Capitulo XII:Castelo Desfeito.


-Por que sempre se negou a me falar dele? – Khlaus fala no canto da nave.

-O que acha que pensaria se eu falasse "seu pai é um criminoso galáctico"? – Nambat sai da cabine e vai até ele.

-Que você não escondeu nada – Fala Khlaus virando o rosto.

-Seu pai era um grande guerreiro – Nambat senta ao lado de Khlaus.

Khlaus continua de rosto virado como se não quisesse escutar mais nada.

-Sabe ele nos ajudou muito em combate, foi um dos melhores da velha época – Fala Nambat olhando para cima ao lado de Khlaus – Acha que herdou de quem a capacidade de controlar múltiplos corpos? Dois dragões ao mesmo tempo ou esse exercito de metal que tens –

-Veio dele? – Khlaus continua sem olhar diretamente para Nambat.

-Ele tinha a invocação de alma mais forte que vi, um exército de vikings –

-Como assim? – Khlaus vira o rosto – Todos muito poderosos? –

-Havia um limite – Nambat vira seu rosto a Khlaus – Ele podia pôr 2 com 50% das habilidades dele ou centenas com uma pequena fração de seu poder de combate –

-Significa que se o exercito era forte meu pai em combate era um monstro? –

-Ele e sua mãe juntos sempre voltavam ilesos – Nambat sorri.

-Deve ter machucado...- Khlaus se vira a Nambat – Digo, quando ele fez aquilo e foi pego, deve ter sido duro para você –

-No começo não quis acreditar, mas ele ficou calado e não negou assim – Fala Nambat.

-A minha mãe... –

-Não, foi depois dela se selar para sempre como a soneto – Fala Nambat.

Khlaus de repente vira o olhar arregalando os olhos e após correndo até a sala de comando.

-SAIRENTO – Fala Khlaus pulando e puxando o manche da nave a fazendo desviar o rumo.

Nesse momento um raio imenso passa na lataria da nave indo em direção a um outro lugar.

-Khlaus aquilo... – Sairento fala assustado.

-O canhão de fótons da terra – Fala Khlaus se levantando com o tom triste.

-Como aquilo foi atirado, você não fez isso do nada, não é? –

-Dominaram Arkadia... –

-Quê? Como assim! Seus bio-droid's não eram resistentes a tudo, até bombas de milhares de Celsius – Sairento fica muito confuso com aquilo.

-Eles têm uma fraqueza – Khlaus senta enquanto a nave segue o rumo.

-E aquele tiro estava mirando o que? - Sairento vira o olho a Khlaus.

Khlaus fica calado pressionando os lábios.

-Fala Khlaus – Começa a se irritar Sairento.

-A nave dos bibliotecários –

-O que? Por que ele estava mirando neles? –

-Caso fossem perigosos não iam voltar a vocês –

-Ao chegar na terra damos um jeito de ir até lá, infelizmente só temos combustível para a ida – fala Sairento.

-Desculpa Say... – fala Khlaus saindo.

-Ei volta aqui, temos uma longa viagem, me fala mais sobre isso tudo –

-O que quer saber – Khlaus volta sentando ao lado dele.

-Qual a fraqueza de seus androides? Você fez maquinas incríveis que se passavam por humanos e eram impossíveis de se destruir, gostaria de saber o que havia de errado –

-Eles eram feitos de metal residiano, aquele do meu segundo planeta –

-Metal Grymmar... sei –

-A fusão dele não é com calor como os metais terrestres – Khlaus olha para Sairento – Existe um liquido chamado Wanty que assim como o fogo para os humanos, para os Grymmar não pode ser tocado -

-O Wanty serve para derreter o Metal residiano? –

-Isso, basta colocar um pedaço do metal em cima da forma que deseja fazer o material em quer que seja feito de metal residiano, ao colocar Wanty próximo ao metal ele derrete e fica na forma que o fez derreter –

-Então ao usar Wanty os seus androides se dissolvem? –

-Exato, vi isso na composição de Pawa – fala Khlaus.

-Pera, onde? – Sairento toma um susto voltando o olhar.

-Então ele já descobriu... – Fala Amy para Nambat no fundo da nave escutando a conversa.

-Começou a entender – Fala Nambat.

