Capitulo XIII:Esboço.
Mesmo com o salto de Khlaus em direção a filha, Amy é atingida em cheio e cambaleia para trás, Ayin gargalha muito alto em meio a queda da garota que de repente se apoia e volta a ficar de pé.
-Não se esqueça de quem sou filha – Amy dá um passo se apoiando mais ao chão.
-Então tem resistência a poderes primordiais... – Ayin corta o riso.
-Khlaus achamos seu capacete – Fala Sairento entregando o capacete quebrado a Khlaus.
-Espero que ainda exista algum androide inteiro – Khlaus se recompõe em sua postura ao ver que tudo estava bem.
-Vai cortar nossa brincadeira assim? – Ayin recarrega as pistolas puxando um botão nelas.
Três androides saem de escombros pelo comando de Khlaus e tomam a frente da batalha com Khlaus se voltando aos amigos.
-Vocês se afastem, não sei o que era para ser aquilo, mas não são poderes normais –
-Sinceramente eu achava que você seria muito mais poderoso, digo tens o primordial que era o líder disso tudo e está nessa volta – Ayin aponta as pistolas.
AO atirar o laser das armas sai corroendo tudo no caminho inclusive os androides de Khlaus, quando estava prestes a atingir Khlaus e os demais uma tartaruga aparece segurando o disparo com seu casco.
-Amy – Khlaus olha para trás.
-Esse poder é algo proibido no futuro – Fala Amy com suas mãos voltadas à frente.
-Como consegue defender isso? – Ayin se impressiona.
-Era óbvio que não seria tão fácil – Uma voz surge dos escombros atrás de Ayin.
-Não pode ser... – Amy respira fundo arregalando os olhos.
UM homem alto e magro com uma abobora na cabeça aparece entre as paredes caídas.
-Conhece ele? – Khlaus olha para Amy.
-Eu já o vi antes... –
-Onde? –
-No seu museu... segundo o que tinha lá ele foi um forte inimigo seu –
-Se alguém forte como aquele cara nos mandou aqui não seria um simples trabalho não acha? – Fala o homem parando ao lado de Ayin.
-Como a abobora mexe como se fosse mesmo a boca dele – Sairento observa o inimigo.
-Mas é – Amy responde tirando a invocação de alma.
O espantalho dá um pequeno passo e em um salto aparece atrás de Sairento que no impulso puxa sua pistola e atira na cabeça de abobora.
-Cuidado Say – Fala Khlaus inclinando lateralmente sua cabeça.
O espantalho retorna sua cabeça para frente começando a rir, Sairento atira mais ainda e a cabeça de abobora começa a pegar fogo ainda se mexendo em gargalhada, o fogo criava o formato anterior da abobora.
-O que você é? – Sairento começa a se afastar.
-O resultado de um pesadelo eterno – As chamas se mexem como se fossem uma boca de abobora de halloween.
-Ei não era a mim que queriam? – Khlaus se vira para o espantalho.
-É um pouco mais do que isso, mas no geral é você Khlaus – Ayin inclina a cabeça em diagonal com um sorriso no rosto – Porém podemos brincar com seus amigos também não? –
-Sairento você sabe nadar certo? – Khlaus olha de novo a Ayin.
Ayin tenta avançar em Khlaus, porém em um piscar de olhos a sala desacopla dos destroços de Arkadia entrando em meio ao oceano, ao sair na praia com as meninas Sairento busca pelos inimigos e Khlaus.
-Ele deve ter ido para algum canto e eles o seguido – Fala Amy se levantando e olhando em volta.
-Então quem realmente era aquele? – Sylwia os observa sentada na areia.
-Um dos inimigos conhecidos por não ter sido facilmente capturado, o rank dele não estava especificado, porém tinha alta periculosidade – Amy olha tremendo os olhos para Sairento e após Sylwia.
-Temos que achar a foice de Khlaus – fala Sairento voltando a água.
-Espera, tem algo melhor – Fala Amy esticando uma das mãos.
-O que seria? – Sairento retorna.
-Uma das Tsukyijis... acho que Sylwia pode chegar ao local onde ela se encontra –
-Fale mais – Sylwia se levanta.
Enquanto isso Khlaus corre por uma ilha sendo buscado por Ayin e o espantalho.
