ele falou.
-Vai ficar tudo bem, Tony é um ótimo alfa, garanto que ele vai ser um ótimo pai. Fale para ele, ele merece saber.
-Eu vou ter que contar de qualquer forma.
-Não fique preocupado, vai dar tudo certo.
Era impossível não ficar, ele só conseguia pensar em como contar para Tony sobre aquilo, sobre aquela pequena coisa.
~*~
O clima na oficina de Tony era leve, eles já haviam jantado e agora estavam abraçados no sofá enquanto assistiam a um filme bobo de comédia.
Peter mal havia tocado na comida e o namorado percebera, mas o garoto conseguiu despistar dizendo que May tinha feito bolo e ele havia comido demais.
Aliás, o clima aparentava ser leve, Tony gargalhava com algumas piadas do filme, mas Peter mantinha sua cabeça afundada em possibilidades.
Haviam um certo grupo de palavras que estavam impregnadas em sua garganta, um coceira, elas precisavam ser ditas, mas a coragem não vinha. Preferia ter que enfrentar os Sexteto Sinistro todos os dias antes do café da manhã do que ter que lidar com aquilo.
"Tony, eu estou grávido..." Ele se imaginava dizendo.
"Amor, vou ter um baby Stark!" Animado demais.
"Anthony, eu terei um herdeiro seu." Mas que merda, ele estava onde? Em um romance do século dezenove?
-Não está gostando do filme? -perguntou Tony, ele estava com o braço envolta do ombro do garoto e eles estavam bem próximos se olhando nos olhos.
-Ah, estou sim. -respondeu Peter com um sorriso fraco e desviando o olhar.
Gostaria de esconder seus sentimentos melhor, mas era difícil ser transparente em um momento como aquele.
-Você nem está rindo, esse filme é hilário. Está bravo comigo por algum motivo que não sei? -o mais velho falou com delicadeza.
-Não estou bravo, acho que só estou cansado, hoje patrulhei bastante. -respondeu ele de forma simples.
-Deita aqui -falou Stark dando um tapinha no peito. Em ocasiões normais Peter deitaria com todo gosto, acontece que naquele momento toda sua energia estava sendo consumida pelo o que tinha em mente.
-Na verdade... Se importa em terminar de ver o filme sozinho? Acho que já vou para cama. -disse Peter com um tom arrastado e levemente atuado de cansaço.
Tony lançou uma olhar curioso para ele, havia aquele leve arquear na sobrancelha que denunciava desconfiança, só que Peter não queria lidar com aquilo naquele momento.
-Dormir? Tipo, dormir?
-Sim, Tony, que tipo de dormir você acha?
-É que eu meio que achei que a gente ia brincar hoje. -falou o mais velho se aproximando com um sorriso travesso, ele deu alguns beijos sobre a curva do pescoço de Peter.
-Desculpa, amor, mas hoje não tô no clima. -respondeu o castanho de desvencilhando delicadamente dos braços do homem. Peter ficou em pé, mas foi segurado no braço por Tony.
-Não vá, fique aqui comigo mais um pouquinho. -pediu ele com um olhar meigo, coisa que Tony só fazia quando realmente queria algo, mas o garoto não cedeu.
-Amor, eu realmente estou cansado. -disse Peter com pesar e ombros caídos.
Stark balançou a cabeça e suspirou.
-Então vá, daqui a pouco vou pra cama com você. -Ele deu um beijo no dorso da mão de Peter. -Boa noite.
-Boa noite. -respondeu o castanho. -E nada de ficar até tarde na oficina.
-Entendido. -Tony falou batendo continência, o ato arrancou um breve sorriso do mais novo.
Peter foi até o banheiro da suíte principal e escovou os dentes, demorou cinco minutos em cada lado da boca enquanto seu pensamento não estava lá muito focado na limpeza complexa da arcada dentária. Enxaguou a boca e secou o rosto se olhando no espelho, ele ficou se encarando por um tempo.
Obviamente ele contaria ao namorado sobre a gravidez, mas antes de contar para Tony ele precisava lidar com os próprios pensamentos, que estavam demasiadamente barulhentos. As coisas seriam melhores se ele se acalmasse primeiro.
Havia um enorme espelho no banheiro, daqueles que refletem o corpo inteiro, Tony sempre analisava as vestes quando ele se arrumava, Peter pegou aquele costume também, mas naquele momento o garoto estava parado em frente ao espelho analisando seu corpo.
Ele ficou com as braços esticados ao lado dos quadril e virou para os lados analisando o ventre. Então uma pequena coisinha estava morando ali?
Levantou o tecido da camiseta do Ozzy Osbourne que pertencia a Tony, mas ele estava usando, admirou a pele clara da barriga e alisou com as pontas dos dedos, depois com a mão toda.
Uma pequena coisinha morava ali e cresceria ali por alguns meses até vir ao mundo. Isso não era algo assustador?
Colocar alguém no mundo parecia ser um ato muito grande, uma enorme responsabilidade.
Aquele serzinho era uma mistura dele e de Tony e posteriormente desenvolveria sua personalidade única.
Peter sorriu consigo mesmo ao imaginar um bebê de cabelos castanhos levemente cacheados, um pequeno cavanhaque inspirado no de Tony e aquele sorriso travesso que também pertencia ao Stark.
Ele saiu da frente do espelho e foi até a enorme cama que havia no quarto, se deitou se enrolando nas cobertas.
Peter alisou sua barriga novamente com semblante pensativo. Sentia algo novo dentro de si, uma onda calorosa, se tivesse que descrever seria algo como uma nova espécie de amor, e sentia que estava crescendo aos poucos como uma flor quando desabrocha.
Havia uma pequena semente dentro dele, e ela também estava desabrochando.
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