-O corpo de Pawa era resistente daquele jeito por ter metal residiano e mais coisas ali, não pude o entender totalmente – Fala Khlaus.

-Então Pawa realmente não é humana? – Entra Sylwia na cabine ao escutar aquilo.

Khlaus dá um sorriso pressionando seus olhos junto.

-Ela é mais humana que a maioria –

-Quando a curou utilizou o mesmo que nos bio-androides? – Pergunta Sairento.

-Ela é mais do que eu possa entender, os órgãos dela pareciam que eram auto regenerativos, porém a parte que ela estava ferida não curava – fala Khlaus abaixando a cabeça.

-Ei, já falamos sobre isso, não foi sua culpa – fala Sylwia abraçando Khlaus – E você a trouxe de volta –

-Foi mais o núcleo novo e um selo que encontrei nela –

-Um selo? – Sairento se interessa ainda mais.

-Era estranho, tinha dois círculos com símbolos diferentes, três flechas na parte de cima e brilhava fraco um dourado –

-Parte da construção de Arkadia foi na intenção de energizar o tubo de Pawa também, não é? – Fala Sairento observando o caminho que seguia.

-Era a solução para tudo, a paz, a cura de Pawa e quem mais precisasse, a segurança, poder te salvar... me redimir das minhas falhas – Fala Khlaus.

-Khlaus sempre vamos falhar, como dizem... é humano isso – Fala Sylwia.

-Não é sobre falhar menos, é a luta diária para compensar cada erro meu com acertos – Fala Khlaus limpando o rosto com as mãos.

-Pawa está bem, Sairento conosco, e provavelmente será fácil resolvermos seja o que for que ocorreu em Arkadia..., mas Khlaus o que fará após isso? – Pergunta Sylwia se afastando.

-Meu caminho será buscar poder, a única coisa que me resta é derrotar o maior perigo que nos ronda –

-Khlaus, a família tá reunida, nos dá um tempo com você sem que se arrisque mais ainda – fala Sylwia.

Khlaus se encosta na poltrona da nave sem responder nada, como se qualquer coisa que ele falasse fosse o errado para aquele momento, Sylwia vai a outra sala da nave e volta com Amy.

-Khlaus você é pai, olha essa garotinha, ela é sua filha – Fala Sylwia – Ela não teve o pai presente, por que provavelmente você continuou assim em mais e mais missões –

-Amy... no seu tempo a paz existe? – Khlaus pergunta olhando a frente.

-Sim papai – Amy responde se aproximando devagar.

-Se ela existe significa que eu consegui, que venci as tormentas – Khlaus se vira as garotas – Significa que eu consegui poder suficiente para manter a calmaria –

Amy fica calada olhando a frente de Khlaus.

-Eu sei que valeu a pena, por que mesmo se eu não te dei a atenção você cresceu bem – Khlaus ajoelha ficando mais baixo que Amy e a olhando nos olhos – nunca ia me perdoar se você tivesse que se machucar por descuido meu –

Khlaus abraça Amy que devolve tremendo.

-Posso não ter sido o melhor pai, mas tenho certeza que sua mãe compensou tudo o que lhe faltou de carinho – Khlaus solta Amy – É ótimo a ter aqui em momentos que posso a olhar nos olhos e falar, eu amo você minha pequena –

Amy fica sem reação e volta para a outra cabine indo até Nambat e começando a chorar.

-Foi demais, não é? – Nambat pergunta passando a mão na cabeça dela.

-Sempre tive meu pai em mente como um grande idiota e motivo de dores – Fala ela chorando.

-É irônico ver um grande soldado como ele, um guerreiro em uma eterna guerra, sendo assim carinhoso né –

-Eu preciso de mais tempo, por favor eu quero ver pelo menos a primeira vez que ele... –

Sylwia entra na cabine.

-Khlaus falou algo errado princesa – Sylwia se agacha a frente de Amy.

-Não, só é injusto as coisas serem assim – Amy murmura.

-Olhando de fora ele parece egoísta, mas se aprofundando é visível que a ultima pessoa que ganha é ele, ele faz muito pelos outros e pouco por si mesmo – Fala Sylwia pegando na mão de Amy.

-Ele merecia tanto... – Fala Amy.