-Finalmente o torneio bandeira de prata está valendo de algo – Khlaus adentra uma caverna e – Espero que não existam animais selvagens aqui dentro, se precisar lutar ou usar os dragões estou frito-
Era possível escutar explosões fora da caverna e o fogo lá fora demonstrava que estavam destruindo tudo em busca de Khlaus.
-Posso ganhar um tempo aqui dentro – Khlaus anda e para em frente a algo – O que é isso? –
Um hipogrifo grita como uma águia peitando Khlaus.
-AH é mesmo... temos criaturas aqui agora – Khlaus encara a ave gigante – Domei uma fênix, tu és fichinha comparado a isso –
O grifo abaixa a cabeça ficando com o corpo reto e começa a andar em direção a Khlaus que fica parado encarando sério ele.
-Era zoeira – Khlaus começa a recuar os passos com o grifo o seguindo – Quer conversar não? –
Em um avanço batendo as asas o grifo ataca Khlaus que desvia fazendo assim o grifo sair da caverna e dar de cara com os incendiários que logo tentam o atacar e ele vai em cima.
-ótimo distraia eles – Khlaus volta a andar para dentro da caverna escutando os gritos do grifo e ao entrar mais vê ovos e dois filhotes – Ah... vou me arrepender disso –
Khlaus pega algumas pedras do chão e salta para fora da caverna lançando algumas pedras em Ayin e no espantalho logo se jogando em moitas, eles começam a segui-lo deixando o grifo em paz.
Enquanto essa fuga ocorre Sylwia procura por a equipe de Khlaus que estava ajudando a conter toda a confusão com essa demanda enorme de criaturas somadas a queda de Arkadia, ao chegar até eles pedem para que Kethry os acompanhe e vão a um local reservado atrás de uma casa.
-Preciso que concentre seu poder com o da Sylwia para conseguirem entrar na dimensão espelhada e pegar o arco de Eldor – Amy começa.
-Onde? Ortígia falou que isso era uma lenda em uma história quando estava aprendendo a usar meus poderes –
-Ortígia preparando o gramado para o jogo – Fala Amy rindo – Existe, a dimensão espelhada existe e uma das Tsukyijis está lá por conta da dificuldade que é entrar –
-E como acha que iremos entrar lá? – Sylwia olha de lado.
-Basta só o braço, se Sylwia conseguir pegar o arco e traze-lo a dimensão comum já basta –
-Vamos tentar, Khlaus precisa de nós – Fala Sairento.
-Onde ele está? – Kethry ainda sem entender tudo aquilo questiona.
-Eu o localizo, mas antes precisamos pegar isso que segundo Amy vai ajudar – Sylwia tenta adiantar aquilo.
-Ah e vamos precisar de uma pessoa da equipe em especifico após pegar o arco – Amy fala sem jeito.
-Só fala isso agora? – Sairento passa a mão no rosto.
-Sou eu, não é? – Kamai chega se aproximando.
-Como sabe? Ah é meio logico tirando o Sairento é a única atiradora..., mas você nos seguiu? – Amy olha para a garota se aproximando.
Voltando a Khlaus boa parte da ilha estava já destruída com os ataques buscando acertar Khlaus em fuga, a mata verde estava quase totalmente seca por conta das chamas e nesse momento Khlaus para de frente a água.
-Decidiu desistir? – Ayin para mirando em Khlaus.
Khlaus senta de frente a eles, e o espantalho atira chamas que passam perto ao rosto de Khlaus.
-Por que são do mal? – Khlaus olha pressionando os olhos para eles.
-Por que você é bonzinho? – O espantalho caçoa.
-Sou um fã de proteger aqueles que amo – Khlaus mexe na areia enquanto fala.
-E nós somos fãs da discórdia – Ayin sorri.
-Na verdade nem sei por que falo com vocês, são só capachos, não é? Paus mandados –
-O que quer dizer com isso? – O espantalho caminha com raiva até Khlaus.
-Só estão fazendo isso por que alguém mandou, não estão pela discórdia e sim por que são cãezinhos que obedecem a um dono – Khlaus começa a rir.
-Repete! – O espantalho começa a pegar mais fogo.
-Seu amigo ali não está bem – Fala Khlaus apontando para Ayin que estava com suas mãos na cabeça.
-O quê? – O espantalho se aproxima.
Ayin começa a fazer mais e mais expressões de dor sem emitir som algum, ele cai no chão ajoelhado sentindo mais e mais dor.
-Me ajuda – Fala Ayin suplicando.
