Capítulo V : O que aconteceu.
-Para onde ele foi Nambat? – Pergunta Crane enquanto reforma o mundo com Nambat.
-Ele me falou de um lugar que passaremos quando eu for o treinar, um local onde um mais forte em habilidades físicas vence e ganha notoriedade, ele quis se afastar um pouco do uso de seus poderes pelo que fez – Nambat olha para o céu – que ele fala que fez pois ele foi dominado, só isso -
-Passarão? – Crane fala após regenerar mais um pedaço de terra.
-O meu futuro é no passado de Khlaus assim como a Pawa –
-Falando nela... me contou que ela não lembrava de nada, eu posso ajudar nisso? –
-Não, a história dela é essa – Nambat respira fundo -Ela jamais vai lembrar algumas coisas e outras vai vivenciar pessoalmente – Nambat senta-se na lateral do campo que eles estavam.
-Pode me contar mais sobre minha filha? – Crane sente ao lado – Disse que ela recebeu o nome de Sylwia né? -
-AH ela... – Nambat sorri – A conquistadora de mundos, dominadora das feras e filha da rainha das feiticeiras... Sylwia –
Enquanto isso em um outro lugar, um lugar distante falando de forma dimensional, uma garota está sentada com os olhos fechados, e começa a os abrir de forma lenta.
-Dayl... você que fez esses curativos? – Fala Sylwia olhando para o amigo que estava apático em sua frente.
-Eu nunca deixaria você aqui sozinha –
-Você é um bobo – Fala Sylwia dando um leve sorriso.
-Não tanto quanto você – fala Dayl se apoiando em sua espada e fica em pé de costas a Sylwia.
Deixe-me contar o que houve desde o momento que nos separamos dos demais da nossa equipe...
A primeira visão que tivemos de imediato foi um mundo quase sem luz, falo quase pois havia uma bola vermelha enorme que nem sei se posso chamar de um sol ou lua, pois mal iluminava nada... sentimos desde o primeiro momento nesse local um peso interno, como se nossos núcleos gritassem e logo fomos recepcionados com rajadas de ataques de vários Abissais, que mais tarde descobrimos serem muito comuns aqui diferente do que pensamos serem um ou outro raro.
Como não sabíamos bem o que fazer ficamos os primeiros dias na base onde o portal se abria com mais frequência, segurando cada vez mais e mais criaturas que até ali vinham, com os combates mais e mais criaturas foram capazes de chegar até nós e assim logo eram constantes os grandes combates nos trazendo mais e mais corpos a nossa frente, cansaço físico e enérgico e cada vez menos criaturas eu tinha para invocar, não dormíamos pois a cada novo momento mais e mais criaturas ali chegaram tendo um fluxo de trocas de ataques quase inquebrável.
Seguramos tudo isso mesmo com os empecilhos de forma simples porém após mais ou menos um mês chegou o primeiro especial, demos o nome de general abissal, ele era menor tendo aparência mais humanizada porém ao chegar todos os monstros ali deram espaço a sua passagem como se fosse um grande líder, nesse momento nosso núcleo pesou mais e o combate foi mais duro com ele não sofrendo dano em golpe algum meu nem de Dayl.
Em um certo momento de perigo por um deslize meu tentando abrir o selo de contrato fraca de energia sofri um golpe no peito com um tipo de energia negativa jogada daquele novo monstro, Dayl perdeu o controle irritado levantando os monstros ali caídos, e fazendo-os atacar o general dando tempo dele me pegar e carregar para uma caverna que encontramos meio por acaso.
Dayl ao me colocar no chão estava com um ar de medo e desespero no rosto, em tempos com ele nunca tinha visto aquela expressão, ele sempre teve um ar confiante e agora aquela feição estava-me estranha, até que ele me explicou.
-Mesmo meu núcleo sendo de necromante não uso mortos vivos, é muita profanação e eu... – Ele estava inseguro em suas palavras e eu segurei em suas mãos falando que se não quisesse contar tudo bem, mas ele respirou fundo e me explicou.