-Ele tem muito, você existe – Sylwia sorri – Olha eu acabei de conhecer minha mãe também, é bem confuso entendo e difícil acostumar, mas tanto ela como Khlaus querem dar-nos a oportunidade de fazerem o que não fizeram por nós –

Enxugando um dos olhos com a mão que Sylwia não estava segurando Amy faz que sim e então ela retorna a cabine principal sentando ao lado do pai, entre o painel e algumas alavancas.

-Você não foi um bom pai – Fala Amy olhando a frente sem encarrar Khlaus.

Sylwia se assusta com aquela afirmação do nada.

-É pouco, essa frase é pouco para o que fez – fala Amy voltando o olhar a Khlaus voltando a lacrimejar.

Khlaus a puxa para um abraço querendo chorar também.

-Eu não esperava conhecer um pai tão bondoso assim! – Fala Amy chorando ainda mais.

Sairento dá um sorriso e Sylwia suspira aliviada com aquela situação sendo algo para os aproximar, Sairento começa a passar por as naves que Khlaus paralisou no ar.

-Papai tenho algo a contar sobre a terra... – fala Amy.

-O quê? –

-O tempo que passou fora após a fresta ser feita trouxe avarias no que era a antiga terra... –

-Como assim? – Khlaus fica confuso.

-Algumas dimensões se fundiram de vez meu amigo – Fala Sairento se aproximando da terra mostrando que os continentes estavam diferentes.

-Poucos segundos para conseguir batalhar com o arauto e foi suficiente a isso acontecer – Fala Amy.

Sairento começa a pousar, Arkadia estava pegando fogo, vários pedaços dela caindo, parecia que ali ocorrera anos de guerra com o quanto estava destruída.

-Como isso ocorreu? – Fala Khlaus.

Eles descem a frente de Arkadia em uma praia que ficava a uns 100 metros do país criado por Khlaus.

-Arkadia está destruída – Fala Sairento olhando os pedaços na água.

-Quis guerra com os governos e achou que não ia ter volta? – Um homem de jaleco fala andando até eles na praia.

-Quem é você? – Fala Khlaus olhando para ele.

-Lembra das bases feitas de metal residiano? Acha que não sabíamos como eram fundidos? –

-Minha pergunta não foi essa – Fala Khlaus caminhando, mas é jogado para o lado por uma pressão de água.

-Estava no mesmo laboratório que seu irmão, se ele era o fogo me chame de Acquashark – Fala o homem.

-Poder nuclear... – Fala Sairento olhando aquilo.

Uma onda maior ainda de água estava prestes a atingi-los, mas o panda de Khlaus aparece a dispersando.

-O panda dele está mais avivado ou é impressão minha? – fala Sairento.

Khlaus volta a forma humana encarando o homem.

-Era o Khlaus? – Sairento fica confuso.

-Enquanto perdem seu tempo aqui seu país morre – fala Acquashark.

-Tem razão, estamos perdendo tempo aqui – fala Khlaus se preparando para atacar.

-Sua prótese é de que mesmo? –

Acquashark puxa o jaleco e de um tubo de ensaio ele lança um liquido, rapidamente Sylwia cria um campo de força em volta deles.

-Espera isso não causa danos... – Fala Sylwia.

-Isso é Wanty – Fala Khlaus olhando.

Acquashark controla o Wanty o fazendo voltar até ele.

-Tem talento no seu núcleo de água... – Fala Khlaus olhando – Como era do governo e tem um núcleo? –

-Simples, roubei de alguém e o fiz se ajustar a mim o recriando dentro dos padrões do meu corpo –

-Sairento... Cuida dele – Fala Khlaus.

-Vai salvar os inocentes de Arkadia não é? – fala Sairento.

-Exato – Fala Khlaus – alguém disparou aquele tirou de lá –

-Vou com você – Fala Amy.

-Okay vamos – Khlaus segue para a nave com Amy.

Ao voar até Arkadia tudo estava devastado e todos ali correndo, a cidade estava ruindo e não havia plano de fuga, Khlaus segue até a cabine na casa que ele tinha em Arkadia, ao entrar no quarto de controles eles encontram algumas pessoas.