O espantalho para a frente de Ayin e com um virar para a frente ele carboniza o companheiro.
-Sua dor acabou, e o que dá duvidar das próprias vontades como um vilão – Espantalho fala se virando a Khlaus – Te daria um fim igual, porém nada rápido é prazeroso –
-Gecko mais alguma ideia? –
-O primordial do ódio só me disse isso... claro após ficar um bom tempo comentando sobre um anjo sem asas e rindo disso –
-Pronto Khlaus? – O espantalho se aproxima mais e mais de Khlaus em passos compassados – Não tem nenhum plano além de se sentar aí? –
-Quando caímos no mar foi o Ayin que te carregou –
-Exatamente, por que está falando disso? –
-Significa que ou não sabe nadar ou simplesmente água te abala –
-Não irei encostar em uma só gota de água não se preocupa – Fala o Espantalho começando a aquecer as mãos.
-Ela que vai te tocar – Khlaus abaixa a cabeça rindo levantando somente um lado da boca.
-O que quer dizer com isso? – O espantalho para tirando o riso do rosto.
-Essa ilha afunda todo final de tarde, e está começando a erguer a maré –
-Então vou o matar e sair daqui, posso não ser ativo na água, mas não morreria por isso e posso sair daqui enquanto ela não sobe – O espantalho levanta a mão preparando chamas – Gostaria que isso fosse demorado e continuo, mas não será possível né –
No momento que ele desce a mão para atingir Khlaus, Khlaus coloca suas mãos sobre a cabeça para defender porém no abrir de um portal uma rajada acerta o espantalho o mandando longe e fazendo uma trilha na praia, Khlaus retira seus braços da frente e vê Amy, Sylwia, Kethry e Kamai saindo do portal com Kamai segurando um arco.
-Isso é... –
-Uma Tsukyiji, exatamente – Fala Sylwia.
O espantalho se levanta com o pedaço do ombro esquerdo destruído faltando o braço juntamente.
-Realmente esse arco é poderoso – Fala Kamai olhando a arma.
-Ainda não comemora – Fala Amy olhando.
O local onde estava destruído começa a pegar fogo e logo o braço reaparece em uma chama única como se estivesse sendo aceso algo.
-Kethry abre algum portal – Fala Kamai apontando o arco e atirando no Espantalho.
Kethry começa a pensar uma dimensão onde aquele inimigo não vá dar trabalho enquanto os tiros começam a acertar o inimigo que continua andando.
-Não sei para onde o mandar – Fala Kethry.
-Rápido – Fala Kamai vendo que o espantalho estava cada vez mais perto com os ferimentos em chamas, mesmo após acertar os joelhos ele continuava a avançar se arrastando.
O espantalho começa a regenerar tendo agora começado a resistir aos tiros de Kamai, Sylwia que também estava pensativa faz que sim para Kamai e Kamai ajoelha carregando bem o arco enérgico, quando o espantalho estava a menos de 2 metros dela ela dispara e Sylwia abre um portal assim com o impacto do tiro ele foi ferido e jogado para dentro do portal com ele fechando após.
-Por que o senhor não tentou ao menos lutar? – Fala Kethry aproximando de Khlaus de forma educada.
-Se usasse poderes nesse momento era um tiro único, pensei em estratégia no lugar de me arriscar a algo que não poderia dar certo – Khlaus se levanta indo até a floresta em passos lentos.
-Onde está indo? – Sylwia fala o seguindo junto as demais.
-Houve um animal inocente que se feriu, não era minha intenção – Fala Khlaus entrando na caverna e sendo seguido.
Ao adentrar ele encontra a mãe grifo encostada na parede com seus filhotes em volta, ela estava ferida e Khlaus tenta se aproximar, porém os filhotes voam nele o bicando e arranhando, ele continua a andar mesmo com alguns arranhões e alguns vermelhos na pele devido as bicadas.
-Olá – Fala Khlaus de frente ao grifo enquanto os filhotes continuam a ataca-lo.
-Gecko você consegue manter o modo de luz do núcleo? –
-Só é possível o manter por segundos, força muito tentar deixar puro e só foi possível daquela vez por estar entrando e saindo com o chatão lá contendo os danos com a energia dele –
-Então é possível ter a energia de luz? –
-Khlaus você está ferido e exausto, leva ela para alguém a curar –
-Desculpa, mas não posso deixá-la sem os filhos e vice-versa, além de que sei que não iriam sair daqui fácil –
-10 segundos – Fala Gecko suspirando e dando as costas.