Quando pequeno ele matou todos em volta a ele com o descontrole de seu núcleo e sem querer trouxe-os de volta, apodrecidos, sua mãe e irmã o obedecendo era grotesco e assustador e ele vivia fugindo delas, estava enlouquecendo com isso e nunca mais usou essa habilidade.
Abracei Dayl e ali ficamos, porém após um dia saímos, estávamos fracos e nossa energia estava baixa, mas não podíamos deixar ninguém atravessar mesmo feridos, nosso núcleo estava pesado a cada novo dia que passávamos aqui, não conseguíamos derrotar aquele líder sempre que ele aparecia e como nós estávamos cada vez mais fracos mais ele estava forte, o estranho era que ele ia embora após nos derrotar, não vinha atrás de nós ou continuava a batalhar.
Porém estranhamente a cada novo dia que entravamos naquela caverna um ar de paz nos vinha, era como se estivesse curando nosso espirito ou algo assim, achei que seria a presença do Dayl, ele era muito bom ao meu lado e com certeza me dava muitas forças dessa forma.
Um dia o seguimos, não estávamos tendo muitos resultados e as atitudes dele eram estranhas, ele tinha o respeito daquelas criaturas, e pelo visto tirando abissais as demais já tinham medo da gente também, ao chegar em um lugar ele entrou, notamos que aquilo era um castelo, e ao estrarmos vimos ele ficar parado no centro de um salão enorme, só parado ali sem nem fazer algo.
Chegamos perto e ele estava na mesma posição, percebemos aí que ele só atacava em um horário, e aquilo tinha motivo pois em um outro momento ele iria re-congelar e voltava para o castelo para fazer isso, vasculhamos o castelo, procuramos saber mais sobre aquele mundo e achamos uma lenda, ela se chamava o líder tormentoso.
" Condenado a liderar criaturas sem consciência própria, obrigado a ser o líder de um exercito em um combate sem sentido algum, condenado a criar guerras pela eternidade, e punido por toda a sua vida a petrificar após o confronto com inimigos incapazes de o derrotar" Li olhando alguns papeis que estavam em várias línguas diferentes.
-Não há como tirar ele disso? – Perguntou Dayl ao me ouvir falar tudo que ali estava escrito.
-Pelas anotações dele, precisava de uma grande energia para o tirar disso... sua vontade refletiu nas criaturas que foram ao nosso mundo... – Falei lendo algumas anotações e saindo de lá.
No outro dia esperamos anciosos pela vinda dele, minha expressão e a de Dayl eram as mesmas, sabiamos o que tinhamos que fazer e ele seria liberto, liberto desse tormento eterno, me coloquei em frente a batalha mas em um momento escutei algo, "ei, eu posso a ajudar", não sabia o que era aquilo mas tudo ficou escuro e em um momento eu estava de frente a fada que fiz o contrato.
A expressão dela naquele momento era de alegria, suas lágrimas eram bem pesadas nos olhos dela e eu não estava entendendo nada que ali estaria acontecendo quando ela parou de chorar, limpou suas lágrimas e começou a conversar comigo.
-Acho que é a Hora de conhecer minha historia – Falou ela com um leve sorriso em seus olhos.
Com aquele semblante doce o mundo que estava preto começou a colorir começando a mostrar uma historia. Uma bebê sendo trocada numa noite em um castelo, um castelo que eu já havia visto antes, o mesmo castelo que eu e Dayl entramos a um tempo atrás.
-há muito tempo atrás no mesmo momento a princesa do reino de Drys e uma fada filha de uma general haviam nascido, porém a pequena fada nasceu doente e fraca, não podia ser filha de uma general poderosa como aquela – Falou a fada.
-Essa fada era você ? – Interrompo com pressa.
-Sim, nós duas fomos trocadas em uma noite estranhamente densa, eu seria a princesa de Dris e a outra ganharia magia para se tornar uma fada, eu me tornei uma changeling com isso –
-O que é uma changeling? –
-De forma literal, uma criatura magica trocada por uma humana, fadas acham humanos criaturas nobres, fortes e bonitas assim as vezes trocando só por aparencias e não como foi meu caso – A fada faz um movimento mudando a imagem – Meus primeiros anos foram tranquilos, eu cresci bem e recebi o nome de Maya, eu era alegre... porpém era perceptivel que poucas coisas conseguiam mudar meu humor me tornando ranzinza –
-E o que aconteceu? –
-Em uma dada epoca eu desenvolvi meus poderes, conseguia fazer flores nascer entre mais coisas sem muito esforço, o clima da terra tornou meu corpo forte o sufieciente para a doença não mais me afetar, e assim eu comecei a impressionar a todos... – Maya muda a imagem e assusta Sylwia.