-Sairento? – Fala Amy olhando para o jovem ali – Você não ficou na praia? –

-Ele não é o Sairento filha – Fala Khlaus afastando Amy.

-Que bom revê-lo – Fala o homem parecido com Sairento.

-Espera, eu lembro de você! Na primeira dimensão, o rei que era maldoso –

-Prefiro ser chamado de Ayin – Fala o Jovem se afastando.

-Você matou meu mestre naquela dimensão... – Fala Khlaus se irritando.

-Não foi a coisa mais difícil que fiz – Fala Ayin.

Amy vendo que Khlaus ia se irritar ainda mais toma a frente fazendo que não.

-Como tomou conta dessa instalação? – Pergunta Khlaus começando a se acalmar.

-Com ajuda de um cientista brilhante que tinha controle do liquido que pôde acabar com seus androides foi mole –

-Acquashark está por traz disso tudo então – Fala Khlaus pensativo.

-Você conheceu o peão que me ajudou, mas há gente mais poderosa por trás disso tudo –

-Khlaus – fala alguém dentro da dimensão.

-Ele não pode o escutar – Fala Gecko ao primordial.

-Eu sinto uma energia conhecida naquele homem –

-Algum dos outros primordiais? – Gecko vai direto ao ponto.

-Sim, sinto energia do ganancia nele –

-Khlaus corre perigo? –

-Não, ele deve ter só se encontrado com o ganancia, mas está longe do poderio dele –

Gritos são escutados fora das instalações.

-Amy, sei que está grandinha então pode me fazer um favor? – Fala Khlaus encarando o Ayin.

-O que seria? –

-Vá ajudar as pessoas, cuidarei desse homem e vou a ajudar – Fala Khlaus enquanto Ayin tira uma pistola de sua cintura.

Ayin dispara e Khlaus salta para o lado levando Amy junto.

-Cuida disso para o papai – Fala Khlaus olhando para Amy enquanto se esconde.

-Tudo bem – Fala Amy se levantando e correndo até a porta.

-Por que se esconde bravo guerreiro – Fala Gargalhando Ayin.

-Por que diferente de você estou desarmado – Zomba Khlaus escondido.

Khlaus tenta trocar de posição para buscar formas de derrotar Ayin e então começa o show de tiros naquele pequeno quarto.

-Espero que o Khlaus esteja bem – Fala Sairento a Sylwia enquanto prendem Acquashark.

-Seu amigo tem limites, logo perecerá perante alguém mais forte – Fala enquanto dá algumas gargalhadas baixas Acquashark.

-Ele é a esperança da humanidade, o homem mais forte daqui com o sem poderes – Fala Sairento levantando Acquashark do chão.

-Então a esperança é mínima –

-Deixa eu apagar ele Sairento? – Fala Sylwia querendo que Acquashark se cale.

Com o tempo esperando Sairento vê varias pessoas sendo retiradas de Arkadia e Amy as guiando, e voltando para pegar mais, porém ela nunca trazia noticias sobre a luta de Khlaus, todas as vezes que Amy vai e volta fala sobre barulhos de tiros ainda, mas ainda havia pessoas a buscar.

-Onde está a foice dele? – Sairento pensa como estaria se virando Khlaus.

-Também não sei – Fala Sylwia.

Uma explosão ocorre e eles em uma das viagens de ida e volta de Amy utilizando barcos vão até lá e encontram Khlaus ainda em meio ao combate, com Ayin apontando duas pistolas a ele e ele em pé olhando para ele.

-Khlaus! – Grita Sylwia.

-Fiquem aí – Fala Khlaus ainda encarando Ayin.

-Ele parece contigo Sairento – Fala Sylwia olhando o inimigo.

-Ele deve ser uma das minhas versões... –

-A energia dele é algo bem obscuro, não como poderes negros, mas algo sedento, meio maligno –

-Ele trabalha para um dos primordiais, fiquem longe ou podem ser contaminados – Fala Khlaus com um olhar frio.

-Contaminados? – Amy fica sem entender aquilo.

Ayin vendo que estavam desligados vira a pistola para Amy, carregando rapidamente um disparo e atira de forma seca em direção a filha de Khlaus.

-Então foi essa a garotinha que significou a perda total do ganancia? – Fala Ayin rindo.

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