-Vamos lá... dá certo... – fala Khlaus pondo as mãos a frente do grifo.
As mãos começam a piscar passando de negro para luz e após falhando, naqueles ataques dos filhotes, o esforço de Khlaus e a grifo ali recostada com dor ele finalmente entrou no modo luz e começou a curar ela, após curada Khlaus cai para o lado exausto e ela se levanta voando para o teto e encarando Khlaus.
Sylwia pega Khlaus nos ombros e Kamai vai a ajuda apoiando o outro lado e começam a andar para a direção de saída da caverna, porém a grifo voa tomando a frente deles.
-Sei que se feriu por culpa minha, mas vim a curar, desculpa mesmo – Fala Khlaus.
O grifo dá alguns passos se aproximando e as garotas começam a se preparar para lutar.
-Não ataquem, se ela tentar avançar contra mim é responsabilidade minha – Fala Khlaus.
A grifo se aproxima mais ainda e fica de frente a Khlaus que ainda segue sendo apoiado, as meninas encaram esperando que ela iria ataca-lo, porém ela passa sua cabeça sobre Khlaus se alisando.
-Ela gostou de você – Fala Kethry rindo ao ver que a situação tensa ficou bem leve.
-Se o senhor vai levar ela, eu posso ficar com um filhote? Achei tão fofos – Fala Amy olhando a grifo fazendo caricias no pai.
-Primeiro você daqui a pouco retorna ao futuro então não sei que consequências daria isso – Fala Khlaus olhando para a filha e retornando a grifo e dando um leve sorriso – e uma mãe não pode ser arrancada do local de origem mesmo levando seus filhotes com ela, poderia ser perigoso a eles, provavelmente seriam caçados –
Khlaus se lembra o que ocorre com aquela ilha e olha em volta.
-Mas ela corre perigo aqui também – Fala Khlaus.
-Vamos levar eles? – Pergunta Kamai também animada com a ideia.
-Abram o portal antes que eu me arrependa – fala Khlaus suspirando cansado.
Kethry abre o portal para casa e eles atravessam sendo seguidos pelos grifos, ao chegar lá Nambat que estava atrás de Khlaus pede para que o coloque sentado no sofá e junto a Crane ele se senta em uma cadeira a frente dele.
-Crane tem algo a te contar Khlaus – fala Nambat começando.
-O quê? – Khlaus olha para Nambat e Crane logo após com um ar de medo do que podia ser.
-Na troca equivalente não dei o seu núcleo de deus para o trazer de volta – Fala crane toda sem jeito.
-Como assim? Eu não o sinto em mim – Khlaus fica surpreso.
-Se o núcleo de deus deixasse de existir toda a ordem natural das coisas seria quebrada – Nambat passa a mão no rosto limpando o suor – Achei estranho tudo aquilo e quis ir atrás dela –
-Mas eu não o sinto dentro de mim, só percebo a existência do núcleo negro... quer dizer o bipolar que tenho –
-Seu núcleo de deus está sem resposta por que você o negou, você teve medo e receio quanto a ele, a muito tempo ele começou a falhar por isso... – Crane levanta o olhar – o guerreiro que ele havia escolhido tinha sumido e ele estava parando de responder –
-Okay ele ainda está comigo, mas afinal o que foi pago em troca da minha volta? – Khlaus olha para ambos e para seus amigos.
Crane se levanta andando até o canto da sala.
-Os poderes dela, a maior maga da história tendo poderes incríveis até para alguém que tinha núcleo de deus – fala Nambat jogando ar pelas narinas com um peso na fala.
Sylwia se volta a mãe dela com um olhar vazio.
-Mas espera ela usou os poderes após eu voltar, eu tenho certeza disso – Fala Khlaus tentando se levantar.
-Como disse eram muito incríveis os poderes dela, foram sendo tomados gradualmente e após um ultimo uso eles se foram de vez – fala Nambat.
Crane de costas coloca as mãos no rosto.
-O que ela fez por último? – Sylwia olha para Nambat buscando respostas – Qual foi o uso de poderes que fez com que finalizasse tudo? –
-O presente que ela sempre quis te dar, todo o estudo e criação dela – Nambat se levanta parando a frente de Sylwia – Ela te deu a dimensão que ela criou –
Crane começa a soluçar enquanto suas lagrimas batiam no chão.
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