-O que é isso? –
-Ganancia humana, se meus poderes podem ajudar a prosperar em qualquer coisa iriam me forçar dia após dia a usa-los sem mal poder descansar – A imagem mostra ela ferida, exausta e forçada a trabalhar mais e mais.
-Você não era a princesa? Como o rei permitiu isso? –
-Ele foi o primeiro a querer muito o uso de meus poderes para o reino ficar mais e mais forte – Ela passa a imagem e mostra uma rosa vermelha se tornando preta – Comecei a ficar corrompida com isso –
-Então é uma fada negra por esse passado? –
-Isso – Maya fala abaixando a cabeça e passando lentamente a cena – Mas eu tinha um amigo, max era alguém que mesmo sendo muito expulso do castelo por não ser nobre ele sempre ia me ver e me fazer sorrir –
-Espera esse é aquele abissal ali – Fala Sylwia se assustando.
-Sim, pode ver que ele não era daquele jeito – Maya passa a cena – Mas um dia uma fada sem querer veio ao reino, estava de passagem e de alguma forma estava ferida, eu e max a achamos e em uma caverna escondida cuidamos dela –
-Espera essa caverna... –
-Isso mesmo, a mesma que vocês ficavam muito nessa dimensão – Maya vira-se e olha para Sylwia - Cuidando dela pude saber mais sobre fadas, e descobri ser uma, ela me prometeu levar-me a ewdya – Enquanto Maya fala as cenas atrás passam-se.
-Por que eu sinto que isso não foi algo bom –
-Por que não foi – pulam-se varias cenas atrás dela mostrando ela derrotada no chão e após voltando – Bom... fomos cuidando escondido dela por meses, e um dia ela tinha forças para abrir o portal –
-Que lindo – Fala Sylwia vendo o que havia na cena.
-Um lugar bem florido, com florestas densas e muitas voltas nossas passeando por lá – Fala Maya dando um leve sorriso.
-Oia a brutal que arrancou o braço do Orty estava apaixonada – Brinca Sylwia.
-Continuando... – Maya fica seria pelo comentario de Sylwia – acabamos encontrando algumas soldados que no primeiro momento que nos viram nos prenderam em videiras como uma gaiola –
-Ah então assim que conheceu sua mãe –
-Para resumir, tempos presos, interrogações, alimentos que não conseguiamos comer e após viram que eu era fada e tinha um selo interno conhecido –
-tipo uma marca de familia? –
-Sim, cada ramificação tem um simbolo que não é o mesmo de decendencia em decendencia mas dá para reconhecer – Maya passa a cena e mostra ela encontrando-se com a general.
-Ela não parece feliz –
-Não estava, havia se livrado de mim e lá eu estava, após uma leve discusão para levar-me de volta para o mundo humano e sobre ela ter feto uma changeling com suas soldado ela trouxe a "filha dela" –
-Você teve que lutar com ela? –
-Sim, mas ela era filha de uma general, obvio que tinha treino de combate e eu perdi –
-e o que houve? –
-Se eu perdesse não demonstrava merecer estar ali, mas antes delas fazerem algo o max me pegou e fugimos –
-Nossa –
-Achamos a fada que ajudamos e ela após escutar minha historia quis ajudar –
-Sua expressão mostra que não deu bom –
-Isso, meus poderes eram negros então minhas capacidades eram diferentes das dela, ninguém ali que virava fada negra ficava –
-O que faziam? –
-Ou eram mortas ou se matavam, fadas daviam ter poderes puros –
-então o que fez? –
-Treinei sozinha, com apoio de magias brancas desenvolvi as contrarias como negras – fala ela mudando a cena atrás dela – e eu também tinha a vantagem da resistencia, meu corpo era mais forte por viver no mundo humano, passei por muitas dores por lá e usei muito minha energia assim suportando o uso continuo dela -
-Tinha muitas vatagens e não tinha treino –
-Sim, após alguns dias a fada sumiu, era obvio que descobriram que ela me ajudou a entrar aqui e era culpa dela tudo isso, só imaginei o pior mas continuei a treinar até o dia que me acharam –
-E o que aconteceu? –
A cena atrás de Maya mostra um mundo destruido e quase sem cor, ela baixa a cabeça olhando meio em diagonal e respira bem fundo.
-Eu venci no final –
-E o que houve com Max? –
-Primeiro ele havia ficado internamente corrompido por estar perto dos meus ataques negros, ele ficou doente e eu nem sabia que foi isso, tentaram o curar mas nada adiantava – Maya olha para a tela – Até o dia que as fadas irritadas voltaram, tentaram jogar uma praga em quem mais amei para me ferir... –
-Não me diga que... –
-esse mundo é o resultado daquilo, Max virou aquela coisa sem vontade propria e todos no reino viraram monstros que em seu interior buscavam vcoltar ao normal como ultima vontade humana –
-O que devemos fazer? – Pergunta Sylwia preocupada.
-Não posso tirar isso deles, e entrego a você esse problema... dê paz ao max –
Sylwia abre os olhos com Dayl a segurando e se levanta, começa a se tornar a fada negra e fica a frente do lider abissal, uma lagrima desse em seu olho enquanto coloca uma mão a frente preparando um ataque de energia, o abissal parra e é possivel ver um único disparo o atravessando em um clima pessado.
Sylwia dá as costas querendo voltar até dayl mas as crituras todas vão em cima dela, totalmente sem controle e como verdadeiros monstros, sylwia as joga longe com energia e por um instante abre mais os olhos entendendo o que ali havia de acontecer, o que era preciso fazer.
-Dayl saia daqui! –
-Não –
-SAIII –
Sylwia adentra em meio as criaturas e vai ao castelo, senta-se no mesmo lugar que todos os dias max parava petrificado, e os monstros se aproximando começam a derrubar cada muro até chegar proximos a Sylwia quando de repente uma leve energia passa pelo chão fazendo todos ali pararem e cairem no chão, com o mundo começando a ganhar mais cor.
E aqui estamos no presente, com Sylwia segurando com sua energia de fada cada minima criatura nesse mundo, sendo uma bateria para que essas coisas não mais busquem energia como ordem de Max e agora estejam sempre saciados, dayl passou todo o tempo ao lado dela, cada minimo momento atento para caso aparecesse novos perigos, e fez de tudo para as feridas dela estarem tratadas.
-Dayl... – Fala Sylwia de olhos fechados.
-Oi –
-Logo poderemos voltar, estou com saudades do Khlaus e da Pawa –
-fico feliz de ouvir isso –
-Sua filha foi a única pessoa que eu treinei sabendo que nunca ia entender natureza alguma dos poderes dela – Fala Nambat.
-Com certeza ela cresceu muito, já fazem mais de 300 anos – Fala Crane.
-Você vai vê-la em ação ainda –
-Quê? –
-Vamos ainda há muito da terra a tornar normal ainda – Fala Nambat andando.
-EIII! espera – Fala Crane correndo atrás de Nambat.
Sabe acho que Max ainda voltaria, dentro daquilo ainda havia um pouco de humanidade então quem sabe um dia achamos uma forma de trazer os mortos de volta a vida, não é nada impossivel sabe, nesse mundo temos poderes improvaveis então quem sabe né.
Mas foi ótimo descobrir seu nome Maya, foi incrivel a ver sorrir e espero um dia a ver feliz novamente, te selei como um monstro em mim e agora vou leva-la como companheira e amiga, seremos fortes juntas e eu nunca soube o que você pediu no selo de contrato, simplesmente deu certo sem aceitar nada?
Acho isso muito estranho porém obrigada por estar comigo e que possamos ser cada vez mais proximas, no fundo eu sei que sua hiostoria está só no comecinho e que aquelas bruxas não fadas irão voltar... e estaremos prontas nesse dia, não é? Amiga.
Sylwia dá um leve sorriso de olhos fechados.
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